II Festival ALCAP de Cultura: O talento artístico de Lindiney Carlos, de Pinheiro, inspira a comunidade de Peri-Mirim

Lindiney Carlos, 26 anos, é um artista natural de Pinheiro, Maranhão. Sua trajetória artística começou na infância, influenciada pelos desenhos que eram feitos por seus tios. Relembra o artista que:

“Acho que isso acabou se tornando uma motivação. Somos quatro irmãos e mais três primos, morávamos lado a lado. Sempre desenhávamos (…) Chegamos até a competir entre nós para descobrir quem era o melhor desenhista da família”.

Atualmente, Lindiney e seu primo Adryermesson dividem o título de “melhores desenhistas” da família. Autodidata, ele aprendeu sozinho, com o apoio de seus irmãos e primos. Ao longo do tempo, conheceu outros artistas e aprimorou suas técnicas, mantendo-se aberto a novas ideias e experimentações: “nunca me prendo a materiais ou técnicas. Gosto de ser livre nas minhas criações. Acho que essa veia artística veio da família, apesar de não termos nenhum artista renomado. As histórias que conheço sobre eles me motivaram a ser quem sou”, reflete.

Além de desenhar, Lindiney também se destacou no universo da dança. Durante a adolescência, ingressou no breaking dance, estilo de dança de rua que integra a cultura hip-hop.

Sua relação com a comunidade é outro aspecto marcante de sua história. Há cinco anos, Lindiney contribui ativamente com sua igreja, tanto financeiramente quanto com trabalho voluntário. Foi nesse contexto que começou a doar sua arte para projetos evangelizadores. “Isso me deixou muito mais contente, porque aprendi muito sobre ser comunidade. Evangelizamos com arte, e isso me aproximou ainda mais da arte sacra“, explica.

Recentemente, Lindiney teve a honra de ser convidado para participar da exposição artística do II Festival ALCAP de Cultura, que aconteceu no dia 14 de novembro de 2024, em Peri-Mirim. Ele levou algumas das suas telas do arquivo pessoal, compartilhando com o público a profundidade e a diversidade de suas obras. Além disso, Lindiney também participou da Tenda Cultural do evento, onde fez uma demonstração de seu talento na dança, apresentando-se com a energia vibrante do hip-hop. Sua performance foi uma representação autêntica da cultura que ele tanto aprecia e promove.

 

II Festival ALCAP de Cultura: Participação do Colégio ARC com o Projeto “Nossas Estrelas Literárias”

Durante o II Festival ALCAP de Cultura, ocorrido no dia 14 de novembro de 2024, o Colégio Alda Ribeiro Corrêa (ARC) apresentou seu projeto denominado “Nossas Estrelas Literárias“,  apresentando obras editadas por seus alunos, os quais denomina “Pequenos Escritores”.

O colégio ARC funciona na sede do município de Peri-Mirim, iniciou suas atividades em ensino de Educação Infantil, Ensino Fundamental no ano de 2021. É uma instituição que utiliza conceitos pedagógicos atuais, estrutura de ensino e material didático em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Oferece Língua Inglesa, Libras e Música como disciplinas na grade curricular a partir do 1° ano. As aulas são planejadas visando à interdisciplinaridade dos conteúdos, os quais são separados entre os anos de forma global.

Segundo a Diretora Geral da Escola, Alda Ribeiro, “a leitura é uma porta aberta para um mundo de descobertas sem fim“, por isso, a Escola investe no incentivo à literatura.

No festival foi apresentada uma prévia para o lançamento dos livros da Estante Mágica. A Estante Mágica visa transformar crianças em autoras de seus próprios livros.

ENTREVISTA COM LENIR COSTA

Por Francisco Viegas Paz

Em 14 de novembro de 2024, entrevistei na Praça de São Sebastião, a senhora Lenir Costa, nascida em 03 de novembro de 1947 no povoado Pericumã, município de Peri-Mirim – Maranhão. Há treze dias havia completado setenta e sete anos.

Dona Lenir é conhecida na região, como compositora, cantora e poeta. Ela começou a desenvolver seus dons artísticos desde os sete anos de idade, quando ainda era alfabetizada pela professora Helena Ribeiro. O conteúdo escolar alcançado por ela limitou-se, tão somente, a carta de ABC e de uma Cartilha. Naquela época a didática obrigatória do soletrar, contribuiu, significativamente, para ela aprender a ler de carreirinha como se costumava dizer para quem lia sem se atrapalhar com as palavras.

