ALCAP: 09 de março de 2024, dia de Planejamentos e Ações

As experiências exitosas da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) se devem à interação com a comunidade e outras instituições, com foco no compartilhamento de ações necessárias ao desenvolvimento sustentável e participativo das pessoas.

No dia 09 de março de 2024, a ALCAP promoveu encontros e atividades, com o fito de desenvolver sua missão institucional: Plantio Solidário, sob a coordenação de Ana Cléres: a) plantio da Sumaúma em homenagem à patrona da academia; b) visita ao Poço D´Antas para visitar o plantio de ipês e repor algumas mudas; c) Plantio de muda de Sumaúma na área entre a Igreja Assembleia de Deus e a Escola José Demetrio Cordeiro no Povoado São Domingos e d) visita ao viveiro de Buragical.

SOLENIDADE DA SAUDADE 
Reunião na residência da família Bordalo às 16h. Ficando acertado em não ter lanche, pois, não é uma comemoração e sim um momento solene na igreja. A ALCAP ficou encarregada de doar os livretos, editado pelo confrade Viegas e o quadro por Ana Creusa. Clara Bordalo vai providenciar as músicas e passar pra Diêgo organizar juntamente com Jean Simas.
Discurso do presidente da ALCAP. Nenhum acadêmico vai faltar, todos irão de pelerine e medalha. – não faltar ninguém.
O convite será virtual. Daniel Bordalo ficou encarregado com Clara de organizar as fotos para apresentar em data show no momento solene. A organização dos bancos será em forma de plateia, a tela e data show ficará com Diêgo para providenciar com a SEMED. A sugestão do padre para decoração será com Gregore e Laeny. As flores para decoração ficará sobre responsabilidade da ALCAP. Ficou acertado de conversar com Jamerson pra fazer o flyer da solenidade. Encerramos às 17h e participou Viegas, Ana Creusa, Ana Cleres, Diêgo e Teresa. Ao saírem da reunião, os acadêmicos deslocaram-se à casa de Laene, para pedir apoio na realização da solenidade.

DELIBERAÇÕES

1) Biblioteca ALCAP professor Taninho – ficou decidido que faremos os móveis com marceneiro de Peri-Mirim, pois até o momento não deu certo a captação de recursos:
1.1) Gisa ficou responsável por essa ação – já comunicamos ao presidente do sindicato;
1.2) Provavelmente Diêgo vai trabalhar e gerir as atividades da Biblioteca;
1.3) Lembrar Paulo Sérgio sobre a disponibilidade de funcionário, requisitado por ofício;
1.5) Não iremos colocar livros velhos na Biblioteca, por se tratar de ambiente fechado, propício a mofo e outras contaminações – vamos conseguir doações de livros novos;
1.6) Estudar o melhor programa para controle dos empréstimos dos livros – Ana Creusa vai ver com o Bibliotecário – depois levar à apresentação e deliberação de todos e
1.7) Jessy fornecerá a placa da Biblioteca – decidir o melhor local de colocar, se acima da porta, ou na própria porta.

2) Projeto Plantio Solidário: ficou decidido que pediremos mais mudas à Vale;
2.1) Quem desejar mudinhas de pau-brasil, falar com Ana Cléres e

3) Ana Creusa não concorrerá à reeleição da presidência da ALCAP – indicando o confrade Viegas para sucedê-la, o que não impede que outros registrem chapa.

PLANTIO SOLIDÁRIO: Sumaúma de Naisa Amorim

Por Ana Creusa

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) lançou o projeto intitulado: Plantio Solidário “João de Deus Martins”. A primeira etapa do projeto prevê que cada membro da ALCAP deverá plantar uma árvore duradoura em homenagear ao seu patrono.

Para representar a patrona da Academia e da Cadeira 01 da ALCAP, Naisa Amorim, foi escolhida a Sumaúma ou Samaúma (Ceiba pentranda), árvore conhecida pela sua grandiosidade e beleza. A árvore foi plantada na entrada da cidade, na Praça Simpatia. O casal João Simpatia e dona Raimunda são os padrinhos da planta, destinando os cuidados necessários para que ela cresça e floresça naquele lugar especial.

Árvore rainha da Amazônia, gigantesca e sagrada para os maias e povos indígenas. Pode chegar a 50 metros de altura e viver cerca de 120 anos.

