Aos 28 dias do mês de maio do ano de dois mil e vinte e dois, às 15:00 horas, nesta cidade de Peri-Mirim, Estado do Maranhão, presencialmente, reuniram-se em Assembleia Geral, os acadêmicos da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) quites com suas obrigações sociais estatutárias com a finalidade de eleger e empossar a nova Diretoria, o Conselho Fiscal e seus respectivos suplentes para o mandato de 02 (dois) anos de 21 de maio de 2022 a de 20 de maio de 2024. Veja Ata registrada em Cartório.
Autor: Ana Creusa
JOSÉ DO CARMO FRANÇA
Nasceu no dia 15/08/1970 no povoado Porções, filho de Manoel da Vera Cruz França e Joana do Nascimento França, teve nove irmãos. Devido à falta de condições ele foi criado pela sua avó paterna Antônia Abreu. Ele era muito estudioso, dedicado e esforçado, sonhava grande, sonhava em ser Professor, tanto é que quando teve oportunidade. Prestou vestibular na Universidade do Maranhão UEMA, onde cursou Licenciatura em Matemática, pois a partir daí o seu sonho começou a se realizar.
Com o passar do tempo, começou a colocar em prática tudo aquilo que ele se preparou como Professor. Iniciou sua carreira de docente na escola Agripino Marques, depois trabalhou na escola Cecília Botão e, no ano de 1997, passou no concurso na cidade de Palmeirândia onde trabalhou na Escola Bernardino Trinta. Também foi Professor na escola Artur Teixeira de Carvalho.
Nos anos 2002 a 2008 foi Secretário de Educação na gestão do Senhor Geraldo Amorim Pereira. Durante todo seu caminho na Educação não mediu esforços para que, de fato, o verdadeiro processo de ensino aprendizagem acontecesse em nosso município. Elaborou, coordenou, monitorou e avaliou diversas políticas públicas no âmbito educacional, primando pela qualidade de ensino.
Zé do Carmo, como era conhecido, também era uma pessoa generosa, amorosa, possuía um coração imenso, sua família era a sua maior prioridade, pois em nenhum momento se recusou a ajudar qualquer um dos seus irmãos, seus enteados ou qualquer outro amigo que precisasse. Durante toda a sua vida conquistou e preservou várias amizades deixando saudades na vida de todos os que o conheceram.
José do Carmo faleceu em 03 de novembro de 2021, ainda jovem, mas a tempo de deixar o seu legado marcante para a Educação do município de Peri-Mirim, a quem dedicou os melhores dias da sua vida.
A ALCAP participará com a SEMED das homenagens dos 104 anos de emancipação do município de Peri-Mirim
A Secretaria Municipal de Educação de Peri-Mirim (SEMED, nos últimos dias, organizou e promoveu reuniões com supervisores, coordenadores e gestores das escolas, a fim de apresentar a proposta de comemoração dos 104 anos de Peri Mirim, no dia 31 de março.
A proposta é homenagear ex-secretários de educação, que inclui os já falecidos.
Na programão está incluída uma missa na Igreja da Matriz às 07 horas da manhã com autoridades e secretários municipais; em seguida, às 9 horas, haverá o hasteamento das bandeiras.
Para a celebração solene foram convidadas as ex-professoras: Ana Rita (Nicó), viúva e irmã de dois homenageados; Javandira, mãe de Keila, uma das homenageadas e Ana Maria Silva, viúva de José do Carmo, um dos homenageados. Todas participarão do desfile.
Às 16 horas, será realizado o desfile cívico, com homenagem às mulheres que foram secretárias de educação, as professoras: Delza, Maria da Luz, Alda, Giselia e Zaine.