Outra contribuição que dona Lenir teve, por ocasião do aprendizado, foi dos livrinhos de história da literatura de cordel, devido ao conteúdo ser todo em versos e muito bem rimados. Inspirada nesses versos surgiu o interesse para desenvolver seus contos literários tal qual os que costumava ler nos livrinhos.

Dona Lenir aprendeu a rezar ladainhas, quando ainda eram em latim. E, quem aprende a rezar é solicitado constantemente devido ao grande número de devotos existentes nas comunidades e para pagar as promessas contraídas e das graças alcançadas.

A entrevistada tem muita facilidade de fazer versos desde a sua infância e, com a prática conta histórias, de acordo com a sua inspiração, se utilizando do aprendizado da literatura de cordel, que ela sempre gostou de ler.

Uma das músicas mais famosas, que dona Lenir gosta de cantar, tem a seguinte letra:

REGUE DA MADAME

Madame eu já cheguei

Vim pra festa dançar

Para encontrar o meu broto

Para me namorar.

Eu vou pintar o sete

Eu vou espalhar brasa

Quando acabar a festa

Eu levo ele pra casa

Quando chegar em casa

Ele quer se banhar

Enquanto ele se banha

Eu esquento o jantar

Eu entrego a toalha

Ele diz que me ama

Se me ama tanto, meu bem!

Vou te enxugar na cama.

Dona Lenir pertence ao quilombo de Pericumã e tem destaque na comunidade, pelo fato de saber se expressar bem, compor e cantar. E assim ela vai levando a vida sendo útil aos seus conterrâneos. Para mim foi um prazer ter conhecido esta senhora das letras que orgulha a sua geração.

Patrono da Academia de Peri-Mirim é homenageado na obra “Vultos Ilustres Baixadeiros da Baixada Maranhense”

O escritor Flávio Braga, ocupante da Cadeira 16 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), lançou a obra “Vultos Ilustres da Baixada Maranhense: Histórias e Legados de Grandes Personalidades”. Segundo ele, o livro é uma homenagem às contribuições de figuras proeminentes da Baixada Maranhense, apresentando o registro literário das trajetórias de personagens que marcaram a história da região, destacando seus feitos, lutas e o impacto duradouro de seus legados.

O primeiro volume da obra – que faz parte de uma trilogia – foi lançado na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), no último dia 19 de novembro de 2024, em um evento belíssimo que contou com a presença massiva de baixadeiros e amigos, especialmente os membros do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM), do qual qual Flávio é idealizador e primeiro presidente.

A história magnífica do patrono da ALCAP, João Garcia Furtado, está nas página 104 a 106 do livro. Vale a pena ler, pois apresenta fatos inéditos, que não constatam biografia disponível na ALCAP e que demostram o porquê de o perimiriense estar entre os vultos ilustres da Baixada Maranhense, que passou pela seleção cuidadosa e justa do escritor Flávio Braga, a este nossas homenagens.

Presidentes do FDBM: João Martins, Ana Creusa, Flavio Braga e o atual presidente, Expedito Moraes.

II FESTIVAL ALCAP DE CULTURA: Projetos Inéditos são apresentados pelo Terceirão do Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho

As escolas do município de Peri-Mirim têm uma importante missão de transmitir conhecimento aos alunos, bem como contribuir para preservar a cultura por meio da Educação, fortalecendo a identidade cultural, a criatividade, preservação do patrimônio, dentre outros – tarefa que vai além da sala de aula -, pois envolve conhecimento científico e meio aos saberes populares de gerações.

A confreira Edna Jara Abreu, professora da área de Linguagens das turmas do Terceirão (vespertino) do Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho trouxe ao II Festival ALCAP de Cultura: uma a exposição do Projeto Sarau Artístico-Literário Maranhense, que funciona durante todo ano letivo e tem foco nas produções artísticas e literárias do Maranhão.

Diversos grupos de alunos tiveram uma importante missão no II Festival ALCAP de Cultura – 2024, trazendo consagrados nomes da literatura maranhense, com declamações de poesias, arte em desenho, músicas e outros, afirma a Prof.ª Edna Jara.