É das famílias das Malvaceae, encontrada em florestas pluviais da América Central, da África ocidental, do sudeste asiático e da América do Sul. No Brasil, ela ocorre na região da Amazônia, onde existe também uma ilha denominada Sumaúma, no rio Tapajós. Suas gigantescas raízes, são chamadas de sapopemas (palavra do tupi que significa raiz chata).  Conhecida como a “árvore da vida” ou “escada do céu“. Os indígenas consideram “a mãe de todas as árvores“.

Curiosidades sobre a Sumaúma

Seus frutos são cápsulas amareladas de 5 a 7 centímetros de diâmetro, por 8 a 16 cm de comprimento, onde cada uma pode conter de 120 a 175 sementes, envoltas em uma paina (fibra natural semelhante ao algodão), de características leves, brancas e sedosas.

Das sementes também pode se extrair o óleo que, além do uso alimentar, é usado também na produção de sabões, lubrificantes e em iluminação, além de ser eficiente no combate à ferrugem. Rica em proteínas, óleo e carboidratos, a torta das sementes serve de ração para animais e como adubo.

A fibra natural que envolve os seus frutos, é utilizada como alternativa do algodão, usada para encher almofadas, isolamentos e até colchões.

A samaúma também possui propriedades medicinais Da seiva da sumaúma é produzido medicamento para o tratamento da conjuntivite. A casca tem propriedades diuréticas e é ingerido na forma de chá, indicado para o tratamento de hidropisia do abdômen e malária. Certas substâncias químicas extraídas da casca das raízes combatem algumas bactérias e fungos. Em margens de riachos secos, as raízes descobertas da sumaúma fornecem água potável no verão.

Quanto à sua veneração, de acordo com a sabedoria da floresta, na base da sumaúma há um portal, invisível aos olhos humanos que conecta esta realidade com o universo espiritual. Os seres mitológicos das matas entram e saem por esse portal.

A muda de Sumaúma foi plantada, por membros da ALCAP, em 09 de março de 2024 na entrada da cidade de Peri-Mirim, na Praça  Simpatia,  em homenagem a Domingos Raimundo Gonçalves (in memoriam, vulgo simpatia. A muda foi plantada pela gestora do Projeto, Ana Cléres Santos Ferreira, a semente foi coletada de uma árvore localizada no bairro do Outeiro da Cruz em São Luís, que já é tombada pelo município.

Fonte de pesquisa: https://portalamazonia.com/amazonia/conheca-a-arvore-rainha-da-amazonia-a-gigantesca-sagrada-sumauma.

VISITA À BARRAGEM MARIA RITA

Por Francisco Viegas

Na visita datada de 25.01.2024, organizada pela presidente da ALCAP, Ana Creusa Martins dos Santos, com o objetivo de conhecer as obras da Barragem Maria Rita, se fizeram presentes vários membros da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense ( ALCAP), convidados e funcionários da Prefeitura de Bequimão, cedidos com a deferência do prefeito Dr. João Martins, para esclarecimentos sobre a vultuosa obra.

Constatou-se o adiantado dos serviços de terraplenagem entre Buritirana e Pacaú. Neste último lugarejo encontra-se edificado o Retiro Pacaú de propriedade do Sr. José Pereira Melo que, segundo ele, reside lá há sessenta e dois anos.

José Melo gosta de contar estórias relacionadas a seu modo de vida e a localidade em que habita. Ele estava com uma camisa que continha a foto do pai, Sr. Gregório Melo, já falecido, cuja estampa trazia forte lembrança da sua paternidade.

Muito solícito convidou a nossa equipe para conhecer o retiro, da entrada ao dormitório, colocando, naquela oportunidade, os seus dons de guia turístico. O ambiente estava limpo, frustrando a ideia de que retiro é um ambiente de criação e fica de qualquer jeito.

Ao ser inquerido sobre a sua companheira, ele informou que era casado com a senhora Laurenice Silva Sá, com a qual tem três filhos naturais e três adotivos, mas no momento a esposa não se encontrava em casa. Daí para frente, José Melo se esbaldou contando suas vantagens românticas nas noites de lua cheia. Também pudera, né?

