PLANTIO SOLIDÁRIO: Ipê Rosa de João Garcia Furtado

A Academia de Letras Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) lançou um projeto intitulado: Plantio SolidárioJoão de Deus Martins”. A primeira etapa do projeto prevê que cada membro da ALCAP deverá plantar uma árvore para homenagear o seu patrono.

Em entrevista aos familiares de João Garcia Furtado, patrono da Cadeira 26, ocupada por Diêgo Nunes Boaes, a irmã mais nova do mestres, Inês Garcia Furtado falou que Ipê Rosa era uma das árvores que seu irmão mais gostava e apreciava por sua grande beleza. Por coincidência ela tinha um pé em seu quintal e, de imediato, procedeu a doação.

O Ipê Rosa, Tabebuia impetiginosa, é originária da Bacia do Paraná, conhecida também por piúva. O Ipê Rosa, é o primeiro dos Ipês da florar no Brasil, entre os meses de maio a agosto, dependendo do clima e região. Alguns governantes e técnicos adotam essa árvore como paisagismo urbano, ou seja, plantam essa espécie para que o ambiente urbano fique mais agradável, devido ao seu rápido desenvolvimento.

Perguntei ainda quais eram os locais que ele mais gostava de estar, ela disse que Furtado amava Peri-Mirim, mas os ambientes onde ele mais se encontrava ou era na escola, ou na igreja. Então, resolvi plantar a muda em frente à escola que leva o seu nome, localizada no povoado Tucunzal, contei um pouco da história do professor Furtado aos alunos, conversamos um pouco, fizemos uma dinâmica para alegrar os alunos, fiz a doação da biografia dele e da foto e convidei todos da escola para plantar comigo, da gestora à zeladora, e pedi a eles que tomassem conta dessa árvore tão linda e preciosa. Creio que este dia vai ficar na memória de todos.

Diêgo Nunes Boaes, Peri-Mirim, 09/03/2020.

Sala de aula Escola do Tucunzal
Todos abençoando a plantinha

Terezinha Nunes Pereira

Conhecida como Teca, nasceu no povoado de Santana no Município de Peri-Mirim em 22 de setembro de 1929. Filha de Maria Isabel Martins Nunes e Domingos do Rosário Nunes conhecido popularmente como “Tibingo”. Teve como avós maternos João de Deus Martins (Dedeus) e Maria Rosa Martins (Mãe Cota). Bisavós (maternos), Benvindo Mariano Martins e Ana Teresa Martins. Trisavós (maternos): Emídio Pinheiro e Mariana Pinto. Avós paternos: Albertino Marculino Nunes e Sofia Pereira. Bisavós Paternos: Eduardo Nunes e Rosa Pereira.

O ano do nascimento de Teca foi marcado por vários acontecimentos históricos mundiais:

  • Ano em que se iniciou uma grande depressão econômica mundial, cujo início foi marcado pela quebra da Bolsa de Valores de Nova York em 1929, que se prolongou ao longo da década de 30 do séc. XX;
  • O Tratado de Latrão no qual a Itália reconhece a soberania da Santa Sé sobre o Vaticano;
  • A primeira premiação do Oscar em Hollywood, Los Angeles, Califórnia;
  • Foi formada a Aliança Liberal para a disputa da eleição presidencial de 1930, formando a chapa Getúlio Vargas presidente, e João Pessoa, como vice;
  • Nascimentos: no Brasil, Hebe Camargo, apresentadora de TV; Odete Lara atriz; Ronald Golias comediante e ator; Atlanta, Geórgia, Martin Luther King, Jr., defensor dos direitos dos negros norte-americanos, galardoado com o Prêmio Nobel da Paz em 1964; Em Frankfurt, na Alemanha, Anne Frank, jovem judia presa pelos nazistas e autora do famoso “Diário de Anne Frank”;
  • Morre Karl Benz, inventor do automóvel movido a gasolina e fundador, empresa Daimler-Benz que mais tarde veio a produzir os famosos Mercedes-Benz.

