ESTÁTUA DE SÃO SEBASTIÃO

Por Diêgo Nunes

A obra de arte, no caso, a estátua de São Sebastião, foi feita pelo artista plástico Cid França, natural da cidade de Peri-Mirim. Edificada no morro do Curupira desde o ano 2003, assim como produzida e autorizada na administração do então prefeito, José Geraldo Amorim Pereira, a estátua representa a demanda de uma comunidade predominantemente católica.

A sua construção, na concepção de alguns entrevistados, perduraram aproximadamente um ano; possui 60 degraus, divididos em seis patamares. Ela possui cerca de 12 metros de altura. Em sua estrutura há flechas introduzidas, como maiores marcas no abdômen e nas pernas direita e esquerda; além de manchas de sangue corridas em sua escultura.

Na verdade, a estátua tem inspiração gaulesa, pois é a reprodução de um dos soldados romanos da França. São Sebastião foi um mártir e santo cristão que sofreu perseguições, em razão de professar a sua fé/crença e atuar coerentemente com sua religião.

Na representatividade da estátua, nota-se os sinais do martírio sofrido por São Sebastião, que foi morto durante uma perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano, por volta de 286 d. C.

Em sua perfeita situação, a Estátua de São Sebastião se tornou o cartão postal, e um dos pontos turísticos mais frequentados da cidade durante o período de janeiro, especialmente.

A estátua classificada e nomeada, pela população local, como um dos atrativos religiosos. Do mesmo modo, conforme alguns entrevistados, a edificação da Estátua proporcionou e possibilitou várias mudanças para região, como por exemplo, a região recebeu o título de “cidade mais bonita” da Baixada Maranhense, além da criação de uma praça no ponto onde a estátua está fixada.

Nesse lugar, as pessoas se reuniam às tardes, aos finais de semanas para apreciar as paisagens naturais e para conversas informais; as pessoas tinham uma visão melhor e ampla da cidade. Assim, servia como espaço de diversão e lazer para a comunidade.

Na verdade, observou-se o descaso por parte dos governantes atuais em conservar e manter a legitimidade da Estátua. Ela apresenta condições não muito adequadas para seu uso total, ela está perdendo suas funções principais que antes desempenhavam para a população.

Constatou-se ainda, que a obra de arte possuía e ainda possui um valor cultural e artístico/religioso grande para os “perimirienses”, ou seja, através da Estátua manifestam-se as memórias religiosas das pessoas.

Em homenagem ao padroeiro da cidade, no caso, São Sebastião, existem todos os anos no mês de janeiro, festejos em sua comemoração, realizado com novenas e com festividades diversas.

Assim, por meio dessas características aludidas acima, a categoria de patrimônio material pode ser aplicada à Estátua de São Sebastião.

Em suma, a Estátua de São Sebastião possui um grande significado e importância artística cultural e religiosa para a sociedade perimiriense, pois majoritariamente os habitantes da região são católicos.

Peri-Mirim-MA

Histórico
SEGUNDO alguns historiadores, Macapá, atual município de Peri-Mirim, teve como povoadores habitantes dos municípios limítrofes que, atraído pelas riquezas das terras, e a existência de ótimas pastagens, para lá se deslocarem, fixando residência e construindo suas moradas. Ao lugar, deram o nome de Macapá.
A agropecuária foi o fator preponderante do povoamento, possibilitando o gradativo crescimento do lugar.
Em 1919, foi elevada à categoria de município, suprimido em 1931 e restabelecido em 1935, com área desmembrada do município de São Bento.
O topônimo foi alterado para Peri-Mirim, em 1943, e admite-se que a denominação se origine de “peri” , nome dado a uma espécie de junco, muito encontrado na região.
Gentílico: peri-miriense

Formação administrativa
Distrito criado com a denominação de Macapá, pela lei nº 2, de 09-05-1893, subordinado ao município de São Bento dos Perizes. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Macapá, figura no município de São Bento dos Perizes. Elevado à categoria de município com a denominação de Macapá, pela lei nº 850, de 31-03-1919. Desmembrado de São Bento dos Perizes. Sede no antigo distrito de Macapá.
Não temos datada de instalação.
Pelo decreto nº 75, de 22-04-1931, o município é extinto, sendo seu território anexado ao município de São Bento dos Perizes.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, Macapá e distrito do município de São Bento do Perizes.
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Macapá, pelo decreto nº 857, de 19-06-1935.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município é constituído do distrito sede.
Pelo decreto-lei estadual nº 820, de 30-12-1943, o município de Macapá passou a denominar-se Peri-Mirim.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Fonte
IBGE

OS PATRONOS DA ALCAP

Por Diêgo Nunes Boaes

Agora irei iniciar,
falando aqui minha gente
de pessoas que fizeram história
e ficarão na memória, eternamente.