A família pacauense, tomara que eu esteja certo, se alimenta das suas criações:  galinhas, porcos e patos. Além dos que a natureza fornece, tipo peixe, jaçanã, japeçoca, marreca, entre outros, os quais rodeiam o seu retiro na invernada.

O retiro é projetado em dois ambientes: um onde se abrigam os animais e outro acima é o aconchego de amor do casal. O divisor do retiro se dá pelo assoalho de madeira rústica que facilita espiar os animais de vez em quando. E os cachorros por sua vez, ficam de mutuca próximo da entrada do retiro.  Se algum animal alarmar que tem intruso rodeando o retiro eles caem em campo, literalmente.

Quando lhe perguntei se havia subtração da sua criação, ele respondeu bem-humorado: a gente nunca trabalha só pra si. Porque os que não trabalham vêm buscar de quem produz.

Próximo à entrada do retiro, numa pequena varanda, três tacurubas acomodam alguns pedaços de lenha (tataíba)*, que queimam constantemente. Ali tem sempre fogo para o preparo dos alimentos, além da fumaça constante a indicar que existe vida no retiro. O ambiente se utiliza da luz elétrica, graças ao programa “luz para todos”, criado por meio do Decreto 4.873 de 2003.

A espingarda é companheira na caçada, assim como a canoa na invernada, na busca constante dos víveres alimentares para a família.

José Pereira Melo, segundo relatou, foi acometido de barriga d´água, doença causada pelo chistossoma mansoni, tendo se submetido, no Hospital Universitário “Dutra”, ao ato cirúrgico para retirada do baço. No momento constatou-se que ele está curado pelo seu estado animado e a coloração rubra da pele condizente com a saúde.

Ao final da visita, fomos agraciados por um lanche de primeira qualidade, fornecido por uma equipe de senhoras muito gentis da Prefeitura de Bequimão, às quais agradecemos penhoradamente.


  • Tataíba = palavra do tupi-guarani, composta da seguinte forma:

Tatá = fogo         Iba = madeira.   Logo, tataíba é tora de madeira que guarda o fogo.

PROJETO CLUBE DE LEITURA DA ALCAP PROMOVE ATIVIDADES DURANTE A VI AÇÃO DE GRAÇAS NA JUREMA

Durante a VI Ação de Graças na Jurema foi apresentada uma mostra de livros e demais materiais didáticos pela Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP). As crianças realizaram leituras, pinturas, ganharam materiais escolares e praticaram várias brincadeiras instrutivas, como atividade desenvolvida pelo Clube de Leitura “Professor João Garcia Furtado” que é um projeto de incentivo à leitura, que objetiva fomentar a leitura na comunidade, como uma prática social e contribuir para a formação de uma nova geração de leitores.

A gestora do Projeto, Tatá Martins, empenhou-se para que todas as crianças pudessem participar daquele momento instrutivo e edificante.

PROJETO PLANTIO SOLIDÁRIO DA ALCAP: Promoveu Troca de Mudas e Sementes na VI Ação de Graças na Jurema

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense  (ALCAP) promoveu a terceira Edição da Feira de Troca de Mudas, Sementes e Saberes, durante a VI Ação de Graças na Jurema, realizada em 14 de outubro de 2023, no Sítio Jurema no Povoado do Cametá, município de Peri-Mirim-MA.

A referida feira foi realizada por meio do Projeto Plantio Solidário João de Deus Martins, que tem como gestora, Ana Cléres Santos Ferreira, com a colaboração de Ducarmo, as quais estão preparam um ambiente aprazível para receber a comunidade. A Ação de Graças na Jurema foi idealizada por José dos Santos, para promover a União em sua comunidade.

O objetivo da feira é ajudar a preservar a biodiversidade, promover a educação ambiental e estimular a alimentação saudável e orgânica. As mudas foram fornecidas pelo Jardim Botânico da Vale S.A, UEMA, por meio do Prof. Dr. Gusmão Araújo, a maioria das mudas são oriundas do Sítio Boa Vista, de propriedade da gestora do Projeto.

Além de mudas de hortaliças, legumes e vegetais, foram trocadas plantas ornamentais, como por exemplo, flores e cactos, bem como frutíferas e não frutíferas, plantas medicinais, sementes e muito conhecimento. Esperamos contar com a participação de engenheiro agrônomo ou outro especialista, para orientar as pessoas.

