Patrono da Academia de Peri-Mirim é homenageado na obra “Vultos Ilustres Baixadeiros da Baixada Maranhense”

O escritor Flávio Braga, ocupante da Cadeira 16 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), lançou a obra “Vultos Ilustres da Baixada Maranhense: Histórias e Legados de Grandes Personalidades”. Segundo ele, o livro é uma homenagem às contribuições de figuras proeminentes da Baixada Maranhense, apresentando o registro literário das trajetórias de personagens que marcaram a história da região, destacando seus feitos, lutas e o impacto duradouro de seus legados.

O primeiro volume da obra – que faz parte de uma trilogia – foi lançado na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), no último dia 19 de novembro de 2024, em um evento belíssimo que contou com a presença massiva de baixadeiros e amigos, especialmente os membros do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM), do qual qual Flávio é idealizador e primeiro presidente.

A história magnífica do patrono da ALCAP, João Garcia Furtado, está nas página 104 a 106 do livro. Vale a pena ler, pois apresenta fatos inéditos, que não constatam biografia disponível na ALCAP e que demostram o porquê de o perimiriense estar entre os vultos ilustres da Baixada Maranhense, que passou pela seleção cuidadosa e justa do escritor Flávio Braga, a este nossas homenagens.

Presidentes do FDBM: João Martins, Ana Creusa, Flavio Braga e o atual presidente, Expedito Moraes.

II FESTIVAL ALCAP DE CULTURA: Projetos Inéditos são apresentados pelo Terceirão do Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho

As escolas do município de Peri-Mirim têm uma importante missão de transmitir conhecimento aos alunos, bem como contribuir para preservar a cultura por meio da Educação, fortalecendo a identidade cultural, a criatividade, preservação do patrimônio, dentre outros – tarefa que vai além da sala de aula -, pois envolve conhecimento científico e meio aos saberes populares de gerações.

A confreira Edna Jara Abreu, professora da área de Linguagens das turmas do Terceirão (vespertino) do Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho trouxe ao II Festival ALCAP de Cultura: uma a exposição do Projeto Sarau Artístico-Literário Maranhense, que funciona durante todo ano letivo e tem foco nas produções artísticas e literárias do Maranhão.

Diversos grupos de alunos tiveram uma importante missão no II Festival ALCAP de Cultura – 2024, trazendo consagrados nomes da literatura maranhense, com declamações de poesias, arte em desenho, músicas e outros, afirma a Prof.ª Edna Jara.

Nesse contexto de produções artísticas e literárias, o aluno Deyvith França dos Inocentes destacou-se na noite interpretando, em estilo musical, a poesia “Canção do Exílio”, do escritor maranhense Gonçalves Dias. Ele e sua equipe interpretaram de forma belíssima e inesquecível a música, com ritmo exclusivo para o evento.

II FESTIVAL ALCAP DE CULTURA: “ALCAP: um legado em Peri-Mirim”

Durante o II Festival ALCAP de Cultura ocorrido em 14 de novembro de 2024, no largo da Praça São Sebastião, vários alunos da rede municipal e particular de ensino revelaram seus talentos em várias áreas da literatura, arte e cultura. A poesia abaixo é de Bruna Carla Silva França, egressa da Escola Municipal “Carneiro de Freitas”, atualmente cursa o 1º ano de Informática no Instituto Federal do Maranhão (IFMA).


ALCAP: um legado em Peri-Mirim 

Em 20 de maio foi criada

A Academia de Letras, Ciências e Arte perimiriense

Uma esperança no território da baixada

A fim de promover a educação a seus discentes.

 

Composta por 28 membros

Assim ela se faz

Escritores, Professores, Acadêmicos formados…

Verdadeiros profissionais.

 

Preocupados com o futuro da cidade

Se juntaram em prol da educação

Todos juntos em uma só voz

Todos juntos em união.

 

Naisa Amorim, mulher guerreira

Ǫue se empenhou com força e determinação

Uma professora de coragem

Ǫue deixou nos perimirienses o sentimento de gratidão.

 

Não podemos esquecer do eterno Bordalo

Ǫue partiu para o céu em 2023

Deixando conosco a saudade, um belíssimo legado

E os trabalhos que em Peri-Mirim ele fez.

 

E mais uma vez, me regozijo em participar

De mais um evento e poder citar

Grandes nomes da ALCAP

Ǫue ajudaram a elevar a educação deste lugar.

II FESTIVAL ALCAP DE CULTURA: “Memória ou nostalgia?”

Durante o II Festival ALCAP de Cultura ocorrido em 14 de novembro de 2024, no largo da Praça São Sebastião, vários alunos da rede estadual, municipal e particular de ensino revelaram seus talentos em várias áreas da literatura, arte e cultura. A crônica abaixo é de autoria de Lia Carla Silva França, egressa do Centro de Educacional Artur Teixeira de Carvalho. Atualmente finalizou o ensino médio, preparando-se para prestar Vestibular.


