MEMBRO DA ACADEMIA DE PERI-MIRIM PARTICIPA NO PIAUÍ DE PALESTRA SOBRE OS 18 ANOS DA LEI MARIA DA PENHA

José Sodré Ferreira Neto, membro fundador da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), participou nesta quarta-feira (21/08/2024) de uma mesa redonda sobre o Agosto Lilás em Valença do Piauí. O objetivo do evento foi promover reflexão e ação contra a violência doméstica.

O grupo de mulheres do projeto Casa de Maria organizou uma mesa redonda em alusão ao Agosto Lilás, campanha de conscientização sobre a violência contra a mulher. O evento contou com a participação de importantes autoridades do município de Valença do Piauí, como o juiz Dr. José Sodré, a promotora Dra. Débora Aragão, o delegado regional Dr. Maycon Braga, e o comandante do 23° Batalhão da Polícia Militar, coronel Jaíro.

Durante o encontro, houve uma troca significativa de ideias e experiências entre os presentes. Autoridades e membros de entidades locais discutiram estratégias para combater a violência doméstica na região do Vale do Sambito. A relevância desse diálogo foi ressaltada pela membro do projeto Casa de Maria, Mauricelia Sousa, que destacou a importância de articular a rede de proteção à mulher. “Daqui a gente já tirou alguns encaminhamentos e a gente espera que com tudo isso venha reduzir os índices da violência doméstica no nosso município.”

A celebração dos 18 anos da Lei Maria da Penha também foi um momento marcante da discussão. Mauricelia Sousa relembrou que, embora a legislação tenha representado um avanço significativo, ainda há muitos desafios pela frente, especialmente no que diz respeito à continuidade do atendimento às vítimas de violência. “Às vezes chega uma mulher que é atendida na delegacia, ou no CREAS ou no CRAS, mas não tem uma continuidade desse atendimento, e aí acaba que esse ciclo da violência, ele permanece”, comentou.

O delegado regional Dr. Maycon Braga trouxe à tona a gravidade da situação na região, mencionando que os números de violência contra a mulher continuam altos no Vale do Sambito. Ele destacou a importância de conscientizar as futuras gerações, ao afirmar que “essa futura geração aí possa então ter essa consciência que todos nós somos seres humanos, não tem que ter diferença entre homens e mulheres e que a gente construa uma sociedade melhor.”

A promotora de justiça Dra. Débora Aragão reforçou a importância de uma atuação conjunta entre os diferentes órgãos para melhor atender à população. “Poder se articular para prestar o melhor serviço à população, às pessoas que estão nessa condição precisando de auxílio, vítima de violência doméstica”, destacou Dra. Débora.

Integrante da Patrulha Maria da Penha, a policial militar Yarah Lopes ressaltou a importância de manter a conscientização ativa ao longo de todo o ano, não apenas em agosto. Segundo ela, “quando a mulher se torna instruída, ela começa a perceber que está sendo vítima de violência e é capaz de procurar ajuda.”

O juiz da comarca de Valença, Dr. José Sodré, concluiu o encontro destacando a necessidade de fortalecer o combate à violência doméstica por meio de um esforço conjunto e coordenado:

“Nós saímos aqui hoje com essa ideia de criar uma interligação, um fluxo de procedimento, um protocolo de fato de atendimento que a gente possa juntar todo mundo, de fato, com esforço comum para tentar fortalecer esse combate”, afirmou.

Ele ainda enfatizou que tudo que está sendo feito hoje em prol das mulheres é uma compensação pela desigualdade com que as mulheres foram tratadas historicamente.