Por conta da logística, foi decidido que no desfile apenas 4 escolas irão realizar as homenagens aos ex-professores e ex-secretários de educação já falecidos, que serão distribuídos da seguinte forma:
1) A Escola Municipal São João Batista, abordará o tema: Literatura e Educação de Peri-Mirim e homenageará o professor João Batista Martins;
2 ) A Escola Municipal Keila Abreu Melo, abordará o tema: Economia Perimiriense e homenageará a professora Keila Abreu Melo Diniz;
3) A Escola Municipal Cecília Botão abordará o tema: Política e Geografia de Peri-Mirim e homenageará o professor Nelsolino Silva e
4) A Escola Carneiro de Freitas abordará o tema: Cultura e fará a homenagem ao professor José do Carmo França (pendente de biografia no site da ALCAP).
Considerando-se que os temas abordados nas homenagens dizem respeito à história cultural, econômica e geográfica do município de Peri-Mirim, a Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) participará do evento, com os professores e funcionários da SEMED que também são acadêmicos; bem como pelas homenageadas Alda Regina Corrêa e Giselia Martins; Francisco Viegas, Manoel Braga e a presidente da Academia, Ana Creusa Martins, também representarão a ALCAP, que disponibilizou as biografias dos homenageados, as quais podem ser acessadas no site O Resgate.
No desfile cívico, as escolas apresentarão em quatro pelotões, com suas respectivas balizas e bandeiras. Tudo organizado e estruturado por cada escola.
A proposta é que os alunos desfilem devidamente fardados, pois, dará mais ênfase ao que está sendo proposto.
Espera-se a participação de toda a comunidade escolar, bem como de todos os munícipes, pois, as homenagens aos 104 anos do município de Peri-Mirim foram preparadas com muito carinho.
Texto de Diêgo Nunes, com edição de Ana Creusa.
ALCAP E SEMED PROMOVERÃO O II CONCURSO LITERÁRIO PARA ALUNOS DE PERI-MIRIM (VEJA DETALHES NO EDITAL)
A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Peri-Mirim (SEMED), faz saber que, no período de 03/05/2023 a 05/05/2023 na SEMED estarão abertas as inscrições para o 2º Concurso Artístico e Literário “Prêmio ALCAP Naisa Amorim”, o concurso visa incentivar o gosto pela leitura bem como provocar nos alunos uma compreensão de como aconteceu o processo educacional no município ao longo do tempo e a ligação que a atualidade tem com o passado e a partir deste aspecto, abarcar a importância no contexto histórico para a educação atual no município. O concurso acontecerá nas modalidades: Desenho, Poesia, Crônica e Escola criativa. O certame é destinado a estudantes do ensino fundamental e médio, incluída a modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) de escolas da rede municipal, estadual e particular, sediadas no município de Peri-Mirim.
O concurso será realizado em duas etapas:
- 1º – Primeira etapa:
I – Execução das oficinas de desenho e produção literária com as sequências didáticas desenvolvidas pelos professores com os alunos das turmas participantes;
II – Constituição de Comissão Julgadora Escolar pela direção da escola, sendo vedada a participação de professores ou pessoas com vínculo familiar, parental ou socioafetivo com os alunos participantes do concurso, para seleção dos trabalhos.
III – Cada escola poderá inscrever 04 desenhos por unidade escolar; 04 poesias por ano escolar, independente do número de turma e turno; 10 crônicas por ano escolar, independente do número de turma e turno e 01 plano de mobilização por escola, referente à modalidade escola criativa.
IV – Após a realização da primeira etapa, é recomendável que a escola publique, em local de livre e fácil acesso, a relação dos trabalhos inscritos, por categoria, com a identificação do estudante que elaborou o trabalho, para fins de dar transparência ampla e irrestrita ao processo de participação no concurso.
- 2º – Segunda etapa realizada pela ALCAP e SEMED:
I – Julgamento e classificação dos trabalhos recebidos pela Comissão Julgadora do Concurso, designada pela ALCAP e SEMED.