Teresinha é a terceira filha do casal (de uma prole de 12 filhos). Fruto de uma família pobre, honesta e trabalhadora. A sua família era muito católica. Desde criança a sua mãe foi a sua primeira catequista ensinando-lhe as primeiras orações. Em sua casa, tinham a prática de rezar o terço ajoelhados em uma mensaba de folha de palmeira (pindoba) que servia de tapete.

Quando criança, teve muitas aventuras, brincava com suas irmãs, primas e a esposa de um tio, na frente de sua casa. Na estrada que passava em frente a sua casa, tinha um areal, areia bem branquinha e lá era o local predileto de suas brincadeiras, às vezes brincavam a noite, a lua estava bonita e espiava lá de cima as crianças brincando aqui em baixo.

Em sua casa havia uma senhora idosa que morava com sua mãe a qual todos a chamavam “dindinha” ela carregava água nas vasilhas para dar banho nas crianças após as brincadeiras antes de dormir.

Um acontecimento marcou a sua vida, quando ela tinha apenas seis anos de idade, sua irmã Maria Rosa caiu no poço, vindo a falecer; desde então ela tem medo de águas profundas, rio, poço, mar; por duas vezes quase veio a se afogar, uma vez em São Luís e outra vez em Santa Helena.

Quando ela estava com sete anos a sua irmã mais velha, Joanita, casou-se, logo engravidando; ao ter a sua filha, com 40 dias após o parto veio a falecer, supostamente por complicações oriundas do parto. A menina foi criada com a avó, sua mãe Isabel Martins Nunes; o nome da menina é Inácia Rosa, sua sobrinha e mãe da confreira Eni Amorim. O pai a visitava na casa da avó duas vezes por semana.

Oito anos depois, conta ela: – “meu pai fez uma festa de tambor lá no sítio, nesse dia meu cunhado que se chamava Calisto Pereira mandou um recado que queria falar comigo, procurou pela filha e ela estava dormindo, daí começou um namoro era 23 de novembro de 1945. Em janeiro de 1946 meu cunhado mandou uma carta para meus pais me pedindo em casamento. Os velhos não queriam aceitar porque poderia ser pecado, eu casar com meu cunhado, mas depois conversando com amigos e o pai do meu cunhado eles falaram que não era pecado e que eu iria ser uma irmã /mãe para a menina (sua filha órfã)”.

Como costumamos dizer: “A vida é uma caixinha de surpresa”, e Teca ainda uma menina a desabrochar, teve que interromper os seus sonhos ao florescer da juventude, ela era mulher e era garota ao mesmo tempo, tinha a garra de uma mulher resolvida e o sorriso e o brilho no olhar de uma menina inocente. Ela era uma mistura interessante de adulta e criança e ela encantava a todos com seu jeito de ser “mulher”!

E foi então que o destino já havia escrito a sua história. Casou-se aos 14 anos com Calixto Pereira, este com 42 anos. O Casamento entre Terezinha e Calisto foi realizado no dia 20 de julho de 1946. Receberam a criança no aconchego do seu lar e a criaram com amor, carinho e zelo.

Após um ano de casados nasceu sua primeira filha, Izabel Nunes (Belinha) em 17/08/1947. Em 02/01/1953 nasceu a segunda filha Maria da Luz (Marizinha); a terceira filha, Lucinda nasceu em 24/01/1955. A caçula Delcy dos Remédios nasceu em 16/10/1956. São primas-irmãs de Inácia Rosa que nasceu em 31/07/1939.

Terezinha morava com o seu sogro na época, além de Inácia, criaram, Raimundo (Bicó) e outros “filhos alheios”. Em uma época onde a pobreza era extrema naquele dado momento histórico, ela teve que driblar as dificuldades da vida como doméstica, redeira, lavradora (trabalhou na roça, na casa de farinha), auxiliar de enfermagem. Em um período onde os meios de transportes eram escassos tinha que andar quilômetros a pé ou em lombo de animais para fazer seus atendimentos. Mais tarde, foi voluntária em cursos promovidos pela EMATER – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – ministrando cursos de Primeiros Socorros, doces e culinária.

