SOLENIDADE COLAÇÃO DE GRAU – EDUCARE – 31/08/2024

O Instituto Educacional Educare teve a honra de realizar a solenidade de outorga de grau do curso de Licenciatura em Pedagogia, Polo de Peri-Mirim.

Os convidados que compuseram a mesa de honra:

  • O ilustríssimo professor, mestre Jefferson Cantanhede, coordenador geral do Instituto de Educação Educare.
  • O excelentíssimo Sr. Heliezer de jesus Soares, paraninfo desta turma.
  • O Excelentíssimo Sr. José Geraldo Amorim como patrono.
  • O professor homenageado com o nome da turma: Prof. Esp. Diego Nunes.
  • A Secretária de Educação de Peri-Mirim a Prof.ª Zaine Campos Ferreira
  • Professor, psicólogo Wanderson Farias
  • Professora Esp. Elinalva Campos
  • Professor Ms. Lourivaldo Ribeiro

Os demais professores homenageados pela turma estão na plateia e são:

  • Esp. Alex França Soares
  • mestrando José Júlio Costa
  • Professora Esp. Maria Nasaré Silva.

 

Na entrada dos formados foi declamado o poema abaixo, de autoria de Maria Nasaré Silva, professora da Educare, tendo como base de rima, os nomes dos novos pedagogos.

O dia é de festejar

Com alegria comemorar

Este tão belo evento.

A festa é dos concludentes

Que tão inteligentemente

desfrutam deste momento.

I

A aluna a ser chamada

Por todos é admirada

Convém agora citar

Aliene França Soares

Atravessou grandes mares

Para hoje comemorar

Benedito Mariano

A acompanha, soberano

Nesta hora gloriosa

Amar a Deus é seu lema

A família, seu emblema

Por isso, hoje, vitoriosa.

II

Vejam quem chega agora

Nesta tão boa hora

Formanda, Almila Barbosa

Gustavo é o seu padrinho

Anjos da Guarda, o caminho

Fala mansa, carinhosa

 Gosta de a família reunir

Filmes e séries assistir

Ir à igreja, viajar

Ter um momento só seu

Muitos livros, ela leu

Agora, só comemorar.

III

É sua vez, Celene Pinto

Com o seu jeito distinto

Werbeth é seu padrinho

Sua música, Dias de Guerra

O maior amor desta terra

É Deus, o seu caminho.

Sua família, porto seguro

Nunca a deixou no escuro

Nela sempre se apoiou

Sendo hoje dia de glória

Todos cantam sua vitória

Na igreja entoa louvor.

IV

Cleidiane Soares Pinheiro

Na sua áurea, um letreiro

“Eu vim para estudar”

Estudando, eu vencerei

Nunca me engrandecerei

Todos podem acreditar.

Sua música; “está escrito”

Xande, cantor favorito

Paulo Freire seu autor

“Educação muda as pessoas”

Assim, seu eco ressoa

Mulher de garra e de amor.

V

Danyanderson se apresenta

Sua madrinha sempre atenta

Valdirene é o seu nome

Música: “Me sinto abençoado

Com a televisão do seu lado

Gonçalves o seu sobrenome.

A família, seu bem maior

O seu estudo foi com suor

Pode-se assim afirmar

Vive feliz, sorridente

Abraça a todos contente

Gosta muito de viajar.

 VI

 A formanda a ser chamada

Muito querida e honrada

Débora Izidória Amorim

O seu padrinho é o Elizeu

Débora em seu apogeu

Sua vida é um jardim.

O jardim que é sua família

A sua eterna estrela guia

Que vive a lhe orientar

Romance, gosta de assistir

Mais degraus irá subir

Tendo Deus a lhe guiar.

VII

A aluna Delza Pereira

Já transpôs várias barreiras

Para hoje comemorar

Vilásio França, o padrinho

Sua família é o caminho

Que lhe ajuda a superar

O seu lema é viver e cantar

Para a vida sempre melhorar

Sua paixão é a educação infantil

Com seu sorriso suave e manso

Sua voz é puro descanso

Bonita e sempre juvenil.

VIII

O formando Denivan Amorim

Chega à passarela, enfim

Esbanjando o seu teor

Sara Ferreira, a madrinha

Para o momento se alinha

É recíproco o amor.

Pedro Henrique, o seu cantor

É um homem de valor

“Sou um milagre” a cantar

A família, seu tesouro

Que nem a peso de ouro

Alguém poderá comprar.

IX

Ednildo França, o aluno

Em momento, oportuno

Ele vem comemorar

Maria Ildes, a madrinha

Ao seu lado é uma rainha

Assim veio o prestigiar.

Aprecia Darlon como cantor

Dona Ildes é seu amor

Juntos formaram família

A música, volta filho meu

Acredita muito em Deus

Ora, fica em vigília.

X

A formanda que vem agora

É uma linda senhora

A acompanha Antônio Sodré

Sua família tem tradição

Eliane Câmara, então

É cristã e tem muita fé.

Eliane curte voluntariado

Tem serviço prestado

Isso eu posso afirmar

Sua família é seu suporte

Pratica física, esporte

Tendo Deus a lhe guiar.

XI

Érica de Cássia se apresenta

Com o seu padrinho ostenta

Ternura, paz e beleza

Vem de longe, bem longe

De onde o sol se esconde

E tudo é só leveza.

Deus é Deus é a canção

O seu foco é educação

Delino Marçal, o cantor

Curte uma boa leitura,

Apreciadora da cultura

Faz tudo com muito amor.

XII

Geisa Barros é a aluna

A educação é sua fortuna

Ela vem se apresentar

Vandeilson é o padrinho

Daniele Vitale sax-violino

Vida La vida a cantar.

De Santana é moradora

Guerreira, batalhadora

Gosta muito de estudar

A família é seu baluarte

Aprecia as belas artes

O seu sonho é educar.

XIII

A Hellen Khayllen Araújo

É formanda, não discuto

Está ao lado do padrinho

Paulo Victor Ferreira

É professora de carreira

Trata a todos com carinho

Sua música favorita

Por muitos é preferida

Isadora Pompeo a cantar

Vamos citá-la, enfim

Bençãos que não tem fim

Nós iremos apreciar.

XIV

Jocilene Lima é a formanda

Com sua voz meiga e branda

A todos vêm encantar

Seu padrinho Isaac Garcia

À Jocilene se associa

Para hoje comemorar.

Além do que sonhei

A música vislumbrei

Luana vem apresentar

A formanda tem muita fé

Seu coração é abofé

Curte crianças a brincar.

XV

José de Ribamar Pereira Júnior

É nosso formando Sênior

Madrinha, Brendha Laís

Gosta de Academia praticar

É fã do jogador Neymar

O mais top do país.

Sua música favorita

Isaías Saade Cita

É bem comum escutá-la

“Bondade de Deus” por certo

É sublime, não é incerto

Podemos apreciá-la.

XVI

José Francisco, o formando

Se apresenta com encanto

Vem faceiro a caminhar

Ao lado de sua madrinha

Lembrando de sua mãezinha

Que não pode vir prestigiar.

Trem bala é sua canção

Ensinar e brincar, sua vocação

E com sua família viajar

Sente-se feliz sendo educador

Sonha um dia ser doutor

Para a educação pesquisar.