AS INSCRIÇÕES E ENTREGA DOS TRABALHOS SERÃO FEITAS NOS FORMULÁRIOS CONSTANTES DO EDITAL Edital Prêmio ALCAP-SEMED Naisa Amorim 01.2023
ENFIM, FOMOS ESTUDAR NA SEDE DO MUNICÍPIO DE PERI-MIRIM
Por Ana Creusa
Cada nova etapa das nossas vidas, papai (José dos Santos) nos preparava. Ele não nos chamava para uma conversa, apenas falava sobre o tema de forma natural. Passado o tempo, percebi que todas aquelas conversas, aparentemente casuais, eram meticulosamente planejadas pelo nosso orientador sem rival [1].
As orientações eram passadas em muitas etapas: dando exemplos, contando histórias, de todas as formas, até que o orientando pudesse colocar em prática aqueles ensinamentos.
Claro que, em uma prole numerosa, havia os teimosos, que não colocavam em prática os ensinamentos, ou não entendiam. Mas papai tinha certeza de que a semente fora plantada. Tanto que, passados os anos, aqueles que não seguiam as orientações, se diziam arrependidos e, não raras vezes, se viam repetindo as lições aos seus próprios filhos.
Nós estudávamos na Escola Sá Mendes[2], no povoado contíguo ao nosso, a Ilha Grande. A partir do 2º ano primário, nossos pais decidiram nos colocar no Grupo Escolar Carneiro de Freitas, cujo acesso se dava com uma entrevista com diretora do Grupo, Cecília Euzamar Campos Botão.
Era início do ano de 1969. Nossa mãe foi nos matricular com a temida Cecília Botão. Essa missão era da nossa mãe. Eu, como sempre, a acompanhava nessas missões, apenas para “ouvir conversa”[3].
Mamãe foi comigo à casa de Cecília. Devidamente munida dos documentos dos filhos e respectivos boletins.
Cecília examinava tudo. Queria saber do desempenho dos candidatos e, principalmente, do comportamento. Mamãe elogiava cada um de nós. Eu até pensava que ela estava falando de outras pessoas, eram somente elogios.
Mamãe havia dito que eu e minha irmã Ana Cléres iríamos iniciar o 1º ano e os demais o 2º ano, para que fôssemos todos juntos. Antes da minha matrícula no 1º ano, mamãe falou para Cecília que eu já sabia ler e escrever antes de ir para a escola. A mestra fez um teste rápido e me pôs no 2º ano, juntamente com os demais irmãos naquela série: Ademir e Maria do Nascimento.
Antes de irmos para a escola, papai falou muitas vezes:
– Vocês vão estudar em Peri-Mirim, lá tem filho de pobre, como nós, mas tem filhos de ricos. Vocês vão para lá não é para se equiparar com esses meninos e sim estudar.
Sempre falava: vocês não vão para a escola, para se compararem aos filhos de Dico de Álvaro, José Sodré, Clóvis Ribeiro ou Altiberto[4], que meu pai considerava que fossem ricos. Vocês vão para escola estudar e para ser alguém na vida.
Nessas conversas, ele contava histórias de ricos sem conhecimentos e de pobres instruídos, estes sempre levavam vantagens sobre aqueles. Lembro-me da história dos amigos, um rico e outro pobre. O pobre foi estudar e o rico ficou trabalhando com o pai para aumentar a fortuna[5].
Nossos pais estavam sempre atentos para que frequentássemos as aulas e tivéssemos bons rendimentos. Acordávamos muito cedo para início das aulas às 07:30h, após trocarmos a roupa, pois, que fazíamos a viagem do nosso povoado até a sede.
Papai e mamãe nos auxiliavam em todas as atividades antes de irmos à escola. Quase sempre papai nos convencia a tomar banho:
– Tem que tomar banho para tirar a murrinha de japi[6].
E nós dizíamos[7]:
– Vamos banhar na casa de Vovó Patuca[8], para que banhar aqui?
Não adiantava argumentar. Tinha que tomar banho, era inegociável. Afinal, tinha que tirar o cheiro de japi e substituir pelo cheiro agradável das plantas: jardineira, estoraque, trevo, erva santa e outros. Não tinha sabonete que se comparasse àquele perfume campestre.