José Vivia na Graça

Por Ana Creusa

O apoio das leis da natureza é o estado de graça. (Deepak Chopra).

Banho tomado. Barba feita. Perfume exalando. Lá estava ele, pronto para mais um baile, em que fora formalmente convidado[1]  pelo dono da casa.

Sentindo um leve remorso, por deixar seu irmão João Pedro em casa e, por cima, ainda ardendo em febre, apesar dos chás que lhe preparava a irmã Maria Santos.

Papai falava com tio João Pedro:

– Acho que não devo ir, e se você não melhorar?

– Já estou melhor, Zé, repetia o irmão enfermo.

Papai percebia que aquelas palavras eram apenas para que ele pudesse ir ao baile em paz.

Papai colocava a mão no pescoço do irmão e nada de a febre aliviar, estava igual brasa. Parecia até que a temperatura havia aumentado.

Mas afinal, o que ele poderia fazer? Maria estava cuidando do irmão. Poderia sim, ir ao baile tranquilamente.

Era inverno. Acondicionou sua roupa bem passada em uma caiambuca[2] e saiu, sempre conversando com o irmão que repetia:

– Vai, Zé, eu já estou melhor.

Na saída da casa na Jurema[3] existia um palmeiral[4] que se movia com a ação do vento, fazendo um barulho assustador.

Papai saiu em meio àquelas palmeiras. Logo percebeu que um temporal se avizinhava. Tinha a sensação de que as árvores cairiam naquela hora.

Voltou para casa correndo para que aquela situação melhorasse.

Conversou com o irmão enfermo que estava sentado na rede de dormir. Não chegou a chover. Era apenas uma ventania.

Na terceira vez que saiu de casa para ir à festa, novamente a tempestade se formou e José voltou para casa. No caminho de volta decidiu que não iria mais àquela festa, que não deveria mais insistir. Quem sabe o seu irmão pudesse piorar.

Naquela festa no Povoado de Poções o seu grande amigo Raimundo de Genoveva que atendia pela algunha de Raimundo Lagarto[5] foi duramente espancado, sofreu açoites de cassete e facão. Ficou muito doente e, dias depois, veio a óbito.

A conversa no dia seguinte era que os inimigos de Raimundo Lagarto iriam primeiro matar José Santos, para que o caminho ficasse livre para eles poderem matar seu amigo.

José Santos sabendo dessa história, não teve dúvidas: todos aqueles eventos, doença do irmão e tempestade, o livraram da morte naquele dia.

Sempre pensava como teriam ficado seus irmãos se ele fosse assassinado? Com essa experiência, ele jamais insistia. Seguia sua intuição, que ele tinha certeza de que vinha de Deus.

Papai tinha o hábito de não insistir, não teimar, não “forçar a barra”, viva na Graça. Cultivava a sua intuição.

Não raro, formávamos uma viagem, arrumávamos tudo e quase na saída, ele dizia:

– Eu não vou mais.

– Como assim? Já estamos prontos, já compramos a passagem!

Ele repetia:

– Eu não vou mais.

Os habituados àquela situação nem mais instigavam. Alguns queriam explicação:

– Por que o senhor não vai mais?

Ele não explicava, apenas desistia e procurava concentrar-se em outra coisa. Viagem desfeita. Negócio inconcluso.

Assim vivia meu pai: na Graça. Surfava na onda. Deixa a vida o levar. Sem pressa. Obedecia aos comandos da sua intuição e ponto final.

Ele contava a origem desse comportamento que ele definia como obediência a Deus. Foi exatamente no dia da festa em que seu irmão João Pedro estava doente e seu amigo foi morto que, após vários sinais, ele resolveu entender que não era para ele comparecer àquela festa em que estava preparado o seu assassinato.


Para mais detalhes sobre o personagem principal desta história, leia a Biografia de José dos Santos.

[1] O convite para os bailes era requisito essencial.

[2] Era costume à época acondicionar roupas em caiambuca para proteger da chuva.

[3] Refere-se ao Sítio Jurema no Povoado Cametá (ou Cametal) onde residia José Santos e seus irmãos.

[4] Área que possuía muitas palmeiras de babaçu antigas, por isso, eram bem altas.

[5] Eu havia esquecido o nome do amigo de papai, tio João Pedro confirmou o nome Raimundo de Genoveva era irmão de Dionísio.

