Peri-Mirim: Cem Anos de Emacipação

É o nome da nova obra do escritor e imortal da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), Francisco Viegas Paz.

Autor de Seminarista Graças a Deus e Curiosidades Históricas de Peri-Mirim, Viegas lança sua nova obra que trata dos cem anos de história de emancipação da sua cidade natal, que ocorreu em 31 de março de 1919.

O livro aborda os principais acontecimentos ocorridos nesses cem anos de emancipação política do município de Macapá, que a partir de 1943 passou denominar-se Peri-Mirim.

Além dos fatos históricos relevantes, Viegas fala dos poetas, cantores de bumba meu boi, repentistas, do carnaval, tambor de crioula e outras atrações artistas. Retrata várias personalidades que contribuíram com História de Peri-Mirim.

Os perimirienses, com certeza, relembrarão fatos e personagens retratados pelo autor, fruto de sua memória prodigiosa, de consulta a documentos históricos e de entrevistas com os pioneiros do município.

De grande valia para consultas estudantis e de todos que quiseram aprender mais sobre a história de Peri-Mirim e sua gente, o livro pode ser adquirido na Livraria AMEI no São Luís Shopping, em Peri-Mirim na Loja de Carmem de Saulo, ou diretamente com o próprio autor.

Participe do debate virtual com o Professor Ozaias Batista sobre a obra “O Meu Pé de Laranja Lima”

O Prof. Dr. Ozaias Batista, titular da cadeira de Sociologia na Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal do Piauí (UFPI/CPCE), participará no próximo dia  31 outubro, às 16 horas de debate virtual, por meio da plataforma digital Google Meet, para análise da obra “O Meu Pé de Laranja Lima”, promovido pelo Clube de Leitura da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP).

Ozaias Antonio Batista é Doutor em Ciências Sociais (UFRN). Mestre e Licenciado em Ciências Sociais (UFRN). Pesquisador do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Educação, Ciência Descolonial, Epistemologia e Sociedade (NEPEECDES) (UFPI). membro e pesquisador do grupo de pesquisa Mythos-logos: ciência, religião e imaginário da UFRN.

O convidado possui experiência como professor no ensino médio, superior e educação à distância nas disciplinas de Sociologia, Ciências Sociais e Educação. Tem amplo conhecimento sobre a obra objeto de debate, inclusive sua tese de Doutorado versa sobre o tema, cujo título é: Sonhos entre as páginas do meu pé de laranja lima: imaginação e devaneio poético voltado à infância.

A escolha do livro O Meu Pé de Laranja Lima foi objeto de votação aberta à comunidade, sendo a 3ª obra a ser lida dentro do projeto do Clube de Leitura “João Garcia Furtado” promovido pela ALCAP. Além da convidada especial, haverá sorteio de livros.  Inscreva-se no Clube de Leitura e participe da reunião, pelo link para o grupo de WhatsApp: https://bit.ly/2EmmhWF.

Após a leitura da obra, os participantes poderão escrever uma breve dissertação, sem delimitação de conteúdo e forma, apenas como incentivo à leitura de interpretação de texto. Os textos serão dirigidos à Comissão, para análise.

A acadêmica e professora Nasaré Silva será a responsável pela apresentação sobre a vida e obra do autor da obra, José Mauro de Vasconcelos e Ana Creusa Martins dos Santos será a mediadora do debate.

Conheça mais sobre o  Clube de Leitura João Garcia Furtado.

Coordenadores do Projeto: Ana Creusa Santos, Eni do Rosario Pereira, Diêgo Nunes Boaes, Jessythannya Carvalho Santos, Maria de Lourdes Campos, Nasaré Silva e o aluno Paulo Silva.

CLUBE DE LEITURA ALCAP: ajude-nos a escolher a próxima obra

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) continua as atividades de leitura do livro o Mágico de OZ, que foi a segunda obra escolhida apenas pelos acadêmicos no Projeto Clube de Leitura “Professor João Garcia Furtado”.