      Dias atrás pesquisei o que  é nostalgia. Esse conceito sempre me acompanhou, não nego, também sempre soube o significado, mas queria ter certeza de que a sensação que me acompanhava realmente era aquela. Com a certeza em mãos, procurei no Google o conceito de memória, também sabendo do que se tratava, busquei saber o que a internet definia como memória. Segundo o Google, memória é o armazenamento de informações e fatos obtidos através de experiências ouvidas ou vividas. Já um sentimento nostálgico – segundo o mesmo meio de pesquisa – é a sensação de saudade originada pela lembrança de um momento vivido no passado ou de pessoas que estão distantes. Confio plenamente nas duas definições, mas acrescento que ambas possuem algo em comum, a saudade talvez? A sensação de pertencimento ao passado? Acredito que varia de pessoa para pessoa, experiência para experiência, e de alma para alma. No meu caso, exclusivamente, a nostalgia está relacionada à repetida sensação de vivência. Exemplo disso é um sentimento de que eu já vivi este momento antes, mas talvez de outra forma.

      Quando criança, sonhava em fazer várias apresentações escolares, não como competição, mas queria que as pessoas ouvissem um pouco do que eu tinha para dizer – isso é memória. Anos depois, a ALCAP proporcionou um concurso de poesias, consegui ser ouvida, a poesia narrava – pela minha visão como criança – a cidade na qual cresci e desenvolvi toda uma vida. Foi um acontecimento pra mim, essa foi a primeira poesia lida e ouvida por alguém, por várias pessoas, inclusive – isso sim é nostalgia.

      Um fato importante sobre tal memória, é que me sentir ouvida foi um ponto inicial para aprender a me ouvir e aprender ouvir a voz dos outros. Lembro que na época eu achei o máximo a iniciativa da academia de letras, uma criança sendo ouvida em público era algo brilhante. Várias outras crianças tiveram suas poesias e desenhos vistos. Adolescentes também foram ouvidos através de suas crônicas.

     A escrita me acompanhou em grande parte da vida, o estudo sempre foi um forte aliado em dias nublados, ou até mesmo completamente limpos. Quando não conseguia falar, a escrita me acompanhava, escrevia tudo o que sentia, narrações do cotidiano, um diário pessoal, ou talvez uma crônica.  Talvez isso seja um pouco dos dois sentimentos.

      Ouvir e ser ouvida traz um sentimento de pertencimento, pertencimento ao lugar, lugar que digo são pessoas, momentos, aqueles momentos em que queremos morar para sempre. Foram nessas que ouvi várias histórias dos meus pais e avós, esses relatos foram responsáveis pelo meu segundo prêmio na ALCAP, 1° lugar na categoria crônica. Terceiro ano do ensino médio, ano em que tudo poderia mudar, ano em que todos os vestibulares finalmente se tornariam decisivos e sérios. Esse sim é um sentimento de nostalgia, é quando vivemos um momento pela primeira vez, mas sentindo o mesmo frio na barriga de todas as memórias passadas. Talvez porque o valor de um momento só seja medido quando é tornado em memória.

     Nostalgia é vivência, memórias são um poder que o passado nos proporciona, usar o passado para transformar o futuro é desafiador, mas benéfico. Um outro exemplo de memória é que: quando criança eu acreditava que os estudos mudariam a minha vida. Exemplo de nostalgia? O hoje. É como falar com a mesma empolgação e crença que a Lia de 13 anos tinha. A educação transforma!

     O sentimento de nostalgia talvez seja para nos lembrar e nos fazer reviver algo que pensávamos ter esquecido pra sempre, como um sonho. Foi através desse sentimento que tive a certeza da mulher que queria me tornar, foi revivendo sonhos e sensações que eu tive a coragem de correr e lutar. Talvez o passado não seja um lugar pra se morar, mas visitá-lo para que possamos transformar o nosso presente ou futuro em um lugar habitável e prazeroso, pode ser sim algo a se pensar.

    Revisito meu passado hoje, com o mesmo frio na barriga de momentos passados, momentos que vivi só por transformar em escritos o que meu eu criança pensava e o meu eu adolescente guardava, revisito meu passado, pois através dele sou quem sou hoje.  Revisito o meu passado porque me foi proporcionado a oportunidade de ser ouvida, já agora, sou eu quem ouço a voz das outras crianças, isso sim é nostalgia.

Crônica recitada por Lia durante o II Festival ALCAP de Cultura que ocorreu no dia 14/11/2024 na Praça São Sebastião em Peri-Mirim/MA.

