CLUBE DE LEITURA ALCAP PROMOVE RODA DE CONVERSA SOBRE CULTURA POPULAR

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) convida toda a comunidade para o próximo encontro do Clube de Leitura Prof. João Garcia Furtado, que acontecerá no dia 25 de maio de 2025, às 15h, no auditório do Sindicato dos Profissionais da Educação e Servidores Municipais de Peri-Mirim (SINDPROESPEM), localizado na Rua Desembargador Pereira Júnior, nº 85, Centro. Peri-Mirim-MA. A reunião  terá transmissão simultânea via Google Meet.

Com o tema: “Cultura Popular – Heranças e Tradições do Brasil e do Maranhão“, o encontro contará com uma enriquecedora roda de conversa com convidados especiais que são referências em suas áreas de atuação:

  • Francisco Viegas – escritor convidado e voz ativa da memória perimiriense, autor dos livros: Seminarista Graças a Deus, Curiosidades Históricas de Peri-Mirim e Peri-Mirim: cem anos de emancipação;
  • Dona Nicinha – guardiã da tradicional Festa do Divino Espírito Santo em Peri-Mirim e
  • Rodrigo Quintanilha – educador físico, artista da cultura popular e tradicional com as manifestações da Capoeira Angola, Samba de Roda, Tambor de Crioula e Bumba Meu Boi e coordenador da Associação Cultural Casa Angola.

Os participantes terão a oportunidade de dialogar sobre os livros “Arte e Devoção”, de Joana Bittencourt e “Curiosidades Históricas de Peri-Mirim”, de Francisco Viegas, obras que celebram a memória, a fé e a identidade da região.

A mediação será feita pela acadêmica Edna Jara Abreu Santos, coordenadora do projeto.

Segundo a presidente da ALCAP, Jessythannya Carvalho Santos: “Este será mais um momento de valorização das tradições locais e de fortalecimento dos laços entre literatura, cultura e comunidade”.

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Filhos Guerreiros, Ninguém os Esquecerá

Por Edna Jara Abreu Santos

Fragmento da Crônica: Filhos Guerreiros, Ninguém os Esquecerá (2018)

[…]

Na década de 50, a crença em criaturas do nosso folclore era bem mais presente. As pessoas temiam e muitos tinham o “desprivilegio” de vê-los frente a frente. Há relatos de pessoas que ficaram diante do mula-sem-cabeça, mãe d’água e curacanga, mas era o curupira que mais atormentava os animais e os poucos moradores da cidade, levando-os a abandonar suas casas e até à morte, em muitos casos. Acredita-se que quando a região de mata densa é pouco habitada por seres humanos é possível que exista as tais assombrações. Dizem os mais velhos que quando o assovio do Curupira é ouvido bem perto, ele/eles já está/estão longe, agora quando o assovio está longe, com certeza à criatura está bem próximo da pessoa. E ademais, quando os trabalhadores entravam no matagal e se dividiam, o (s) curupira (s) fazia (m) o mesmo assovio dos homens e eles se perdiam no mato à dentro, passavam horas para enfim se encontrarem.

Francisca do Carmo França Abreu, perimiriense de 71 anos, relata lendas e crendices sobre a aparição destes seres mitológicos. Recorda-se da vida e morte de um dos seus irmãos. Ele era fascinado por borboletas, a ponto de segui-las em seus mais longos voos, esquecia a hora e nem via o local que adentrava. Muitas vezes era resgatado dentro da mata, por conta desse deslumbre. Até um dia que ficou muito doente, na época sem hospitais e remédios para cura do sarampo, foi definhando dentro de uma rede. E pela sua aparência, todos atestavam que o mesmo estava assombrado. Ouviam com muita frequência assovios de curupiras todos as noites nas proximidades da casa, durante todo o tempo que passou dentro da rede doente, quando morreu, aquele barulho sessou.

O tão temido e conhecido “Caminho da frieza”, localizado no povoado Poções (antes do Chavi), recebeu esse nome por conta dessas aparições e o ambiente ficava uma geleira, mesmo em dias ou noites calorosas. Desde assustar cavalos ou deixá-los cansados na travessia (como se de repente um peso os rebaixava deixando quase rastejando), dor de cabeça no (s) viajante (s), febre e até morte dos mais valentes que queriam medir forças com a tal visagem, quem por algum motivo ou circunstância fizesse a travessia ao meio dia, doze horas, seis horas da tarde e à meia noite, certamente teria um acompanhante desagradável na viagem. Conta que certa vez, quando criança, ela e sua mãe precisaram atravessar esse caminho, e na volta já tarde, passaram por um “igarapezinho”, quando de repente sua mãe, ao olhar para trás avistou bem perto um cavalo enorme, alvo e sem cabeça. Ele passou bem perto e sua mãe assustada puxava-a pelo braço, para saírem daquele lugar.

