Família, família…

Autora: Giselia Pinheiro Martins

Observando alguns fatos sobre o que é uma família!!
Bom, sem causar ou já causando…
Deixem de tanto falatório! Muitos “moralistas” e poucos sensatos estão opinando por aí! E querem saber minha opinião?
“Família é sinônimo de amor e não de ódio!”
Atualmente, as famílias são constituídas de diversas formas e ‘modelos’! E sabe qual o modelo da minha? Aquela onde o amor está presente. Aquela em que o respeito tem o mesmo significado: amor!
Eu aprendi assim. Eu vivo assim!
Deixemos de julgar ou rotular o que é tradicionalmente uma família!
FAMÍLIA É FAMÍLIA! ♥️
Ame o próximo!
Respeite e viva o amor que se manifesta de diversas formas!

Por que tanta pressa?

Autora: Edna Jara Abreu Santos

“Acorda filha, está na hora!”

Para muitos,
A pressa é antônima de perfeição.
Como se para algo ser perfeito,
Sem falhas,
Demanda só de calma e atenção.
Embora, em alguns momentos,
A afirmação seja verdadeira,
Bem aí surge mais uma inquietação:
Será que a nossa imperfeição,
Surge desde a gestação?
Pois imaginemos um único esperma,
Que ágil e sozinho começa a fecundação.

Nove meses passam rápido,
E logo que o bebê nasce, Queremos alimentá-lo,
Dar banho, arrumá-lo,
Para a primeira visitação.
E assim o tempo vai passando, sem demora,
A ponto de não nos deixar dar conta,
De tamanho afobação.
Uma criança inocente, Que não sabe nada da vida,
Ainda tem por obrigação, Acostumar-se com tamanha aceleração.

“Acorda filha, está na hora! ”

Dois, três anos se vão,
E começa mais uma fase,
Da viciosa precipitação:
Cedo acorda, toma banho,
E sem demora já está na escola,
Para a alfabetização.
Alguns pais não entendem,
E não acham normal,
Tanta inquietação.
As crianças de hoje não ficam,
Tanto tempo sossegadas,
A não ser com um celular nas mãos.
E isso vêm afetando entre a família a relação.
Relação esta que a cada dia se modifica,
Com a tal virtual conexão.
Mas talvez seja a pressa e o tempo,
Os dois únicos culpados,
Da distância expulsar a proximidade com a família,
E não ter essa noção.

Cinco, sete anos, Passam-se rapidamente, E o ritmo do dia-a-dia, já está em rotina costumeira.
As horas vagas da tarde vão sendo preenchidas, Pelas aulas de reforço e de capoeira.

Oito anos já!
Acorda cedo,
Toma banho depressa,
Veste-se depressa,
Toma café e sai sem demorar.
As quatro horas de aulas também correm.
Quando chega, rápido almoça,
E vai logo se arrumar, Para aula na escola particular.

Quando se dá conta já é hora para casa retornar.
As poucas horas de lazer,
Na capoeira, em frente à TV, computador ou celular,
Passam-se velozmente antes do jantar.
Depois de um breve descanso,
É hora de deitar e esperar o próximo dia raiar,
E lá para às seis da manhã tudo novamente recomeçar.

A semana se repete como um ciclo sem fim.
É como estar em um filme,
Onde sempre ao final do dia,
Alguém aperta o botão retorno,
Sabendo o que advim.

Mas aí vem a pergunta: Será que a pressa afeta só a educação?
Por que nós pais buscamos tantas formas,
De à força torná-los independentes,
E com tamanha insensatez dizemos:
Que com a pressa o futuro dará mais retribuição!
Será que nossos filhos nas poucas horas em casa,
Estão recebendo de nós pais a suficiente atenção?
Será que na correria diária,
Para um futuro mais vantajoso,
Esquecemos de valorizar, Um sorriso,
Uma descoberta,
Um carinho,
A presença da pausa e tentar viver sem pressão?