“Isso é uma correção histórica, a mulher ela de muito tempo sofre violência, como alguns colegas comentaram hoje nas suas falas, a mulher não tinha direitos, passou a votar depois, passou a jogar futebol muito depois dos homens, e essas leis de proteção, essas leis de cotas eleitorais para mulheres, elas visam corrigir uma discrepância histórica, não é porque quer privilegiar a mulher, de forma alguma a gente quer corrigir anos e anos de discriminação, então essa lei Maria da Penha, por exemplo, é um exemplo claro disso, então as mulheres estão sendo protegidas de maneira mais efetiva em razão de terem sido esquecidas durante grande parte da história”, frisou o juiz.

O evento, além de promover uma reflexão profunda sobre os desafios enfrentados na luta contra a violência doméstica, reafirmou o compromisso das autoridades e entidades locais em buscar soluções concretas para proteger e apoiar as mulheres vítimas de violência.

Fonte: https://portalv1.com.br/mesa-redonda-do-agosto-lilas-em-valenca-do-piaui-promove-reflexao-e-acao-contra-a-violencia-domestica/

ATA DA REUNIÃO DA ALCAP DO DIA 17 DE AGOSTO DE 2024

Aos 17 dias do mês de agosto de 2024, às 8:30h, no prédio da Escola Artur Teixeira de Carvalho, sala 08, reuniram-se membros da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP). Estavam presentes os confrades Venceslau Pereira Júnior, Manoel de Jesus Andrade Braga, Giselia Pinheiro Martins, Alda Regina Ribeiro Correa, Maria Nasaré Silva, Ataniêta Márcia Nunes Martins, Carlos Pereira Oliveira (Carlos Pique), Raimundo Martins Campelo e Liliene da Glória Costa Ferreira para tratarem sobre a seguinte pauta:

  • Prêmio Naisa Amorim/2024;
  • Biblioteca Professor Taninho e
  • Desfile cívico.

O senhor presidente, Venceslau Júnior, iniciou a reunião com oração pedindo a iluminação do Espírito Santo na condução dos trabalhos da ALCAP, se desculpou pela demora em reunião/assembleia geral e desejou boas-vindas a todos. Durante sua fala fez uma exposição sobre os eventos da ALCAP, ou seja, sobre o calendário anual de atividades desta honrosa instituição e sobre a pauta a ser tratada e, sobre a tomada de decisões nesta assembleia. Reforçou a importância da participação de todos os confrades/confreiras. Logo em seguida, os confrades presentes expuseram suas opiniões acerca da pauta do dia. Todos, em comum acordo, reforçaram a importância da realização dos eventos da ALCAP, fazendo uma ressalva: “que a ALCAP deve sim realizar eventos, porém de forma leve e prazerosa. ”

A reunião transcorreu tranquilamente e, através de votação, algumas decisões foram tomadas:

  1. Sobre o III Prêmio Naisa Amorim: este fica adiado, por conta do ano atípico em que está se vivendo, logo o III Prêmio Naisa Amorim ficará para 2025;
  2. Sobre a Biblioteca Professor Taninho: ficou decidido que funcionará apenas em um turno, no vespertino. O estagiário ficará durante toda a semana e, em forma de rodízio, entre confrades e confreiras, de acordo com a disponibilidade de cada um e
  3. Sobre o Desfile Cívico de 7 de setembro: A ALCAP não desfilará, porém será homenageada durante o desfile.

Após a deliberação da pauta, o senhor presidente, Venceslau Júnior, convidou a todos para a comemoração simbólica aos aniversariantes da ALCAP do primeiro semestre.

Nada mais havendo a tratar, eu, Giselia Pinheiro Martins, primeira secretária, redigi a presente ata que, depois de achada conforme, vai assinada por mim e demais membros da ALCAP.