Com a chegada dos padres canadenses da Missão de Sherbrook no município no final da década de 80 e início da década de 60, padre Gérard Gagnon assumiu a paróquia São Sebastião, conseguindo junto ao prefeito da cidade trazer do Rio de Janeiro duas enfermeiras para trabalhar no Município Ana Lúcia de Almeida e Sílvia Alves Barbosa e assim, Terezinha foi treinada/capacitada para atendimentos na área de Primeiros Socorros e a partir daí começou a ministrar cursos nas comunidades juntamente com as enfermeiras. Comunidades Atendidas: Santana, Serra (comunidade hoje extinta), Miruíras, Buragical, Torna, Rio Grande, Taocal.

Terezinha foi uma das atoras que ajudou na construção da Igreja e do Club das Mães em Santana; trabalhava como voluntária fazendo merenda para os trabalhadores na abertura das estradas, trabalhos esses organizados pelo Padre Gérard Gagnon.

Após o falecimento do seu esposo Calisto Pereira no ano de 1972, vítima de esquistossomose, uma doença que naquela época dizimou muitos homens no município deixando muitas mulheres viúvas e muitos filhos órfãos de pai. Foi convidada para trabalhar na Casa Paroquial na qual trabalhou oito anos, esse trabalho além de fornecer-lhe uma renda para ajudar na criação dos filhos, ajudou-lhe a dissipar a tristeza e a dor da perda do seu amado esposo.

No ano de 1978 começou a trabalhar na Pastoral da Saúde em Santana. No ano de 1998 passou a trabalhar no Hospital São Sebastião na Gestão de Carmem Serrão e na gestão de Benedito Costa Serrão (Dejesus). Na gestão de Evilásio Pereira trabalhou somente quatro meses, vindo a adoecer, teve um infarto e realizou um cateterismo e uma angioplastia, tendo que fazer acompanhamento trimestral com o cardiologista.

Trabalhou ainda no Club das Mães, na Pastoral da Criança, ministrando cursos de Primeiros Socorros na comunidade de Pedrinhas pela EMATER, projeto conseguido por Virgínia. Ana Lúcia de Almeida foi quem lhe ajudou na preparação das aulas. Também foi instrutora de produção de doces e licores de frutas variadas na comunidade de Ponta Branca (também pela EMATER).

Além de tudo que já foi falado, é apascentada, Legionária, Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão visitando e levando o sacramento aos doentes, idosos e pessoas que estão impossibilitadas de irem às celebrações, é Adoradora do Deus Vivo, participa das missas aos domingos, encontros de orações de ruas, rezas do terço, além das suas orações pessoais realizadas em sua casa em prol das famílias, da comunidade, do universo. Faz parte do Grupo de Idosos do Município idealizado pelo projeto CRAS – Centro de Referência de Assistência Social, onde realiza atividades físicas, lanches e acompanhamento médico, além de atividades lúdicas.

Já realizou algumas viagens conhecendo lugares maravilhosos: São Paulo, Goiânia Trindade, Aparecida do Norte, Curitiba, Blumenau, Beto Carreiro, Florianópolis, Camboriú, Joinville, Gramado, Canela, Caxias do Sul, Foz do Iguaçu, Caldas Novas, Argentina e Paraguai.

Teca tem uma vasta descendência: filhas biológica e netos: 09; netos e filha criação: 06;  bisnetos filhas biológica: 05; bisnetos filha criação: 09; Tataranetos de filha criação: 04.

A vida de Teca conta histórias de desbravamentos em terras nem sempre férteis, mas, que foram aradas e deram as colheitas possíveis. Assim como as cicatrizes as tuas rugas, são marcas de sobrevivência, são motivos de orgulho, símbolos de respeito registrando um passado de alegrias e superações enviando-nos sempre poeticamente teus sorrisos emoldurados por seus vincos.