Lia Carla Silva França vestida de branco.

O CRUZEIRO DA RUA ESPÍRITO SANTO

Por Francisco Viegas

Dos poucos pontos turísticos de Peri-Mirim podemos contar com o cruzeiro da Rua Espírito Santo que, salve engano, foi construído em 1947 pelo senhor Francisco Cury Guasis Zacheu, comerciante no município, que tinha a sua venda localizada na Rua Desembargador Pereira Júnior, em frente ao casarão das freiras.

Edificar uma cruz, ou qualquer outro símbolo em determinado local na cidade, não deve ser um fato espontâneo. Via de regra, primeiro concebe-se a ideia, debate-a com as autoridades e outras pessoas influentes para depois executar a obra. Como já foi dito acima, coube ao senhor Cury materializar essa ideia.

O cruzeiro tem um formato piramidal na sua base, inclusive com um degrau para servir de assento, onde algumas pessoas desfrutam desse ambiente para conversar. A altura da referida base, incluindo o assento em torno dela, é de aproximadamente um metro e vinte centímetros. A cruz mede três metros de altura, para ser avistada à distância, inclusive com um galo de metal na parte superior e no braço horizontal um esquadro, um compasso, um martelo e um cálice.

Com exceção do cálice os demais elementos são usados pela maçonaria, que se apropriou da simbologia dos instrumentos usados pelos operários na confecção dos seus trabalhos, para entronizar a ideia de perfeição dentro dos seus ensinamentos maçônicos. Já o cálice é utilizado na celebração da Santa Missa, onde o sangue de Cristo se faz presente por meio do vinho.

Na década de cinquenta e sessenta, por exemplo, dona Margarida Melo, esposa de Santos Melo, preparava junto com outras amigas, um belo presépio junto ao pé da cruz da Rua Espírito Santo. Todas as noites as famílias vizinhas se reuniam para cantar e rezar de acordo com o espírito natalino. Lá, as crianças admiravam com entusiasmo, a composição do presépio e aprendiam os cantos do Natal.

Afinal, qual o verdadeiro motivo da construção dos cruzeiros em cada extremo da sede do município? – Atualmente só existe o da Rua Espírito Santo, por ter tido os cuidados da moradora Clara de Oliveira Costa, conhecida por Clara Dogue, (in memoriam).

É notório que a cruz é utilizada como símbolo sagrado, na qual Jesus foi crucificado. Por isso os católicos creem que, onde a cruz se faz presente, coisa ruim não encosta. Assim sendo, os cruzeiros foram edificados para proteger a cidade dos seres invisíveis e horripilantes, de um extremo ao outro. E, ainda, de certa forma, trazia alento às pessoas medrosas, ou aos que eram sensitivos e conseguiam captar suas imagens a esmo.

Qualquer cidade tem suas estórias, aflições, contos e invenções. Como a cidade de Peri-Mirim, antiga Macapá, foi edificada entre o campo de água doce e os morros e pequenas matas, não era difícil, aqui e ali, deparar-se com alguma coisa inerente a esses habitats. Se pelo lado do campo predominava a lenda da curacanga, pelo lado dos morros e matas, as lendas de currupira, mãe d’água e outras tantas não passavam despercebidas.

Quem quiser conhecer melhor essas e outras histórias da nossa terra é só ler o livro Curiosidades Históricas de Peri-Mirim, deste autor.

Peri-Mirim, 10 de novembro de 2024.

A ALCAP PROMOVERÁ O II FESTIVAL DE CULTURA EM PERI-MIRIM

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) e parceiros promoverão no dia 14 de novembro de 2024, o II Festival de Cultura. O referido festival é um grande encontro de manifestações culturais que surgiu com o objetivo de promover um evento democrático de ampla participação popular que incentive a prática e vivência da cultura como expressão artística, contribuindo para a difusão cultural e o desenvolvimento regional por meio da cultura tradicional.

Na 1ª edição do festival, realizada no dia 07 de junho de 2019 em Peri-Mirim, criou-se um espaço para a divulgação da cultura e arte local. A praça central da cidade recebeu atrações como música, poesia, tambor de crioula, capoeira, artistas da terra, exposições, estande de venda de livros, feira gastronômica, roda de conversa e lançamento da 2ª edição do livro “Dicionário do Baixadês”, do escritor e acadêmico Flávio Braga.