A “mãe-d’água” era outro ser mitológico que causava terror aos banhistas que adentravam os rios ou que se serviam da água dos poços principalmente ao meio dia, e a partir de seis horas da noite. Para tanto, os banhistas deveriam sempre recorrer ao respeito pedindo permissão para adentrar aquele espaço e usar daquela água. Geralmente, nesse tempo os poços eram bem distantes das casas habitadas e quando iam sozinhos quase sempre chegavam em casa contando as aflições presenciadas.

É provável que um dos motivos que hoje não é possível ouvir sobre estas criaturas com mais intensidade, seja pelo fato do crescimento populacional. Onde antes era só vegetação, hoje tem casas e moradores e, cada vez mais, as pessoas estão devastando áreas para fazer roças e construção de propriedades. Outro possível motivo pode ser o advento da iluminação pública, onde antes havia muitas trevas, hoje há luz.

Nesse sentido, há diversas linhas que correm sobre a veracidade dos fatos: o medo que tem o poder de fazer a mente criar situações apavorantes; os contos engabelados dos antepassados transmitidos a gerações… ou então, devemos acreditar que de fato existiam todos esses personagens fabulosos que um dia dominaram o espaço que ocupamos hoje?

Em meados do século XX, Peri-Mirim era constituída de vegetação em quase toda sua totalidade, por exemplo, o Campo de Pouso era mata fechada com apenas um caminho estreito no meio. Na oportunidade, destaca-se os primeiros padres que aqui chegaram e que tiveram importância significativa na qualidade de vida do Município, bem como na proteção e conhecimento sobre os mitos, foram eles: Monsenhor Gerard Cambron e os padres, Leonel, Edmundo, Paulo, Gil e Gerard Gagnon. A chegada Oficial dos padres na cidade foi em 15 de agosto de 1958, data que marcou também a Fundação da Paróquia São Sebastião. Eles abriram estradas, construíram capelas nas comunidades locais e também em beiras de estradas, incentivavam as famílias a participarem das reuniões, missas, a comungar-se, batizar os filhos, doavam e ensinavam diversos usos de plantas e ervas medicinais.

Em suma, a dona Francisca nostálgica, conta ainda que as crenças religiosas e costumes eram respeitados nas datas comemorativas, por exemplo, no carnaval (fevereiro) se tinha os aqueles dias de festas, mas quando se aproximava a Quaresma, as mulheres não podiam usar nenhum tipo de pintura, como batons, pintar unhas e nenhum tipo de diversão: os dias eram sagrados. Se a Semana Santa (março/abril) começasse em uma quarta-feira, até terça-feira as pessoas limpavam suas casas, torravam café, socavam arroz no pilão, estocavam comida, rachavam lenhas e guardavam. Enfim, faziam tudo antes da “Quarta-feira Santa”, pois a partir desse dia as pessoas nem podiam sair de suas casas, muito menos bater nos filhos ou falar palavrões. Eles também soltavam as galinhas, porcos e os demais animais presos; até os meliantes que se encontravam nas celas da delegacia era dado a eles o direito de ficarem soltos esses dias.

Primeiro encontro de 2025 do Clube de Leitura da ALCAP destaca a cultura maranhense

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) promoveu no dia de 30 de março de 2025, o 1º ENCONTRO DE 2025 DO CLUBE DE LEITURA “Prof. João Garcia Furtado” nas dependências do Sindicato dos Profissionais da Educação e Servidores Municipais de Peri-Mirim (SINDPROESPEM), entidade parceira da ALCAP. O Projeto do  Clube de Leitura é um projeto implantado desde 2019 pela Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), que tem como objetivo promover o interesse pela leitura por meio de uma série de encontros literários, intercâmbio cultural e experiências imersivas. Para 2025, o tema dos encontros é “Cultura Popular: Heranças e Tradições do Brasil e do Maranhão”, explorando livros que abordam diversas tradições, mitos, religiosidades e manifestações culturais presentes nas diferentes regiões do país, com destaque para o Maranhão, suas lendas e expressões culturais únicas, reforçando sua importância na identidade e diversidade cultural do Brasil.

O convite alcançou escolas públicas e privadas, o Grupo “BoraVer”, membros da ALCAP e a comunidade local, incluindo crianças, jovens e adultos.

Para o primeiro encontro do ano (30/03), na modalidade presencial e on line, realizado no 2º piso do SINDPROESPEM, às 15h, houve a seguinte coletânea como leitura de referência: “Passeios pela História e Cultura do Maranhão”, do escritor Wilson Marques.

A Biblioteca ALCAP “Professor Taninho” fez ainda as seguintes sugestões e empréstimos de livros: “Literatura em minha casa: quatro mitos brasileiros” – Mônica Stahel; “Um saci no meu quintal: mitos brasileiros” – Mônica Stahel; “A história do boizinho de brinquedo”– Joana Bittencourt; “Literatura em minha casa: bazar do folclore” – Ricardo Azevedo; “Brincando de folclore” – Maurício de Sousa; “Lendas do Maranhão” – Cunha e Silva Filho; “A Lenda do Rei Sebastião e o Touro Encantado” – Josué Montello e muitos outros.

