Patrona da Cadeira nº 09 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), ocupada por Cleonice de Jesus Martins Santos. Nasceu no 20 de março de 1930, em Peri- Mirim-MA, filha de Sérgio Martins Campos e Eugênia Costa Campos. Era conhecida como Maria Sodré.
Iniciou os estudos em sua a cidade natal, formando-se normalista. Conheceu e apaixonou-se por José Sodré Ferreira, casando-se com este em 21 de setembro de 1951, com quem teve cinco filhos: João Campos Sodré Ferreira (in memorium); José Sodré Ferreira Filho; Antônio Campos Sodré Ferreira (casado com uma irmã de Cleonice, a quem tem como irmão); Alcides Campos Sodré Ferreira e Sheila Campos Sodré Ferreira. Também criou e amou igualmente a seus filhos de criação, Ana Teresa Macedo Ferreira, Pedro Castro Lopes e Cafeteira.
Por ser uma pessoa bastante influente na sociedade perimiriense, teve mais de trezentos afilhados, pois os pais a levavam como madrinha de seus filhos na certeza de que eles estariam seguros e protegidos de quaisquer adversidades.
Em 1955, aos 25 anos, prestou concurso público para tabeliã no Cartório de Ofício Único em seu município, onde permaneceu por 47 anos, passando o cargo ao seu filho José Sodré Ferreira Filho.
Foi uma pessoa comprometida e muito caridosa, ajudando as pessoas carentes com seus serviços gratuitos, registrando certidões e celebrando casamentos indo às comunidades juntamente com o Juiz de Paz, Jorge Maia, utilizando como transporte canoas ou cavalos, já que na época eram os únicos meios de transporte disponíveis.
Tinha como hobby reunir-se nos finais de semanas com amigos para jogar canastra e buraco, sempre acompanhados de café com biscoito ou refresco de frutas da estação, onde sorriam muitos com as piadas e assuntos referentes à sua cidade e seu povo. Também gostava muito de ler romances e bordar toalhas para preencher o tempo e não se sentir sozinha.
Sempre organizada e perfeccionista, com uma caligrafia belíssima e um raciocínio que impressionava a todos. Um exemplo de mãe, esposa e amiga que viveu muito além do seu tempo.
Aos 65 anos, infelizmente, para tristeza de todos que a amam, foi acometida pela doença de Alzheimer.
Faleceu no dia 21 de setembro de 2016, aos 86 anos, deixando com legado um exemplo de sentimentos puros para seja lembrada como alguém que viveu feliz, vencendo desafios, lutas e conflitos sempre de maneira sábia e prudente, partilhando e participando dos eventos sociais, vivendo em comunhão com o próximo.
Eu sou uma das sobrinhas de Mãe Cota como eu a chamava e com certeza amava muito e ela nunca esqueceu dos filhos de sua irmã Dílu como todos a chamavam a minha mãe que nos ajudou demais na fase mais difícil de nossas vidas. Fico muito honrada dessa publicação pois ela merecia e merece ser lembrada pela pessoa linda humana e generosa que foi minha outra mãe. Saudades mil da sua convivência qdo criança. Obrigado por tudo que fez pela nossa família.