Lindiney Carlos, 26 anos, é um artista natural de Pinheiro, Maranhão. Sua trajetória artística começou na infância, influenciada pelos desenhos que eram feitos por seus tios. Relembra o artista que:
“Acho que isso acabou se tornando uma motivação. Somos quatro irmãos e mais três primos, morávamos lado a lado. Sempre desenhávamos (…) Chegamos até a competir entre nós para descobrir quem era o melhor desenhista da família”.
Atualmente, Lindiney e seu primo Adryermesson dividem o título de “melhores desenhistas” da família. Autodidata, ele aprendeu sozinho, com o apoio de seus irmãos e primos. Ao longo do tempo, conheceu outros artistas e aprimorou suas técnicas, mantendo-se aberto a novas ideias e experimentações: “nunca me prendo a materiais ou técnicas. Gosto de ser livre nas minhas criações. Acho que essa veia artística veio da família, apesar de não termos nenhum artista renomado. As histórias que conheço sobre eles me motivaram a ser quem sou”, reflete.
Além de desenhar, Lindiney também se destacou no universo da dança. Durante a adolescência, ingressou no breaking dance, estilo de dança de rua que integra a cultura hip-hop.
Sua relação com a comunidade é outro aspecto marcante de sua história. Há cinco anos, Lindiney contribui ativamente com sua igreja, tanto financeiramente quanto com trabalho voluntário. Foi nesse contexto que começou a doar sua arte para projetos evangelizadores. “Isso me deixou muito mais contente, porque aprendi muito sobre ser comunidade. Evangelizamos com arte, e isso me aproximou ainda mais da arte sacra“, explica.
Recentemente, Lindiney teve a honra de ser convidado para participar da exposição artística do II Festival ALCAP de Cultura, que aconteceu no dia 14 de novembro de 2024, em Peri-Mirim. Ele levou algumas das suas telas do arquivo pessoal, compartilhando com o público a profundidade e a diversidade de suas obras. Além disso, Lindiney também participou da Tenda Cultural do evento, onde fez uma demonstração de seu talento na dança, apresentando-se com a energia vibrante do hip-hop. Sua performance foi uma representação autêntica da cultura que ele tanto aprecia e promove.