Resgate de Brincadeiras Antigas, um sonho moderno

No dia 22/09/2019, após o encerramento do Festejo de São José, no Povoado Cametá, a Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) promoveu o Resgate de Brincadeiras Antigas, após o sucesso do evento de mesma natureza na comunidade do São Raimundo.

A Presidente da ALCAP, ao justificar a participação da Academia no evento afirmou que “o resgate das brincadeiras de antigamente ajudam as crianças a aprenderem a se expressar, lidar com os sentimentos, resolver conflitos e respeitar regras e companheiros”.

As brincadeiras selecionadas foram: 1-Torta na cara; 2- Corrida de saco; 3- Pular elástico; 4- Perna de pau/lata; 5- Pião; 6- Bambolê; 7- Amarelinha; 8- Bete; 9- Pata cega; 10- Dança da cadeira; 11- Cabo de guerra; 12- Queimado
13- Corda. Algumas delas não foram realizadas devido ao forte calor e ao avançado da hora.

No início foram formadas duas equipes: Piaba e Piranha, este nome foi contestado por alguns devido à forma pejorativa como o termo é usado. Esse paradigma foi quebrado e as piranhas venceram o torneio. Fato muito bem lembrado por Nita de Jair que insistiu e justificou a escolha do nome.

Durante o intervalo foi servido um delicioso café solidário para a criançada e  adultos que caíram na brincadeira, bem como aos imortais da academia, que deram o exemplo “pagando seus micos”, com diz a garotada.

O café solidário foi marcado de significados e emoções. Os presentes que usaram a palavra iniciando pela Presidente do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM), Ana Creusa, enfatizaram a importância para resgatar o espírito de comunidade que já reinou naquele lugar; em que o auxílio em tarefas do campo era constante, desde a feitura de casas e açudes a cuidados domésticos. Ana Campos e seu marido foram muito felizes em suas palavras, enfatizando que o resgate de brincadeiras antigas desperta a solidariedade. Ao final, a Presidente da ALCAP agradeceu e cumprimentou pela participação de todos.

Pela academia estiveram presentes: Eni Amorim, Diêgo Nunes, que dividiu a coordenação do evento com Tatá Martins; Ana Cléres e Ducarmo, como amigas da ALCAP; Jessythanya; Gisele Martins, Ana Creusa e  Ely Campos. Como premiação dos participantes, formam sorteadas cestas básicas, fornecidas pelo Sargento César.

Constata-se que a Academia de Peri-Mirim cumpre o seu papel de ser uma agremiação popular, que atua junto às pessoas, a fim de lhes auxiliar na construção de virtudes, que auxiliarão no desenvolvimento do município, do estado e do país, exatamente dentro dos valores cultivados e repassados pelo Fórum em Defesa da Baixada Maranhense, que justificam, com louvor, o Projeto Academia na Baixada.

Academia de Peri-Mirim realizará reunião de planejamento das ações para 2020

A reunião ordinária de planejamento das atividades para o ano de 2020 acontecerá no próximo sábado, dia 29 de fevereiro, no Sítio Boa Vista, às 15 horas, informa a Diretoria da Academia Letras Ciências Artes Perimiriense (ALCAP), que convida os acadêmicos e amigos para debate das ações. Na oportunidade será apresentado o esboço do Projeto Plantio Solidário “João de Deus Martins”, etapa “Peri-Mirim mais verde“.

Pauta:

1. Plano de Trabalho – Atividades e reuniões ordinárias e extraordinárias a serem realizadas
2. Clube de Leitura “João Garcia Furtado”
3. II Prêmio ALCAP Naisa Amorim
4. Festival ALCAP de Cultura
5. Lançamento Livro de Francisco Viegas
6. Reuniões Ordinárias e Extraordinárias:
# 1ª reunião ordinária: 28/03/2020 – prestação de contas, apresentação do plano de atividades para 2020 e formação de equipes.
# 1ª reunião extraordinária: eleição da nova diretoria
# 2º reunião ordinária: 07/06/2020
# 3º reunião ordinária: 30/08/2020
# 4º reunião ordinária: 28/11/2020.

Agradece,

A Diretoria da ALCAP

José Mariano da Silva

Por Maria Nasaré Silva

Patrono da Cadeira nº 15 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), ocupada por Maria Nasaré Silva. Nasceu no povoado São Raimundo em Peri-Mirim – MA, no dia  09 de julho de 1929. Filho de Claudino Hermógenes da Silva e Rosa Soares Silva e  faleceu em 26 de Janeiro de 2007.