XVII

A formanda Kellen França

A educação é sua bonança

Veio hoje comemorar

Ao lado de Júlio Amorim

Que é seu padrinho, enfim

Está aqui para lhe honrar.

Sente-se feliz em agradecer

Não costuma se envaidecer

Mas hoje é de alegria

A canção “quero ser grato”

Neste momento exato

Curte com sua família.

XVIII

Kerliane, a formanda

Hoje é graduanda

A família está ao seu lado

Sua madrinha é a irmã

Ambas são talismã

Como ela tem estudado!

Estudando ela cresceu

E Jamais esmoreceu

Acreditou, teve fé

Canção, Campeão vencedor

Ela agradece ao senhor

Por tê-la deixado em pé.

XIX

Laysse Martins, a formanda

De jesus é veneranda

Sua música é “Sobrevivi”

Sara Farias, a cantora

Laysse é compositora

Estes versos eu escrevi.

Sua paixão natural

Família e Deus sem igual

É o que lhe agrada servir

A educação Infantil

A torna muito mais gentil

Todos estão a aplaudir.

XX

A formanda Lucinalva

Parece a Estrela Dalva

Com seu padrinho a brilhar

Diego Nunes Boaes

Que Deus vos abençoais

Neste evento singular.

Bençãos que não fim

Com os anjos e querubins

Canta, escreve e ler

A família é seu suporte

Com Deus lhe dando aporte

Seu caminho a florescer.

XXI

A formanda Marcele Silva

O seu sorriso é a brisa

Que a todos pode encantar

O seu padrinho Arbués

Ambos são menestréis

Na educação do lugar.

Como não se emocionar

Com a música a escutar?

Tocando em frente, senhor!

Passa um filme na memória

Este momento é de glória

A família lhe dá amor.

XXII

Oh Maria Aparecida

Pela família guarnecida

Gosto de te ouvir falar

Seu sorriso e voz suave

Parece até mesmo a ave

O tão amado sabiá

O seu padrinho é o prefeito

Heliezer Soares, o eleito

Para que todos os admirem

Caminho do deserto, a canção

A família é o seu coração

Momentos bons advirem.

XXIII

Marjones Silva é exemplar

Sorriso meigo a iluminar

As pessoas em seu caminho

Sua família é o baluarte

É admirador de Descartes

Its my life é o seu ninho.

Bom Jovi, o seu cantor

Conselheiro é com amor

Nisso podem acreditar

Com os amigos vai curtir

Na educação vai contribuir

O seu sonho realizará.

XXIV

Moisilene Costa Martins

Tem perfume de alecrins

Nossa próxima formanda

Sua madrinha, Maiara Frades

Veio de longe, de outros ares

Acompanhar a graduanda.

Música: Era a mão de Deus

Tocando nos olhos seus

Dizendo não vai desistir

Com a família toca em frente

E os amigos aqui presentes

Hoje é dia de florir.

XXV

Nárya Géssica Oliveira

Professora de carreira

Veio aqui para festejar

O seu par, Paulo Ricardo

Com ele e deus ao seu lado

Neste momento singular.

Canção: Além do que sonhei

Essa música é uma lei

Que nos ajuda a agradecer

Sua missão, é ir à missa

Da família não é omissa

Passear é o seu lazer.

XXVI

A formanda Paula Silva

Vem suave como a brisa

Com seu padrinho Luís

Cuidar da família é seu forte

Deus é o seu suporte

Terra prometida a faz feliz.

Gosta de uma boa leitura

Curte dança e cultura

A raiz do seu lugar.

João gomes o seu cantor

A pedagogia é o seu amor

Hoje está a se formar.

XXVII

Paulo Sérgio, o formando

Vem leve a escutar um canto

De êxito profissional

Muito e muito já lutou

Hoje celebra com ardor

Neste lindo cerimonial

Gosta muito de compor

De Peri-Mirim é o cantor

Que a todos vem animar

É Filho de Frutuoso

Hoje no céu, orgulhoso

Vendo o filho se formar.

XXVIII

Raniere França, a formanda

Ao som de orquestra ou banda

Vem agora se apresentar

Romances gosta de ler

Nunca se deixa abater

A natureza a faz relaxar.

A família é seu consorte

É guerreira, bonita e forte

Ranielson vem ao seu lado

Séries gosta de assistir

Romances a faz distrair

Seu dia hoje é coroado.

XXIX

Raquel Martins dos Inocentes

É formanda aqui presente

Com o padrinho a celebrar

Richard que é seu marido

No papel foi tudo escrito

Agora é só comemorar

A sua música favorita

Fala de amor, acredita

Que tudo pode favorecer

Tem sua família para curtir

Celebrar, sem desistir.

Profissionalmente, ascender.

XXX

Formando Victor Gabriel

Abençoado do céu

Com a família a celebrar

Sua mãe é grande figura

Corta cabelo, faz pintura

É professora do lugar.

A sua madrinha é Tereza

O acompanha com presteza

Isso eu posso dar fé.

Música: Igual não há

Sua vida é perseverar

Ele é fã do Rei Pelé.

XXXI

Vivian Castro de Oliveira

Se formou e faz carreira

Na vida de educadora

Julliane Sousa e Leo Brandão

A Casa é sua, é só emoção

Da sua história, ela é autora.

Trouxe a madrinha consigo

Este momento eu bendigo

Pois, ambas têm muita fé

Gosta de paz e viajar

Hoje está a celebrar

Na infância, dançou balé.

Encerramos este poema

Para escrever não foi problema

Pois gosto muito de rimar

Aprendi com meu tio João

Que lia só por paixão

E eu rimo por apreciar.


Abertura da solenidade pelo Presidente da Sessão (fala de Jefferson).

(Execução do Hino Nacional)

Hino de Peri-Mirim

Prestação do juramento

Concessão do Grau

Convidamos a formanda, Marcele da Silva e Silva, para requerer o grau em seu nome e em nome dos seus colegas

(Forramento do grau)

 – Eu, Marcele Silva e Silva, em meu nome e em nome dos meus colegas venho requerer a outorga de grau de Pedagoga ao Ilustríssimo Prof. Ms, representante do Instituto Educacional Educare, conforme as prerrogativas das Leis da República.

(coordenador)

– Eu, professor Jefferson Cantanhede, coordenador, Representante do Instituto Educacional Educare nos termos da legislação em vigor, tendo em vista a Conclusão do Curso Pedagogia, confiro a formanda Marcele Silva e Silva e aos demais formandos, o grau de pedagoga, para o exercício pleno de sua profissão.

Formandos para outorga de grau:

  1. Aliene França Soares.
  2. Almila Barbosa.
  3. Celene Pinto Sousa.
  4. Cleidiane Soares Pinheiro.
  5. Danyanderson Gonçalves.
  6. Debora Izidoria Lima Amorim.
  7. Delza Pereira Alves .
  8. Denivan Amorim Diniz.
  9. Ednildo França Barros.
  10. Eliane Camara Lopes.
  11. Erica de Cassia Costa Leite Pacheco.
  12. Geisa Barros Nunes.
  13. Hellen Khayllem Araújo Melo.
  14. Jocilene Lima Garcia .
  15. José de Ribamar Pereira Júnior.
  16. José Francisco Corrêa .
  17. Kellen França Martins.
  18. kerliane Pinheiro Correa França.
  19. Laysse Martins França.
  20. Lucinalva Martins.
  21. Marcelle da Silva e Silva.
  22. Maria Aparecida França
  23. Marjones Silva Gomes.
  24. Moisilene Costa Martins.
  25. Nárya Gessica Oliveira Correa.
  26. Paula Regina Pereira da Silva.
  27. Paulo Sérgio Correa.
  28. Ranyere Pereira França.
  29. Raquel Martins dos Inocentes.
  30. Victor Gabriel.
  31. Viviam Castro De Oliveira

 

Neste momento, desfazemos a mesa e convidamos todos e todas a se direcionarem aos seus locais para darmos início ao momento festivo com a valsa.