 

Tem a professora Naisa
Que foi prefeita, professora e mulher de garra
E por nossa educação, dedicou-se e
Sempre lutou na marra

Foi uma mulher além do seu tempo

Competente sem forçar a barra

 

Conheci um senhor modesto
de cartório foi escrivão
Olegário Martins é o seu nome
que sempre ajudou a população.

 

Temos também

O senhor João Botão,
O hino de Peri-Mirim criou,

Com esforço e dedicação
Temos o Edmilson que na saúde e no esporte

Fazia tudo com determinação

 

Em melodia vou me expressar
Contando a história de um músico de aptidão
Me refiro ao amigo de todos
O senhor Rafael Botão

 

Os políticos competentes
Vou mencionar aqui então
Carneiro de Freitas
Agripino Marques e
Raimundo João
Trabalharam sempre em prol
Da nossa querida população

 

E o jogador Jacinto Pinto?
foi um simples carpinteiro
do bum-meu-boi
como José Santos
se tornou herdeiro

 

Um médico ousado
que era muito inteligente
Vou falar de doutor Sebastião Pinheiro
Que ajudou muita gente.

 

Tem ainda uma professora
que fez história sim
foi a famosa Cecília Botão
Que abrilhantou Peri-Mirim

 

Além dela temos Helena, Nazaré e Jarinila
Mulheres de fibra e muito admiradas

mulheres fortes e de atitude

Inteligentes e compromissadas

Foram por todos

sempre muito respeitadas

 

Professores renomados
que fizeram muita história
Alexandre Botão e João Furtado
Que até hoje estão em nossa memória

Deixaram um grande legado

Peri Mirim a fora

 

Pessoas ilustres
Que foram líderes de comunidade
Secundino Pereira
Julia SilvaJoão de Deus
Deixaram grande saudade
Temos ainda
Isabel Nunes
Tetê Braga
José Silva
Uma verdadeira irmandade.

 

Quando se trata de fé
Não podemos estes deixar de falar
Venceslau Pereira
Furtuoso Corrêa
Temos que citar
E a história de vida de Maria Sodré
e Raimunda França mencionar.

 

Estes foram os patronos
Que a ALCAP sim tem
Onde nossa Peri-Mirim
Da vasta memória vai além

Trazendo e fazendo história

Para contar! Amém?

 

Casa na árvore

Por Diêgo Nunes Boaes

Sonho de toda criança
Feita de madeira, ferro, tecido e muita emoção
A casa na árvore se torna um espaço para a recreação, espaço de trabalho, habitação e observação.

De degrau em degrau,
de galho em galho,
com delicadas mãos,
Feita sem nenhum atrapalho

Planejada, com meses
de projetos bem sucedidos,
No alto da azeitoneira divisa com a paparaubeira.
Com amarros corridos


Assento triangular
e de cor alaranjado
laterais de cortinas de tecido
para esconder do sol avantajado.

Cada galho tem um degrau
Que espalha o cansaço ao subir
Porém, uma sensação boa ao chegar
Naquele belo local pude sentir

A vista de cima,
dá-se ao campo radiante
que no inverno nos propicia
um cenário exuberante.

A 14 metros aproximadamente,
levou um mês de construção.
Na descida pude sentir extremamente
o calor da emoção.

Naquele lindo lugar
O forte vento,
A paz e a tranquilidade,
É que nos permite passar mais tempo.

O que vale é a aventura
O desejo de passar mais tempo ali
De fazer mil e uma peripécias
E lá mesmo se divertir.