Nesta 2ª edição, prevista que ocorrerá no dia 14 de novembro de 2024 na Praça da Igreja da Matriz de São Sebastião, estima-se receber um grande público que prestigiará várias atrações, conforme Programação abaixo:

16h – ABERTURA DA FEIRA CULTURAL: Exposição artística, fotográfica, literária, artesanal, plantas, cerâmicas, gastronomia

17h – ABERTURA DA TENDA CULTURAL COM OS DESBRAVADORES (IASD): Coral Infantil  Cantos de Alma, Apresentação teatral (EMCB), Coreografia (UMADPM), Dança contemporânea

17:40h -MANIFESTAÇÕES CULTURAIS

18:30h – POESIA E MÚSICA

19h – GRANDE ENCONTRO DOS ARTISTAS DA TERRA: Carlos Pique, Santiago, Paim, Edeilson, Paulo Sérgio e Frank Wilson

20:30h – APRESENTAÇÃO TEATRAL NO SINDPROESPEM (vagas limitadas*): 1) 0 Menestrel -Shakespeare (Thyago Alves) e 2) Espetáculo Curacanga (IFMA).


 

PROJETO PLANTIO SOLIDÁRIO DA ALCAP: Promoverá Troca de Mudas e Sementes durante a VII Ação de Graças na Jurema

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense  (ALCAP) promoverá a quarta Edição da Feira de Troca de Mudas, Sementes e Saberes, em parceria com a VII Ação de Graças na Jurema, que será realizada no dia 16 de novembro de 2024, no Sítio Jurema, Povoado do Cametá, no município de Peri-Mirim-MA.

A referida feira será realizada por meio do Projeto Plantio Solidário “João de Deus Martins”, que tem como gestora, Ana Cléres Santos Ferreira, que sempre contou a colaboração de Maria do Carmo Pinheiro, ambas amigas da ALCAP, as quais preparam um ambiente aprazível para receber a comunidade. A Ação de Graças na Jurema foi idealizada por José dos Santos, para promover a União em sua Comunidade.

Por iniciativa da acadêmica Jessythannya Santos, o objetivo da feira é auxiliar na preservação da biodiversidade, promover a educação ambiental, bem como estimular a alimentação orgânica e saudável. As mudas serão fornecidas pelo Jardim Botânico da Vale S.A. Porém, a maioria das mudas são oriundas do Sítio Boa Vista, de propriedade da gestora do Projeto.

Além de mudas de hortaliças, legumes e outros vegetais, serão trocadas/disponibilizadas plantas ornamentais, mudas de árvores frutíferas e não frutíferas, plantas medicinais, sementes e muito conhecimento e diversão. Esperamos contar com a participação de engenheiro agrônomo ou outro especialista, para orientar as pessoas.

SECUNDINO MARIANO PEREIRA

Por Diêgo Nunes Boaes

Nasceu no povoado Meão, não sabia ler e escrever, mas obtinha uma inteligência admirável, nunca havia frequentado escola, mas seus saberes e conselhos eram temidos por todos. Na comunidade era tido como um profeta. É patrono da Cadeira número 08 (oito) da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), ocupada por Graça de Maria França Pereira.

Casou-se com a senhora Alaíde Pereira, quando construiu família mudou-se para o bairro do Portinho. Em sua união com a Alaíde teve 09 filhos: João Pereira, Antônio Pereira, José Pereira, Macico Pereira, Constâncio Pereira, Donízia Pereira, Anicolina Pereira e Raimunda Pereira, e de outro casamento, Raimunda Azevedo, todos já falecidos. Secundino criou seus filhos e muitos de seus netos, adorava fumar charuto.

Secundino Mariano Pereira foi vereador em Peri-Mirim, ele também gostava da cultura, fazia blocos carnavalescos e bumba-boi. Conforme depoimento do seu neto João Pereira Amorim: “lembro de um dos blocos, chamado BLOCO DOS MARINHEIROS, no bloco tinha um barco de buriti de 2 e meio metros, era muito bonito, para minha felicidade quando acabou a festa fui apresentado pelo meu avô com  aquele barquinho“.

Em 1977 na gestão de um de seus netos: João França Pereira, teve a praça do bairro do Portinho construída em sua homenagem, e em 2003 na gestão do seu outro neto: Geraldo Amorim Pereira, reformada e ampliada além da construção de uma escola no povoado Centro dos Câmaras.

Secundino tem uma geração de netos e bisnetos, doutores, professores, advogados e pessoas ilustres. O próprio era uma das pessoas ilustres de Peri Mirim, dono de barcos, canos, gado, carros de boi e de muitas terras. Ele tinha um barco chamado “formosa”, um barco famoso, quando chegava na Beira Mar em São Luís, o povo já avistava de longe, com suas belas cores nas tonalidades: amarelo, azul, branco e preto, cores prediletos do Secundino, que pintava anualmente, abrilhantava seu belo barco que se destacava em meio a muitos naquela época.