ALCAP ITINERANTE – Visita às obras da Barragem de Maria Rita

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) promoveu, na última quinta-feira (25/01/2024), uma Expedição com acadêmicos, professores, alunos e idosos, para visita às obras da Barragem Maria Rita. A expedição saiu às 8 horas da Praça São Sebastião em Peri-Mirim, com destino à sede do município de Bequimão, onde foram acompanhados por uma equipe técnica, conforme determinação do Exmº Sr. Prefeito, João Martins e apedido da presidente da ALCAP, Ana Creusa Martins dos Santos.

Durante a viagem, a fim de que ficasse clara a natureza educacional da expedição, o confrade Francisco Viegas proferiu uma palestra, ainda no interior do transporte, na qual abordou a história da Barragem, que segue resumida abaixo:

HISTÓRICO DAS BARRAGENS PERI-MIRIM/BEQUIMÃO

A primeira barragem conhecida como Barragem dos Defuntos foi construída no primeiro mandato do prefeito Agripino Álvares Marques, entre 1948 a 1951. (Página 16 do livro Curiosidades Históricas de Peri-Mirim).

A referida barragem foi feita no braço pelos destemidos perimirienses. Pois naquela época o município não dispunha de máquinas para edifica-la. Depois de terminada ela passou por vários problemas de rompimento, provavelmente devido a compactação do barro e a largura insuficiente que suportasse o volume d’água. Por isso quase todos os invernos precisava de reparos. (Tapagem dos furos).

Trinta e dois anos após a sua construção, a barragem estava desgastada e não cumpria mais a função de anteparo das águas: doce de um lado e salgada do outro.

Consciente da importância da barragem, o então prefeito Benedito de Jesus Costa Serrão, construiu, nas proximidades da Flor Amarela e cerca de quinhentos metros distante da Barragem dos Defuntos, a nova barragem, que ficou mais próxima da sede do município perimiriense. Esta barragem teve sua edificação através de maquinários adequados para a obra.

A Barragem da Flor Amarela, ou Benedito de Jesus Serrão (nome aprovado pela Câmara Municipal de Peri-Mirim), media 3.236 metros de extensão e foi concluída no ano de 1983 e, cuja verba de edificação foi da própria Prefeitura.

Atualmente está sendo construída a Barragem Maria Rita, entre Buritirana, em Bequimão e São Bento, que contempla a LUTA do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense.

A construção está a cargo da Empresa Edecansil Construções e Locações Ltda, com as seguintes especificações: 16 KM de comprimento, mais 10 KM de estrada até a MA 106. Ela tem 15 metros na base e 9 metros no cume, sendo duas pistas de rolamento de 3 metros cada e 1,50 metro de cada lado como fuga. Informação dada pelo Agente Comunitário, Sr. Tonilsom Ferreira.

De onde surgiu o nome Maria Rita?

Havia na localidade Aurá, nas proximidades Tubarão, duas aldeias, que foram perseguidas pelos portugueses e tendo os índios se evadidos para as matas. Na fuga pegaram uma indiazinha a cachorro, mas lhe pouparam a vida. Ela era muito bonitinha e o senhor que a caçou lhe pôs o nome da sua filha, que se chamava Maria Rita. Ela cresceu e ficou uma moça bonita. Ao local da sua prisão, deram-lhe o nome de Maria Rita. Como a Barragem passa por lá, deram-lhe o nome dela. (Página 116 do livro Tapuitininga – Da Colônia à República, do escritor e pesquisador Domingos de Jesus Costa Pereira.

A II EXPEDIÇÃO ALCAP ITINERANTE – VISITA ÀS OBRAS DA BARRAGEM MARIA RITA, quer,

“conhecer de perto para contar de certo”. (08:00h do dia 25.01.2024).

Peri-Mirim, 25 de janeiro de 2024.

Francisco Viegas Paz.

O Secretário de Infraestrutura, Sr. Tonho Martins e Leônidas Neto nos acompanharam até o Povoado de Buritirana, onde iniciam as obras, fomos recebidos por Tonilson Ferreira líder Comunitário e Agente de Saúde. A partir daí, os expedicionários questionavam sobre as obras e se maravilhavam com ela, com o maquinário, com os trabalhadores e, em especial, com as pessoas do lugar. Conforme relatado acima, Viegas forneceu dados sobre a construtora e quilometragem da barragem.