DANDO (A) VIDA AOS CRISTAIS BRANCOS: SAL E AÇÚCAR

Por Edna Jara Abreu Santos

Dois tipos de grãos com cor e textura confundíveis em nossas cozinhas, mas sabores totalmente diversos um do outro, remontam histórias antepassadas em que suas descobertas trouxeram uma verdadeira revolução em todo o planeta Terra. O registro do uso do sal vem de civilizações bem antigas, há mais de cinco mil anos. Sendo este utilizado por muito tempo como moeda de troca no Império Romano, usado para purificação dos corpos e até na Bíblia recebe menção honrosa. Já o açúcar, descoberto na Ásia no século V, era visto como um produto de luxo, caro, desejado e era dado como dote nos matrimônios. A relação do açúcar com o Brasil, começou a partir de 1500, com a chegada dos portugueses.

Neste documento, remonto tempos bem avelhantados, onde os trabalhadores das salinas e engenhos de cana-de-açúcar encontravam um importante meio de sobrevivência. Sim, o sal e o açúcar não eram vistos apenas como meros temperos, mas sim, como produtos que geravam emprego e renda.

Esta autora poderia retratar os tempos atuais, onde as empresas com seus operários utilizam recursos tecnológicos sofisticados para obter o sal e o açúcar materializado com rapidez para serem comercializados. É um processo que ainda tem uma rentabilidade grande e muitas ofertas de empregos, porém, menos penoso do que ocorria nos anos 50 a 70 no Brasil, e mais especificadamente, na Baixada Maranhense.

Sabe-se que hoje, ambos perpassam por vários estágios para, enfim, serem considerados produtos consumíveis. São produtos de fáceis acessos nos comércios e quando utilizados, se dissolvem rapidamente e ficam quase imperceptíveis na água. Porém, antes, estes cristais eram extraídos da natureza de forma bruta e mesmo assim, alimentavam famílias inteiras por longos períodos. O sal grosso era utilizado para a conservação dos alimentos, quanto mais sal e seca a comida, mais tempo ela durava e ficaria intacta de insetos e larvas.

Crescer em Peri-Mirim, originalmente Macapá*, dentro de uma família sem riquezas, tendo como único meio de sobrevivência a lavoura, levou o senhor José Ribamar Abreu** a aprender trabalhar um pouco em tudo tendo como exemplos, seus pais. O contato do seu pai João Abreu (mais conhecido como ‘João Paturi’) com a única Salina mais perto – ficava nos limites entre São Bento, Bacurituba, Peri-Mirim e Bequimão – após a Vala, o fez ainda criança, com a idade de 12 anos ir trabalhar na praia de Bate Vento, localizada em Cururupu-MA (aprox. 85 km de distância de Peri-Mirim). Na época não havia outro meio de transporte, senão andar a cavalo, então conta que foram dias longos e cansativos de viagem.

Já com seus vinte anos foi buscar sua sobrevivência e da sua família, nas salinas da praia de Raposa/MA. Alguns anos morando e trabalhando lá lhe renderam um bom dinheiro, já que chamavam aquele lugar de “garimpo de cristais de sal”. Buscando bem fundo da sua memória, coisas que aconteceram há mais de meio século, conta que:

“A turma que vinha trabalhar de fora era chamado de ‘Arigó’*, estes se juntavam com os demais moradores da praia. A extração de sal nas salinas só podia acontecer no verão, pois no inverno, a força da água atrapalhava todos os processos que a água salgada passava. Os chamados ‘chocadores’ eram do tamanho de um campo de futebol na beira da praia com extremidade de poucos centímetros. A água sempre era aferida permanecendo entre 26º a 29º para poder “coalhar” o sal. No ‘abaixamento’, os salineiros vinham fazendo o remonte nas paredes.

O outro processo era chamado de ‘balde’, que consistia em lavar o local com três ou quatro baldadas de água, para então secar. O sal alvo empedrava nas paredes, e estando seco, estava pronto para ser retirado. Cavavam com um ‘chacho de pau*’ e tiravam as barras. Todas já secas eram levadas para os “paiós” (casas bem largas e amplas). Quando os paiós não aguentavam a quantidade de barras de sal dentro, os salineiros arrumavam-nas em pilhas ao lado de fora. Tiravam palhas de buritizeras, carnaubeiras e etc., ou compravam para poder cobrir as rumas de sal, depois queimavam. Ao queimá-las, criava uma camada sobre o sal, que as chuvas do inverno não conseguiam retirar. Em dezembro cessavam todos os trabalhos e os trabalhadores retornavam para suas casas, para no verão recomeçar tudo.

Diz que o trabalho era bem pesado, mas a renda compensava. E as embarcações eram todas à vela, porém, tinha apenas uma lancha da Capitania de São Luís. Esta era temida pelos contrabandistas de cargas de sal, farinha e etc., o destino destes era Bragança-Pará. Depois de um tempo, parou-se com essas salinas e adotou-se naqueles locais os viveiros de camarões. ”

Em Peri-Mirim eram poucos os homens que se aventuravam nesses trabalhos de extração de sal em cidades distantes ou até em outros Estados. Pois encontravam aqui uma terra rica em nutrientes e bem úmida, para a lavoura, e ainda proporcionava ótimo cultivo de cana-de-açúcar, que perpassava um ano e meio para estarem prontas para o corte. Conta que houve vários engenhos aqui na cidade, onde eles faziam o ‘açúcar mulatinho’ ou açúcar preto. Em sua casa no povoado Rio Grande, (Torna), ele cultivara um pequeno canavial por alguns anos. Tinha alguns tipos de cana, como a ‘soca’ e ‘cana nova’. A engenhoca usada para espremer a cana era difícil de ser manuseada, precisava sempre de dois homens. Lá faziam garapa e mel, fervendo o líquido da cana em latas e caldeirões grandes, adoçando assim todo tipo de alimento que desejasse ou comendo puro mesmo com farinha de mandioca.


* A Lei nº 850, de 31 de março de 1919, criou o Município de Macapá. Mais tarde, por meio do Decreto-Lei nº 820 de 30 de dezembro de 1943, o topônimo de Macapá foi alterado para Peri-Mirim.
**Conhecido na cidade como ‘Zé Abreu’, nasceu em 23 de outubro de 1944 no Povoado Rio Grande. Filho de João Abreu e Eugênia Martins Abreu.
*** “Arigó” foi o nome dado aos grupos que vinham de outra cidade ou estado trabalhar nas salinas.
**** Ferramenta de trabalho contendo ferro e madeira.