Ela é uma mulher incrível! Sempre ajudando o próximo, importando-se com os sentimentos dos outros, para servir. Está sempre na luta e dá o seu melhor para concretizar os teus sonhos e para ajudar com o teu fazer e com teu exemplo de vida na construção de um mundo melhor. Teca sempre escolhe enfrentar as suas batalhas diárias de cabeça erguida, com um sorriso nos lábios . Ela é melhor versão de si mesma:  Terezinha Nunes Pereira, para sempre!

Biografia encaminhada ao Jornal Eletrônico O Resgate por Eni do Rosário Pereira Amorim, atual Presidente da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), a quem agradecemos pela contribuição com a historicidade de Peri-Mirim e sua gente.

A ALCAP deseja Feliz Dia Internacional da Mulher

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) deseja um feliz dia Internacional da Mulher a todos que compartilham, como nós, de um mundo mais justo para todos as mulheres.

O dia 8 de março foi instituído em 1975 como Dia Internacional da Mulher, pelas Nações Unidas. Atualmente, a data é comemorada em mais de 100 países – como um dia de protesto por direitos, comparável ao Dia das Mães.

O confrade Diêgo Nunes Boaes escreveu um poema em homenagem às mulheres, em especial às suas confreiras e amigas da ALCAP: Isabel, Adelaide, Nani, Eni, Ana Creusa, Ana Cléres, Maria Amélia, Alda, Liliene, Gisa, Tatá, Dadá, Nasaré, Du Carmo, Edna, Jessy, Graça, Cleonice, Lúcia e Stela.

Mulher

Mulher preciosa,
Mulher que pensa e faz,
Mulher amorosa,
Mulher que tudo que quer se satisfaz,
Mulher que comanda,
Mulher que determina
Mulher que anda
Mulher que fascina
Mulher guerreira
Mulher que cria e recria
Mulher que ama
Mulher de pura alegria
Mulher de trama
Mulher que faz e acontece
Mulher que se arruma e desarruma
Que se enaltece
Que anda só e em ruma
Que se esmorece
Se entristece,
De coração gigante
De amor imenso
De alma triunfante
E de bom senso
Das Marias,
Joanas, Antonias,
Vitórias e Marianas
Franciscas, Anas, Emilias e Sebastianas
Das Brancas
Rosas,
Das Esmeraldas
Jasmins
Jades e Safiras
Todas as mulheres
Todas as flores
Todos os gestos
Todos os amores.

Foto: Flor do Jardim de Ana Cléres. Roseira a partir de um galho da roseira da casa de Venceslau Júnior no dia 01/03/2018, durante a 1ª reunião para fundação da ALCAP.

Maria José Campos Sodré Ferreira

Patrona da Cadeira nº 09 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), ocupada por Cleonice de Jesus Martins Santos. Nasceu no 20 de março de 1930, em Peri- Mirim-MA, filha de Sérgio Martins Campos e Eugênia Costa Campos. Era conhecida como Maria Sodré.

Iniciou os estudos em sua a cidade natal, formando-se normalista. Conheceu e apaixonou-se por José Sodré Ferreira, casando-se com este em 21 de setembro de 1951, com quem teve cinco filhos: João Campos Sodré Ferreira (in memorium); José Sodré Ferreira Filho; Antônio Campos Sodré Ferreira (casado com uma irmã de Cleonice, a quem tem como irmão); Alcides Campos Sodré Ferreira e Sheila Campos Sodré Ferreira. Também criou e amou igualmente a seus filhos de criação, Ana Teresa Macedo Ferreira, Pedro Castro Lopes e Cafeteira.

Por ser uma pessoa bastante influente na sociedade perimiriense, teve mais de trezentos afilhados, pois os pais a levavam como madrinha de seus filhos na certeza de que eles estariam seguros e protegidos de quaisquer adversidades.

Em 1955, aos 25 anos, prestou concurso público para tabeliã no Cartório de Ofício Único em seu município, onde permaneceu por 47 anos, passando o cargo ao seu filho José Sodré Ferreira Filho.

Foi uma pessoa comprometida e muito caridosa, ajudando as pessoas carentes com seus serviços gratuitos, registrando certidões e celebrando casamentos indo às comunidades juntamente com o Juiz de Paz, Jorge Maia, utilizando como transporte canoas ou cavalos, já que na época eram os únicos meios de transporte disponíveis.