Um show à parte se deu com a conversa que os expedicionários tiveram com o Sr. Zé, proprietário de um retiro, onde cria porcos, patos e galinhas. A construção é rudimentar, de pau a pique, com dois pavimentos: o de baixo ficam as criações e o de cima serve de moradia, com rede de dormir e outros apetrechos típicos da Baixada Maranhense. Ele disse que não trocaria aquele lar por nenhuma mansão. A proximidade da noite de lua cheia, fez o campesino se inspirar, com gracejos ligados ao amor e à paixão.

A expedição foi bastante proveitosa, na medida em que o desenvolvimento sustentável é uma necessidade, a fim de preservar as potencialidades naturais, sem comprometer a vida da presente e futuras gerações. Todos sabem que a construção da barragem, além da necessidade, para evitar a salinização dos campos e preservação da água doce, é a realização de um sonho.

Entretanto, alguns expedicionários ficaram muito preocupados e com dúvidas relacionadas a alguns aspectos, os quais já foram levados à apreciação do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM), solicitando vistoria de especialistas no assunto e que fazem parte da instituição, pois, sabe-se que há vontade política de realizar a obra da melhor forma possível.

II EXPEDIÇÃO ALCAP ITINERANTE – VISITA ÀS OBRAS DA BARRAGEM MARIA RITA

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) realizará no próximo dia 25/01/2024 (quinta-feira) uma expedição para visita às obras da Barragem Maria Rita, a qual que beneficiará diretamente o município de Peri-Mirim.

Com a estrada e a Barragem de Santa Rita, seis municípios serão beneficiados diretamente, facilitando o trabalho de pescadores, produtores e da população em geral, além da Rota dos Campos e Lagos, que impulsionará o turismo da região. Portanto, fico feliz pela importância dessa obra, por acabar com uma espera de mais de quatro décadas e poder, sobretudo, melhorar a vida das pessoas. Vamos em frente! Afirmou o Governador Carlos Brandão na solenidade de início das obras.

A ALCAP solicitou apoio técnico ao Prefeito de Bequimão, Dr. João Martins, que respondeu prontamente ao nosso pedido da seguinte forma: “Será um prazer e uma honra recebê-los em nosso município. Em resposta a sua solicitação, pedi ao meu tio Tonho Martins, secretário de infraestrutura, para que acompanhasse a comitiva da ALCAP até o canteiro de obras da barragem de Maria Rita. Estará presente também o Sr. Tonilson, liderança comunitária, e morador do povoado Buritirana, onde a barragem inicia“.

Além dos acadêmicos, professores e alunos, farão parte da Expedição alguns idosos que conhecem a História e importância da Barragem Maria Rita. Essa interação entre gerações faz parte da Educação integral e participativa que a ALCAP defende.

Durante a Expedição, o confrade e historiador Francisco Viegas, fará um relato sobre a Barragem Maria Rita. Dessa forma, o projeto ALCAP ITINERANTE visa promover educação transformadora, tendo a equidade e a inclusão como estratégias para reduzir as desigualdades sociais. Nessa Expedição, vamos demonstrar, in loco, a importância dessa obra para as gerações presentes e futuras.

FLÁVIO BRAGA SERÁ UM DOS PALESTRANTES NO EVENTO “DIÁLOGOS BAIXADEIROS” PROMOVIDO PELA UFMA

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) parabeniza o acadêmico Flávio Braga pela sua participação, no próximo dia 14/09/2023 (quinta-feira) às 17h30, no evento  denominado “Diálogos Baixadeiros – Falas sobre a Baixada” promovido pelo Departamento do Curso de História da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

A palestra de Flávio versa sobre o “Linguajar típico da Baixada”. Nada mais oportuno, pois, Flávio Braga é autor do livro Dicionário do Baixadês, obra de registro literário do linguajar típico da Baixada Maranhense que tem o escopo de valorizar a sabedoria cabocla e contribuir para a preservação do modo peculiar de comunicação entre os nativos dessa microrregião, sobretudo nestes tempos de massificação da televisão e da internet.