Peri-Mirim, 17 de agosto de 2024

DANDO (A) VIDA AOS CRISTAIS BRANCOS: SAL E AÇÚCAR

Por Edna Jara Abreu Santos

Dois tipos de grãos com cor e textura confundíveis em nossas cozinhas, mas sabores totalmente diversos um do outro, remontam histórias antepassadas em que suas descobertas trouxeram uma verdadeira revolução em todo o planeta Terra. O registro do uso do sal vem de civilizações bem antigas, há mais de cinco mil anos. Sendo este utilizado por muito tempo como moeda de troca no Império Romano, usado para purificação dos corpos e até na Bíblia recebe menção honrosa. Já o açúcar, descoberto na Ásia no século V, era visto como um produto de luxo, caro, desejado e era dado como dote nos matrimônios. A relação do açúcar com o Brasil, começou a partir de 1500, com a chegada dos portugueses.

Neste documento, remonto tempos bem avelhantados, onde os trabalhadores das salinas e engenhos de cana-de-açúcar encontravam um importante meio de sobrevivência. Sim, o sal e o açúcar não eram vistos apenas como meros temperos, mas sim, como produtos que geravam emprego e renda.

Esta autora poderia retratar os tempos atuais, onde as empresas com seus operários utilizam recursos tecnológicos sofisticados para obter o sal e o açúcar materializado com rapidez para serem comercializados. É um processo que ainda tem uma rentabilidade grande e muitas ofertas de empregos, porém, menos penoso do que ocorria nos anos 50 a 70 no Brasil, e mais especificadamente, na Baixada Maranhense.

Sabe-se que hoje, ambos perpassam por vários estágios para, enfim, serem considerados produtos consumíveis. São produtos de fáceis acessos nos comércios e quando utilizados, se dissolvem rapidamente e ficam quase imperceptíveis na água. Porém, antes, estes cristais eram extraídos da natureza de forma bruta e mesmo assim, alimentavam famílias inteiras por longos períodos. O sal grosso era utilizado para a conservação dos alimentos, quanto mais sal e seca a comida, mais tempo ela durava e ficaria intacta de insetos e larvas.

Crescer em Peri-Mirim, originalmente Macapá*, dentro de uma família sem riquezas, tendo como único meio de sobrevivência a lavoura, levou o senhor José Ribamar Abreu** a aprender trabalhar um pouco em tudo tendo como exemplos, seus pais. O contato do seu pai João Abreu (mais conhecido como ‘João Paturi’) com a única Salina mais perto – ficava nos limites entre São Bento, Bacurituba, Peri-Mirim e Bequimão – após a Vala, o fez ainda criança, com a idade de 12 anos ir trabalhar na praia de Bate Vento, localizada em Cururupu-MA (aprox. 85 km de distância de Peri-Mirim). Na época não havia outro meio de transporte, senão andar a cavalo, então conta que foram dias longos e cansativos de viagem.

Já com seus vinte anos foi buscar sua sobrevivência e da sua família, nas salinas da praia de Raposa/MA. Alguns anos morando e trabalhando lá lhe renderam um bom dinheiro, já que chamavam aquele lugar de “garimpo de cristais de sal”. Buscando bem fundo da sua memória, coisas que aconteceram há mais de meio século, conta que:

“A turma que vinha trabalhar de fora era chamado de ‘Arigó’*, estes se juntavam com os demais moradores da praia. A extração de sal nas salinas só podia acontecer no verão, pois no inverno, a força da água atrapalhava todos os processos que a água salgada passava. Os chamados ‘chocadores’ eram do tamanho de um campo de futebol na beira da praia com extremidade de poucos centímetros. A água sempre era aferida permanecendo entre 26º a 29º para poder “coalhar” o sal. No ‘abaixamento’, os salineiros vinham fazendo o remonte nas paredes.

O outro processo era chamado de ‘balde’, que consistia em lavar o local com três ou quatro baldadas de água, para então secar. O sal alvo empedrava nas paredes, e estando seco, estava pronto para ser retirado. Cavavam com um ‘chacho de pau*’ e tiravam as barras. Todas já secas eram levadas para os “paiós” (casas bem largas e amplas). Quando os paiós não aguentavam a quantidade de barras de sal dentro, os salineiros arrumavam-nas em pilhas ao lado de fora. Tiravam palhas de buritizeras, carnaubeiras e etc., ou compravam para poder cobrir as rumas de sal, depois queimavam. Ao queimá-las, criava uma camada sobre o sal, que as chuvas do inverno não conseguiam retirar. Em dezembro cessavam todos os trabalhos e os trabalhadores retornavam para suas casas, para no verão recomeçar tudo.