VISITA À BARRAGEM MARIA RITA

Por Francisco Viegas

Na visita datada de 25.01.2024, organizada pela presidente da ALCAP, Ana Creusa Martins dos Santos, com o objetivo de conhecer as obras da Barragem Maria Rita, se fizeram presentes vários membros da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense ( ALCAP), convidados e funcionários da Prefeitura de Bequimão, cedidos com a deferência do prefeito Dr. João Martins, para esclarecimentos sobre a vultuosa obra.

Constatou-se o adiantado dos serviços de terraplenagem entre Buritirana e Pacaú. Neste último lugarejo encontra-se edificado o Retiro Pacaú de propriedade do Sr. José Pereira Melo que, segundo ele, reside lá há sessenta e dois anos.

José Melo gosta de contar estórias relacionadas a seu modo de vida e a localidade em que habita. Ele estava com uma camisa que continha a foto do pai, Sr. Gregório Melo, já falecido, cuja estampa trazia forte lembrança da sua paternidade.

Muito solícito convidou a nossa equipe para conhecer o retiro, da entrada ao dormitório, colocando, naquela oportunidade, os seus dons de guia turístico. O ambiente estava limpo, frustrando a ideia de que retiro é um ambiente de criação e fica de qualquer jeito.

Ao ser inquerido sobre a sua companheira, ele informou que era casado com a senhora Laurenice Silva Sá, com a qual tem três filhos naturais e três adotivos, mas no momento a esposa não se encontrava em casa. Daí para frente, José Melo se esbaldou contando suas vantagens românticas nas noites de lua cheia. Também pudera, né?

A família pacauense, tomara que eu esteja certo, se alimenta das suas criações:  galinhas, porcos e patos. Além dos que a natureza fornece, tipo peixe, jaçanã, japeçoca, marreca, entre outros, os quais rodeiam o seu retiro na invernada.

O retiro é projetado em dois ambientes: um onde se abrigam os animais e outro acima é o aconchego de amor do casal. O divisor do retiro se dá pelo assoalho de madeira rústica que facilita espiar os animais de vez em quando. E os cachorros por sua vez, ficam de mutuca próximo da entrada do retiro.  Se algum animal alarmar que tem intruso rodeando o retiro eles caem em campo, literalmente.

Quando lhe perguntei se havia subtração da sua criação, ele respondeu bem-humorado: a gente nunca trabalha só pra si. Porque os que não trabalham vêm buscar de quem produz.

Próximo à entrada do retiro, numa pequena varanda, três tacurubas acomodam alguns pedaços de lenha (tataíba)*, que queimam constantemente. Ali tem sempre fogo para o preparo dos alimentos, além da fumaça constante a indicar que existe vida no retiro. O ambiente se utiliza da luz elétrica, graças ao programa “luz para todos”, criado por meio do Decreto 4.873 de 2003.

A espingarda é companheira na caçada, assim como a canoa na invernada, na busca constante dos víveres alimentares para a família.

José Pereira Melo, segundo relatou, foi acometido de barriga d´água, doença causada pelo chistossoma mansoni, tendo se submetido, no Hospital Universitário “Dutra”, ao ato cirúrgico para retirada do baço. No momento constatou-se que ele está curado pelo seu estado animado e a coloração rubra da pele condizente com a saúde.

Ao final da visita, fomos agraciados por um lanche de primeira qualidade, fornecido por uma equipe de senhoras muito gentis da Prefeitura de Bequimão, às quais agradecemos penhoradamente.


  • Tataíba = palavra do tupi-guarani, composta da seguinte forma:

Tatá = fogo         Iba = madeira.   Logo, tataíba é tora de madeira que guarda o fogo.

José Vivia na Graça

Por Ana Creusa

O apoio das leis da natureza é o estado de graça. (Deepak Chopra).

Banho tomado. Barba feita. Perfume exalando. Lá estava ele, pronto para mais um baile, em que fora formalmente convidado[1]  pelo dono da casa.

Sentindo um leve remorso, por deixar seu irmão João Pedro em casa e, por cima, ainda ardendo em febre, apesar dos chás que lhe preparava a irmã Maria Santos.

Papai falava com tio João Pedro:

– Acho que não devo ir, e se você não melhorar?

– Já estou melhor, Zé, repetia o irmão enfermo.

Papai percebia que aquelas palavras eram apenas para que ele pudesse ir ao baile em paz.

Papai colocava a mão no pescoço do irmão e nada de a febre aliviar, estava igual brasa. Parecia até que a temperatura havia aumentado.

Mas afinal, o que ele poderia fazer? Maria estava cuidando do irmão. Poderia sim, ir ao baile tranquilamente.

Era inverno. Acondicionou sua roupa bem passada em uma caiambuca[2] e saiu, sempre conversando com o irmão que repetia:

– Vai, Zé, eu já estou melhor.

Na saída da casa na Jurema[3] existia um palmeiral[4] que se movia com a ação do vento, fazendo um barulho assustador.

Papai saiu em meio àquelas palmeiras. Logo percebeu que um temporal se avizinhava. Tinha a sensação de que as árvores cairiam naquela hora.

Voltou para casa correndo para que aquela situação melhorasse.

Conversou com o irmão enfermo que estava sentado na rede de dormir. Não chegou a chover. Era apenas uma ventania.

Na terceira vez que saiu de casa para ir à festa, novamente a tempestade se formou e José voltou para casa. No caminho de volta decidiu que não iria mais àquela festa, que não deveria mais insistir. Quem sabe o seu irmão pudesse piorar.

Naquela festa no Povoado de Poções o seu grande amigo Raimundo de Genoveva que atendia pela algunha de Raimundo Lagarto[5] foi duramente espancado, sofreu açoites de cassete e facão. Ficou muito doente e, dias depois, veio a óbito.

A conversa no dia seguinte era que os inimigos de Raimundo Lagarto iriam primeiro matar José Santos, para que o caminho ficasse livre para eles poderem matar seu amigo.

José Santos sabendo dessa história, não teve dúvidas: todos aqueles eventos, doença do irmão e tempestade, o livraram da morte naquele dia.

Sempre pensava como teriam ficado seus irmãos se ele fosse assassinado? Com essa experiência, ele jamais insistia. Seguia sua intuição, que ele tinha certeza de que vinha de Deus.

Papai tinha o hábito de não insistir, não teimar, não “forçar a barra”, viva na Graça. Cultivava a sua intuição.

Não raro, formávamos uma viagem, arrumávamos tudo e quase na saída, ele dizia:

– Eu não vou mais.

– Como assim? Já estamos prontos, já compramos a passagem!

Ele repetia:

– Eu não vou mais.

Os habituados àquela situação nem mais instigavam. Alguns queriam explicação:

– Por que o senhor não vai mais?

Ele não explicava, apenas desistia e procurava concentrar-se em outra coisa. Viagem desfeita. Negócio inconcluso.

Assim vivia meu pai: na Graça. Surfava na onda. Deixa a vida o levar. Sem pressa. Obedecia aos comandos da sua intuição e ponto final.

Ele contava a origem desse comportamento que ele definia como obediência a Deus. Foi exatamente no dia da festa em que seu irmão João Pedro estava doente e seu amigo foi morto que, após vários sinais, ele resolveu entender que não era para ele comparecer àquela festa em que estava preparado o seu assassinato.


Para mais detalhes sobre o personagem principal desta história, leia a Biografia de José dos Santos.