A referida obra imortalizou o autor, que é membro da Academia de São João Batista e da Academia de Peri-Mirim, sua terra natal. Ele também é o idealizador do prestigiado Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM), sendo seu primeiro presidente.

Diversos olhares, percepções, vivências e memórias marcam o evento “Diálogos Baixadeiros – Falas sobre a Baixada”, Projeto de Extensão do Departamento de História da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) que ganhará nova edição em São Luís, a partir desta quinta-feira (14), das 14h às 17h30, com entrada gratuita.

Com o eixo central “Falas sobre a Baixada”, em cada um dos seis encontros, a segunda edição terá sempre quatro temas centrais, com convidados especiais, autoras e autores oriundos da Baixada. No primeiro encontro, os temas são: “A Baixada do Maranhão em serões e outras falas”, com Gracilente Pinto (de São Vicente Ferrer); “Vislumbres de Viana sob o olhar de Assis Galvão”, com Adalzira Galvão e Michela Galvão (de Viana); “Anajatuba e nossas esperanças”, com Mauro Rêgo (de Anajatuba); e “Linguajar típico da Baixada”, com Flávio Braga (de Peri Mirim).

Sob organização do professor Manoel de Jesus Barros Martins, do Departamento de História da UFMA, o evento conta com o apoio do Departamento de História, do Curso de História, do Centro de Ciências Humanas e do Centro Pedagógico Paulo Freire – local onde será realizado o evento, na sala 101, Asa Norte, a partir das 14h.

Para Manoel Martins, o evento é um importante espaço para que professores, alunos e o público em geral possa debater e conhecer mais sobre essa importante região do Maranhão.

“A Baixada conta com um quantitativo expressivo de autoras e autores cujas obras remetem ao entendimento de facetas muito caras à formação social maranhense, porém essa produção e seus autores nem sempre são reconhecidos”, afirma o professor.

“Diálogos Baixadeiros – Falas sobre a Baixada” será realizado em formato presencial, na UFMA. As Rodas de Conversa serão gravadas e disponibilizadas a seguir pelo canal oficial do evento no YouTube, pelo link: https://youtube.com/@BaixadadoMaranhao.

Histórico dos Diálogos Baixadeiros
A partir de maio deste ano, foram realizadas as primeiras Rodas de Conversa, no âmbito da disciplina “Baixada do Maranhão: trajetórias e perspectivas”, com o tema “Diálogos Baixadeiros”. Diferente da atual edição, que será realizado em seis datas, às quintas feiras, de 14.09 a 09.11, o evento de estreia foi realizado em cinco datas – nos dias 5, 12, 19 e 26 de maio e 2 de junho.
Os vídeos da primeira edição podem ser encontrados no YouTube, no canal @BaixadadoMaranhao. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail baixadadoma@gmail.com.

Dicionário do Baixadês

Fontes: Sites da ALCAP, FDBM, AMEI e mensagens WhassApp compartilhadas por Manoel Barros.

Academia Perimiriense apresentará Prestação de Contas do Exercício de 2022

Edna Jara Abreu Santos promoveu a Convocação para Prestação de Contas de 2022. Em nome da Tesouraria da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense – ALCAP, os membros do Conselho Fiscal e demais acadêmicos foram informados da Assembleia Geral Ordinária que ocorrerá no dia 19 de agosto de 2023 (sábado), às 15 horas, no Centro de Ensino Médio Artur Teixeira de Carvalho (CEMA), para avaliação e prestação de contas do ano 2022.

Edna Jara sempre se destacou pela organização e alto senso de responsabilidade na missão de controlar as contas da agremiação que tem grande responsabilidade na sua área de atuação.

Na oportunidade, a presidente da entidade, Ana Creusa Martins dos Santos, divulgou a pauta dos assuntos a serem discutidos na referida assembleia, conforme abaixo:

Pauta da Reunião ALCAP do dia 19/08 (sábado) às 15 horas no CEMA:

1) Apresentação da prestação de Contas do ano de 2022;

2) Debate sobre erros e acertos do II Prêmio Naisa Amorim e propostas para o III Prêmio;

3) Discussão sobre a implantação da Biblioteca Prof. Taninho: providências já tomadas;

4) Debate sobre o Projeto Plantio Solidário;

5) Debate e aprovação do Regimento Interno e

6) Comemoração dos aniversariantes do período de 01/01 a 19/08.