Em 1953 casou-se no civil com Maria Amélia Nunes. E em 1969, aproximadamente, contraiu matrimônio religioso. Essa união abençoada por Deus e pelos homens foi responsável pela formação de uma família exemplar, servindo de modelo para todos que quiseram copiar tal exemplo.

José Silva, como era conhecido, teve nove filhos do primeiro casamento: Edgard Joab Nunes da Silva, Maria Luiza da Silva Oliveira, José Paulo Nunes da Silva (in memória), Jaqueline da Silva Garcia, Dorathy Nunes da Silva, Gerardo Nunes da Silva, Hilário Nunes da Silva, Ana Ivonete da Silva e Silva e Marcelle da Silva e Silva. Todos, valorosos, como o pai, exemplo de virtude, justiça e altruísmo.

Em 1970, viajou a Guimarães para formação de catequista. A mesma aconteceu sob a responsabilidade da paróquia São Sebastião de Peri-Mirim que, na época, já se encontrava sob o comando de Pe. Gerard.

Essa viagem durou muitos meses, mesmo assim, persistiu em sua capacitação e, adquiriu forças para continuar sua vida de estudos, nesse tempo, tão escassos. Por apenas duas vezes no período de formação, visitou sua família e, sua esposa, competente e responsável, com era, encarregou-se de cuidar dos filhos e de todo o resto que seu marido costumeiramente fazia.

José Silva desenvolveu muitas funções, foi lavrador, catequista, legionário (Legião de Maria), ministro da eucaristia, líder de comunidade, gerente de Cooperativa, entre outras. Com a chegada dos padres canadenses, em 15 de agosto 1962, a sua vida pessoal e profissional foi elevada a um bom nível de desenvolvimento econômico (para nossa realidade).

Além dos cursos feitos em Guimarães, José Silva participou de muitas outas capacitações pela vida afora. Exemplo disso foi que com seus quase sessenta anos de idade, cursou o magistério no colégio “Cenecista Agripino Marques”, na Sede de Peri-Mirim. O curso era noturno e ele saía de Santana, muitas vezes a pé, juntamente com sua esposa, Maria Amélia e alguns grandes amigos como, Sr. Pitota, D. Vitória, para assim, dar continuidade na evolução do seu conhecimento.

Após o falecimento de sua esposa, ele não desaminou da vida, continuou sua missão aqui na terra, celebrando os cultos dominicais em várias comunidades e, na sua própria.

José Silva decidiu casar-se novamente e, desse matrimônio, teve mais três filhos: Cláudia Amélia Nunes da Silva, Andréia de Fátima Nunes da Silva e José Mariano Nunes da Silva, os mesmos ficaram órfãos de pai ainda na tenra idade.

Peri-Mirim sedia a primeira Mini Olimpíada de Filosofia, aplausos para este momento

A primeira mini olimpíada de Filosofia promovida por professores e alunos do Curso de Filosofia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) ocorreu em Peri-Mirim nos dias 18 e 19 de novembro de 2019. Participaram alguns membros da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), entre eles: Adelaide, Alda Ribeiro, Ataniêta Martins, Giselia Martins e Nasaré Silva.

De acordo com informações fornecidas do Ataniêta Martins, que é membro da ALCAP e aluna do Curso de Filosofia, as equipes dos alunos da UFMA envolvidos na brilhante apresentação, sob a coordenação da Profª Adelita, foram: Atanieta Martins; Sidlayne Martins; Simony Martins; Francineide Andrade; Zacaria Pereira; Kelisson Melo; Agnaldo Nogueira; Valterlino Silva; Nayara Nunes; Conceição; Maria Ribamar; Minerviba; Sandra Nogueira; Ieda Gomes; Jucinalva; Edna Rouse; Elycarlos; Darlene Nunes; Rosilandia; Karla Patrícia; Antônia e Cíntia. Parabéns aos alunos pelo empenho, vez que conseguiram repassar a mensagem proposta pelo trabalho apresentado.

A mini olimpíada foi distribuída da seguinte forma: dia 18, pela manhã, o evento deu-se no povoado Tijuca. A equipe “Paradoxo” foi  liderada pela acadêmica, a Prof.ª Adelaide Pereira Mendes, com o tema: “A Educação tem por objetivo principal a emancipação humana”.

