ENTREVISTA REALIZADA EM 07 DE SETEMBRO DE 2022
ENTREVISTADOR: Acadêmico Francisco Viegas Paz
Acompanharam a entrevista alternadamente: João Lopes (genro), Clóvis Martins Pinheiro (filho) e Rosa Amélia Pinheiro Lopes (filha).
Sebastião Álvares Pinheiro, nasceu em 19 de janeiro de 1931, (atualmente com 91 anos de idade), no povoado de Minas, município de Peri-Mirim, filho de Vicente Nunes Pinheiro e Ângela Álvares Pinheiro. Ele se considera lavrador, embora praticasse o comércio de compra e venda de bens de consumo alimentar e outros produtos.
Sebastião foi aluno da professora Cecília Botão, com quem estudou até a 5ª série do primeiro grau. Como foi bem alfabetizado, desenvolveu a técnica de pronunciar o alfabeto de trás para frente.
Sebastião foi casado com Damiana Francisca Martins Pinheiro, já falecida e com a qual teve os seguintes filhos:
01 – Antônia Martins Pinheiro;
02 – Sebastião Martins Pinheiro;
03 – Clóvis Martins Pinheiro;
04 – Fátima Martins Pinheiro;
05 – Rosa Maria Martins Pinheiro;
06 – Luiza Helena Martins Pinheiro;
07 – Rosa Amélia Pinheiro Lopes.
Sebastião é um homem dedicado à religião católica, que a pratica em prol da família e da comunidade. É de sua autoria entre outros a criação da comunidade J.J.M. (Juçaral, Jaburu e Minas).
Durante muitos anos Sebastião conviveu com uma doença que dificultava o seu deslocamento e o fazia andar com passos trôpegos. Em função disso frequentava constantemente consultórios médicos. De tantas idas e voltas, os profissionais de saúde formaram uma junta médica com o intuito de estudarem a sua patologia e tentarem reverter o quadro clínico ora apresentado. E deu certo. Sebastião foi medicado e encaminhado para o Sara em Brasília. O remédio milagroso, até hoje, o mantém literalmente de pé.
Com todas as dificuldades que a vida lhe impôs por muitos anos, ele não se entregava a convalescência e trabalhava na lavoura e principalmente comercializando todo tipo de mercadoria, levando umas de Peri-Mirim para São Luís e trazendo outras de São Luís para Peri-Mirim, em barco a vela, na época da sua militância.
Sebastião criava um pequeno rebanho de gado para a subsistência da família, conforme relatou sua filha Rosa Amélia.
O entrevistador agradeceu em nome da ALCAP e encerrou a entrevista.