PEQUENAS GRANDES CRÔNICAS: TEMPOS DE CRIANÇA

Por Diêgo Nunes Boaes 

Brincadeira de criança
Me veio à lembrança da brisa, daquele cheiro de terra molhada, dos cantos mais suaves dos pássaros que circundava as terras dos meus avós.
Quando me assentava embaixo da mangueira, juntava as pequenas mangas que caíam com o vento forte e através delas confeccionava bois e vacas com o auxílio da farpa da pindoba. Fazia um, dois e mais que, de repente, já tinha uma boiada inteira. Nas prosas com meus avós, minha avó me conta que ela tinha várias bonecas feitas de sabugo de milho. Meu avô fazia da folha da pindoba cata-vento; das cascas do coco manso, um brinquedo semelhante ao pé-de-lata; das latas de sardinha diversos carrinhos; da pindoba ou da folha de bananeira, um cavalinho, semelhante ao cavalo de pau e do barro do campo fazia alguns animais como bois e cavalos. Minha bisavó tinha várias bonecas de pano, hoje em dia ela é apaixonada pelas bonecas modernas, seu quarto é cheio, ela gosta daquelas que falam, pois é um passatempo para ela, apesar dos tempos ela ainda brinca de ser criança.
Andar de canoa
É realmente uma maravilha sentir a brisa do campo, aquele cheiro do ar, suave, agradável, ouvir os cantos dos pássaros, e os nados dos patos e parturis e seus incríveis mergulhos em busca de alimento.
Levemente enforquilhando a canoa, levando-a de um lado para o outro, sentimos o maciço barro que por longas datas ainda é o companheiro fiel do campo, nas laterais, passamos pelos pés de folha, onde ficam os ninhos das jaçanãs, das joaninhas e vários outros habitantes que deixam o lugar mais lindo e colorido.
À frente, encontramos um lugar onde certamente servirá de pausa para um banho, um local limpo, sem muitos obstáculos, mas antes disso, alagamos a canoa, para que a diversão seja mais emocionante e intensa. Todos os tripulantes daquela pequena embarcação resolvem então mergulhar, brincam, se divirtam como se o dia não fosse mais acabar.
Balanço na árvore
Hoje quando almoçava, me veio a recordação dos tempos de criança, as brincadeiras utilizadas, estas, eram sem recurso, mas eram “naturais”, puras, não existia malícia ou danos a ninguém, elas simplesmente eram inesquecíveis, despertavam o interesse e mostrava a disposição. Um exemplo a demonstrar era o balanço feito de pneu de carro que era amarrado aos grossos troncos de mangueira, quando brincávamos, a alegria era muito grande, o sentimento de estar voando era exuberante, sem tocar ao chão ia longe e a imaginação era utilizada como força e superação. Brincar de balanço requeria dos participantes, força e habilidade, mas a melhor parte era estar sentado a ele, e compartilhar daquele momento único e verdadeiro e poder sentir aquele frio na barriga. O medo de altura simplesmente desaparecia no meio daquele singelo sorriso amarelo.
Viva ao jogo de bete
Entre latas ou litros,
um par de tacos,
círculos desenhados ou cavados no chão,
Brutas tacadas, corre, corre e gritaria
Muita cascaria
E bola na mão.
Uma dupla na bola e
outra no taco
Correndo de um lado para o outro,
Contando de dez em dez até o cem
até chegar ao campeão.
Licença e licença são ditas
Nos momentos de tribulação
Todas as crianças da rua fazem festa na maior diversão.
No meio aos pés descalços, reina a cansaria e muita emoção.

Vivendo a vida
Correr, pular, brincar e se divertir;
Estudar, chorar e sorrir;
Jornada esta que faz parte do cotidiano;
De qualquer ser humano, com ou sem plano;
Mostre que és uma pessoa feliz, sem maldade, sem malícia, mas sim com simplicidade;
Basta ter aquele belo e singelo sorriso, ser amigo de todos e fazer aquilo que é preciso; ter dúvidas da vida se faz necessário, mas pelo contrário, mostre que viver vale a pena e deixe de lado o que mais ti envenena.

Tem brincadeira de corda, queimado, futebol, amarelinha, elástico, boca de forno, roda, corrida de saco, rouba-bandeira, bombarquinho, peteca, mímicas e várias outras. Ah! Como é bom recordar o passado, nossas lembranças mais singelas, faz bem para a alma e para o coração.



Peri-Mirim, mirim…

Autora Giselia Martins

Peri-Mirim, mirim…

Tão pequenina,
Tão aconchegante
Tão admirada
Entre tantas outras,
A mais amada!

Minha doce cidade
De encantos mil
Tão pequena
Tão sublime
Neste imenso Brasil!

Oh! minha cidade
Quero viver com alegria
Ao lembrar de minha infância
Vivo um momento de nostalgia.

As memórias que tenho de ti
São lembranças de meus quintais
Brincando com meus irmãos
Tempos que não voltam mais…

Peri-Mirim, meu lugar querido
Não te troco por outros, jamais…
Terra de meus amigos
De meus avós e de meus pais.

Quanto orgulho tenho de ti
Te carrego no meu coração
Cidade mais que hospitaleira
A mais bela do Maranhão.

Peri-Mirim, 22/03/2019