Diz que o trabalho era bem pesado, mas a renda compensava. E as embarcações eram todas à vela, porém, tinha apenas uma lancha da Capitania de São Luís. Esta era temida pelos contrabandistas de cargas de sal, farinha e etc., o destino destes era Bragança-Pará. Depois de um tempo, parou-se com essas salinas e adotou-se naqueles locais os viveiros de camarões. ”

Em Peri-Mirim eram poucos os homens que se aventuravam nesses trabalhos de extração de sal em cidades distantes ou até em outros Estados. Pois encontravam aqui uma terra rica em nutrientes e bem úmida, para a lavoura, e ainda proporcionava ótimo cultivo de cana-de-açúcar, que perpassava um ano e meio para estarem prontas para o corte. Conta que houve vários engenhos aqui na cidade, onde eles faziam o ‘açúcar mulatinho’ ou açúcar preto. Em sua casa no povoado Rio Grande, (Torna), ele cultivara um pequeno canavial por alguns anos. Tinha alguns tipos de cana, como a ‘soca’ e ‘cana nova’. A engenhoca usada para espremer a cana era difícil de ser manuseada, precisava sempre de dois homens. Lá faziam garapa e mel, fervendo o líquido da cana em latas e caldeirões grandes, adoçando assim todo tipo de alimento que desejasse ou comendo puro mesmo com farinha de mandioca.


* A Lei nº 850, de 31 de março de 1919, criou o Município de Macapá. Mais tarde, por meio do Decreto-Lei nº 820 de 30 de dezembro de 1943, o topônimo de Macapá foi alterado para Peri-Mirim.
**Conhecido na cidade como ‘Zé Abreu’, nasceu em 23 de outubro de 1944 no Povoado Rio Grande. Filho de João Abreu e Eugênia Martins Abreu.
*** “Arigó” foi o nome dado aos grupos que vinham de outra cidade ou estado trabalhar nas salinas.
**** Ferramenta de trabalho contendo ferro e madeira.

REGIMENTO INTERNO DA ALCAP REGISTRADO EM CARTÓRIO

Aos vinte e um dias do mês de setembro do ano de dois mil e vinte e três, às 19:21 horas, nesta cidade Peri Mirim, Estado do Maranhão, no Centro Educacional “Artur Teixeira de Carvalho”, situado na rua Presidente Getúlio Vargas s/n, Centro, reuniram-se em Assembleia Geral, os membros da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense- ALCAP, com a finalidade de analisar, debater e aprovar o Regimento Interno. Assumindo a presidência dos trabalhos a senhora Ana Creusa Martins dos Santos, presidente da ALCAP, que designou a mim, Diêgo Nunes Boaes, para atuar como secretário desta reunião.

REGIMENTO INTERNO DA ALCAP REGISTRADO EM CATÓRIO

NOVA DIRETORIA DA ALCAP PROMOVE PRIMEIRA REUNIÃO

Em reunião dirigida pelo novo presidente da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), Venceslau Pereira Júnior, foi definido o Calendário de Atividades para o exercício de 2024. O encontro ocorreu ontem 09 de junho, foram tomadas as devidas providências, conforme detalhamento abaixo:

1. Biblioteca ALCAP Prof. Taninho – manter a escala dos acadêmicos, estamos aguardando os estagiários do Governo do Maranhão, mas mesmo assim é para manter a designação dos acadêmicos para eventuais situações futuras;
2. Serão mantidos os horários dos acadêmicos na Biblioteca;
3. Será acrescentado no Regulamento da Biblioteca que todos os membros no seu mês de férias darão plantão 01 semana na biblioteca, apenas um turno; (com exceção dos que registram frequência no trabalho toda semana);
4. Ficaram definidas as datas para as reuniões ordinárias da Diretoria:
✅ 05/07- Novos membros (editais, comissão), prêmio Naisa retorno de Zaine
✅ 02/08- Organização do 3° Prêmio Naisa
✅ 06/09- Prêmio Naisa
✅ 04/10- Festival ALCAP
✅ 01/11- a definir
✅ 06/12- a definir
5. Sobre o 3° Prêmio Naisa Amorim, o calendário é o seguinte:
✅ 16/09 a 27/09- Inscrições do Prêmio
✅ 30/09 a 11/10- Correções dos trabalhos
✅ 18/10- Culminância/ Premiação
✅ 16/11- Participação da 7ª Edição da Ação de Graças na Jurema
✅ 17/11- Almoço tradicional no Sítio da Jurema.

Na oportunidade da Tesoureira da gestão anterior fez a transição dos documentos e materiais ao novo Tesoureiro, Diêgo Nunes Boaes.

INAUGURAÇÃO DA BIBLIOTECA ALCAP PROF. TANINHO

Um sonho que se tornou realidade!

Em solenidade realizada no dia 24 de maio de 2024, a Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), em parceria com Sindicato dos Profissionais da Educação e Servidores Municipais de Peri-Mirim (SINDPROESPEM), celebrou a inauguração da Biblioteca ALCAP Professor Taninho.

O nome da biblioteca foi dado em homenagem a Raimundo João Santos, Prof. Taninho, em reconhecimento ao seu extraordinário valor e pelos relevantes serviços prestados ao município de Peri-Mirim, cuja trajetória foi marcada pela competência e dedicação. Ele é patrono da Cadeira nº 28 da ALCAP, ocupada por Jaílson de Jesus Alves Sousa.

Prestigiaram o evento, os vereadores Charles Antoine Nunes Almeida; Pablo Lahonne Ferreira Gomes; membros da ALCAP; o Diretor da Secretária da Saúde do Trabalhador, Nilson França Oliveira, representando o Presidente do SINDPROESPEM, Lourivaldo Diniz Ribeiro; Diretores de Escolas, professores, alunos, membros do Coletivo BoraVer, familiares e amigos do Patrono que nomeia a biblioteca, entre outros representantes da comunidade.

Situado na Rua Desembargador Pereira Junior, nº 85, no Prédio do SINDPROESPEM, a biblioteca conta, atualmente, com um acervo de aproximadamente 900 livros, fruto de doações, variando entre literatura infantil, juvenil, poesia, literatura brasileira, filosofia e estará aberta à comunidade a partir 27 de maio de 2024, de segunda e a sexta, 08 às 11 e das 14 às 17 horas.

O professor Nilson França Oliveira, e um dos diretores do SINDPROESPEM, enfatizou que a parceria do sindicato com a ALCAP trará muito benefícios para o município e rogou para que esse projeto seja valorizado pelas próximas gestões do sindicato.

A professora Alda Regina Ribeiro Corrêa falou da honra e alegria em trazer os alunos do Colégio ARC para prestigiaram a inauguração da biblioteca e parabeniza a ALCAP pela grande iniciativa.

O aluno Yure Benedito Corrêa Amorim da Escola Municipal Cecília Botão destacou a importância das bibliotecas na transformação de novos leitores e chamou a atenção para o fato das crianças atualmente não usarem mais os livros para realizarem suas pesquisas pela facilidade que a internet proporciona.

Jessythannya Carvalho Santos, filha do patrono homenageado, agradeceu em nome da família pela grandiosa homenagem da ALCAP, pela grande parceria do SINDPROESPEM e por todas as doações de livros e no final firmou o compromisso como membro fundadora da Academia de que muitos projetos serão realizados para promover o incentivo à leitura, ampliar o acesso ao livro, a criatividade e o prazer pela leitura.