A presidente Jessythannya, juntamente com Edna Jara Abreu responsável pela pasta, recepcionaram e mediaram a discussão dos livros. Os alunos do colégio Alda Ribeiro Corrêa – ARC, grupo BoraVer e alunos do IFMA fizeram a síntese das principais ideias discutidas, bem como a contribuição dos livros para a valorização da cultura e identidade maranhense. No momento cultural houve a contação de história com a professora Maria da Conceição Melo Pinheiro, mais conhecida como Mariinha e a moradora Francisca Abreu, de 71 anos.

As produções elaboradas pós encontro serão publicadas oportunamente em site designado para esse fim. O próximo encontro agendado (18/05) será também recheado de atrações e o livro em destaque para o momento é: “Arte e Devoção”, de Joana Bitencourt, explorando a relação entre arte sagra e expressões culturais no Maranhão.

Raimundo Martins Nunes

Por Rosilda Pinheiro Nunes, Robson Pinheiro Nunes e Rouseli Pinheiro Nunes, com revisão de Diêgo Nunes Boaes

Patrono da Cadeira nº 33 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP). Raimundo Martins Nunes nasceu no Povoado Canaranas aos 06 de setembro de 1948, filho de Jose Evaristo Amorim Nunes (Zé Grande) e Antonia Paula Martins Nunes (Tonha). Teve três irmãos sendo Domingos Martins Nunes, Ana Luiza Nunes Martins e Raimundo Gabriel Amorim, família de classe baixa, humilde, mas com muita dignidade educaram-no com respeito e ensinaram-no a lutar para ser alguém na vida. Devido às dificuldades da vida iniciou seus estudos quando já tinha 12 anos terminando o ensino primário com 17 anos. Tendo que se contentar com o que o município oferecia, pois, naquela época, década de 60, só continuava seus estudos as pessoas, filhos de família de classe média alta que podiam mandar seus filhos estudar fora. Como seus pais não podiam mandá-lo estudar em São Luís teve que esperar e trabalhar na lavoura juntamente com estes, perdendo o gosto assim pelo estudo.

Iniciou sua vida religiosa na comunidade de JJM, sendo convidado para participar de uma preparação para catequista no município de Guimarães, o qual aceitou e foi de bicicleta até lá. No dia 18 de janeiro de 1974 casou-se com Rosilda Pinheiro Nunes e deste casamento nasceram 4 filhos: Rouseli Pinheiro Nunes, Raimundo Martins Nunes Junior, Robson Pinheiro Nunes e Roberth Pinheiro Nunes. Em 1977 voltou a estudar fazendo o curso ginasial, logo após, o curso Normal e em 2003 iniciou a faculdade de Pedagogia concluindo a mesma no ano de 2007.

A convite do saudoso Padre Ubirajara entrou para faculdade de Teologia a qual realizou no Centro de Formação de Mangabeira juntamente com outros colegas da nossa Paróquia, e com o incentivo do saudoso Padre Ubirajara, Padre Sarges e do Padre Marcio iniciou o estudo para o Diaconato Permanente no mesmo período, recebendo o Sacramento da Ordem como Diácono Permanente no dia 30 de maio de 2015.

Sipreto como era conhecido por todos é igual a seu Fulgêncio (pau para toda obra). Foi lavrador, marceneiro, fotógrafo, professor, foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Peri-Mirim (STTR) durante doze anos, foi vereador durante 16 anos, abdicando deste último para se dedicar à vida diaconal, sendo incentivado por sua esposa, filhos, demais familiares, padres e amigos.

O Diácono Sipreto fez sua páscoa no dia 10 de fevereiro de 2024 estando junto ao seu netinho Pablo, seus pais Zé Grande e Tonha e deixando como maior legado sua família: esposa Rosilda; os filhos Rouseli, Raimundo Junior, Robson e Roberth e seus amados netinhos: José Erick, Maria Eulalia, Robson, João Víctor, Guilherme, Mariana, João Gabriel e Ravi Luca; e seu bisneto Zion.

Adelar José Álvares Mendes

Por Ana Cléres Santos Ferreira

Patrono da Cadeira nº 32 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP). Adelar José Álvares Mendes, popularmente conhecido como Dedeco Mendes, é natural de Peri-Mirim/MA, nasceu em 20 de janeiro de 1926. Filho de Raimundo Botão Mendes e Mariana Álvares Mendes. Casou-se em 30 de janeiro de 1967 com Lêda Maria Pereira Amorim, que passou a denominar-se Lêda Maria Amorim Mendes, conhecida como Dona Ledinha. Tiveram como testemunhas de casamento Agripino Álvares Marques e Julieta de Castro Marques. Da união matrimonial, nasceram três filhos: Solange Amorim Mendes; Cleon Saluc Amorim Mendes e Adelar José Álvares Mendes Júnior.

Iniciou seus estudos em Peri-Mirim, posteriormente, cursou o Técnico em Enfermagem, onde aprendeu várias técnicas de cuidados médicos e farmacológicos.

Desempenhou as funções de funcionário público municipal.