Nota da autora: Há um ano escrevi este relato acima em forma de poema para minha filha Alice. E lhes digo que jamais imaginaria que uma pandemia iria assolar o país e o mundo numa proporção tão estonteante há mais de quatro meses. A minha preocupação diante da pressa diária da minha filha na sua rotina escolar ao longo dos oito anos, deu-se lugar ao cuidado em ficar em casa e cuidar da nossa saúde para não contrair o vírus. Cuidar também da saúde mental no isolamento, pois se para uma criança é difícil acompanhar o tempo e afazeres é difícil também parar abruptamente sua rotina.
É tempo de ressignificar os valores de família e aproveitar o momento, pois por hora, a pressa não apressa.

Histórico de criação da Escola Municipal “Cecília Botão” em Peri-Mirim-MA

Autora: Edna Jara Abreu

A Escola Municipal Cecília Botão situa-se na Baixada Maranhense, no centro de Peri Mirim. Segundo pesquisas, esta Escola iniciou suas atividades educacionais por volta do ano de 1965, quando o Município tinha como prefeito o Sr. Agripino Marques descrito pelos entrevistados como uma pessoa íntegra e preocupado com o bem-estar da comunidade. Somente no ano de 1966, na gestão do Sr. José Ribamar França Martins, que foi construído o prédio localizado na Rua Desembargador Pereira Junior, na sede do Município.

Prestando homenagem à conceituada professora Cecília Eusamar Campos Botão, deram-lhe o nome de Escola Municipal “Cecília Botão”. Em 1997, no mandato do Sr. Benedito Costa Serrão, a referida Escola passou por algumas mudanças, uma delas foi a ampliação dos turnos escolares em 3 (três): matutino (5ª a  8ª série), vespertino (5ª a 8ª série) de onze a quinze anos e noturno (EJA), permanecendo assim, até os dias atuais.

Para corrigir os detrimentos aos aspectos físicos, o prédio recebeu reforma recentemente e é composta por 15 (quinze) compartilhamentos no total, divididas assim: 8 salas de aula ativas, 1(uma) biblioteca, 1(uma) secretaria,1(uma) cantina, 1(um) depósito, 2 (dois) banheiros e 1(uma) sala dos professores. Em cada sala há 4 (quatro) ventiladores em perfeito funcionamento, 2 (dois) quadros (um quadro negro e um quadro branco) em cada sala, carteiras novas e merenda escolar no período da manhã e tarde.

Tem como atual diretor o Sr. Carlos Antônio Almeida, que busca manter a ordem e o cuidado na entrada e saída dos alunos, dos horários de aulas e a rigidez no fardamento escolar.

A disciplina Estágio Curricular Obrigatório no Ensino Fundamental, ministrado pela professora Elen Karla Sousa da Silva deu-se início no dia 18 de outubro de 2013, (sexta-feira), o qual foi explicado o roteiro da disciplina, bem como as etapas dos conteúdos e a sua carga horária de 225 (duzentos e vinte e cinco) horas. Ao longo do período de observação e regência que deu-se a partir do dia 21 de outubro a 29 de novembro de 2013 na Escola Municipal “Cecília Botão’’ em Peri Mirim- MA no período matutino e vespertino, proporcionou-me além de experiência, conhecer a história que levou a construção da referida escola, bem como suas necessidades educacionais, apoio dos professores, da coordenação e principalmente pela participação dos alunos.

A mulher do lençol branco

Autor: Diêgo Nunes Boaes

Algumas noites, a partir das vinte e uma horas, uma mulher misteriosa aparecia em alguns locais da cidade, com os pés descalços, com uma boneca na mão e com um longo lençol branco que lhe cobria da cabeça até parte da perna, na parte de cima, parecia um capuz, e para baixo um verdadeiro vestido.

A mulher do lençol branco aparentava ser de alta estatura, magra, branca, a cor de seus olhos não dava para saber, pois alguns temiam encostar, até mesmo para algumas indagações, ela não trocava palavras com ninguém, só vivia andando a noite toda, sem paradeiro certo, era verdadeiramente uma desconhecida da nossa cidade.