A Secretária da ALCAP, Eni do Rosário Pereira Amorim, destacou a importância o projeto para a democratização do acesso à informação e o papel social das bibliotecas e finalizou ressaltando todo o esforço da Presidente da ALCAP, Ana Creusa Martins dos Santos, para a concretização desse sonho.

“Estar presente neste momento tão significativo nos enche de orgulho e esperança em um futuro promissor para nossa cidade. Um futuro em que nossas crianças e adolescentes perimirienses possam ter acesso a livros…”, falou Ana Sheilla, voluntária do Coletivo BoraVer.

Para Ana Creusa Martins, presidente da ALCAP, cujo mandato encerrou brilhantemente com a inauguração da biblioteca, o espaço será um centro cultural na cidade de Peri-Mirim, promovendo atividades como consulta e empréstimo de livros, saraus, mediações de leitura e palestras. Ainda segundo ela, a instalação da biblioteca faz parte da expansão do Projeto Clube de Leitura Professor João Garcia Furtado, o qual visa fomentar o interesse pela leitura.

Após a solenidade a família doou para o acervo da biblioteca um quadro do Professor Taninho e professora Alda Ribeiro Corrêa doou o Testamento Emoldurado de Julieta de Almeida Castro Marques, esposa de Agripino Marques, patrono da ALCAP.

Com a instalação da biblioteca, a ALCAP reafirma seu compromisso em proporcionar recursos e espaços de promoção cultural.

Para marcar o evento, com chave de ouro, a confreira Nasaré Silva compôs um lindo poema em homenagem ao patrono da Biblioteca ALCAP, cujo texto segue abaixo:

HISTORIA DE TANINHO

SOLENIDADE DA SAUDADE DE JOSÉ RIBAMAR BORDALO

No dia de hoje, 25 de maio de 2024, às 19 horas, a Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), a Família Bordalo e representantes da Igreja Matriz São Sebastião em Peri-Mirim, promoverão a Solenidade da Saudade em homenagem ao imortal da Academia, José Ribamar Martins Bordalo, que faleceu no dia 16 de novembro de 2023.

José Ribamar Martins Bordalo nasceu em 25 de maio de 1945, era filho de Jacintho Soares Ferreira Bordalo e de Maria das Mercês Martins Bordalo. Casou-se com Maria Tereza Duailibe Bordalo, deixando caudalosa descendência da qual era mentor físico e espiritual. Bordalo era um líder familiar amoroso que não precisava usar da força, ou de outra forma coercitiva para dirigir seus entes queridos.

Lembrou-me que, durante a minha permanência na presidência no Fórum em Defesa da Baixada (gestão 2017-2019), levei para o município de Peri-Mirim, o projeto Academias na Baixada. Bordalo foi um dos entusiastas para a criação da Academia. Cumpriu todas as formalidades, participou da escolha do seu patrono, disponibilizou a biografia do renomado médico perimiriense Dr. Manoel Sebastião Pinheiro, que foi escolhido como patrono da Cadeira nº 04 da confraria.

Finalmente, no dia 20 de maio de 2018 a confraria foi instalada com a eleição da primeira Diretoria Executiva e Conselho Fiscal, ocasião em que foram distribuídas as cadeiras, cabendo a Bordalo a Cadeira nº 04, em cuja posse ocorreu no dia 18 de dezembro do mesmo ano, em um evento digno de muitos aplausos – vários sites da Baixada divulgaram o evento. José Ribamar Martins Bordalo estava em companhia de familiares e amigos, cujo rosto irradiava a emoção digna de quem, de fato, compreendeu o valor da Academia para nosso município.

Salvo por razões plenamente justificáveis, Bordalo sempre participava das reuniões, cobrava a admissão de novos membros e elogiava o empenho da direção da ALCAP em tentar realizar com tão pouco! Esse era o acadêmico Bordalo: uma pessoa participativa que sempre trazia sua experiência para compartilhar com os mais jovens.

