Por Jessythannya Carvalho Santos
Patrono da Cadeira nº 23 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), ocupada Jessythannya Carvalho Santos. Foi comerciário, político, nasceu na Fazenda Santo Agostinho, Macapá, 4.º Distrito de São Bento, atualmente Peri-Mirim, MA, em 16 de março de 1905, e faleceu na mesma cidade, em 22 de fevereiro de 1970.
Filho de José Antônio Marques e de Maria Álvares Marques. Fez os primeiros estudos com um professor particular, na fazenda onde nascera.
Ainda jovem, mudou-se para São Bento-MA, onde se empregou nas Casas Pernambucanas, grupo de lojas que vendia tecidos, viajando posteriormente para uma cidade no interior do estado de Pernambuco para gerenciar uma das filiais da empresa. Também gerenciou uma loja do grupo no município de Piancó, estado da Paraíba, por três anos.
Em 1933, começou a gerenciar o próprio negócio, uma casa comercial, na cidade de Palmares, Pernambuco, onde permaneceu por sete anos. Nessa cidade, casou-se com Julieta de Almeida Castro Marques, professora normalista, nascida em Pernambuco, com a qual não teve filhos, tendo criado Maria Tereza Leite Amorim, nascida no município de Pesqueira, estado de Pernambuco e posteriormente Lígia Maria Amorim Câmara, filha de Maria Tereza com Raimundo João Lopes Amorim (Doca Amorim).
Em 1939 retornou à Macapá, já elevado à categoria de município naquela época, onde instalou uma casa comercial, fixando residência na Fazenda “Cruzeiro do Sul”. A casa comercial foi instalada na rua Desembargador Pereira Júnior, onde hoje é o sindicato dos lavradores.
Restaurada a democracia, ingressou na política em 1947, sendo eleito ao cargo de prefeito de Peri-Mirim pelo partido Republicano, ao lado da vice-prefeita professora Naísa Ferreira Amorim (1948-50). Naquela época, já havia ocorrido alteração da toponímia Macapá para a denominação Peri-Mirim.
Em 1951, foi eleito à vice-prefeito, ao lado da cadidata à prefeita professora Naísa Ferreira Amorim. Um mês após tomarem posse, diante da renúncia da prefeita, Agripino Marques assumiu a cadeira de chefe do executivo (1952-55).
Em 14 de setembro de 1952, inaugurou o prédio do centro administrativo da Prefeitura Municipal, o qual permanece ativo até os dias atuais, e a Usina de Luz e Força da Cidade, um possante motor de energia elétrica. Na época, em matéria publicada no Diário Popular, Agripino Marques foi exaltado pela operosidade, descortino e pela administração modelar, realizando obras de vulto incontestáveis no município, sendo considerado, nas palavras do senador Vitorino Freire, “o mais dinâmico auxiliar do atual governo, no interior do Maranhão”.
Nas eleições municipais de 1955, foi eleito vereador e presidente da Câmara Municipal de Peri-Mirim (1956-60).
Em 1960, foi eleito novamente prefeito de Peri-Mirim, ao lado do vice-prefeito Pedro Augusto de Melo (1961-65). No término desse mandato, Agripino Marques ficou licenciado várias vezes para tratamento de saúde, e encontrando-se seriamente enfermo e impossibilitado de exercer suas atividades, recolheu-se à vida privada, na sua fazenda, onde faleceu em 22 de fevereiro de 1970.
Dentre os benefícios realizados no município de Peri-Mirim nos governos de Agripino Marques, destacam-se ainda: construção do colégio “Carneiro de Freitas”; construção de escolas nos povoados Jaburu, Santana, Inambu e outras; construção da Barragem dos Defuntos; construção da Praça São Sebastião; construção do mercado público; construção de um campo de pouso na Boa Vista; construção da Barragem Vitorino Freire (Portinho); início da construção da cadeia pública; construção de tanques nos campos, construção da Igreja São Sebastião, com auxílio dos munícipes, através do concurso de bonecas e de rainha.
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