[1] O convite para os bailes era requisito essencial.

[2] Era costume à época acondicionar roupas em caiambuca para proteger da chuva.

[3] Refere-se ao Sítio Jurema no Povoado Cametá (ou Cametal) onde residia José Santos e seus irmãos.

[4] Área que possuía muitas palmeiras de babaçu antigas, por isso, eram bem altas.

[5] Eu havia esquecido o nome do amigo de papai, tio João Pedro confirmou o nome Raimundo de Genoveva era irmão de Dionísio.

ESTÁTUA DE SÃO SEBASTIÃO

Por Diêgo Nunes

A obra de arte, no caso, a estátua de São Sebastião, foi feita pelo artista plástico Cid França, natural da cidade de Peri-Mirim. Edificada no morro do Curupira desde o ano 2003, assim como produzida e autorizada na administração do então prefeito, José Geraldo Amorim Pereira, a estátua representa a demanda de uma comunidade predominantemente católica.

A sua construção, na concepção de alguns entrevistados, perduraram aproximadamente um ano; possui 60 degraus, divididos em seis patamares. Ela possui cerca de 12 metros de altura. Em sua estrutura há flechas introduzidas, como maiores marcas no abdômen e nas pernas direita e esquerda; além de manchas de sangue corridas em sua escultura.

Na verdade, a estátua tem inspiração gaulesa, pois é a reprodução de um dos soldados romanos da França. São Sebastião foi um mártir e santo cristão que sofreu perseguições, em razão de professar a sua fé/crença e atuar coerentemente com sua religião.

Na representatividade da estátua, nota-se os sinais do martírio sofrido por São Sebastião, que foi morto durante uma perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano, por volta de 286 d. C.

Em sua perfeita situação, a Estátua de São Sebastião se tornou o cartão postal, e um dos pontos turísticos mais frequentados da cidade durante o período de janeiro, especialmente.

A estátua classificada e nomeada, pela população local, como um dos atrativos religiosos. Do mesmo modo, conforme alguns entrevistados, a edificação da Estátua proporcionou e possibilitou várias mudanças para região, como por exemplo, a região recebeu o título de “cidade mais bonita” da Baixada Maranhense, além da criação de uma praça no ponto onde a estátua está fixada.

Nesse lugar, as pessoas se reuniam às tardes, aos finais de semanas para apreciar as paisagens naturais e para conversas informais; as pessoas tinham uma visão melhor e ampla da cidade. Assim, servia como espaço de diversão e lazer para a comunidade.

Na verdade, observou-se o descaso por parte dos governantes atuais em conservar e manter a legitimidade da Estátua. Ela apresenta condições não muito adequadas para seu uso total, ela está perdendo suas funções principais que antes desempenhavam para a população.

Constatou-se ainda, que a obra de arte possuía e ainda possui um valor cultural e artístico/religioso grande para os “perimirienses”, ou seja, através da Estátua manifestam-se as memórias religiosas das pessoas.

Em homenagem ao padroeiro da cidade, no caso, São Sebastião, existem todos os anos no mês de janeiro, festejos em sua comemoração, realizado com novenas e com festividades diversas.

Assim, por meio dessas características aludidas acima, a categoria de patrimônio material pode ser aplicada à Estátua de São Sebastião.

Em suma, a Estátua de São Sebastião possui um grande significado e importância artística cultural e religiosa para a sociedade perimiriense, pois majoritariamente os habitantes da região são católicos.

ENFIM, FOMOS ESTUDAR NA SEDE DO MUNICÍPIO DE PERI-MIRIM

Por Ana Creusa

Cada nova etapa das nossas vidas, papai (José dos Santos) nos preparava. Ele não nos chamava para uma conversa, apenas falava sobre o tema de forma natural. Passado o tempo, percebi que todas aquelas conversas, aparentemente casuais, eram meticulosamente planejadas pelo nosso orientador sem rival [1].

As orientações eram passadas em muitas etapas: dando exemplos, contando histórias, de todas as formas, até que o orientando pudesse colocar em prática aqueles ensinamentos.

Claro que, em uma prole numerosa, havia os teimosos, que não colocavam em prática os ensinamentos, ou não entendiam. Mas papai tinha certeza de que a semente fora plantada. Tanto que, passados os anos, aqueles que não seguiam as orientações, se diziam arrependidos e, não raras vezes, se viam repetindo as lições aos seus próprios filhos.

Nós estudávamos na Escola Sá Mendes[2], no povoado contíguo ao nosso, a Ilha Grande. A partir do 2º ano primário, nossos pais decidiram nos colocar no Grupo Escolar Carneiro de Freitas, cujo acesso se dava com uma entrevista com diretora do Grupo, Cecília Euzamar Campos Botão.

Era início do ano de 1969. Nossa mãe foi nos matricular com a temida Cecília Botão. Essa missão era da nossa mãe. Eu, como sempre, a acompanhava nessas missões, apenas para “ouvir conversa”[3].

Mamãe foi comigo à casa de Cecília. Devidamente munida dos documentos dos filhos e respectivos boletins.

Cecília examinava tudo. Queria saber do desempenho dos candidatos e, principalmente, do comportamento. Mamãe elogiava cada um de nós. Eu até pensava que ela estava falando de outras pessoas, eram somente elogios.

Mamãe havia dito que eu e minha irmã Ana Cléres iríamos iniciar o 1º ano e os demais o 2º ano, para que fôssemos todos juntos. Antes da minha matrícula no 1º ano, mamãe falou para Cecília que eu já sabia ler e escrever antes de ir para a escola. A mestra fez um teste rápido e me pôs no 2º ano, juntamente com os demais irmãos naquela série: Ademir e Maria do Nascimento.

Antes de irmos para a escola, papai falou muitas vezes:

– Vocês vão estudar em Peri-Mirim, lá tem filho de pobre, como nós, mas tem filhos de ricos. Vocês vão para lá não é para se equiparar com esses meninos e sim estudar.

Sempre falava: vocês não vão para a escola, para se compararem aos filhos de Dico de Álvaro, José Sodré, Clóvis Ribeiro ou Altiberto[4], que meu pai considerava que fossem ricos. Vocês vão para escola estudar e para ser alguém na vida.

Nessas conversas, ele contava histórias de ricos sem conhecimentos e de pobres instruídos, estes sempre levavam vantagens sobre aqueles. Lembro-me da história dos amigos, um rico e outro pobre. O pobre foi estudar e o rico ficou trabalhando com o pai para aumentar a fortuna[5].

Nossos pais estavam sempre atentos para que frequentássemos as aulas e tivéssemos bons rendimentos. Acordávamos muito cedo para início das aulas às 07:30h, após trocarmos a roupa, pois, que fazíamos a viagem do nosso povoado até a sede.

Papai e mamãe nos auxiliavam em todas as atividades antes de irmos à escola. Quase sempre papai nos convencia a tomar banho:

– Tem que tomar banho para tirar a murrinha de japi[6].

E nós dizíamos[7]:

– Vamos banhar na casa de Vovó Patuca[8], para que banhar aqui?

Não adiantava argumentar. Tinha que tomar banho, era inegociável. Afinal, tinha que tirar o cheiro de japi e substituir pelo cheiro agradável das plantas: jardineira, estoraque, trevo, erva santa e outros. Não tinha sabonete que se comparasse àquele perfume campestre.