Nesse contexto de produções artísticas e literárias, o aluno Deyvith França dos Inocentes destacou-se na noite interpretando, em estilo musical, a poesia “Canção do Exílio”, do escritor maranhense Gonçalves Dias. Ele e sua equipe interpretaram de forma belíssima e inesquecível a música, com ritmo exclusivo para o evento.

II FESTIVAL ALCAP DE CULTURA: “ALCAP: um legado em Peri-Mirim”

Durante o II Festival ALCAP de Cultura ocorrido em 14 de novembro de 2024, no largo da Praça São Sebastião, vários alunos da rede municipal e particular de ensino revelaram seus talentos em várias áreas da literatura, arte e cultura. A poesia abaixo é de Bruna Carla Silva França, egressa da Escola Municipal “Carneiro de Freitas”, atualmente cursa o 1º ano de Informática no Instituto Federal do Maranhão (IFMA).


ALCAP: um legado em Peri-Mirim 

Em 20 de maio foi criada

A Academia de Letras, Ciências e Arte perimiriense

Uma esperança no território da baixada

A fim de promover a educação a seus discentes.

 

Composta por 28 membros

Assim ela se faz

Escritores, Professores, Acadêmicos formados…

Verdadeiros profissionais.

 

Preocupados com o futuro da cidade

Se juntaram em prol da educação

Todos juntos em uma só voz

Todos juntos em união.

 

Naisa Amorim, mulher guerreira

Ǫue se empenhou com força e determinação

Uma professora de coragem

Ǫue deixou nos perimirienses o sentimento de gratidão.

 

Não podemos esquecer do eterno Bordalo

Ǫue partiu para o céu em 2023

Deixando conosco a saudade, um belíssimo legado

E os trabalhos que em Peri-Mirim ele fez.

 

E mais uma vez, me regozijo em participar

De mais um evento e poder citar

Grandes nomes da ALCAP

Ǫue ajudaram a elevar a educação deste lugar.

II FESTIVAL ALCAP DE CULTURA: “Memória ou nostalgia?”

Durante o II Festival ALCAP de Cultura ocorrido em 14 de novembro de 2024, no largo da Praça São Sebastião, vários alunos da rede estadual, municipal e particular de ensino revelaram seus talentos em várias áreas da literatura, arte e cultura. A crônica abaixo é de autoria de Lia Carla Silva França, egressa do Centro de Educacional Artur Teixeira de Carvalho. Atualmente finalizou o ensino médio, preparando-se para prestar Vestibular.


      Dias atrás pesquisei o que  é nostalgia. Esse conceito sempre me acompanhou, não nego, também sempre soube o significado, mas queria ter certeza de que a sensação que me acompanhava realmente era aquela. Com a certeza em mãos, procurei no Google o conceito de memória, também sabendo do que se tratava, busquei saber o que a internet definia como memória. Segundo o Google, memória é o armazenamento de informações e fatos obtidos através de experiências ouvidas ou vividas. Já um sentimento nostálgico – segundo o mesmo meio de pesquisa – é a sensação de saudade originada pela lembrança de um momento vivido no passado ou de pessoas que estão distantes. Confio plenamente nas duas definições, mas acrescento que ambas possuem algo em comum, a saudade talvez? A sensação de pertencimento ao passado? Acredito que varia de pessoa para pessoa, experiência para experiência, e de alma para alma. No meu caso, exclusivamente, a nostalgia está relacionada à repetida sensação de vivência. Exemplo disso é um sentimento de que eu já vivi este momento antes, mas talvez de outra forma.

      Quando criança, sonhava em fazer várias apresentações escolares, não como competição, mas queria que as pessoas ouvissem um pouco do que eu tinha para dizer – isso é memória. Anos depois, a ALCAP proporcionou um concurso de poesias, consegui ser ouvida, a poesia narrava – pela minha visão como criança – a cidade na qual cresci e desenvolvi toda uma vida. Foi um acontecimento pra mim, essa foi a primeira poesia lida e ouvida por alguém, por várias pessoas, inclusive – isso sim é nostalgia.

      Um fato importante sobre tal memória, é que me sentir ouvida foi um ponto inicial para aprender a me ouvir e aprender ouvir a voz dos outros. Lembro que na época eu achei o máximo a iniciativa da academia de letras, uma criança sendo ouvida em público era algo brilhante. Várias outras crianças tiveram suas poesias e desenhos vistos. Adolescentes também foram ouvidos através de suas crônicas.