Adelar desenvolveu a técnica da farmacologia, na prática, foi o médico da região onde a população se dirigia ao profissional para receber assistência à sua saúde numa época em que os serviços médicos eram raros e, por vezes, inacessíveis. Com sua técnica apurada e conhecimento da composição dos remédios, os quais vendia em sua farmácia atendia a população na assistência médica e farmacêutica, sempre com um atendimento humanizado caracterizado por empatia, compreensão e diálogo. Tanto ele receitava os medicamentos, como os aplicava. A confiança do Sr. Dedeco era imensa. Ela ajudou a combater preconceitos, como a resistência a tomar vacinas – aconselhava os pais a aplicar as vacinas nas crianças, em uma época em que a mortalidade infantil era muito grande por doenças como: verminoses, desidratação, desnutrição, sarampo, coqueluche, cataporas e outras enfermidades.

A Farmácia do Sr. Dedeco funcionava em um ponto contíguo à sua casa, o que permitia que ele atendesse a qualquer hora do dia e da noite. Muitas vezes, os doentes dos povoados eram trazidos em cavalos ou em redes que serviam para locomoção do paciente, pois precisavam ser medicados com urgência.

O atendimento do Sr. Dedeco era como dizemos nos dias atuais, personalizado, ele nunca se negou atender ninguém que precisasse dele, sempre com um sorriso no rosto a qualquer hora do dia ou da noite. Tinha sempre o remédio ideal, quando não tinha o prescrito na receita ele subistituia por outro similar, ele ficou conhecido por usar muito a frase “fabulosa”: – “Ah esse remédio é fabuloso” e assim pela fé que a população tinha em seus conhecimentos ele tinha sempre o remédio que curava.

Informações fornecidas pela esposa Lêda Maria Amorim Mendes pela filha Solange Amorim Mendes, informações adicionais fornecidas por Eni do Rosario Pereira Amorim.

Maria de Jesus Castro Martins

Por Maria do Carmo Pereira Pinheiro

Patrona da Cadeira nº 34 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP). Maria de Jesus Castro Martins, popularmente conhecida como Dona Morena, nasceu em Perimi-Mirim-MA no dia 07/03/1927. Tendo como pais Joana Darc Silva Castro e Almir Gomes de Castro. Seu esposo era José de Ribamar Martins.

Irmãos: Maria dos Remédios Castro, Helena Castro, Tereza Castro, Almir Castro, Adalto Castro e Alcina Castro,

Filhos: José Maria Castro Martins, Marilurdes Castro Martins, Antônio Pádua Castro Martins, Idivanda Castro Martins, Ivanoel Castro Martins, Maria de Fátima Castro Martins, Raimunda das Neves Castro Martins, Raimundo Nonato Castro Martins, Sebastião de Jesus Castro Martins, Almir Castro Martins, Edson Castro Martins, Francisco de Assis Castro Martins, Maria Laudames Castro Martins. Teve também muitos netos e bisnetos, deixando um legado de amor e dedicação à família.

Educação e Formação: Seus filhos não souberam informar onde estudou, mas sabem que Dona Morena teve sua formação em Peri-Mirim. Ela foi uma grande parteira tradicional, ou parteira leiga com grandes saberes em sua prática tradicional e conhecimentos éticos e culturais. Vocação essa que exerceu com maestria e generosidade, gratidão e amor ao longo da vida.

Vida e Atuação: Mulher sábia, de muitas habilidades, Dona Morena era conhecida por sua generosidade e coração gigante. Atuava como parteira, sua prática se configura como uma prática popular, reconhecida e respeitada pela sua comunidade. Ela se concretiza através das orações, do uso de plantas medicinais, de superstições e de simpatias. Embora essas práticas não sejam de credibilidade de todas as parteiras, a fé é sempre incorporada como regra e parâmetro para que o trabalho de parto aconteça sem maiores problemas, independentemente de religião. Entre os seus saberes estavam: benzimentos, rezas, orações, banhos, chás e remédios caseiros.

A dureza do trabalho, as longas caminhadas, as privações e as dificuldades faziam parte da trajetória das parteiras tradicionais, também a falta de material, treinamento, transporte, acesso dificultado e ambiente de trabalho precário representavam condições desfavoráveis ao bom desempenho de suas funções favorecendo a diminuição da capacidade física e psíquica das parteiras. Essas condições adversas expressavam, também, uma condição de vida margeada por sentimentos de medo, incerteza, insegurança e tensões.

Sentimentos como medo e coragem, alegria e tristeza, sofrimento e prazer são sentimentos constantes no trabalho de uma parteira demonstrando ter consciência dos riscos de vida a que a mulher e o recém-nascido estão sujeitos, quando um parto se realiza em domicilio rural.  Mas também há os sentimentos positivos, entre eles, alegria e satisfação relacionados com o êxito no trabalho e, desta forma, significam reconhecimento, status e valor social como era reconhecida Dona Morena como uma excelente parteira no Município de Peri-Mirim.

