Eunice Diniz Pereira

Conhecida como Dona Nicinha. Eunice nasceu no dia 8 de maio de 1942, no povoado denominado atualmente de Mangueiral, no município de Peri-Mirim. Filiação: Marcelino Diniz e Almerinda Almeida Diniz. Casou-se com Raimundo Pereira no dia 28/11/1957, com quem teve 10 (dez) filhos: Edson, Evilásio, Edilson, Antônio Luís, Francisco das Chagas, Sebastião, Edna, Nasaré, José Raimundo e Edenilson.

Em Peri-Mirim, Dona Nicinha é considerada a maior autoridade quando o assunto é Festa do Divino Espírito Santo. Iniciou-se nas festividades no dia 15/12/1979, no povoado hoje chamado Igarapé Açu (nessa época eram sempre animadas com o período natalino que finalizavam 23, 24 e 25 de dezembro).

O gosto pela festividade foi herdada da tia Maria Lucinda Almeida Diniz, que com seu falecimento, a avó de Nicinha, Maria Agda Almeida e seu tio Raimundo Almeida Diniz (Bê) continuaram com a festa na Enseada do Pau D´Arco, hoje Canaranas. Falecendo sua avó, seu tio continuou, falecendo seu tio a festa parou por alguns anos, até que Nicinha resolveu resgatar a festa até os dias atuais.

Conta Dona Nicinha que nas festas dos seus familiares, Dona (mãe de Margarida) emprestava a imagem do Divino para a festa. A festa era animada e boa que ninguém queria que parasse.

As principais festas eram feitas por Bernadino na Ilha Grande; Sinhá de Caetano na Enseada Santo Antônio; Maria de Santinho no Cametá e Ascensão nos Porções.

A festa do Divino possui um ritual pré-estabelecido, composto por: 4 bandeiras, 4 caixeiras, 1 bandeira do Império, 1 Imperatriz, 1 Mordoma, 2 Aia, 1 Mestre-sala, 1 Rei e 1 Rainha. O número de bandeiras tem que ser igual ao número de caixeiras.

O festejo do Divino Espírito Santo é regado com muitas comidas e bebidas. Os mais antigos pagavam promessas com a realização de festas anuais.

No 1º Sarau Cultural da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), realizada no dia 07 de abril de 2019, a equipe de Nicinha abrilhantou o evento.  A equipe foi composta por: Mazoca, Domingas, Nicinha,  Maria Rosa, Rosa e Sibuca do Igarapé Açu; Sebastiana do Jaburu, Domingas Caul do São Lourenço; Marizinha e Wenya do Cametá; Isabel e Ducineia do Portinho; Rosinha, Da Paz e Teresinha.

As contribuições de Dona Nicinha para a manutenção da  festa do Divino ajudaram no resgate de festas tradicionais quase esquecidas. Ela também participa do levantamento e derrubamento de mastro no festejo do padroeiro de Peri-Mirim, São Sebastião.

Entrevista realizada por Diêgo Nunes Boaes e envaida à redação de O Resgate.

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