Patrono da Cadeira nº 27 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), ocupada por Elinalva de Jesus Campos. Natural do município de Peri-Mirim, nascida no dia 28 de julho de 1919. Filha do casal Águida Botão Silva e Luís Silva. Seus pais a criaram no povoado chamado Serra hoje considerado um local extinto devido a migração de seus moradores para outros locais em busca de melhores condições de vida.
Júlia ficou conhecida popularmente como “Júlia da Serra”, titularidade adquirida devido ao local onde residia. Familiares acreditam que em 1959 aos 40 anos de idade ela migrou com sua família para o centro da cidade saindo do povoado que ficava a quatro quilômetros de distância e foi formado por integrantes de uma mesma família, após sua mudança para o centro e com a extinção de seu povoado, Júlia passou a ser referência no município como fonte de saber e informações sobre essa localidade.
A família da Dona Júlia era devota de Santa Terezinha por ser a santa que sua comunidade celebrava e festejava e assim como as pessoas de lá se deslocaram para outros locais com eles também saíram, costumes e tradições como a festividade religiosa que teve acompanhamento da missão canadense e que hoje é celebrada pela comunidade Campo de Pouso, pois é nessa capela que a Santa Terezinha trazida pelos moradores é festejada seguindo uma tradição que sobreviveu ao tempo e a extinção de muitas lembranças.
Júlia da Serra não foi alfabetizada e sempre trabalhou no cultivo da terra, ou seja, era lavradora, além do serviço braçal na roça fazia também suas atividades domésticas e cuidava de sua família. Ela nunca foi casada e teve quatro filhas dedicando seu tempo livre para educá-las.
Suas filhas são oriundas de relações diferentes: Marilda (in memoriam) e Matilde são filhas do seu Osvaldo; Maria de Jesus e Domingas são filhas de Raul Mendes. Após crescerem e construírem família duas delas permaneceram na cidade e outras duas fixaram morada em São Luís capital do Maranhão.
De suas filhas a Dona Júlia ganhou dezesseis netos que são; Maria Lucinda, Claudenice, Carlos, Claudinel, Claudia Regina (in memoriam), Claudilene, Claudenir, Jailton, Edmundo Filho (in memoriam), Edmeyre, Jerferson, Poliana, Paloma, Elieide, Silvancilda e Edglébson. Netos estes pelos quais a avó possui afeto e um carinho enorme vivendo sempre rodeada de muito amor e cuidados.
Além dos netos, Júlia tem os seguintes bisnetos: Kedson, Rhayanne, Jhonata, Ana Carolina, Paulo Henrique, Carla, Kauany, Junior, Agatha Carolina, Alice Sofia, Jailton Júnior, Iara, Rebeca, Isabela, Ana Lívia, Rafael, Thamyla, Sâmilla, Caio Nohan, Cássio, Margarida, Kerllyson e Kelly. Tem nove tataranetos, Rhayk, Kayla, Yamilla, Enzo, Ana Julia, Maria Clara, Maria Eduarda (in memoriam), Pedro Kauã e Dhyovana.
No livro Curiosidades Históricas de Peri-Mirim, o autor fala um pouco de Júlia e de seu povoado do qual carinhosamente recebeu seu apelido. Ela faleceu em 01 de julho de 2015 com seus 96 anos.