Diante das dificuldades acima citadas, Dona Morena possuía um quarto em sua casa, construído por seu marido, onde passou a realizar atendimentos e acolhia a gestantes prestes a dar à luz. Muitas grávidas passavam o último mês de gestação sob seus cuidados e só partiam após o nascimento do bebê. Muitas vezes, não cobrava por seus serviços, movida pelo desejo de ajudar. Seu último parto foi o de seu neto Cristhyan, filho de Maria Laudames. Além disso, Dona Morena abrigava estudantes vindos de povoados distantes que precisavam estudar na sede do município. Seu espírito acolhedor fazia com que ninguém saísse de sua casa sem comida, sem água ou sem um atendimento, mesmo quando ela mesma não se sentia bem.

Religião e Filosofia de Vida: Dona Morena era católica e também seguia ensinamentos espíritas. A sua prática de trabalho estava voltada para ajudar aqueles que a procuravam, principalmente em meio às dificuldades de atendimento médico no município pelo poder público. Suas palavras de sabedoria marcaram profundamente seus filhos. Entre suas frases mais lembradas, destacam-se: “Escorregar não é cair, a carga é ruim para quem não sabe conduzir.”  “Deixa o rastro, mas não deixa o nome.” (Dita aos filhos quando saíam sem ela): “Não estou nem aí, sou que nem cera: só quero quem me queira. Espero a pessoa aqui porque o meu batente é de pique.” (Expressão usada quando se sentia magoada.)

Legado: Dona Morena deixou um exemplo de força, generosidade e sabedoria. Sua vida foi dedicada ao cuidado do próximo, seja através do acolhimento, da medicina popular ou dos ensinamentos passados para seus filhos e netos. Seu nome permanece vivo na memória daqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la e que foram tocados por seu amor e dedicação. Deixou um grande legado e muitas saudades. Partiu deste mundo em 11 de julho de 2016.

Entrevista concedida por: Maria Laudames Castro Martins e Sebastião de Jesus Castro Martins (seus filhos).

Maria Madalena Nunes Corrêa

Por Alda Regina Ribeiro Corrêa

Patrona da Cadeira nº 35 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP). Maria Madalena Nunes Corrêa foi uma educadora dedicada, cuja paixão pelo ensino moldou a vida de inúmeras pessoas na cidade de Peri-Mirim, Maranhão. Mais do que uma professora, foi uma referência para gerações de alunos, inspirando com seu compromisso, simplicidade e amor pelo conhecimento.

Nascida em 8 de maio de 1938, no povoado Miruíras, era filha de Leonílio Antônio Nunes e Maria Raimunda França Nunes. Sua infância foi marcada por desafios, pois perdeu a mãe quando tinha apenas dois anos. Diante das dificuldades, seus avós, que enfrentavam condições de extrema pobreza, confiaram seus cuidados à tia Eunice Oliveira. Posteriormente, passou a viver com outra tia, Ana Oliveira, e, mais tarde, com seu tio Francisco Oliveira, onde permaneceu dos seis aos dez anos.

Aos 11 anos, determinada a ter uma educação, Madalena pediu permissão ao pai para ser alfabetizada. Com a autorização concedida, buscou a professora Cecília Botão, que a matriculou na turma de crianças de sete anos. Seu desempenho escolar sempre foi exemplar: nunca repetiu um ano e manteve excelentes notas. Aos 15 anos, prestou o exame de admissão para o ginásio e, nesse período, recebeu um convite da professora Cecília para auxiliá-la em sala de aula, o que pode ter despertado sua vocação para o ensino.

Durante essa fase da vida, mudou-se para a casa da prima Marita Oliveira e, pouco tempo depois, passou a morar e trabalhar com a tia Clara Oliveira. Juntas, fabricavam bolos de tapioca e os vendiam de porta em porta. A rotina era árdua: começavam a trabalhar às 4h da manhã, às 6h, os bolos já estavam prontos para entrega, e às 7h ela seguia para a escola. No dia 30 de novembro de 1957, Madalena concluiu o ensino primário na Unidade Escolar Carneiro de Freitas.

Aos 17 anos, Madalena convenceu o pai a construir uma casa para que pudessem morar juntos, junto com sua primeira madrasta, Miriam. No entanto, após três anos, o casal se separou. Pouco tempo depois, seu pai iniciou um novo relacionamento com Domingas Pereira França, e, dessa união, nasceram seus cinco irmãos: José Ribamar França, Lucineide França, Diomar de Jesus França, Cleide Domingas França e João Carlos França.

Foi nesse período que Maria Madalena conheceu Valdemar Corrêa, um jovem do povoado Pericumã. Decidiram se casar, mas, ao dar início aos trâmites, Madalena descobriu que não possuía certidão de nascimento. Após resolver essa pendência e obter os documentos necessários, foi oficialmente registrada. Em 20 de janeiro de 1962, casou-se com Valdemar Corrêa.

Nos primeiros anos de casamento, Madalena e Valdemar viveram com o pai e a madrasta de Madalena. Mais tarde, quando conquistaram sua casa própria, decidiram morar perto da família de Madalena, fortalecendo os laços familiares. O casal teve quatro filhos: Jucilei Nunes Corrêa, Lenivalda Nunes Corrêa, Valdemar Corrêa Júnior e Vera Silvia Nunes Corrêa.