O Secundino era quem construía o seu próprio barco, o consertava e pintava. Além de fabricar canoas e pneus dos carros de boi, na época eram muito utilizado no translado de lenhas para as olarias, além de outros tipos de cargas. Secundino e Gaudêncio eram os únicos, na época que transportavam mercadorias de São Luís, atracavam na Beira Mar, pegavam as compras dos comerciantes perimirienses, traziam até o armazém, na Vala ou barragem do defunto (atual barragem Maria Rita) para abastecer os comércios de Peri Mirim, praticamente 05 dias de viagem, eles reversavam, um dia Secundino (barco Formosa) e no outro Gaudêncio (barco França Filho, depois mudou para Lucimar).

Um fato importante é que hoje o bairro do Portinho tem o padroeiro São João Batista graças ao Secundino Mariano Pereira, que fez a primeira capela para abrigar a imagem doado pela senhora Gertrudes Pinheiro, conterrânea do povoado Minas, que morava no Rio de Janeiro e mandou a imagem pra São Luís de avião, Secundino trouxe em seu barco formosa, deixou na residência do senhor Egídio Martins, no povoado Jaburu, e assim organizou uma procissão do povoado Jaburu até a capela de São João Batista no bairro do Portinho, no dia 24 de setembro de 1952, procissão esta que marcou a vida do Secundino, além de ser devoto de São João Batista, o mesmo começou a ser um cristão assíduo nas missas e rezas da igreja local. Com isso, há 72 anos o bairro do Portinho tem como padroeiro São João Batista. 

No dia 14 de janeiro de 1960, aos 78 anos, Secundino Pereira faleceu em São Luís onde foi sepultado no Cemitério do Gavião.

 

 

Plagiando Shakespeare (15/12/2022): Reflexão aos 59 anos

Por Nasaré Silva

 

Até que ponto vou poder continuar como nômade?

Na futura varanda da casinha de sapé desfruto do vento frio

Que, enquanto refrigera o calor, inquieta minha alma.

Qual o meu pertencimento?

 

“Com o tempo a gente aprende” que qualquer lugar é bom

Desde que se tenha paz.

 

E as amigas, por onde estão?

Algumas, se tornaram estrelas.

Outras, apesar da proximidade

Geográfica, encontram-se distantes.

“Com o tempo a gente aprende”

Que podem estar em qualquer lugar

Ou em lugar nenhum.

 

Que fazer amizade é mais fácil

Do que preservá-la.

Que os amigos se tornam caros

Não por serem onerosos,

Mas por falta de tempo

Para cultivá-los.

 

Aprende-se com o tempo:

Que tudo é tão fugaz,

Que os amores não são eternos.

Acontecem como chuva de verão.

Alguns deixam seu registro,

Sua identidade.

Outros, nada, nem a lembrança.

Foram jogados em calabouços

Do esquecimento.

Outros, ainda, são apenas sombras

Que se mexem como

Na “Caverna de Platão”.

 

“Aprendi com o tempo”,

Que nem sempre a visita que

Se espera, é a mesma que se recebe.

Que assim como há confluência

Também, há divergência.

E os caminhos podem nunca

Se encontrar.

 

“Aprendi com o tempo”

Que as verdades absolutas

De outrora, hoje são apenas

Ilusões rancentas

Ultrapassadas pelo tempo.

 

“Com o tempo a gente aprende”

Que nem todos os elogios são verdadeiros

Uns, são usados apenas como meio

De aproximação.

 

Hum, o tempo é cruel

Deixa marcas e dores.

Por isso, o tempo também ensina

Que as cicatrizes,

dependendo da situação

podem voltar a sangrar.

E assim, de fase em fase,

De etapa em etapa,

A vida se encaminha

Para o fim.

 

SOLENIDADE COLAÇÃO DE GRAU – EDUCARE – 31/08/2024

O Instituto Educacional Educare teve a honra de realizar a solenidade de outorga de grau do curso de Licenciatura em Pedagogia, Polo de Peri-Mirim.

Os convidados que compuseram a mesa de honra:

  • O ilustríssimo professor, mestre Jefferson Cantanhede, coordenador geral do Instituto de Educação Educare.
  • O excelentíssimo Sr. Heliezer de jesus Soares, paraninfo desta turma.
  • O Excelentíssimo Sr. José Geraldo Amorim como patrono.
  • O professor homenageado com o nome da turma: Prof. Esp. Diêgo Nunes Boaes.
  • A Secretária de Educação de Peri-Mirim a Prof.ª Zaine Campos Ferreira
  • Professor, psicólogo Wanderson Farias
  • Professora Esp. Elinalva Campos
  • Professor Ms. Lourivaldo Ribeiro

Os demais professores homenageados pela turma estão na plateia e são:

  • Esp. Alex França Soares
  • mestrando José Júlio Costa
  • Professora Esp. Maria Nasaré Silva.