Tinha como hobby reunir-se nos finais de semanas com amigos para jogar canastra e buraco, sempre acompanhados de café com biscoito ou refresco de frutas da estação, onde sorriam muitos com as piadas e assuntos referentes à sua cidade e seu povo. Também gostava muito de ler romances e bordar toalhas para preencher o tempo e não se sentir sozinha.

Sempre organizada e perfeccionista, com uma caligrafia belíssima e um raciocínio que impressionava a todos. Um exemplo de mãe, esposa e amiga que viveu muito além do seu tempo.

Aos 65 anos, infelizmente, para tristeza de todos que a amam, foi acometida pela doença de Alzheimer.

Faleceu no dia 21 de setembro de 2016, aos 86 anos, deixando com legado um exemplo de sentimentos puros para seja lembrada como alguém que viveu feliz, vencendo desafios, lutas e conflitos sempre de maneira sábia e prudente, partilhando e participando dos eventos sociais, vivendo em comunhão com o próximo.

Peri-Mirim: Escola Municipal Keila Abreu Melo faz homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, com o tema “Mulher e seu papel na sociedade”

Nesta sexta-feira, 06 de março, a Escola Municipal Keila Abreu Melo fez uma pequena homenagem ao dia Internacional da Mulher, a Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) participou do evento, que contou com a presença de 34 alunos do 5° ano, do turno vespertino, da gestora da escola, Alessandra Castro e das professoras: Teresa Amorim, Elinalva Campos e Edna Jara Abreu Santos, estas últimas são membros da ALCAP.

A confreira e professora da referida escola: Elinalva Campos iniciou a palestra destacando a origem da data e a história das mulheres no contexto social do dia Internacional da mulher. O confrade Diêgo Nunes Boaes foi convidado para representar a ALCAP, que em sua fala destacou a importância dessa data reconhecida mundialmente. Iniciou falando sobre a importância das mulheres para a sociedade, tendo como referência o nome da escola, da significação, um pouco da história da professora Keila Abreu Melo, falou sobre a entidade da ALCAP, da sua importância para a historiografia perimiriense.

Em seguida, o acadêmico falou sobre as 9 patronesses da ALCAP: Naisa Amorim, Isabel Nunes, Nazaré Maia, Jarinila Campos, Cecília Botão, Helena Ribeiro, Maria Sodré, Raimunda França e Júlia Silva. Fez uma resumo da história e vida de cada uma delas, e ainda sobre a importância da ALCAP em tê-la como patronas, não pelo falo de terem cargos elevados ou status no município, mas pelos relevantes serviços prestados à comunidade. Foram mulheres simples, humildes, mas que deixaram um grande legado para a comunidade e que se eternizaram em nossas memórias. O confrade Diêgo encerrou sua participação declamando um de seus poemas:

Mulher.

Mulher preciosa,
Mulher que pensa e faz,
Mulher amorosa,
Mulher que tudo que quer se satisfaz,
Mulher que comanda,
Mulher que determina
Mulher que anda
Mulher que fascina
Mulher guerreira
Mulher que cria e recria
Mulher que ama
Mulher de pura alegria
Mulher de trama
Mulher que faz e acontece
Mulher que se arruma e desarruma
Que se enaltece
Que anda só e em ruma
Que se esmorece
Se entristece,
De coração gigante
De amor imenso
De alma triunfante
E de bom senso
Das Marias,
Joanas, Antonias,
Vitórias e Marianas
Franciscas, Anas, Emilias e Sebastianas
Das Brancas
Rosas,
Das Esmeraldas
Jasmins
Jades e Safiras
Todas as mulheres
Todas as flores
Todos os gestos
Todos os amores

Em seguida as professoras Elinalva e Teresa organizaram uma homenagem para as mães, ao som de Erasmo Carlos.