Devido às responsabilidades domésticas e à chegada dos filhos, Madalena precisou interromper seus estudos temporariamente. Entretanto, nunca se afastou do ensino. Anos depois, quando sua filha mais velha iniciou o ensino médio, ambas se matricularam na mesma escola e concluíram juntas o magistério, em 29 de maio de 1983.

Sua trajetória profissional teve início oficialmente em 1º de fevereiro de 1966, quando foi nomeada professora das Escolas Reunidas Municipais pelo prefeito José Ribamar Martins França. Em 7 de maio de 1986, recebeu uma nomeação estadual do governador Epitácio Cafeteira e passou a atuar na Unidade Escolar Carneiro de Freitas.

Além disso, lecionou no Colégio Cenecista Agripino Marques, a convite de Raimundo João Santos. Como diretora adjunta, ao lado do professor João Batista Pinheiro Martins, desempenhou um papel essencial na implantação do ensino fundamental maior (5ª a 8ª séries) na Escola Municipal Cecília Botão. Ao lado do primeiro diretor da escola, trabalhou incansavelmente para transformar o projeto em realidade, garantindo uma educação de qualidade para a comunidade local e durante mais de 25 anos, dedicou-se ao ensino com compromisso e amor.

Maria Madalena Nunes Corrêa deixou um legado inestimável na cidade de Peri Mirim. Como professora, marcou gerações, transmitindo não apenas conhecimento, mas também valores de dedicação e carinho para seus alunos. Sua jornada foi interrompida em 13 de junho de 1991, mas suas lições seguem vivas na memória de seus alunos, amigos e colegas de trabalho. Seu impacto na educação permanece na Escola Municipal Cecília Botão e na história de Peri Mirim, inspirando novas gerações a valorizar o conhecimento e a transformação que a educação pode proporcionar.

Fernando Ribamar Lobato Viana

Por Francisco Viegas Paz

Patrono da Cadeira nº 38 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP). Em 26 de agosto de 2016, entrevistei o escritor Waldemiro Antônio Bacelar Viana, membro da Academia Maranhense de Letras e filho do Dr. Fernando Ribamar Lobato Viana que, gentilmente, forneceu alguns dados sobre o seu pai.

Antes, porém, busquei na mente a agradável lembrança do Dr. Fernando Viana, quando o via passar pelas ruas da cidade de Peri-Mirim, saudando as pessoas com amabilidade, simpatia e afeto. Com esse jeito carismático participava, efetivamente, da vida dos peri-mirienses, aos quais colocava os seus préstimos de médico a serviço deste povo. A lembrança é das décadas de 50 e 60, com muita saudade e admiração.

Segundo o entrevistado, Dr. Fernando Viana, nasceu em São José de Ribamar no dia 31 de outubro de 1904 e faleceu em São Luís em 10 de setembro de 1983. Ele foi criado em São Bento, onde iniciou os estudos até sair para cursar Medicina. E, à medida que prosperava nos estudos vislumbrava ser útil aos menos favorecidos e de pouco alcance nos serviços médicos daquela época. Objetivo que culminou após a especialização na área médica.

A formação não sucumbiu da mente o gosto pela poesia e pelas letras. De vez em quando, o receituário virava uma página de poesia, ou de um livro. Suas poesias ficaram soltas, aqui e ali, ou publicadas em algumas páginas dos jornais, por serem muito engraçadas. Elas continham um quê de sofisticada rima e humor, que proporcionavam alegria aos leitores. Como esta onde ele referia a si próprio, talvez por achar melhor falar de si do que dos outros, pois sua decência não lhe permitia ofender ao seu próximo, mesmo que poeticamente.

Os anos se vão passando

Com preguiça, no desleixo,

E o nariz se aproximando

Da ponta curva do queixo.

Dr. Fernando desenvolveu um pouco mais a parte literária, pondo em prática o ideal de escritor, que lhe facultou a possibilidade de escrever e publicar dois livros: Folhas Soltas e Seara, os quais por serem interessantes tiveram as tiragens esgotadas, o que dificulta encontrá-los pelas livrarias de São Luís.

Dr. Fernando Viana, também tinha gosto pela política e terminou por conquistar um mandato de deputado estadual. Mas, decepcionou-se com ela e não pretendeu mais enveredar por esse caminho sinuoso, deixando-a definitivamente.

Ele sofreu muito com o falecimento do filho caçula, Fernando Ribamar Viana Filho, em 1953, cujo episódio mexeu demais com o seu coração e a forma de vida. E, diante do acontecimento que o consumia resolveu mudar-se para a Fazenda Canaã no município de Peri-Mirim, a procura de uma vida mais salutar, onde a convivência familiar e a natureza fossem as maiores aliadas na terapia de suporte à perda do filho e na modelagem de uma vida espiritual saudável.