     A escrita me acompanhou em grande parte da vida, o estudo sempre foi um forte aliado em dias nublados, ou até mesmo completamente limpos. Quando não conseguia falar, a escrita me acompanhava, escrevia tudo o que sentia, narrações do cotidiano, um diário pessoal, ou talvez uma crônica.  Talvez isso seja um pouco dos dois sentimentos.

      Ouvir e ser ouvida traz um sentimento de pertencimento, pertencimento ao lugar, lugar que digo são pessoas, momentos, aqueles momentos em que queremos morar para sempre. Foram nessas que ouvi várias histórias dos meus pais e avós, esses relatos foram responsáveis pelo meu segundo prêmio na ALCAP, 1° lugar na categoria crônica. Terceiro ano do ensino médio, ano em que tudo poderia mudar, ano em que todos os vestibulares finalmente se tornariam decisivos e sérios. Esse sim é um sentimento de nostalgia, é quando vivemos um momento pela primeira vez, mas sentindo o mesmo frio na barriga de todas as memórias passadas. Talvez porque o valor de um momento só seja medido quando é tornado em memória.

     Nostalgia é vivência, memórias são um poder que o passado nos proporciona, usar o passado para transformar o futuro é desafiador, mas benéfico. Um outro exemplo de memória é que: quando criança eu acreditava que os estudos mudariam a minha vida. Exemplo de nostalgia? O hoje. É como falar com a mesma empolgação e crença que a Lia de 13 anos tinha. A educação transforma!

     O sentimento de nostalgia talvez seja para nos lembrar e nos fazer reviver algo que pensávamos ter esquecido pra sempre, como um sonho. Foi através desse sentimento que tive a certeza da mulher que queria me tornar, foi revivendo sonhos e sensações que eu tive a coragem de correr e lutar. Talvez o passado não seja um lugar pra se morar, mas visitá-lo para que possamos transformar o nosso presente ou futuro em um lugar habitável e prazeroso, pode ser sim algo a se pensar.

    Revisito meu passado hoje, com o mesmo frio na barriga de momentos passados, momentos que vivi só por transformar em escritos o que meu eu criança pensava e o meu eu adolescente guardava, revisito meu passado, pois através dele sou quem sou hoje.  Revisito o meu passado porque me foi proporcionado a oportunidade de ser ouvida, já agora, sou eu quem ouço a voz das outras crianças, isso sim é nostalgia.

Crônica recitada por Lia durante o II Festival ALCAP de Cultura que ocorreu no dia 14/11/2024 na Praça São Sebastião em Peri-Mirim/MA.

Lia Carla Silva França vestida de branco.

O CRUZEIRO DA RUA ESPÍRITO SANTO

Por Francisco Viegas

Dos poucos pontos turísticos de Peri-Mirim podemos contar com o cruzeiro da Rua Espírito Santo que, salve engano, foi construído em 1947 pelo senhor Francisco Cury Guasis Zacheu, comerciante no município, que tinha a sua venda localizada na Rua Desembargador Pereira Júnior, em frente ao casarão das freiras.

Edificar uma cruz, ou qualquer outro símbolo em determinado local na cidade, não deve ser um fato espontâneo. Via de regra, primeiro concebe-se a ideia, debate-a com as autoridades e outras pessoas influentes para depois executar a obra. Como já foi dito acima, coube ao senhor Cury materializar essa ideia.

O cruzeiro tem um formato piramidal na sua base, inclusive com um degrau para servir de assento, onde algumas pessoas desfrutam desse ambiente para conversar. A altura da referida base, incluindo o assento em torno dela, é de aproximadamente um metro e vinte centímetros. A cruz mede três metros de altura, para ser avistada à distância, inclusive com um galo de metal na parte superior e no braço horizontal um esquadro, um compasso, um martelo e um cálice.

Com exceção do cálice os demais elementos são usados pela maçonaria, que se apropriou da simbologia dos instrumentos usados pelos operários na confecção dos seus trabalhos, para entronizar a ideia de perfeição dentro dos seus ensinamentos maçônicos. Já o cálice é utilizado na celebração da Santa Missa, onde o sangue de Cristo se faz presente por meio do vinho.

Na década de cinquenta e sessenta, por exemplo, dona Margarida Melo, esposa de Santos Melo, preparava junto com outras amigas, um belo presépio junto ao pé da cruz da Rua Espírito Santo. Todas as noites as famílias vizinhas se reuniam para cantar e rezar de acordo com o espírito natalino. Lá, as crianças admiravam com entusiasmo, a composição do presépio e aprendiam os cantos do Natal.