1952: Grandes melhoramentos serão inaugurados em Peri-Mirim

Notícia veiculada no Diário Popular – Ano III, nº 390 – Domingo, 14.09.1952, pág. 01:

“O Senador Vitorino Freire e os Deputados Djalma Brito e Moreira Lima, estarão presentes às festividades.

O nosso dedicado amigo e correligionário Sr. Agripino Marques, operoso Prefeito Municipal de Peri-Mirim, entregará hoje aos seus munícipes duas importantes obras que assinalaram sua operosidade e descortino a administrativo, inaugurando solenemente o novo prédio da Municipalidade e um possante motor que fornecerá iluminação pública àquela cidade.

Sente-se o Partido Social Trabalhista satisfeito em ver um correligionário seu colher os frutos de sua administração modelar, como vem a acontecer o prefeito Agripino Marques, que trabalha incessantemente no sentido de corresponder à confiança, principalmente daqueles que deflagraram nas urnas o seu honesto nome.

A fim de tomarem parte nas festas de hoje em Peri-Mirim, viajarão hoje por via aérea com aquele destino o senador, Vitorino Freire, que representará o Governador Eugênio Barros, deputados Djalma Brito e Gonçalo Moreira Lima. “Diário Popular”, especialmente convidado, far-se-á representar antecipadamente, desde já as suas efusivas congratulações ao dinâmico prefeito Agripino Marques.

Peri-Mirim – A chegada a Peri-Mirim, foi outro lance de vivo entusiasmo por parte do povo, tendo a sua frente o dinâmico Prefeito Municipal, Sr. Agripino Marques, que vem realizando obras de vulto incontestáveis na sua comuna bastante prestigiado pela coletividade perimiriense.

Pelo adiantado da hora, foi dado início a solenidade inaugural do novo edifício da Prefeitura Municipal, logo após a chegada, rumaram a distinta comitiva seguida do povo, para a Praça São Sebastião, onde se levanta aquele formoso próprio municipal.

Inicialmente, usou da palavra o Sr. Prefeito Agripino Marques, lendo substancioso discurso, em que esclareceu o total das despesas efetuadas com a construção daquele Edifício, ressaltando que muito devia ao Senador Vitorino Freire o êxito obtido nas realizações que vinha empreendendo. Sob intensa vibração popular, tomou a palavra o eminente senador Vitorino Freire, agradecendo inicialmente as palavras do Sr. Prefeito e estendendo-se em oportunas considerações a respeito das administrações municipais, terminando por exaltar a operosidade do Sr. Agripino Marques, considerando-o o mais “dinâmico auxiliar do atual Governo, no Interior do Maranhão, afirmação que fazia com pleno conhecimento de causa”.

Em seguida o Ilustre Orador declarou inaugurado aquele melhoramento, perante a seleta sociedade local. O Sr. Prefeito convidou aos presentes para assistir a inauguração da Usina de Luz e Força da Cidade, última parte do programa de festas que realizou-se logo após, falando neste ato Sr. Prefeito Municipal, senador Vitorino Freire e os representantes dos municípios vizinhos.

As dignas autoridades aninharam-se para o local onde estava instalado o possante motor de Luz, cuja chave de partida foi acionada pelo técnico João Batista de Oliveira, encarregado da montagem do mesmo, o que foi feito com a devida perícia.

A noite de 14, realizou-se lauto banquete na residência do Sr. Prefeito Agripino Marques, onde usaram da palavra os seguintes oradores: Dr. Domingos Silva, Dep. DJalma Brito, Sr. Benedito Muniz e as senhoras Inah Barros e Naisa Ferreira de Amorim, que durou até alta madrugada, coroando-se de pleno êxito, as festividades levadas a efeito em Peri-Mirim, que acolheu fidalgamente os seus visitantes, sob um clima de mais estreita cordialidade”.

Diário Popular – Ano III, nº 390 – Domingo, 14.09.1952, pág. 01. Disponibilizado pelo arquivista aposentado, Sr. Zacarias.

1968: Secretário de Agricultura ganha cidadania perimiriense

Em sinal de reconhecimento, pelos relevantes serviços prestados a Peri-Mirim, a Câmara Municipal daquele Município por unanimidade, resolveu conceder ao Dr. Lourenço Vieira da Silva, o Título de Cidadão Perimiriense.