Para escolha da terceira obra, os acadêmicos resolveram consultar o público em geral, com o desiderato de envolver mais pessoas no mundo mágico da leitura. A votação será encerrada às 20 horas do dia 27 de setembro (domingo).

Para escolher um dos título sugeridos:

Qual livro você gostaria de ler? Clique em um dos link abaixo para votar:

O MEU PÉ DE LARANJA LIMA – João Mauro de Vasconcelos
https://pollie.app/kp513

JARDIM SECRETO– Francês Hadgson Burnett
https://pollie.app/vnmjd

PLUFT O FANTASMINHA – Maria Clara Machado
https://pollie.app/1g9sc

OU ISTO OU AQUILO – Cecília Meireles
https://pollie.app/9c7ex

O MENINO DO DEDO VERDE – Maurice Druon
https://pollie.app/5i9vr

A HISTÓRIA DA MINHA CIDADE

Por Diêgo Nunes

Vamos juntos dar início
com muita animação
falar de uma cidade
que é pedaço do Maranhão

é a nossa Peri-Mirim
Terra de São Sebastião
que amamos a cada dia
com muita satisfação

cem anos de muita história
Tu tens a contar
foi povoado de São Bento
chamada Macapá

a história da minha cidade
é bonita de se ver
herança de várias culturas
povos que vieram aqui viver.

Tem a história dos três irmãos
que aqui se fixaram
Marcelino, Maximiniana e Martiliano
onde estas terras desbravaram

de Alcântara e São Bento
vieram alguns moradores
que aqui se encantaram
com os campos e as flores

produtora do arroz,
da mandioca e também do babaçu
tem a famosa piaba, farinha
tiquara e angu

aqui existe o famoso festejo
que atrai gente de todo lugar
a festa do padroeiro
aonde todos vem comemorar

tem as danças folclóricas
Bumba-meu-boi e cacuriá
tem balaio, dança do coco,
e a quadrilha para animar

festejo do divino,
tambor de crioula e mina
forró de caixa, corrida de cavalo
tudo isso me fascina.

Terra de muito encanto
que nos traz recordação
a sua bandeira tão linda
criada por alguém de coração
chamava-se Paulo Oliveira
homem de determinação
que a enriqueceu com as cores do Brasil
e do nosso querido Maranhão

O Hino de Peri-Mirim
criado por João de Deus Paz Botão
retrata a nossa cidade
que é aclamada por emoção
fala dos campos, paisagens, características de uma nação
conta à história de um povo
que vive em paz e união

Em 1919 foi elevado município
mas continuou com o nome Macapá
pra isso teve que ser mudado de nome
e algo da terra homenagear
como tinha muito junco
então Peri-Mirim resolveram colocar

Tem vários encantos
verdadeiras belezas naturais
campos inundáveis
e florestas de babaçuais
pena que alguns rios
já não existem mais

Quero aqui mencionar
o talento das redeiras
que muitos sustentos trouxeram
e não levaram em brincadeira
o serviço era pesado
mas, mesmo assim não dava canseira

tem coisa boa e ruim
muitas histórias pra contar
mas o que é mais importante
é que amo esse lugar.

Carol Chiovatto participa de debate virtual sobre a obra O Mágico de Oz

O Clube de Leitura “João Garcia Furtado da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) é um sucesso. Hoje (12/09/2020) fizemos uma atividade importante para discutirmos a obra o Mágico de Oz, com participação da escritora e tradutora de livros da série Mágico de Oz, Carol Chiovatto.

O encontro virtual foi realizado por meio da plataforma Google Meet e foi coordenado pela acadêmica Jessythanya Carvalho Santos que explicou a metodologia do debate, apresentando todos os presentes na sala virtual, bem como fez um breve relato sobre o currículo da escritora, Carol Chiovatto, que é doutoranda (Inglês-USP), escritora, tradutora de obras sobre o Mundo Mágico de OZ, é a autora do livro Porém Bruxa.