Outro ritual sagrado era: enquanto nossa mãe coava o café, papai ia até à horta do quintal colher macaxeira ou batatas para cozinhar, para ninguém sair com fome, senão não conseguia aprender nada, dizia ele para nos convencer a comer bem.

Uma cena inesquecível: papai lavava a macaxeira bem lavadinha, de forma a sair toda a terra. Depois descascava com cuidado para não sujar, pois ele não lavava a macaxeira branca porque, para ele, parte dos nutrientes se perderia.

Passado o tempo do banho difícil. Daí para frente, era só alegria.

Papai colocava aquele alimento fumegante no prato e mamãe vinha com o café, sempre gostoso. Eram abençoados pelos dois. Mamãe sempre preocupada para não esquecermos nada e papai, contando alguma história e dando conselhos, por meio de parábolas.

Quem não iria feliz para a escola depois desse ritual? Caminhávamos todos os dias 10 quilômetros para ir e vir da Escola, enfrentando sol, chuva, poeira e lama. Atualmente contamos com transporte escolar – muita coisa mudou …

_______________________________

Referências

[1] Papai gostava de dizer “fulano é sem rival”, significa que ninguém sabe fazer melhor. Definitivamente, José Santos era um orientador sem rival, nesse quesito, ele era um campeão absoluto.

[2] Escola Sá Mendes, nome dado em homenagem ao 1º intendente de Peri-Mirim (cargo que equivale ao de prefeito). João de Deus Martins, meu bisavô materno conseguiu com o seu amigo a instalação dessa escola municipal. Atualmente, a escola funciona no povoado Cametá.

[3] Eu tinha o hábito de ouvir as conversas dos adultos com muita atenção.

[4] Eu tinha muita curiosidade de saber quem eram essas pessoas. Por coincidência, ou não, estudei com filhos de Dico de Álvaro, Clóvis Ribeiro e Altiberto. Comprovei que eles tinham condições financeiras bem melhores que as nossas. Com essa convivência pude entender o queria dizia o meu pai. Eles poderiam comprar sapatos de couro (nós usamos de borracha, bem mais baratos); trocar de fardas todos os anos, ou sair em pelotão especial nos desfiles de 7 de setembro; coisas que não estava em nossos planos.

[5] Recomendo a leitura da história alusiva a esse assunto no Capítulo “Estórias que fizeram História”.

[6] Japi – Conhecido vulgarmente como xexéu, japi, japim, japiim. A ave é conhecida por ter mal cheiro.

[7] Alguns filhos tinham mais resistência e tomar banho. Fazíamos um gritinho característico para espantar o frio: “foi papai que mandou …”.

[8] Patuca é alcunha de Patrocina Pinto, mãe de Jacinto Pinto.

Artigo publicado na página 50 do Livro CEM ANOS DE GRATIDÃO  de autoria de Ana Creusa.

Violência doméstica, uma herança patriarcal

Por Eni Amorim

Vamos chamá-la de Valentina, ela era uma menina, sonhadora, alegre, cheia de vida, gostava de sorrir, cantar dançar, de ser feliz.

Nasceu em uma comunidade do interior a onde a vida era bastante difícil devido a pobreza extrema naquele dado momento histórico.

Valentina era semiletrada, só aprendeu a escrever o nome estudando na casa do professor como era costume da época.

Começou a trabalhar muito cedo, desde criança na agricultura (trabalhos na roça), tecia redes de fio têxtil e fazia serviços domésticos em casa de famílias.

Ainda adolescente, no auge dos seus doze anos fugiu de casa com um rapaz de nome Bernardo, dez anos mais velho que a iludiu com falsas promessas de uma vida melhor.

Perdeu sua virgindade em um processo muito violento e doloroso, na verdade um verdadeiro estupro que a deixou cheia de culpas. Logo em seguida, foi abandonada pelo rapaz.

Ela se sentiu totalmente violentada e naquela época uma jovem perder a virgindade era inaceitável pela família e pela sociedade e ela teve que sobreviver com esse estigma na alma.

Sua mãe ainda tentou dar queixa do dito cujo que a violentou, mas a justiça o protegeu como sempre fez com o “macho” nessa herança patriarcal de dominação de poder.

Diante da nova realidade e da dureza da vida teve que se prostituir para ajudar a família. Ganhava mimos, joias e falsas promessas dos seus amantes que na maioria eram homens casados.

Manteve um relacionamento com Carlos Garcia com o qual teve dois filhos.

Bem mais tarde quis o destino que ela se reencontrasse com o seu violador, Bernardo com o qual teve um relacionamento estável que durou quarenta e cinco anos, com o qual teve onze filhos.

Valentina teve que trabalhar muito para criar seus treze filhos naquele período de muitas dificuldades, fez muitos serões noite à dentro trabalhando em casa de famílias. A pobreza era tanta, teve que desmanchar suas roupas para fazer roupas para os filhos. Contou que , chegaram a passar fome várias vezes e que trabalhava em troca de comida para os filhos.

Muitas vezes quando não tinham comida, pegavam banana quase madura, cortavam em tirinhas, mergulhavam em água de sal, colocavam em espetos, assavam e comiam. Muitas vezes comiam peixe seco com angu de farinha, chibé ou dividiam um ovo para dois filhos, outras vezes iam dormir a barriga roncando de fome e o desejo de no outro dia ser diferente.

O Bernardo por sua vez gastava o pouco que tinha com prostitutas e com bebida, gostava de se sentir boêmio. Bernardo era extremamente ignorante, ela sofria todos os tipos de violência doméstica de seu companheiro, violência psicológica, moral, lhe dava amantes e chegou a lhe bater varias vezes de relho, de pau, de corda. Até tentou lhe matar por algumas vezes, em uma dessas vezes um de seus filhos a salvou e foi então que resolveu separar-se do seu companheiro antes que o pior acontecesse.

Valentina sofria sua dor pensando no futuro dos seus filhos que segundo ela são o seu maior tesouro e o seu amparo agora que a velhice chegara trazendo suas limitações.

Nesse cenário nada fictício, podemos dizer que Valentina, além de vítima é também sobrevivente pois é alguém que conseguiu romper o ciclo da violência, alguém que saiu ou sobreviveu, que superou de alguma forma a brutalidade da violência doméstica em todas as suas formas. “Afinal, não tem como ignorar que o Brasil é o quinto país em número de feminicídios no mundo.”

N.A. Conto baseado em fatos reais. O nome dos atores são fictícios para preservar a identidade das pessoas.

POEMA À IRMÃ SUZANA

Por Nasaré Silva

(Poema produzido em agosto de 1991 e revisado em fevereiro de 2023).

 

Peço à Musa Divina

Com seu olhar de menina

Para que venha me inspirar

Sendo em verso ou em prosa

Narre a história ditosa

Daquela que viveu para amar.

 

Vou falar de Ir. Suzana

De maneira soberana

Destinou a vida a ensinar

Vivendo de forma mansa

Ao sonhar sempre se alcança

E o caminho é estudar.

 

Lembro quando a conheci

Sua forma de vestir

Atenção me veio chamar

O seu hábito era branco

E o seu sorriso franco

Tinha vindo para ensinar.

 

Ensinar com maestria

Enfermagem, sociologia

Só pensava em educar.