Ainda no dia 18, no turno vespertino, a equipe, intitulada “Esmagai a Infame”, liderada pela acadêmica, a Prof.ª Maria Nasaré Silva e Ataniêta Martins que trabalharam com o tema: “Até que ponto agimos em respeito às leis”? Esse trabalho fora desenvolvido da seguinte forma: O julgamento de Eichmann (júri simulado) e o julgamento de Sócrates.  Os dois julgamentos foram apresentados pelos alunos da turma 901 do 9.º ano, escola Cecilia Botão “Anexo II”.

As mini olimpíadas originaram-se a partir de um projeto de intervenção da disciplina Laboratório do Ensino de Filosofia II da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), ministrada pelo professor Dr. Almir Ferreira Júnior, que dividiu os temas em diferentes equipes, para possibilitar amplo debate, por serem temas muito reflexivos.

No dia 19, turno vespertino, três equipes apresentaram seus trabalhos. A escola selecionada foi “Arthur Teixeira de Carvalho, com três equipes com a seguinte distribuição:

  1. Equipe Otimismo Filosófico,  desenvolveu o tema: “Estamos condenados a ser livres”, embasado no existencialismo de   Sartre;
  2. Equipe Existencialismo com o tema: O cuidado como questão existencial  e como problema especifico e
  3. Equipe: “Ousar Saber” com tema: Como conviver com o outro.

 

A presidente da ALCAP, Eni Pereira Amorim, compareceu ao evento e ficou maravilhada. Suas palavras foram de agradecimento pelo convite, constatando que “temos muitos talentos em nossa cidade, jovens que alimentam sonhos. Turma de diversidades, três  alunos surdos, uma altista, alunos depressivos, hiperativos, que possibilitou ao grupo conviver com diferenças, respeitando ideias, fazendo uso da alteridade, rompendo a barreira do egoísmo, da desigualdade, é ir em direção ao outro e dizer: “estou aqui”,  que o outro  não pode viver excluído da sociedade, mergulhado em palavras vazias”. E vaticina a presidente “o eu não existe sem o outro”, comentou a presidente.

Para a Secretária de Educação, Alda Ribeiro, o evento enriqueceu o conteúdo programático das escolas envolvidas, além de possibilitar/ensinar aos alunos os princípios da solidariedade e tolerância. Vez que a Educação visa formar o ser humano integral, capaz de conviver e respeitar as diferenças dos seus colegas e estar apto a conviver em sociedade.

A incursão filosófica despertou os costumeiros dons poéticos da Prof.ª Maria Nasaré Silva, que  brindou os presentes com um poema de singular discernimento:

POEMA SÓCRATES OU HANNAH

Todos vocês que aqui estão

Recebam meus cumprimentos,

É muita honra tê-los conosco,

A prestigiar nosso evento.

Mini olimpíada de filosofia

A primeira da freguesia

Palmas para este momento.

Nesta tarde ensolarada

Tivemos dois julgamentos:

O primeiro foi de Eichmann

Que só produziu sofrimento,

Não somente ao povo judeu

Condenou até o filisteu

Seu problema: discernimento.

O segundo foi de Sócrates

Que todos já ouviram falar,

Século V a. de Cristo

Ele vivia a perambular,

Questionava todo mundo

Parecia com vagabundo

A Ágora: seu habitat.

Para falar sobre Eichmann

Convém neste momento citar

A cientista política

Hannah Arendt, ouviram falar?

Viajou para Jerusalém,

Não foi para dizer amém

Foi ao julgamento reportar.

Eichmann fora julgado

Em mil novecentos e sessenta e um.

Por muitos crimes de guerra,

Aqui falamos de um a um.

Ele dizia ser inocente

Não pensava, pois, sua mente,

Não tinha dote nenhum.

Mandou para o holocausto

Seis milhões de judeus

Idosos, crianças ou jovens,

Quem tinha religião ou ateus

Seu problema era não pensar

Hannah Arendt fez confirmar,

No livro que escreveu.

Eichmann em Jerusalém

É um livro seu famoso

Nele Arendt conta a história

De julgamento oneroso

De Argentina a Israel

Fora conduzido o réu

Sob um regime rigoroso.

Hannah Arendt escreveu

Muitos livros, no entanto.

Praticamente em todos eles

Questionar era seu acalanto

Judaísmo: a religião

Questões políticas: sua missão

A verdade era seu manto.

Em 1906 nascera

A Alemanha era seu mundo.

Morou na grande Paris

Num período infecundo.