Quando coroinha fui com o padre Edmond Pouliot à Fazenda Canaã ajudar na celebração da Santa Missa, que era realizada em sua casa, mensalmente. A fazenda estava situada num local muito agradável e que impressionava pela tranquilidade e paz. Dentro do ambiente residencial havia uma capela, numa inequívoca demonstração de fé dos habitantes e, segundo o entrevistado, as nove pessoas da família, que lá residiam, eram todas católicas.

Próximo à fazenda, havia uma pista de pouso utilizada para servir às famílias, Viana e Bacelar, no transporte aéreo entre a Fazenda Canaã e a capital São Luís. Naquela época, a empresa de aviação Táxi Aéreo Aliança interligava a Baixada Maranhense à capital São Luís, diariamente, com modernas aeronaves.

Dr. Fernando, não só tratava as pessoas carinhosamente, como também atendia, gratuitamente, a quem buscava seus préstimos na área médica. Muitas vezes chegava a residência algum pai de família levando consigo uma peça de roupa de um filho, para, dali, obter um diagnóstico da esperada cura. Semelhante ao que acontecia, normalmente, com as benzedeiras do interior. Mas Dr. Fernando tirava de letra, pois, pelo tamanho da peça e com a experiência de médico sabia mais ou menos a idade e o peso que aquela criança poderia ter, e o resto vinha na conversa com o pai. O certo é que ele explicava tudo ao portador e entregava-lhe um medicamento, gratuitamente, a ser ministrado na criança que, daí para à frente, passava a ser sua paciente, assim que fosse necessário.

O medicamento ele conseguia também, gratuitamente, com o representante de medicamentos Mário Lameira, em São Luís.

Às vezes Dr. Fernando achava graça da esperança e crença que as pessoas tinham em procurá-lo para curar os entes queridos à distância. Mas quase sempre dava certo, pelo fato de o atendimento ter uma significativa dose de fé dos familiares e a boa vontade do prestativo e solidário médico.

Apesar de ter abandonado a política após o término do mandato de deputado estadual e, por residir há tempo no município de Peri-Mirim, foi convidado para compor uma chapa à prefeitura local, que tinha como candidato majoritário Tarquino Viana Sousa e Dr. Fernando Viana, como vice. A chapa foi vitoriosa e eles assumiram a Prefeitura Municipal de Peri-Mirim, para um mandato de quatro anos, que teve início a partir de 1958 e término em 1961. O município foi agraciado e administrado por dois senhores ilustres e de ilibada conduta moral.

Dr. Fernando voltou para São Luís em 1967 por motivo de doença, ocupando novamente a residência localizada na Rua do Egito, em frente ao Colégio Santa Teresa, onde permaneceu até os dias finais de sua existência.

A fazenda Canaã, hoje reformada e totalmente descaracterizada pertence ao Dr. Remi Trinta, que não conservou a pista de pouso, em virtude das Rodovias Estaduais 014 e 106, oferecerem condições de trafegabilidade adequadas, para ir e vir a São Luís e a outros municípios da baixada maranhense.

Prestar esta simples homenagem ao Dr. Fernando me trouxe muita felicidade e reconhecimento, pelo que ele representou aos conterrâneos de Peri-Mirim.

Floriano Pereira Mendes

Por Francisco Viegas Paz

Floriano Pereira Mendes é Patrono da Cadeira nº 40 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP). Entrevistei José Gutemberg Mendes, o Zé de Floriano, que aceitou contar a história do seu pai – um expedicionário da segunda guerra mundial, com todo prazer.

Floriano Pereira Mendes, filho de José Álvares Mendes e Alchimena Pereira Mendes, nasceu em São Luís no dia 20 de setembro de 1925 e, ao completar a idade de alistamento militar foi servir ao Exército, momento em que a segunda guerra mundial, comandada pelo nazista alemão Hitler, que sonhava em dominar o mundo, estava em plena atividade de destruição dos países contrários ao seu regime.

O Exército brasileiro, na ocasião, estava recrutando militares para a guerra e o jovem Floriano não pensou duas vezes em colocar o nome como voluntário da Pátria, embora em total desacordo dos pais. Mas a sua inspiração o impulsionava para aquela missão de perigo. E, já que os pais não concordavam com a atitude do filho, ele encontrou um meio de satisfazer o chamamento do Exército Brasileiro e realizar o idealismo de bravura: fugiu e foi se alistar no 6º Regimento de Infantaria de São Paulo, de onde sairia para a Itália. Com os últimos acertos do regimento no Brasil, a Força Expedicionária Brasileira – FEB partiu e chegou à Itália em 16 de julho de 1944, conforme já dito anteriormente.

Floriano foi atingido por uma granada e um estilhaço se alojou na nuca que permaneceu por toda a vida. Além disso, uma rajada de metralhadora perfurou o intestino e estilhaçou o osso da perna. Socorrido, Floriano foi levado para um hospital de base, onde se submeteu a várias cirurgias. As vísceras destruídas foram recompostas por outras de carneiro, as quais se mantiveram compatíveis e sem rejeição pelo organismo do bravo guerrilheiro. E, no osso da perna, utilizaram o implante de uma platina, para ajudar a recompor a tíbia, que se refez de acordo com os princípios da medicina.

