Durante o II Festival ALCAP de Cultura, ocorrido no dia 14 de novembro de 2024, vários artesãos expuseram os seus trabalhos, formando um lindo colorido na Praça São Sebastião, local do evento. A poetisa e acadêmica da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), compôs uma bela poesia em homenagem aos artistas, conforme abaixo:
Para eu poder escrever
Peço a Deus inspiração,
Pois a história a relatar
É sobre arte e vocação
As artesãs do lugar
Devem-se reverenciar
Fazer arte, sua paixão.
Peri-Mirim tem privilégio
com pessoas talentosas
Alguém produz o crochê
Em cores harmoniosas
Para o sucesso obter,
Peças feitas com prazer
Quão lindas e majestosas!
Os resíduos se transformam
Em luminárias a brilhar
Se aproximando o Natal
Os amigos a encomendar.
A cerâmica peça vital
Para aumentar o capital,
Da economia do lugar.
Muitas iguarias de doces
Passam a ser fabricados
Para o segundo festival
À população, apresentados
O povo se deliciou e tal
Mesmo de forma informal
Os produtos, degustados.
E assim vamos em frente
Para falar do artesão
“Cris Artes e Crochet”
Produzindo tudo à mão.
Sua arte não é clichê
Isso eu posso dizer
Faz com carinho e paixão.
Kit de banheiro, tapetes
Guardanapos e toalhas
Tudo pronto para seu lar.
Seu arremate é sem falhas,
Isso eu posso afirmar
Você pode encomendar
Porque nada lhe atrapalha.
Cada peça é um valor
Pesado com o coração.
Quase não dá para lucrar,
Mas faz tudo com paixão
Clientes estão a aumentar
Com a ALCAP a divulgar
Baixou tudo, é promoção!
Cristiane é professora
Essa é a sua profissão.
Ela só pega na agulha
Quando está folga, então
O seu trabalho lhe orgulha
Nos estudos ela mergulha
Inovar lhe dá emoção.
Mudemos agora de artista
Trazendo para o momento
Laurejane Amorim, artesã
Seu artesanato é portento
Faz arte até de arumã
Conhecida aqui de guarimã
Nita tem muito talento.
Resíduos se tornam arte
Nas suas talentosas mãos
Os licores são manjá
Saborosos, uma benção.
Tudo pode lhe inspirar
Até caco de anajá
A uma porção de grãos.
Faz guirlanda, abajur
Cria, recria, aproveita
Aprecia o reciclar.
Suas mãos tudo se ajeita
Você pode contemplar
Querendo, pode comprar
A sua arte é perfeita.
Tudo o que faz é com esmero
Do início ao acabamento
Produz mesmo por paixão
Emprega bem o seu tempo
Todos lhe têm admiração.
A chave é o seu coração
Cheio de paz e contentamento.
Ainda temos artistas
Frutos deste lugar.
Da família de Nhonhô
Que foi a pedra angular.
Kátia produz por amor
Fazer arte, seu labor
Por certo, ouviram falar.
Possui canal no Youtube
Para a juventude ensinar
As suas bonecas de pano
Valem apena apreciar.
Posso afirmar sem engano
Ela é um lindo ser humano
Vocês podem acreditar.
As peças que ela produz
Possuem um grande valor
Muito mais sentimental
Pois Kátia faz com amor
faz produto artesanal
De forma profissional
Suas mãos são de pintor.
No festival da ALCAP
Vieram nos prestigiar
Uma dupla de ceramistas
Para sua arte apresentar
Elas são bem detalhistas
Do barro, são as artistas
fazem do jarro ao alguidar.
É cada peça tão linda
Que atrai o nosso olhar.
São fabricadas à mão
Todos ficam a admirar
Bilha, pote, prato então,
Causam boa impressão
Itamatatiua é o lugar.
Carliane e Kare Rose
São oleiras do lugar
São de longe, bem longe
Mas conseguiram chegar
Lá o sol cedo se esconde
Bem lindo atrás do monte
Pode vir, se aconchegar.
Poderia passar mais tempo
Para a arte poetizar
Porém, faltaria leitor
Por o cordel se alongar
Mas fiz tudo com amor
Quero agradecer ao Senhor
Por estes versos rimar.