Essa Resolução tomada em Sessão do dia 27 de janeiro último, visa coroar os trabalhos da Secretaria de Agricultura desenvolvidas naquela região e que culminaram com a construção da Barragem do Gigante.

Essa Barragem, anteriormente conhecida como Barragem do Defunto, há muito era uma velha aspiração dos criadores da Baixada, os quais, para prevenir futuras estiagens, se viam obrigados a deslocar para outras plagas o gado de sua propriedade, sofrendo, com isso, enormes prejuízos e transtornos.

Várias vezes tentada, por iniciativa dos moradores da localidade, somente agora essa barragem teve sua construção concretizada, graças ao planejamento do Governo, dentro da Pasta da Agricultura.

A equipe do Secretário da Agricultura, sob orientação do Engenheiro Agrônomo Antônio Augusto Martins, vencendo as dificuldades naturais da região, executou em tempo recorde essa obra com entusiástico apoio do Prefeito Municipal, Sr. José Ribamar Martins França e completa colaboração da Câmara Municipal, permanentemente representada pelo Secretário da Mesa no Canteiro de Obras.

Situada a 20 Km da sede do Município de Peri-Mirim, a Barragem do Gigante, serve ainda aos criadores de São Bento e Bequimão, tendo sua importância ressaltada pelo fato de que sua construção impede, agora, o salgamento da água, a salinização do solo e a morte do peixe, considerado alimento básico do homem da Baixada.

Dentro de breves dias o Secretário da Agricultura se deslocará ao Município de Peri-Mirim, a fim de receber o Título que lhe foi conferido.

Jornal O Imparcial nº 16.073 – Sábado – 24-2-1968 – Pg. 8. Matéria fornecida pelo arquivista aposentado Sr. Zacarias.

Raul Pinheiro Mendes

Nasceu no dia 23 de outubro de 1920, no povoado Brito, pertencente ao município de Bequimão. Filho de Manoel Guido de Sá Mendes e Francisca Paula Pinheiro Mendes. Veio para Macapá, atual Peri-Mirim, aos 10 anos de idade. Estudou na antiga Escola Mística Macapá, atualmente Carneiro de Freitas. Eram 13 irmãos: José de Ribamar, Inês, Raul, Fernando, Maria das Dores, Maroca, Ernesto e Ernestina (gêmeos), Hilda, Izabel (Belinha), Cristóvão (Colicó), Rute e Rui.

Passou 2 anos morando no povoado Ponta do Lago, quando resolveu retornar para o seu local de nascimento, anos mais tarde, foi residir novamente no centro da cidade de Macapá, quando resolveu entrar para Política.

Morou no centro da cidade até seu casamento. Casou-se no dia 15/05/1943 com a senhora Constância Pereira Mendes, com quem teve 09 filhos, 06 estão vivos, dos quais a acadêmica Adelaide Pereira Mendes, ocupante da Cadeira nº 11 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP).

Tem sua descendência portuguesa, por meio dos seus bisavôs: Tereza Augusta de Sá Mendes e Antônio Bernardo Gonçalves de Sá Mendes. Raul foi vereador, delegado, trabalhou no IBGE durantes anos. Desistiu da carreira política por conta de ter exemplo de honestidade, desaprovava algumas atitudes que acontecia em sua época de vereador do município.

Amante da cultura, amava as inúmeras toadas de bumba-meu-boi. Em suas conversas sempre contava como era seu antepassado, das situações as quais enfrentava, ainda mais como delegado da cidade. Raul Mendes era um católico assíduo, e um grande devoto de São Sebastião, de janeiro a janeiro não perdia uma novena.

Este nobre conterrâneo deixa uma vasta lembrança, exemplo de marido, grande companheiro, pois em todas as cerimônias estava lá, junto de sua magnífica esposa, dona Constância. Raul foi um grande exemplo de pai carinhoso, e muitas, muitas memórias, pois fez parte da história de Peri-Mirim. Faleceu em Peri-Mirim no dia 10/09/2019.