Outro ritual sagrado era: enquanto nossa mãe coava o café, papai ia até à horta do quintal colher macaxeira ou batatas para cozinhar, para ninguém sair com fome, senão não conseguia aprender nada, dizia ele para nos convencer a comer bem.
Uma cena inesquecível: papai lavava a macaxeira bem lavadinha, de forma a sair toda a terra. Depois descascava com cuidado para não sujar, pois ele não lavava a macaxeira branca porque, para ele, parte dos nutrientes se perderia.
Passado o tempo do banho difícil. Daí para frente, era só alegria.
Papai colocava aquele alimento fumegante no prato e mamãe vinha com o café, sempre gostoso. Eram abençoados pelos dois. Mamãe sempre preocupada para não esquecermos nada e papai, contando alguma história e dando conselhos, por meio de parábolas.
Quem não iria feliz para a escola depois desse ritual? Caminhávamos todos os dias 10 quilômetros para ir e vir da Escola, enfrentando sol, chuva, poeira e lama. Atualmente contamos com transporte escolar – muita coisa mudou …
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Referências
[1] Papai gostava de dizer “fulano é sem rival”, significa que ninguém sabe fazer melhor. Definitivamente, José Santos era um orientador sem rival, nesse quesito, ele era um campeão absoluto.
[2] Escola Sá Mendes, nome dado em homenagem ao 1º intendente de Peri-Mirim (cargo que equivale ao de prefeito). João de Deus Martins, meu bisavô materno conseguiu com o seu amigo a instalação dessa escola municipal. Atualmente, a escola funciona no povoado Cametá.
[3] Eu tinha o hábito de ouvir as conversas dos adultos com muita atenção.
[4] Eu tinha muita curiosidade de saber quem eram essas pessoas. Por coincidência, ou não, estudei com filhos de Dico de Álvaro, Clóvis Ribeiro e Altiberto. Comprovei que eles tinham condições financeiras bem melhores que as nossas. Com essa convivência pude entender o queria dizia o meu pai. Eles poderiam comprar sapatos de couro (nós usamos de borracha, bem mais baratos); trocar de fardas todos os anos, ou sair em pelotão especial nos desfiles de 7 de setembro; coisas que não estava em nossos planos.
[5] Recomendo a leitura da história alusiva a esse assunto no Capítulo “Estórias que fizeram História”.
[6] Japi – Conhecido vulgarmente como xexéu, japi, japim, japiim. A ave é conhecida por ter mal cheiro.
[7] Alguns filhos tinham mais resistência e tomar banho. Fazíamos um gritinho característico para espantar o frio: “foi papai que mandou …”.
[8] Patuca é alcunha de Patrocina Pinto, mãe de Jacinto Pinto.
Artigo publicado na página 50 do Livro CEM ANOS DE GRATIDÃO de autoria de Ana Creusa.
A Academia Perimiriense participou do IV Encontro das Academias do Maranhão
A Federação das Academias de Letras do Maranhão (FALMA) promoveu hoje (03/03/2023) o IV Encontro das Academias do Maranhão. A solenidade ocorreu no Auditório da Academia Maranhense de Letras (AML).
A presidente da FALMA, Jucey Santana, deu as boas-vindas aos acadêmicos e falou do objetivo do encontro que foi discutir as homenagens ao bicentenário de nascimento de Antônio Gonçalves Dias, cujo natalício ocorreu no dia 10 de agosto de 1823, por ser o poeta de maior relevância do Estado do Maranhão.
Como parte das homenagens foi apresentada uma Logomarca, Calendário de Evento e selo comemorativo, além de agendamento de vários eventos em todo o Estado do Maranhão.
Ana Creusa Creusa Martins dos Santos e Francisco Viegas Paz representaram a Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), ambos membros da Diretoria da entidade. Na oportunidade receberam um Certificado de participação.