Afinal, qual o verdadeiro motivo da construção dos cruzeiros em cada extremo da sede do município? – Atualmente só existe o da Rua Espírito Santo, por ter tido os cuidados da moradora Clara de Oliveira Costa, conhecida por Clara Dogue, (in memoriam).

É notório que a cruz é utilizada como símbolo sagrado, na qual Jesus foi crucificado. Por isso os católicos creem que, onde a cruz se faz presente, coisa ruim não encosta. Assim sendo, os cruzeiros foram edificados para proteger a cidade dos seres invisíveis e horripilantes, de um extremo ao outro. E, ainda, de certa forma, trazia alento às pessoas medrosas, ou aos que eram sensitivos e conseguiam captar suas imagens a esmo.

Qualquer cidade tem suas estórias, aflições, contos e invenções. Como a cidade de Peri-Mirim, antiga Macapá, foi edificada entre o campo de água doce e os morros e pequenas matas, não era difícil, aqui e ali, deparar-se com alguma coisa inerente a esses habitats. Se pelo lado do campo predominava a lenda da curacanga, pelo lado dos morros e matas, as lendas de currupira, mãe d’água e outras tantas não passavam despercebidas.

Quem quiser conhecer melhor essas e outras histórias da nossa terra é só ler o livro Curiosidades Históricas de Peri-Mirim, deste autor.

Peri-Mirim, 10 de novembro de 2024.

A ALCAP FEZ-SE PRESENTE NO SOLETRANDO DA ESCOLA MUNICIPAL SÃO JOÃO BATISTA

No dia 11 de novembro de 2024, segunda-feira, aconteceu a final do Projeto Soletrando na Escola Municipal “São João Batista”, localizada no Bairro do Portinho, Peri-Mirim/MA. A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) foi convidada a prestigiar e participar do tão esperado evento, pelo segundo ano consecutivo.

A escola que recebeu esse nome em homenagem ao Santo Protetor da comunidade – São João Batista, foi fundada no ano de 1978, na gestão do Prefeito João França Pereira (1977 a 1982), e regulamentada a criação pelo Decreto nº 611/85 e Resolução nº 228/2002 – CEE 17/10/2012.

O Projeto de Soletração, implementado no PPP da escola desde 2022, promove aos estudantes a prática de leitura, escrita, ortografia, amplia o vocabulário, as habilidades cognitivas e a compreensão da norma culta da língua portuguesa de forma lúdica e divertida.

Os alunos do fundamental menor (1º ao 5º ano) da escola, passaram por quatro eliminatórias, com palavras de nível fácil, médio e difícil foram todas introduzidas e trabalhadas em sala de aula antes, por todos os respectivos professores. A dinâmica do soletrando se baseia no acerto de todas as palavras sorteadas; cada turma com palavras específicas para cada nível. Ficaram para a semifinal quatro alunos de cada turma. Para que, depois do embate, ficasse um vencedor para disputar a grande final.

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) recebeu com grande satisfação o convite e honrou o compromisso em fazer-se presente, compondo a mesa dos Jurados, representada pela confreira Edna Jara Abreu Santos (Cadeira 25), na oportunidade, com efeito de imensa gratidão pelo convite, a ALCAP doou uma cesta de kit escolar para um dos vencedores.

Os alunos finalistas foram: Enock Davy (1º ano); Yanna Walenthyna (2º ano); João Victor (3º ano); Gleycielle; (4º ano) e Kevellin Maria (5º ano).

Depois de passarem por rodadas disputadíssimas, com aproximadamente duzentas palavras no geral, chegou-se a um resultado:
O quinto lugar ficou com a Kevellin Maria; Gleycielle ficou com o quarto lugar; João Victor ficou em terceiro. Foi uma disputa acirrada pelo primeiro lugar, porém, o resultado ficou empatado, sendo dividido o prêmio final entre os alunos Enock Davy (1º ano); Yanna Walenthyna (2º ano). Os outros três semifinalistas, de cada turma presentes ao evento, também foram agraciados pelos professores com presentes e mimos como forma de motivação a continuarem se empenhando e aprendendo.