Raul e sua esposa participando de Sarau Cultural da ALCAP

O Pequeno Príncipe: Clube de Leitura ” Professor João Garcia Furtado” realizou encontro para análise da obra

O Clube de Leitura “Professor João Garcia Furtado” é um projeto de incentivo à leitura desenvolvido pela Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), que objetiva fomentar a leitura na comunidade como uma prática social, bem como contribuir para a formação de uma nova geração de leitores. O nome do projeto é uma homenagem ao professor João Garcia Furtado, patrono da cadeira nº 28, ocupada pelo acadêmico Diêgo Nunes Boaes.

A obra escolhida para inaugurar o Clube de Leitura foi “O Pequeno Príncipe” do escritor, ilustrador e piloto Antoine de Saint-Exupéry. Publicado em 1943, o livro narra uma bela história de reflexão e aprendizado. Com uma escrita fluida e simples, o autor incita o leitor a reavaliar seus valores, levando-o a repensar as verdadeiras riquezas da vida.

O encontro foi realizado no Colégio “Artur Teixeira de Carvalho”,  no dia 30 de novembro de 2019 e contou com a participação de alunos da Escola Carneiro de Freitas, Colégio Artur Teixeira de Carvalho, membros da ALCAP, professores e comunidade.

A presidente da Academia, Eni Amorim, deu inicio ao encontro, solicitando a apresentação de todos os participantes, em seguida, falou que o  projeto do Clube da Leitura Professor João Garcia Furtado está alinhado aos objetivos da Academia de Letras ciências e artes Perimiriense (ALCAP) e objetiva fomentar a leitura da comunidade como uma prática social e contribuir para a formação de uma nova geração de leitores. Após a apresentação foi feito um resumo da vida do Professor João Garcia Furtado também pela Presidente.

A mediadora do debate, Juliana Câmara, ressaltou a importância do projeto desenvolvido pela ALCAP, que é um grande estímulo para que as pessoas desenvolvam o hábito de leitura e elogiou a interação dos alunos com a obra. Juliana Câmara é graduada em Ciências Humanas/História pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e tem um artigo intitulado “O Pequeno Príncipe: um diálogo interdisciplinar entre literatura e ciências humanas na Escola Municipal Professora Alnir Lima Soares – Pinheiro-MA” publicado na Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, resultado de um projeto de intervenção.

Sobre o encontro, o participante José Ribamar Durans Neto, filho do acadêmico Venceslau Pereira Júnior, avalia como bastante proveitoso, dizendo que “Eu gostei bastante do projeto de leitura da ALCAP porque influencia nós, os alunos, a buscarmos mais conhecimentos, a lermos e a melhorarmos mais o nosso lado crítico“.

Participaram do 1º encontro os alunos Cauã Eduardo França, Ana Carolina Pereira, Shalana Câmara França, Brendha Caroline Câmara Boas, José Ribamar Durans Neto, Emili Kauany Garcia Melo, Fábian Grazielle Ferreira Gomes, João Kelvyn Santos Melo, Breno Kauê Martins Pereira, a mãe de um dos alunos participantes Cleudiane Sousa Garcia, a professora Maria de Lourdes Campos, a mediadora Julyana Cabral Araújo, a amiga da ALCAP Maria do Carmo Pereira Pinheiro e as acadêmicas Giselia Pinheiro Martins, Eni Pereira Amorim e Jessythannya Carvalho Santos.

O próximo encontro está agendado para dia 23 de maio de 2020, no Colégio Artur Teixeira de Carvalho. O livro-tema será “O Mágico de Oz”, de L. Frank Baum.

Para participar do Clube de Leitura é necessário inscrever-se no link e ficar atento aos informativos sobre os encontros nas mídias sociais da ALCAP.

Ata de Constituição

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) foi fundada em 20 de maio de 2018, mediante Estatuto e Ata de constituição, mediante Ata de Constituição que foi registrada em Cartório no dia 20 de junho de 2018.

Ata de Constituição da ALCAP