ALCAP E SINDPROESPEM ESTABELECEM PARCERIA PARA INSTALAÇÃO DE UMA BIBLIOTECA EM PERI-MIRIM
Às 11h do dia 02 de março de 2023, membros da Diretoria da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense.(ALCAP) reuniram-se com o presidente do Sindicato dos Profissionais da Educação e Servidores Municipais de Peri-Mirim (SINDPROESPEM), Lourivaldo Diniz Ribeiro. Pela ALCAP estiveram presentes: Alda, Ana Creusa, Ana Cléres, Atanieta, Diego, Eni, Elinalva e Nani.
A proposta da reunião versou sobre a cessão de uma sala para servir como biblioteca, pois a ALCAP ainda não possui espaço para sede e necessita de espaço para abrigar os livros, para pôr em prática o Projeto Clube de Leitura, conforme explicou a presidente da ALCAP, Ana Creusa, pois, conforme a nova metodologia adotada, há necessidade de escolha e empréstimo dos livros.
No dia anterior, durante reunião, a professora Alda Regina Ribeiro Corrêa deu a brilhante de reunir a ALCAP e o presidente do Sindicato com a proposta de organizar parceira, unindo o útil ao agradável: o presidente cederia um espaço, por um período até a ALCAP organizar sua sede.
O presidente do Sindicato apoiou a ideia, pois tem a intenção de prestar serviços à comunidade e aos associados e que a instalação da biblioteca vem ao encontro desse objetivo, pois o espaço será acessível aos futuros leitores para o desenvolvimento do Projeto da ALCAP – Clube de Leitura e estará à disposição também de professores e servidores.
Conforme definido anteriormente, a biblioteca terá o nome de Antônio João Santos, o saudoso Taninho, que muito contribuiu com o município, inclusive na educação perimiriense.
Foi acordado que a ALCAP irá conversar com o prefeito, a fim de que seja cedido um funcionário para realizar as tarefas da biblioteca.
O presidente Lourivaldo discorreu sobre o projeto da instituição alusivo ao dia internacional da mulher e sobre a proposta de utilizar algumas biografias de mulheres que foram e são referência em Peri-Mirim que constam no site O Resgate, o que foi aprovado e aplaudido por todos da Academia.
A reunião foi encerrada em clima festivo e de Gratidão pelos membros da ALCAP que ainda deliciaram um apetitoso coquetel fornecido pelo presidente do SINDPROESPEM.
ATA DA REUNIÃO DO DIA 01 DE MARÇO DE 2023
Ao primeiro dia do mês de março de dois mil e vinte e três, reuniram-se em assembleia, membros da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), às dezenove horas, na residência de Edmilson José Martins Santos. Presentes: Alda, Ana Creusa, Ana Cléres, Ataniêta, Diego, Eni, Elinalva, Nani e Venceslau.
Inicialmente, a presidente da ALCAP, Ana Creusa, informou que teriam três assuntos a discutir, com relação aos projetos Clube de Leitura João Garcia Furtado; Plantio Solidário João de Deus Martins e II Prêmio Naisa Amorim.
Foram tratados assuntos relacionados ao Clube da Leitura João Garcia Furtado. Ficou definido que insistiremos na metodologia aprovada de que a Academia disponibilizará as obras a serem lidas pelos alunos de forma voluntária, desta forma, é imprescindível a instalação de uma biblioteca, nem que seja de forma provisória, conforme defendeu a gestora do projeto, Ataniêta Martins.
Dentro do projeto Plantio Solidário ficou definido que as mudas que já estão disponíveis serão plantadas nas áreas igrejas, conforme parceria. Ações a cargo de Ana Cléres, gestora do projeto e Diêgo.
A discussão principal do II Prêmio Naisa Amorim (gestora Eni Amorim) ficou definida a elaboração de ofícios para conseguirmos parcerias com instituições como Câmara de Vereadores, Secretaria da Educação, Secretaria da Cultura e o Dr. Douglas Amorim Filho da patrona da Academia Naisa Amorim.