Durante o ano de 2023 tomamos conhecimento que o confrade estava com a saúde debilitada. Eu, porém, jamais imaginei que a sua partida estava próxima. Na última reunião sobre a realização do II Prêmio Naisa Amorim em 19 de maio, ele pediu que gostaria de falar durante a solenidade. Fora do Cerimonial, atendemos ao pedido dele. Sua fala foi de despedida, proferiu conselho sobre a União dos membros da entidade e da importância histórica da Academia para nosso município.

Acompanhamos a doença do confrade se agravar, o visitávamos na residência dos seus familiares em São Luís, ou em Peri-Mirim. Ao sairmos das visitas, nos confidenciávamos: “meu Deus, parece que o confrade não tem consciência da gravidade da doença”! Nossa preocupação era grande que essa esperança o fizesse sofrer mais …

E o estado de saúde dele oscilava. Havia dias que pensávamos que ele viveria muitos anos, fazia planos, falava do amor pela esposa, filhos, netos e bisnetos. Ele falava sobre o farto material que detém para lançar seu livro. Nosso sentimento era um misto de tristeza e alegria por aquela força interior, mas, que segundo a sua esposa, só se agravava.

Finalmente, em 16 de novembro de 2023 recebemos a fatídica notícia que o cérebro do confrade parou!

Porém, desde sempre soubemos que José Ribamar Martins Bordalo é imortal e que qualquer homenagem que façamos a ele ainda é pequena pelo Amor que ele dedicava à sua Academia e nós a ele. Sua obra será eternizada e nossa Gratidão se estenderá por gerações.

 

Academia Perimiriense promoverá eleição da nova Diretoria e Conselho Fiscal

Dentre todas as sociedades, nenhuma há, mais nobre e mais estável, que aquela em que os homens estejam unidos pelo amor. Cícero

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) promoverá a eleição da nova Diretoria Executiva para o biênio 2024-2026. O processo eleitoral dar-se-á na Unidade de Ensino Artur Teixeira de Carvalho CEMA, às 19:00h de sexta-feira, dia 24 de maio de 2024, por votação secreta, ou por aclamação, no caso de cadastro de chapa única.  Poderão votar e serem votados os membros efetivos aptos ao voto.

A votação destinar-se-á a eleger chapa completa, conforme artigos 21 e 32 do Estatuto da ALCAP, a saber: Presidente; Vice-Presidente; 1º Secretário; 2º Secretário; 1º Tesoureiro; 2º Tesoureiro e três Membros do Conselho Fiscal.

A atual presidente do sodalício, Ana Creusa Martins dos Santos, nomeou, por meio de Edital a Comissão Eleitoral, formada pelos acadêmicos: Edna Jara Abreu Santos, Jaílson de Jesus Alves Sousa e Jessythannya Carvalho Santos. A referida comissão conduzirá o processo eleitoral e proclamará o resultado da eleição. Próximo aos seus 06 (seis) anos de existência, que ocorrerá no dia 20 de maio do ano em curso, a ALCAP promoverá a terceira eleição.

Confira na íntegra o Edital:

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ELEIÇÃO DIRETORIA ALCAP 2024-2026

UMA LEMBRANÇA EMOCIONANTE

Albina Alves nasceu em 31 de março de 1934 no Povoado Enseada do Tanque. Filha de Antônia Alves e Raimundo Amorim. Sua mãe era de Palmeirândia. Albina residiu por muitos anos na casa da família de Jacintho e Mercês Bordalo e guarda lembranças dignas de registro de José Ribamar Martins Bordalo.