Vivera em tempos sombrios

Sobreviveu às guerras, o vazio,

 Conviveu com moribundo.

O livro que lhe deu notoriedade

As Origens do Totalitarismo,

Arendt narra como surgiu

O conhecido antissemitismo,

Pois ela queria entender

Por que tanto ódio e Poder

No mais novo regime, o Nazismo.

Em Homens em Tempos Sombrios

Arendt biografa homem e mulher

Walter Bejamin, Karl Jaspers,

Os seus dois amigos de fé.

Rosa, Lessing e reflexões,

Heidegeer, uma de suas paixões,

Arendt, judia,  grande mulher.

O termo “banalidade do mal”

Por ela cunhado no julgamento

Amigos judeus de Hannah Arendt

Não sentiram contentamento,

Pensaram que a Eichmann defendia

Não entenderam o pensar da judia

Amizade sofre estremecimento.

Passaria a tarde inteira

Falando de Hannah Arendt

Todo o tempo ainda é pouco

Quando o poema expressa arte.

Preciso a Sócrates voltar

E sua linda história narrar

A verdade foi seu baluarte.

Sócrates fora condenado

Por crimes que não cometeu

Indagar era o seu forte

Aos jovens não corrompeu,

Aos deuses não desrespeitou

Contra a mentira sofística lutou

Deram-lhe cicuta, ele bebeu.

Por vezes o  interlocutor

Ao Sócrates não entendia

Usava método maiêutico,

Concomitantemente, a ironia,

Quando da conversa, o fim,

Não visualizava o jardim

Da luz da sabedoria.

Isso gerou confusão

Na vida de muita gente,

Em Atenas, na Grécia Antiga,

Nessa parte do Ocidente,

Os cidadãos se reuniam

Na Ágora e decidiam

O melhor ao continente.

Assim narra-se a história

De quem buscava a verdade,

Não mentia, perguntava,

Sobre os temas da cidade

Ele indagava, só queria saber,

Desconhecia a essência do Ser

E não aceitava caridade.

Um grupo de filósofos

Chamado de sofistas

Ficou muito incomodado

Com sucesso do politeísta.

Armaram uma encenação

Condenaram Sócrates, então,

Por crimes ainda não vistos.

A peça que apresentamos

Foi parte de seu julgamento

Escrito no Apologia a Sócrates

De Platão, o pensamento,

O seu discípulo fiel

A condenação  fora o fel

Amargo desse momento.

O objetivo deste evento

É mostrar nosso projeto

“Até que ponto nós agimos

Mediante as leis”, fazendo certo?

Vê-se nos dias atuais

Medidas descabidas, fatais,

Que impedem nosso progresso.

Mediantes a tantas PECs

Que tiram nossos direitos

Nos calamos, nos omitimos

Aceitamos o desrespeito.

Até onde vão os desmandos?

Nossa honra blasfemando

E tudo sendo desfeito?

Vamos unir nossas forças

Nossa coragem, a fé.

Aprendamos a dizer não,

Lutemos contra o cifer

Eichmann aceitava tudo,

Até mesmo dos judeus o tributo,

Não pensava, vivia de cliché.

Somente nós podemos mudar

O rumo da nossa história.

Nascemos pobres e somos dignos,

Sonhamos com muitas vitórias

Não fiquemos aprisionados,

Do contrário, seremos condenados,

A não termos momento d e glória.

Quero registrar  no momento

Meus queridos professores:

Almir e Marly Cutrin,

Ambos são doutores.

Transmitem conhecimento,

E nos dão contentamento,

E assim, perpetuam valores.

Deixamos aqui registrado

Os sinceros agradecimentos

A secretária Alda Regina

 Dalcione, no engajamento,

Aos amigos da equipe

Vieram a pé ou de jipe

Mas estão neste momento.

A equipe “Esmagai a Infame”

Encerra sua apresentação.

Adquirimos competências

Dotados ou não, de inspiração.

Dizemos até breve a todos.

Estes são nossos modos

Agradecemos de coração.

ALCAP define a data de sua Confraternização 2019

Com a finalidade de celebrar a chegada do Natal e Ano Novo, a Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), realizará a confraternização entre os Acadêmicos  no dia 27 de dezembro de 2019 no Restaurante Tiquara (Sítio Daluz) a partir das 19:00 um local aconchegante com piscina. Na programação está previsto um delicioso jantar, música ao vivo e o tradicional “Amigo Secreto”.