No hospital italiano ele ficou sob os cuidados da enfermeira Soraya, que o tratou com muito profissionalismo e carinho, fazendo com que o paciente tivesse uma excelente recuperação, como de fato ocorreu.

Por ter sobrevivido à guerra e voltado para casa, o Exército o promoveu a tenente e o governador do Maranhão, José Sarney, reconhecendo a bravura do maranhense, o patenteou como capitão. Entretanto, ele não chegou a usufruir da promoção de capitão, pois veio a óbito 45 dias depois que tomou conhecimento da justa ascensão. Neste caso, o benefício, de acordo com a lei, ficou a cargo da família.

Quando Floriano voltou para o Maranhão e, ainda solteiro, demonstrava muito nervosismo no dia a dia, com o reflexo dos tiros da guerra e a zoada infernal da artilharia aérea. O pai, que o acompanhava de perto, resolveu mandá-lo para sua fazenda no Agostinho, em Peri-Mirim, com o intuito de tranquilizá-lo. Na região encontrou uma moça de nome Josefa Leite Gutemberg, com a qual começou a namorar e depois ataram o compromisso matrimonial. E assim ele foi gostando cada vez mais do ambiente e terminou fixando residência no local conhecido por Boa Vista no mesmo município, onde o casal teve seus filhos e prosperou como comerciante e fazendeiro.

Boa Vista é um local calmo, que possui os encantos da natureza e muita harmonia, portanto, propício para acalmar até mesmo as tristes lembranças da guerra. Lá, a família se desenvolveu e os filhos tiveram o privilégio de estudar na capital São Luís, levados de avião pelos préstimos do avô que era sócio da Empresa Táxi Aéreo Aliança. A fazenda onde a família Mendes residia tinha um aeroporto de uso exclusivo.

Floriano pode ser considerado um peri-miriense de coração, pois nesta cidade da Baixada constituiu família e colaborou na saúde, na evolução do município, inclusive como partícipe da política local, pela qual tinha certa paixão.

Floriano Mendes era enfermeiro prático, na ausência de médicos, exercia os seus préstimos para curar quem o procurava. Era estudioso do assunto e por isso, pôde ajudar a curar muitas pessoas. Com gratidão, lembro que fui curado por ele quando tinha a idade de 12 anos. Faleceu em 21 de fevereiro de 1993 em São Luís.

Participe do Clube de Leitura “Professor João Garcia Furtado” e embarque em uma viagem pela cultura popular!

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) convida todos os amantes da literatura para o Clube de Leitura “Professor João Garcia Furtado”, um espaço dedicado à leitura, ao debate e à valorização do patrimônio cultural brasileiro. Com encontros bimestrais, o clube abordará o tema “Cultura Popular: Heranças e Tradições do Brasil e do Maranhão“, promovendo uma imersão nas lendas, mitos, religiosidades e manifestações culturais do nosso país.
📖 Como funciona?
O clube é aberto a estudantes, professores, membros da ALCAP e toda a comunidade, incluindo crianças, jovens e adultos. Os encontros acontecerão de forma presencial e virtual, promovendo discussões guiadas sobre as obras selecionadas e incentivando a produção literária e artística dos participantes, finalizando com um momento cultural.
Como incentivo, as melhores produções serão apresentadas durante os encontros e serão publicadas em um livro digital e/ou impresso.

Local dos encontros: Sindicato dos Profissionais da Educação e Servidores Municipais de Peri-Mirim (SINDPROESPEM)
📅 Cronograma de Atividades:
📌 1º Encontro – 30 de março de 2025 (15h às 18h)
Tema: Introdução às Lendas Maranhenses
Livro: “Passeios pela história e cultura do Maranhão”, de Wilson Marques.

📌 2º Encontro – 18 de maio de 2025 (15h às 18h)
Tema: Arte e Devoção na Cultura Maranhense
Livro: “Arte e Devoção”, de Joana Bittencourt.

📌 3º Encontro – 13 de julho de 2025 (15h às 18h)
Tema: A Literatura Maranhense: Entre o Real e o Mítico
Livro: “Úrsula”, de Maria Firmina dos Reis.

🎭 Atividade Prática – 25/07/2025
Roteiro cultural em São Luís e bate-papo com autor
🔗 Inscreva-se agora!
Garanta sua participação acessando o https://forms.gle/i7Xt64yXNksgPWMs8

Venha fazer parte deste encontro enriquecedor e fortaleça sua conexão com a literatura e a cultura do Maranhão!

Mais sugestões de leitura disponível para empréstimo na Biblioteca ALCAP Prof. Taninho:
Literatura em minha casa: quatro mitos brasileiros – Mônica Stahel
Um saci no meu quintal: mitos brasileiros – Mônica Stahel
A história do boizinho de brinquedo – Joana Bittencourt
Literatura em minha casa: bazar do folclore – Ricardo Azevedo
Brincando de folclore – Maurício de Sousa
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