A partir da arrecadação dos parceiros partiremos para a confecção das placas, medalhas, certificados e premiação.
Será solicitada contribuição dos acadêmicos conforme suas posses e/ou que estes possam conseguir com amigos alguma contribuição, bem como atualizem suas contribuições mensais.
Foi solicitada a confecção de um fly para ajudar na divulgação, preparado imediatamente por Diêgo Nunes.
Foi solicitado que os professores da academia ajudem a mobilizar suas escolas para as inscrições dos alunos.
Ficou definida a comissão para avaliação das obras: Eni, Nani, Jessythânya, Manoel Braga, Francisco Viegas, Ana Creusa, João França e Graça França.
Ficou agendada para amanhã (02/03) uma reunião às 11 horas com o Presidente do Sindicato dos Professores e Servidores de Peri-Mirim – temos uma parceria a propor àquela instituição.
Sem mais assuntos a tratar foi servido um lanche doado pela amiga da Academia, Ana Cléres.
Violência doméstica, uma herança patriarcal
Por Eni Amorim
Vamos chamá-la de Valentina, ela era uma menina, sonhadora, alegre, cheia de vida, gostava de sorrir, cantar dançar, de ser feliz.
Nasceu em uma comunidade do interior a onde a vida era bastante difícil devido a pobreza extrema naquele dado momento histórico.
Valentina era semiletrada, só aprendeu a escrever o nome estudando na casa do professor como era costume da época.
Começou a trabalhar muito cedo, desde criança na agricultura (trabalhos na roça), tecia redes de fio têxtil e fazia serviços domésticos em casa de famílias.
Ainda adolescente, no auge dos seus doze anos fugiu de casa com um rapaz de nome Bernardo, dez anos mais velho que a iludiu com falsas promessas de uma vida melhor.
Perdeu sua virgindade em um processo muito violento e doloroso, na verdade um verdadeiro estupro que a deixou cheia de culpas. Logo em seguida, foi abandonada pelo rapaz.
Ela se sentiu totalmente violentada e naquela época uma jovem perder a virgindade era inaceitável pela família e pela sociedade e ela teve que sobreviver com esse estigma na alma.
Sua mãe ainda tentou dar queixa do dito cujo que a violentou, mas a justiça o protegeu como sempre fez com o “macho” nessa herança patriarcal de dominação de poder.
Diante da nova realidade e da dureza da vida teve que se prostituir para ajudar a família. Ganhava mimos, joias e falsas promessas dos seus amantes que na maioria eram homens casados.
Manteve um relacionamento com Carlos Garcia com o qual teve dois filhos.
Bem mais tarde quis o destino que ela se reencontrasse com o seu violador, Bernardo com o qual teve um relacionamento estável que durou quarenta e cinco anos, com o qual teve onze filhos.
Valentina teve que trabalhar muito para criar seus treze filhos naquele período de muitas dificuldades, fez muitos serões noite à dentro trabalhando em casa de famílias. A pobreza era tanta, teve que desmanchar suas roupas para fazer roupas para os filhos. Contou que , chegaram a passar fome várias vezes e que trabalhava em troca de comida para os filhos.
Muitas vezes quando não tinham comida, pegavam banana quase madura, cortavam em tirinhas, mergulhavam em água de sal, colocavam em espetos, assavam e comiam. Muitas vezes comiam peixe seco com angu de farinha, chibé ou dividiam um ovo para dois filhos, outras vezes iam dormir a barriga roncando de fome e o desejo de no outro dia ser diferente.
O Bernardo por sua vez gastava o pouco que tinha com prostitutas e com bebida, gostava de se sentir boêmio. Bernardo era extremamente ignorante, ela sofria todos os tipos de violência doméstica de seu companheiro, violência psicológica, moral, lhe dava amantes e chegou a lhe bater varias vezes de relho, de pau, de corda. Até tentou lhe matar por algumas vezes, em uma dessas vezes um de seus filhos a salvou e foi então que resolveu separar-se do seu companheiro antes que o pior acontecesse.