 

Na entrada dos formados foi declamado o poema abaixo, de autoria de Maria Nasaré Silva, professora da Educare, tendo como base de rima, os nomes dos novos pedagogos.

O dia é de festejar

Com alegria comemorar

Este tão belo evento.

A festa é dos concludentes

Que tão inteligentemente

desfrutam deste momento.

I

A aluna a ser chamada

Por todos é admirada

Convém agora citar

Aliene França Soares

Atravessou grandes mares

Para hoje comemorar

Benedito Mariano

A acompanha, soberano

Nesta hora gloriosa

Amar a Deus é seu lema

A família, seu emblema

Por isso, hoje, vitoriosa.

II

Vejam quem chega agora

Nesta tão boa hora

Formanda, Almila Barbosa

Gustavo é o seu padrinho

Anjos da Guarda, o caminho

Fala mansa, carinhosa

 Gosta de a família reunir

Filmes e séries assistir

Ir à igreja, viajar

Ter um momento só seu

Muitos livros, ela leu

Agora, só comemorar.

III

É sua vez, Celene Pinto

Com o seu jeito distinto

Werbeth é seu padrinho

Sua música, Dias de Guerra

O maior amor desta terra

É Deus, o seu caminho.

Sua família, porto seguro

Nunca a deixou no escuro

Nela sempre se apoiou

Sendo hoje dia de glória

Todos cantam sua vitória

Na igreja entoa louvor.

IV

Cleidiane Soares Pinheiro

Na sua áurea, um letreiro

“Eu vim para estudar”

Estudando, eu vencerei

Nunca me engrandecerei

Todos podem acreditar.

Sua música; “está escrito”

Xande, cantor favorito

Paulo Freire seu autor

“Educação muda as pessoas”

Assim, seu eco ressoa

Mulher de garra e de amor.

V

Danyanderson se apresenta

Sua madrinha sempre atenta

Valdirene é o seu nome

Música: “Me sinto abençoado

Com a televisão do seu lado

Gonçalves o seu sobrenome.

A família, seu bem maior

O seu estudo foi com suor

Pode-se assim afirmar

Vive feliz, sorridente

Abraça a todos contente

Gosta muito de viajar.

 VI

 A formanda a ser chamada

Muito querida e honrada

Débora Izidória Amorim

O seu padrinho é o Elizeu

Débora em seu apogeu

Sua vida é um jardim.

O jardim que é sua família

A sua eterna estrela guia

Que vive a lhe orientar

Romance, gosta de assistir

Mais degraus irá subir

Tendo Deus a lhe guiar.

VII

A aluna Delza Pereira

Já transpôs várias barreiras

Para hoje comemorar

Vilásio França, o padrinho

Sua família é o caminho

Que lhe ajuda a superar

O seu lema é viver e cantar

Para a vida sempre melhorar

Sua paixão é a educação infantil

Com seu sorriso suave e manso

Sua voz é puro descanso

Bonita e sempre juvenil.

VIII

O formando Denivan Amorim

Chega à passarela, enfim

Esbanjando o seu teor

Sara Ferreira, a madrinha

Para o momento se alinha

É recíproco o amor.

Pedro Henrique, o seu cantor

É um homem de valor

“Sou um milagre” a cantar

A família, seu tesouro

Que nem a peso de ouro

Alguém poderá comprar.

IX

Ednildo França, o aluno

Em momento, oportuno

Ele vem comemorar

Maria Ildes, a madrinha

Ao seu lado é uma rainha

Assim veio o prestigiar.

Aprecia Darlon como cantor

Dona Ildes é seu amor

Juntos formaram família

A música, volta filho meu

Acredita muito em Deus

Ora, fica em vigília.

X

A formanda que vem agora

É uma linda senhora

A acompanha Antônio Sodré

Sua família tem tradição

Eliane Câmara, então

É cristã e tem muita fé.

Eliane curte voluntariado

Tem serviço prestado

Isso eu posso afirmar

Sua família é seu suporte

Pratica física, esporte

Tendo Deus a lhe guiar.

XI

Érica de Cássia se apresenta

Com o seu padrinho ostenta

Ternura, paz e beleza

Vem de longe, bem longe

De onde o sol se esconde

E tudo é só leveza.

Deus é Deus é a canção

O seu foco é educação

Delino Marçal, o cantor

Curte uma boa leitura,

Apreciadora da cultura

Faz tudo com muito amor.

XII

Geisa Barros é a aluna

A educação é sua fortuna

Ela vem se apresentar

Vandeilson é o padrinho

Daniele Vitale sax-violino

Vida La vida a cantar.

De Santana é moradora

Guerreira, batalhadora

Gosta muito de estudar

A família é seu baluarte

Aprecia as belas artes

O seu sonho é educar.