Albina tinha apenas 11 anos de idade, estava na varanda da casa dos Bordalos em São Bento quando ouviu o choro de nascimento de José Ribamar. Ele era um menino saudável. A partir daí ocupou-se dos cuidados com o menino. Acompanhou os primeiros passos, o nascimento dos primeiros dentinho e o balbuciar das primeiras palavras daquela criança que aprendeu a amar e que jamais se separou.

Lembra que a família de Bordalo tinha posses, era um dos maiores comerciantes de São Bento. Mas que o filho Francisco foi acometido de uma doença grave e, por conselho de Dr. Fenando Viana do São José, levaram o menino de avião para tratar em São Luís – venderam todas as suas posses para curar o menino enfermo. O Casal Jacintho e Mercês viajaram para São Luís com Francisco e deixaram as outras crianças nas casas de parentes. José Ribamar ficou na casa do irmão da sua mãe Benvindo Mariano Martins, que recebeu os ensinamentos para cuidar do gado com José de Jesus (Zozoca).

Na volta de São Luís, o casal sem a posses que tinha antes, foram morar no Feijoal nas terras de João de Deus, pai da mãe de Bordalo. Lá com muito trabalho e apoio da Família, voltaram a adquirir posse, dessa feita com a pecuária – paixão que acompanhou José Ribamar até os últimos dias da sua vida.

Albina conta que teve 10 filhos com João José Martins, filho da parteira Tibúrcia. Ela morava no Feijoal – nas terras dos Martins, até seu marido ser assassinado. Ela sempre trabalhava na casa dos pais de José Ribamar, mas com a tragédia foi morar próximo à casa da sua sogra. Porém, nunca perdeu o contato com a família.

Recorda com carinho que foi José Ribamar que a levou para Peri-Mirim e providenciou uma casa para ela morar com a família. Fala com carinho do “menino Bordalo”. Que na fase adulta nunca a abandonou, que a visitava. Sempre atencioso. Diz Albina que ainda não se recuperou da perda de uma das pessoas que mais amou na vida.

Com lágrimas nos olhos, Albina lembra com admiração e Gratidão do menino que viu nasceu e que depois sempre cuidou para que ela ficasse bem, que não lhe faltasse nada! Elevando as mãos ao Céu, ela pede a Deus que acolha José Ribamar Martins Bordalo na Luz da Vossa Face!

O I Debate Público sobre o Autismo no Município de Peri-Mirim acontecerá no dia 26 de abril de 2024

No dia 12 de abril de 2024 às 08:30h reuniram-se na Sala do Empreendedor do Sebrae, membros da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) e secretarias municipais de Peri-Mirim para discutirem acerca dos detalhes sobre o evento I Debate sobre o Autismo no Município de Peri-Mirim, como o tema “Ler e Escrever: Direitos de Todos” que ocorrerá no dia 26 de abril deste ano, no horário de 08 às 11 horas no Clube da Cidade.

O debate contará com a presença de vários profissionais que atuam no cuidado com pessoas portadoras de transtorno do espectro autista (Tea), tais como: Psicopedagogo, Psicólogo, Educador Físico, Social: Terapeuta, Fonoaudiólogo e Assistente Social.

Ficou decidido que o cerimonial fica a cargo de Diêgo Nunes. A identidade visual do Debate – previsto para sair no mesmo dia. Confecção de Camisas: verificar preço e serão disponíveis para venda. Decoração por conta da Secretaria de Ação Social: Zilda. Ofícios para: autoridades eclesiásticas; Conselho Tutelar, etc. Lacinhos para lapela de todos os participantes e Credenciamento dos participantes mediante lista de presença.

Sobre a Oficina de Desenhos foi decidido que ficara para outro momento e que será abrangente, provavelmente em novembro.

Participaram da reunião: Ana Creusa Martins, Cíntia Serrão, Nasaré Silva, Francisco Viegas, Diêgo Nunes, Giselia Martins, Ana Cléres, Maria do Carmo Pinheiro, Cleonice Santos, Paulo Sérgio, Maninho Braga e Aparecida.