A ALCAP acredita em projetos como este que revoluciona a Educação e, simultaneamente, transforma a vida das crianças e jovens perimirienses. Fazendo-se saber que é a Educação o ponto-chave para melhorar nosso futuro e que deixa marcas positivas na vida e história dos discentes. Na oportunidade, a Academia parabeniza a escola São João Batista pelo incentivo à escrita e leitura e agradece o convite ensejando já o próximo.

REGINA CABRAL

Maria Regina Martins Cabral, nasceu na cidade de Pinheiro-MA, na Baixada Maranhense. Possui graduação em Assistente Social pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em 1988. É Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), em 2013, também cursou Doutorado Sanduíche pela USP/Universidade de Sevilla/Espanha em 2012. 

Regina possui uma vasta fomação acadêmica: cursou Educação Popular e Alfabetização de Adultos, pelo CEAAL, Crefal, Pátzcuaro, México (1989); Especialização em Alfabetização, pela Universidade Federal do Maranhão (1994); Mestrado em Educação, pela Universidade Federal do Maranhão (1999); Curso de Formação em Liderança e Desenvolvimento Social para América Latina e Caribe, pela Universidade Federal de Pernambuco (2003); Curso sobre Liderança Social pela Academic and Professional Programs for the Americas – LASPAU, Boston, EUA (2006); Pós-Graduação em Economia Social e Desenvolvimento Local, pela Universidad General Sarmiento – AR (2007). Ministrou disciplinas (Sociologia, Filosofia, História e Estrutura da Educação, Metodologias, Pesquisa Científica) em cursos de graduação da UFPI, UEMA e CEFET/IFMA. Articulou e coordenou a RAAAB – Rede de Apoio à Ação Alfabetizadora no Brasil e o Fórum Estadual em Defesa da Educação Pública no Maranhão (1989-1994). Trabalhou na Secretaria de Educação de São Luís como Coordenadora de Ensino e Secretária Adjunta de Educação (1996-1997). Foi Consultora do Ministério da Educação/PNUD, para articulação de secretarias de educação de municípios e estados brasileiros para garantia da formação continuada dos professores (1999-2001).

É cofundadora e dirigente do Instituto Formação desde 1999. Temas de pesquisa: história da luta pela educação pública no Brasil (HISTEDBR – UFMA/UNICAMP), gestão de projetos educativos em sistemas municipais de educação; alfabetização de jovens e adultos, juventude e políticas públicas, educação profissional na perspectiva do desenvolvimento local sustentável (Instituto Formação).

Concebeu e coordenou o Conjunto Integrado de Projetos (CIP Jovem Cidadão) integrando desenvolvimento cultural, social e econômico (desde 2003 a 2008). Concebeu e orientou a implantação do projeto educativo de Centros de Ensino Médio e Educação Profissional (CEMP) – considerados pontos de desenvolvimento de território (desde 2004) e o projeto EJA Profissionalizante (2004-2008).

Assessorou a implementação de experiências de formação profissional de jovens articulando esse processo formativo com a prática social nas comunidades onde vivem. Coordenou equipe de sistematização do Plano de Educação da Cidade de São Paulo (2010). Elaborou versão inicial do relatório sobre o processo de construção do Plano de Educação da Cidade de São Paulo (2011), pela Ação Educativa.

Coordenou a elaboração final do Plano de Desenvolvimento Territorial Sustentável do Território Rural Campos e Lagos (2012). Elaborou materiais didáticos para formação continuada de jovens e adultos considerando as dimensões da formação política, cultural e profissional (de 1990 a 2003).

É Fellow da Ashoka (desde 2010) e integrante da Kelloggs Fellows Leadership Alliance (desde 2012). É fundadora e Presidente do Instituto Maranhão Amazônia de Ensino Superior (IMAES) e da Formação Faculdade Integrada (FFI). Em seus blogs divulga algumas de suas ideias e opiniões. Atualmente tem sido uma forte mentora de projetos na Baixada e mais precisamente em Peri-Mirim, idealizadora da Formação Faculdade Integrada com o polo em Buritirana, Peri- Mirim, onde tem formado inúmeras pessoas no ramo da saúde e educação. 

Regina é uma mulher de fibra, inteligente, dedicada, possui uma simplicidade cativante, detentora de forte carisma pessoal, firme nos seus propósitos e sempre disposta a ajudar aqueles que necessitam de conhecimento para se desenvolver pessoal e socialmente – Regina Cabral é uma pessoa admirável.