XIII

A Hellen Khayllen Araújo

É formanda, não discuto

Está ao lado do padrinho

Paulo Victor Ferreira

É professora de carreira

Trata a todos com carinho

Sua música favorita

Por muitos é preferida

Isadora Pompeo a cantar

Vamos citá-la, enfim

Bençãos que não tem fim

Nós iremos apreciar.

XIV

Jocilene Lima é a formanda

Com sua voz meiga e branda

A todos vêm encantar

Seu padrinho Isaac Garcia

À Jocilene se associa

Para hoje comemorar.

Além do que sonhei

A música vislumbrei

Luana vem apresentar

A formanda tem muita fé

Seu coração é abofé

Curte crianças a brincar.

XV

José de Ribamar Pereira Júnior

É nosso formando Sênior

Madrinha, Brendha Laís

Gosta de Academia praticar

É fã do jogador Neymar

O mais top do país.

Sua música favorita

Isaías Saade Cita

É bem comum escutá-la

“Bondade de Deus” por certo

É sublime, não é incerto

Podemos apreciá-la.

XVI

José Francisco, o formando

Se apresenta com encanto

Vem faceiro a caminhar

Ao lado de sua madrinha

Lembrando de sua mãezinha

Que não pode vir prestigiar.

Trem bala é sua canção

Ensinar e brincar, sua vocação

E com sua família viajar

Sente-se feliz sendo educador

Sonha um dia ser doutor

Para a educação pesquisar.

XVII

A formanda Kellen França

A educação é sua bonança

Veio hoje comemorar

Ao lado de Júlio Amorim

Que é seu padrinho, enfim

Está aqui para lhe honrar.

Sente-se feliz em agradecer

Não costuma se envaidecer

Mas hoje é de alegria

A canção “quero ser grato”

Neste momento exato

Curte com sua família.

XVIII

Kerliane, a formanda

Hoje é graduanda

A família está ao seu lado

Sua madrinha é a irmã

Ambas são talismã

Como ela tem estudado!

Estudando ela cresceu

E Jamais esmoreceu

Acreditou, teve fé

Canção, Campeão vencedor

Ela agradece ao senhor

Por tê-la deixado em pé.

XIX

Laysse Martins, a formanda

De jesus é veneranda

Sua música é “Sobrevivi”

Sara Farias, a cantora

Laysse é compositora

Estes versos eu escrevi.

Sua paixão natural

Família e Deus sem igual

É o que lhe agrada servir

A educação Infantil

A torna muito mais gentil

Todos estão a aplaudir.

XX

A formanda Lucinalva

Parece a Estrela Dalva

Com seu padrinho a brilhar

Diêgo Nunes Boaes

Que Deus vos abençoais

Neste evento singular.

Bençãos que não fim

Com os anjos e querubins

Canta, escreve e ler

A família é seu suporte

Com Deus lhe dando aporte

Seu caminho a florescer.

XXI

A formanda Marcele Silva

O seu sorriso é a brisa

Que a todos pode encantar

O seu padrinho Arbués

Ambos são menestréis

Na educação do lugar.

Como não se emocionar

Com a música a escutar?

Tocando em frente, senhor!

Passa um filme na memória

Este momento é de glória

A família lhe dá amor.

XXII

Oh Maria Aparecida

Pela família guarnecida

Gosto de te ouvir falar

Seu sorriso e voz suave

Parece até mesmo a ave

O tão amado sabiá

O seu padrinho é o prefeito

Heliezer Soares, o eleito

Para que todos os admirem

Caminho do deserto, a canção

A família é o seu coração

Momentos bons advirem.

XXIII

Marjones Silva é exemplar

Sorriso meigo a iluminar

As pessoas em seu caminho

Sua família é o baluarte

É admirador de Descartes

Its my life é o seu ninho.

Bom Jovi, o seu cantor

Conselheiro é com amor

Nisso podem acreditar

Com os amigos vai curtir

Na educação vai contribuir

O seu sonho realizará.

XXIV

Moisilene Costa Martins

Tem perfume de alecrins

Nossa próxima formanda

Sua madrinha, Maiara Frades

Veio de longe, de outros ares

Acompanhar a graduanda.

Música: Era a mão de Deus

Tocando nos olhos seus

Dizendo não vai desistir

Com a família toca em frente

E os amigos aqui presentes

Hoje é dia de florir.

XXV

Nárya Géssica Oliveira

Professora de carreira

Veio aqui para festejar

O seu par, Paulo Ricardo

Com ele e deus ao seu lado

Neste momento singular.

Canção: Além do que sonhei

Essa música é uma lei

Que nos ajuda a agradecer

Sua missão, é ir à missa

Da família não é omissa

Passear é o seu lazer.