Com o seu jeito didático

E o seu sorriso simpático

Jamais usou o verbo dar.

 

“Quem doa não compartilha”

Já nos diz esta cartilha

Que ela veio lecionar.

Ir. Suzana fiel

Aos preceitos do céu

Ensinou o verbo amar.

 

Quem não aprendeu a lição

Não aflija o coração

Pois ela veio para ficar

Se sente tão nordestina

Só deve ser mesmo sina

Quis no Maranhão habitar.

 

Sei que de longe vieste

Do Sul ou do Sudeste?

Ao certo não sei falar.

Sei que és missionária

Religiosa, revolucionária

Veio para nos capacitar

 

Meditando, uma imagem veio

Foi que no Cine Passeio

Agora posso falar.

A senhora me levou

E com carinho mostrou

O cinema à beira-mar

 

Quantos belos, bons momentos!

Conheci os monumentos

Que apenas ouvia falar.

A senhora é tão louvável!

Conheci o memorável

E hoje eu posso falar

 

Quando a ler ilusão

A senhora com a mão

Mostrou-me o que é literar.

Nunca mais li baboseira

Literatura de primeira

A senhora veio mostrar.

 

A primeira bicicleta

Eu tinha trinta, não era atleta

Mesmo assim pude comprar.

Com o incentivo seu

O poder que Deus me deu

Ir. Suzana a orientar.

 

Enfim, passaria a vida

Relembrando embevecida

Tudo quanto a desfrutar

Os seus sábios conselhos

Refletindo como espelho

Hoje, triste por não escutar.

 

Ir. Judite Fagundes

Eis o seu nome amiúde

Que o seu pai veio lhe dar,

No tempo do nascimento

Quando entrou no convento

Para Suzana veio mudar.

 

Ir. Suzana querida

Com o sopro da vida

Viveu a se afeiçoar.

Destemida e valente

Leva a vida sorridente

Quando pensa em chorar.

 

Defensora de oprimidos

Das crianças; desnutridos.

Os que estão a chorar.

Defende com unhas e dentes

Os mais fracos; os doentes.

Os que vivem a soluçar

 

Cuida bem da natureza

Mesmo quando a avareza

A mata vem derrubar.

Ela, incansavelmente

Denuncia bravamente

E jamais se fez calar.

 

Quando vê uma criança

Aproxima-se toda mansa

A sua mão vem pegar.

Acaricia e afaga

O seu sonho não apaga

E uma canção vem cantar.

 

Oh, querida Ir. Suzana

Parece até Sant’Ana

Quando se põe a rezar.

Tão fervorosamente agradece

Pedindo em forma de prece

Para amigos, abençoar.

 

Minha amadíssima Judite

Por mim sei que és pedinte

Para Deus sempre guardar.

Confesso neste momento

Que eu só sinto acalento

Por Cristo, sua prece escutar.

 

Passaste a vida inteira

Assim como a videira

Quando a frutificar,

Levando aos quatro cantos

Às margens, aos recantos,

O verdadeiro sentido de “amar”.

 

Amando sem distinção

Entregando o coração

E sem jamais vacilar,

Fazendo bem aos pequenos

Com os defeitos terrenos

Sua missão é acreditar.

 

Acreditar é o seu forte

O seu carinho é suporte

Dos que vivem a mendigar.

Um sorriso pequenino

A senhora é sempre o ninho

Para os que nada têm a dar.

 

Nem a dar, nem receber,

Pois a vida é padecer

Já cansaram de esperar.

Ir. Suzana encoraja

Não esmoreça, reaja,

Tudo há de passar.

 

Deus é o maior tesouro

Que nem a peso de ouro

O homem pode comprar.

Tudo sente; tudo ver.

O seu filho a sofrer,

Logo Ele vai ajudar.

 

E vai levando a vida

Pois tem fé e acredita

Que tudo pode mudar.

Aconselha, reconforta.

Mostra a abertura da porta

Onde devemos passar.

 

Quando a andar distraída,

Meditando sobre a vida

Até assim está a ensinar.

Com seu passo vagaroso

E seu sorriso amoroso

Olha por nós a rezar.

 

E eu, particularmente,

Por tantas vezes descrente,

Chega para me iluminar

Mostra-me outro caminho

Corra, siga o destino.

Já é hora de mudar.

 

Agora chegou a vez

De pedir com sensatez

A Deus para lhe guiar.

Entre prece e oração

Peço ao pai da criação

Para nunca lhe abandonar.

 

Que seja sempre forte

Na corrida pela sorte

Sem jamais desanimar.

Quando se fecha uma porta

É aí que Deus conforta

Sem jamais deixar de amar.

 

Agora neste momento

Como se a brisa, o vento.

Aqui viesse soprar

Venho em forma de verso

Tendo crença no universo

Que Deus vai curar.

 

Toda homenagem é pouca

E tudo que sai da boca

Por certo não vai bastar.

Ir. Judite é alegria

De quem não tem fantasia

Como a mim, pode acreditar.

 

Poderia passar um ano

Como a olhar um pano

Belo, a vislumbrar.

Recitando poemas,

Brincando de teoremas

Para lhe homenagear.

 

Mas a hora já se adianta

E o tempo já suplanta

É hora de terminar.

O que aqui escrevi

São versos, não medi.

Por certo não sei contar.

 

Sei que são verdadeiros,

Num instante derradeiro

Humilde, vou recitar.

Sei que além, muito além.

Como és humilde também

Com certeza, vai lhe agradar.

 

De tão poucas amizades

Que na vida construir

Falo com sinceridade

A nossa não sei medir.

Sei que é verdadeira

Que só eu posso sentir.

Que não sirva de brincadeira

Aos que aqui estão a ouvir.

Acredite é muito forte

Que o grande Pai nos conforte,

É hora de despedir.

 

O porquê deste poema:

Por ocasião da despedida de Judite Fagundes de Moraes (Ir. Suzana) do povo desta cidade, pois voltaria para sua terra natal, Bauru, São Paulo.

Ir, Suzana foi a pessoa que mais ensinou-me sobre como deveria lutar para vencer na vida. Ela não acreditava na palavra “desistência”, só na frase: “siga em frente, você pode”.

 

“Voe como as águias”, ela dizia.

“Diga não aos maus-tratos, aos abusos, aos assédios. Você pode tudo, basta voltar a estudar”.

Foi difícil chegar até aqui, mas aprendi com ela, em jamais desistir.

ELÍSIA COQUEIRO DA SILVA

Por Alda Ribeiro Corrêa

A gratidão é uma das virtudes mais nobres do ser humano.

Quem ama a Deus precisa ser grato e agradecer constantemente, porque nós recebemos muito mais do que merecíamos. Somos livres e salvos graças a Jesus Cristo, e isso é um presente maravilhoso de Deus!

Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.
1 Tessalonicenses 5:18

ELÍSIA COQUEIRO DA SILVA nasceu no município de Santa Inês, no dia 12 de agosto de 1941, filha de: Divina Coqueiro e do senhor Aldenor Aranha, dos quatro irmãos (maternos) ela era a quarta, ou seja, a caçula. Por parte de pai teve outros irmãos, e um dos irmãos muito querido por ela é o senhor Aldenor Monte Palma Aranha.