A partir de suas andanças sobre a cidade, vinham diversas indagações sobre quem seria a suposta mulher do lençol branco, uma variedade de nomes foi surgindo, mas alguns prevaleceram, alguns achavam que era uma menina que tinha problemas mentais que andava nas ruas de Peri-Mirim durante o dia, mas por ela ser de baixa estatura e de cor negro, a hipótese de ser ela foi logo descartada. Outra ideia muito próxima era que pudesse uma usuária da Rua da Murtinha, uma rua de um dos bairros de Peri-Mirim, onde concentra várias bocas de fumo, por ser alta, magra e branca, mas também foi descartada, pois a noite ela sustentava seu vício.

Por fim, a mais mirabolante de todas, que seria uma policial federal disfarçada, que sua arma estava dentro da boneca, mas nada comprovado, só sabemos que ela ronda as noites tranquilas da calma Peri-Mirim. Esse ser, só aparece às noites, não sabemos seu roteiro, nada fala, só olhamos a sua serenidade e seriedade. Aí fica a pergunta que não quer calar, e nos dar medo de a ela perguntar: será que é real ou assombração?

Remendos

Autora: Eni Amorim

Bem que a gente poderia remendar o tempo,
Fazer remendos em cima dos erros,
Para poder corrigi-Los;
Saturar o perdão,
Na alma de quem magoamos;
Costurar nossos amores,
Bem pertinho do nosso coração;
Pregar nosso amor;
No coração de quem amamos;
Cozer nossas melhores lembranças,
No fundo do baú de nossa saudade;
Cersir a bondade sobre toda a maldade;
Bordar a felicidade,
Em todos os cantos da terra;
Remendar o coração quebrado,
Por decepções amorosas;
Pontear a esperança,
Em cima do desalento;
Fazer fuxicos de alegrias, para afastar as tristezas;
E,
Usando um termo mais atual,
Customizar os tecidos fragilizados da nossa vida,
Com as linhas imaginárias do tempo,
Pois só ele é capaz de, Remendar nossas feridas.

Um vírus… Em 2020!

Autora: Giselia Martins

Um vírus. Exatamente! Um vírus, o novo corona vírus, o COVID-19.
Um vírus que está entre todos mostrando que somos pessoas, apenas pessoas!
Um vírus que não escolhe onde ou em quem quer se instalar. Podem ser em negros, brancos, índios ou pardos; ricos ou pobres. Independente de sexo ou religião. Na verdade, esse vírus não escolhe cara, nome ou posição social.

Chegou de uma forma invisível e devastadora. De epidemia passou a ser uma pandemia. Instalou o caos em todo o planeta. Pessoas morreram e muitas sobreviveram; e o fim para muitos, mostrou grande dor. Já, para outros, um fôlego de alegria. E, até o momento, a incerteza e o medo tomam conta do mundo.

Porém, com essa pandemia pode-se aprender grandes lições, lições para a vida!
Não direi aqui qual a lição deixada. Não, a cada um de nós cabe a sua própria reflexão. Cada um aprendeu ou não com o caos causado em nossas vidas por este vírus avassalador.

Particularmente, quero expressar o que vem com tudo isso, a minha reflexão:
1. Sou mãe, sou filha, sou esposa, sou irmã, sou tia, sou madrinha… com isso, percebo que o que temos de mais valioso na vida é a família; que devemos nos aproximar mais de todos que amamos e estreitar os laços.
2. Sou professora amo o que faço e quanta falta o meu Ofício de Educar e de transformar pessoas me faz.
3. Tenho amigos! Sou amiga! E, quantas saudades sinto das conversas, dos risos, das tristezas e das alegrias compartilhadas.
4. Sou Cristã e acredito que, apesar de tudo que vivemos hoje, estamos sob os cuidados de Deus. Um Deus que tudo pode, que nos fortalece e que tudo cura.

Ainda fica um grande aprendizado para todos nós: que amemos mais E que sejamos mais humanos. Pois somos todos iguais. Ninguém é melhor que ninguém!

E, por fim, externo toda minha esperança por dias melhores com uma citação do livro O Pequeno Príncipe de Antoine Sant-Exupéry: “As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes”. Pois, se as pessoas se preocupassem mais em “construir pontes”, para que pudessem partilhar e compartilhar seus sonhos, seus aprendizados e conquistas, com certeza o mundo seria bem melhor. As pessoas seriam menos egoístas e, juntas, seriam mais fortes e, assim, haveria mais empatia uns com os outros.