XXVI

A formanda Paula Silva

Vem suave como a brisa

Com seu padrinho Luís

Cuidar da família é seu forte

Deus é o seu suporte

Terra prometida a faz feliz.

Gosta de uma boa leitura

Curte dança e cultura

A raiz do seu lugar.

João gomes o seu cantor

A pedagogia é o seu amor

Hoje está a se formar.

XXVII

Paulo Sérgio, o formando

Vem leve a escutar um canto

De êxito profissional

Muito e muito já lutou

Hoje celebra com ardor

Neste lindo cerimonial

Gosta muito de compor

De Peri-Mirim é o cantor

Que a todos vem animar

É Filho de Frutuoso

Hoje no céu, orgulhoso

Vendo o filho se formar.

XXVIII

Raniere França, a formanda

Ao som de orquestra ou banda

Vem agora se apresentar

Romances gosta de ler

Nunca se deixa abater

A natureza a faz relaxar.

A família é seu consorte

É guerreira, bonita e forte

Ranielson vem ao seu lado

Séries gosta de assistir

Romances a faz distrair

Seu dia hoje é coroado.

XXIX

Raquel Martins dos Inocentes

É formanda aqui presente

Com o padrinho a celebrar

Richard que é seu marido

No papel foi tudo escrito

Agora é só comemorar

A sua música favorita

Fala de amor, acredita

Que tudo pode favorecer

Tem sua família para curtir

Celebrar, sem desistir.

Profissionalmente, ascender.

XXX

Formando Victor Gabriel

Abençoado do céu

Com a família a celebrar

Sua mãe é grande figura

Corta cabelo, faz pintura

É professora do lugar.

A sua madrinha é Tereza

O acompanha com presteza

Isso eu posso dar fé.

Música: Igual não há

Sua vida é perseverar

Ele é fã do Rei Pelé.

XXXI

Vivian Castro de Oliveira

Se formou e faz carreira

Na vida de educadora

Julliane Sousa e Leo Brandão

A Casa é sua, é só emoção

Da sua história, ela é autora.

Trouxe a madrinha consigo

Este momento eu bendigo

Pois, ambas têm muita fé

Gosta de paz e viajar

Hoje está a celebrar

Na infância, dançou balé.

Encerramos este poema

Para escrever não foi problema

Pois gosto muito de rimar

Aprendi com meu tio João

Que lia só por paixão

E eu rimo por apreciar.


Abertura da solenidade pelo Presidente da Sessão (fala de Jefferson).

(Execução do Hino Nacional)

Hino de Peri-Mirim

Prestação do juramento

Concessão do Grau

Convidamos a formanda, Marcele da Silva e Silva, para requerer o grau em seu nome e em nome dos seus colegas

(Forramento do grau)

 – Eu, Marcele Silva e Silva, em meu nome e em nome dos meus colegas venho requerer a outorga de grau de Pedagoga ao Ilustríssimo Prof. Ms, representante do Instituto Educacional Educare, conforme as prerrogativas das Leis da República.

(coordenador)

– Eu, professor Jefferson Cantanhede, coordenador, Representante do Instituto Educacional Educare nos termos da legislação em vigor, tendo em vista a Conclusão do Curso Pedagogia, confiro a formanda Marcele Silva e Silva e aos demais formandos, o grau de pedagoga, para o exercício pleno de sua profissão.

Formandos para outorga de grau:

  1. Aliene França Soares.
  2. Almila Barbosa.
  3. Celene Pinto Sousa.
  4. Cleidiane Soares Pinheiro.
  5. Danyanderson Gonçalves.
  6. Debora Izidoria Lima Amorim.
  7. Delza Pereira Alves .
  8. Denivan Amorim Diniz.
  9. Ednildo França Barros.
  10. Eliane Camara Lopes.
  11. Erica de Cassia Costa Leite Pacheco.
  12. Geisa Barros Nunes.
  13. Hellen Khayllem Araújo Melo.
  14. Jocilene Lima Garcia .
  15. José de Ribamar Pereira Júnior.
  16. José Francisco Corrêa .
  17. Kellen França Martins.
  18. kerliane Pinheiro Correa França.
  19. Laysse Martins França.
  20. Lucinalva Martins.
  21. Marcelle da Silva e Silva.
  22. Maria Aparecida França
  23. Marjones Silva Gomes.
  24. Moisilene Costa Martins.
  25. Nárya Gessica Oliveira Correa.
  26. Paula Regina Pereira da Silva.
  27. Paulo Sérgio Correa.
  28. Ranyere Pereira França.
  29. Raquel Martins dos Inocentes.
  30. Victor Gabriel.
  31. Viviam Castro De Oliveira

 

Neste momento, desfazemos a mesa e convidamos todos e todas a se direcionarem aos seus locais para darmos início ao momento festivo com a valsa.