Muito jovem, foi morar com seu pai e sua madrasta, em busca de melhores oportunidades de estudo. Mesmo com pouca idade, já tinha as devidas responsabilidades com os afazeres domésticos, sua marca registrada, trabalhar e trabalhar. Casou-se aos 25 anos com o senhor Dionísio e dessa união nasceu um filho por nome de José Coqueiro. Ficou viúva muito nova, por dois anos.

No ano de 1966, deu um passo muito importante em sua vida, que foi aceitar Jesus como salvador e Senhor da sua vida. Casou-se com o senhor Claudionor Gomes da Silva, em julho de 1966 e passou a residir no povoado Morros em Santa Inês.  Dessa união, nasceram 8 filhos: Israel, Claudionor Filho, Ismael, Samuel, Isabel Cristina, Ivelta, Otoniel e Elisete. Mudou-se para Peri-Mirim, em abril de 1976, assumindo, juntamente com seu marido, o campo missionário da Igreja Assembleia de Deus em Peri-Mirim.

Já morando em Peri-Mirim, enfrentou tempos difíceis, mas como sempre teve disposição para o trabalho, passou a fazer bolos, pastéis, cocadas… Para vender. Sempre foi incansável em seu trabalho missionário, e por essa razão tem vários filhos na Fé. Não mede esforços para contribuir com grande disposição. É dirigente do Círculo de Oração, é atuante na evangelização, fazendo o ide do senhor, é coordenadora dos congressos das mulheres (CONFADEP) e participante ativa dos congressos das mulheres de Deus no Maranhão (CEADEMA) que acontecem em outros municípios.

Passou a ser funcionária pública municipal no governo do então prefeito, João França Pereira, trabalhou no depósito de alimentação escolar e na primeira gestão de Geraldo Amorim, aposentou-se por tempo de serviço. Dos casamentos dos filhos tem genro e noras:  irmão Rildo, Doriley, Claudileia, Hildenê, Eliane.

Um acontecimento de grande tristeza, no dia 17 de dezembro de 2020, foi o falecimento do seu filho Israel Coqueiro da Silva aos 53 anos, deixando uma saudade imensa aos familiares, irmãos e amigos. Atualmente irmã Elísia e o pastor Claudionor têm 12 netos: Ingrindy, Andrea, Jesúa, Claudionor Neto, Lícia, Sara Sofia, Mateus, Júlia, Aghata, Igor, Joquebede, Ainoã.

Recentemente, a irmã Elísia enfrentou outra batalha, (19/12/2021), que foi se submeter a uma cirurgia de implante de prótese da valva aórtica, no estado de São Paulo. Para a honra e glória do Senhor Jesus, teve mais essa vitória dada por Deus, fazendo jus a sua imensa fé no criador.

Irmã Elísia:

O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te conceda graça; o Senhor volte para ti o seu rosto e te dê paz. (Números 6:24-26)

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. (Romanos 8:28).

LUGAR ONDE EU VIVO

Autora Ataniêta Martins

LUGAR ONDE EU VIVO.

EM MINHAS MEMÓRIAS,

UMA SAUDADE, UMA VIAGEM

AOS TEMPOS DE OUTORA.

 

PERI-MIRIM, GRANDIOSA ÉS TU

COM TANTAS RIQUESAS

NA PECUARIA, NA LAVOURA

EM TODA A REDONDEZA

CIDADE LINDA, NASCI E SORRI,

ANDEI E CRESCI

PERI-MIRIM, EU TE ESCOLHI

QUERO FINDAR MEUS DIAS AQUI

E MINHA HISTÓRIA

AQUI CONSTRUIR.

 

 SUA NATURAL BELEZA

PODE SER COMPARADA

A UMA ENORME RIQUEZA

TEM ESCOLAS, ALUNOS E PROFESSORES

CANTORES, POETAS E DOUTORES

MÉDICOS,PESCADORES,

DENTISTAS E AGRICULTORES

PADRES, OVELHAS E PASTORES.

 

NA CALMARIA DA NOITE

PODEMOS APRECIAR

AS ESTRELAS DO CÉU

O E BELO LUAR

ESCUTA-SE DO SAPO AO GRILO

E OS VIZINHOS A CONVERSAR

ESTA É MINHA CIDADE

QUEM SAIU SENTE SAUDADES

E QUEM VEM VISITAR

APAIXONA-SE DE VERDADE.

 

E COMO ESTÁ AGORA?

SÓ PRECISA SER MAIS CUIDADA E AMADA

AS MATAS NÃO SAÓ PRESEVADAS

OS RIOS POLUIDOS, ALGUNS JÁ ENTUPIDOS

EFEITOS DA DEGENERAÇÃO

POR CAUSAS DOS MALES E VÍCIOS

AGREGOU-SE A CORRUPÇÃO

E NOSSAS CRIANÇAS?

SE A GENTE PRESERVAR

ELAS VÃO COLOBORAR

NÃO HAVERÁ DEGRADAÇÃO

DESSA FORMA

TERÁ MENOS POLUIÇÃO

OU CASO CONTRÁRIO

SÓ IRÃO OUVIR CONTAR

BELAS HISTÓRIAS

DA NOSSA GERAÇÃO.

 

ESTE MUNICÌPIO

TRAZ UMA TRAJETÓRIA

DE LUTAS E CONQUISTAS

CONTADA PELOS CENTENÁRIOS

QUE VIVENCIARAM (EM MEMORIA)

DE UM POVO LUTADOR

QUE RESPEITAM OS PRINCÍPIOS

DE HOMENS QUE AQUI PASSOU

TÃO PEQUENA, BONITA E FRÁGIL

LUGAR ONDE SE ENCONTRA BONDADE

VIVEMOS EM IRMANDADE

QUER VER OS MORADORES SE  SENSIBILIZAREM?

BASTA UM PRIMIRIENSE ESTÁ ENFERMIDADE

MAS, TAMBÉM SÃO JUSTIÇA

NÃO DEIXAM NADA, NIGUÉM

DENEGRIR A IMAGEM DA NOSSA CIDADE

ISSO QUE É AMOR DE VERDADE

COBRAM QUANDO É PRECISO

E RESPEITAM QUANDO HÁ NECESSIDADE.

 

MESMO EM TEMPOS DIFÍCEIS

TEMPO DE PANDÊMIA

VIVEMOS EM ALEGRIA…

A COVID-19, NOS SURPEENDEU

ENSINOU-NOS O QUE É A VIDA

PERDEMOS PESSOAS QUERIDAS

QUE NOS REENCONTRAREMOS UM DIA

POR  ISSO PEÇO A DEUS, O CRIADOR

PARA ALIVIAR NOSSA DOR

E CONTINUE SENDO NOSSO GUIA

QUE INTERCEDA POR NÓS, JESUS E A VIRGEM MARIA

PARA QUE NÃO PERCAMOS A ESPERAÇA

DE PROFETIZAR NOSSA FÉ

A CADA DIA DE NOSSAS VIDAS.

 

COM ESTA SIMPLES POESIA

PARABENIZO NOSSA CIDADE

103 ANOS DE EMANCIPAÇÃO

E TAMANHA IRMANDADE

TU ÉS PERI-MIRIM

UMA RARIDADE

TERRA QUERIDA

COM SUAS BELEZAS

E SUAS REALIDADES.

PARA SEMPRE VOU FICAR

PERI-MIRM,TERRA QUERIDA

MEU LUGAR!