Valentina sofria sua dor pensando no futuro dos seus filhos que segundo ela são o seu maior tesouro e o seu amparo agora que a velhice chegara trazendo suas limitações.
Nesse cenário nada fictício, podemos dizer que Valentina, além de vítima é também sobrevivente pois é alguém que conseguiu romper o ciclo da violência, alguém que saiu ou sobreviveu, que superou de alguma forma a brutalidade da violência doméstica em todas as suas formas. “Afinal, não tem como ignorar que o Brasil é o quinto país em número de feminicídios no mundo.”
N.A. Conto baseado em fatos reais. O nome dos atores são fictícios para preservar a identidade das pessoas.
ESTUDANTES PERIMIRIENSES CAMPEÕES DE NOTAS NA PROVA DE REDAÇÃO DO ENEM – CONHEÇA A HISTÓRIA DE OSEAN MAXIMILYAN CÂMARA PEREIRA
A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) fez um levantamento dos alunos do município de Peri-Mirim, para fins de registro e para que falassem um pouco sobre as suas trajetórias de estudos para chegar aos resultados magníficos na Nota do ENEM em Redação. A tarefa foi cumprida pela confreira Giselia Martins e Diêgo Nunes.
Até o momento, foram levantados os alunos os nomes dos seguintes estudantes:
- ANA CAROLINA PEREIRA – Instituto Federal de Educação;
- EMELI KAUANY – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
- FÁBIAN GRAZIELLE FERREIRA GOMES – Instituto Federal de Educação;
- HEMILLY TAICYELLE – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
- ISTEFFANY LETÍCIA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
- KAWÃ EDUARDO FRANÇA – Instituto Federal de Educação;
- OSEAN MAXIMILYAN CÂMARA PEREIRA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho e
- SHALANA CÂMARA FRANÇA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho.
Conheça e história de OSEAN MAXIMILYAN CÂMARA PEREIRA que recebeu a Nota 980 na Prova de Redação do ENEM. Em entrevista à ALCAP declarou que: “E 2012 o meu ano de conclusão do ensino médio, fiz o ENEM nesse ano pela primeira vez e vendo meu resultado foram péssimas notas e no ano de 2013 e 2014 não diferiu, pois não me preparei adequadamente.
No ano de 2014 tomei a decisão de me alistar no Serviço Militar para poder pagar meus estudos em São Luís porque a capital possui muitos cursos pré-vestibulares, porém, somente em 2019, após ser transferido de Alcântara para São Luís, ingressei em um cursinho de Redação e, enquanto trabalha buscava forças para estudar.
Nesse ano (2019), minha nota redação subiu, mas não cheguei aos 900 pontos. Em 2020 veio a pandemia, aproveitei o tempo em casa para usar plataformas online de estudos que uso desde então, onde assistia inúmeras, aulas fazia questões e praticava redação fazendo até duas por semana e refazendo após a correção dos professores.
O estudo de todas as áreas de conhecimento foi essencial para chegar na minha nota de 940 nesse ano porque o tema da redação ENEM é sempre um problema social e estatal em que entra a Sociologia, Filosofia e pode ser usado dados geográficos como os sensos e históricos e no ano de 2021 veio 960 e em 2022 o 980.
Vou continuar estudando até atingir a média que quero, agradeço primeiramente a Deus e todos, minha família e especial minha mãe Graça Maria e meus professores do CE Artur Teixeira de Carvalho em especial Professor Hilário, Juciléa, Yole, Manuel, Batista, Nicó e Marizinha.
Gostaria de ter em 2012 a mentalidade que tenho hoje sobre a importância dos estudos na vida das pessoas e a mudança que causa e repito: você que tem um sonho corra atrás, busque melhorar sempre, estude e dedique-se que os resultados vão chegar. Hoje com a democratização da internet o que chamamos de era digital é excelente para os estudos, desde que o acesso seja feito da forma correta, podemos aprender muito”.