Após a apresentação da escritora, a coordenadora do debate passou a palavra à professora Lourdes Campos que fez uma rica apresentação sobre vida e obra do autor do Mágico de OZ, Lyman Frank Baum.

Ato contínuo a convidada iniciou o debate, fazendo considerações interessantes sobre a obra. Em seguida, alunos, acadêmicos e professores discorreram sobre as suas impressões sobre a obra e realizaram perguntas à debatedora que dirimiu as dúvidas dos participantes sobre o papel dos personagens da obra, sobre os valores de capacidade de liderança, perseverança, amizade, coragem, humildade, individualidade, respeito, possibilitando reflexão sobre o contexto histórico e atual sobre a obra em análise.

A debatedora presenteou a ALCAP com algumas obras sobre o maravilhoso Mundo de OZ e a Academia a presenteou-a com as obras Dicionário do Baixadês e Curiosidades Históricas de Peri-Mirim dos acadêmicos Flávio Braga e Francisco Viegas, respectivamente. Houve o sorteio de dois livros entre os alunos inscritos no clube.

O debate superou as expetativas, possibilitando um novo olhar sobre a obra analisada. Após o encontro, a escritora postou em seu Twitter, o seguinte: “Acabei de falar sobre Oz com alguns alunos no ensino médio e da academia de letras de Peri Mirim (MA) Nada é mais legal, enquanto pesquisadora, do que poder falar da minha pesquisa com uma turma que leu o livro que o originou e está a fim de conversar”.

O Projeto Clube da Leitura da ALCAP está avançado para se tornar referência no estímulo aos jovens e adolescentes no maravilhoso munda da leitura. Quem ainda não leu a obra em apreço, acesse o link e delicie-se com a leitura do: O Mágico de Oz

PROJETO PLANTIO SOLIDÁRIO “JOÃO DE DEUS MARTINS”

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), como entidade cultural, literária e científica de grande expressão na formação das pessoas, considerando a crescente degradação ambiental e poluição dos rios do município de Peri-Mirim, como forma de colaborar com a preservação do meio ambiente, o presente projeto busca atuar no plantio de árvores nativas em áreas de degradação ambiental e preservação das espécies ainda existentes.

O Projeto Plantio Solidário “João de Deus Martins” trata-se de uma ação que tem como objetivo repovoar áreas que tiveram a vegetação removida por força da natureza ou pela ação humana – exploração de madeira, expansão de ambiente para agropecuária, queimadas, entre outros.

O projeto é interdisciplinar, e envolve a comunidade, as escolas municipais e jovens do município que receberão orientações acerca da importância de se preservar o meio ambiente, bem como realizar o monitoramento das ações de preservação que serão criadas.

Leia o Projeto na íntegra no link: PROJETO PLANTIO SOLIDÁRIO

Lua Boa Vista

Lua

Autora Eni Amorim

O sol se despede no horizonte,
bocejando sonolento;
O vento assobia no quintal,
assanhando as palmas das juçareiras;
A lua apareceu lá no céu,
grávida de luz;
Sua luminosidade,
aos poucos vai pintando,
a noite cor de prata;
O caburé cantou seu canto solitário,
na mangueira do quintal;
Mamãe diz que é prenúncio do verão;
Marrecos passam,
com seu grasnado estridente,
rumo aos campos inundáveis;
Um casal de corujas suindara (rasga mortalha),
passam piando seu pio agourento,
para a torre da igreja;
Morcegos catam amêndoas,
na amendoeira e saem,
a semear pelos quintais;
E a lua,
lá do alto do seu esplendor,
desfila entre as nuvens,
conversa com as estrelas,
que brilham ainda mais,
diante de tanta formosura;
Os galos cantam mais cedo;
perdidos com a claridade da noite;
Na madrugada,
a Estrela da Alva,
aparece no céu,
dançando com a noite
e suas silhuetas;
Que aos poucos vão se escondendo,
enquanto o novo dia vai raiando…

Imagem de destaque: Eclipse solar na Boa Vista, Peri-Mirim/MA. Fotografia Ana Creusa. 

PERI-MIRIM: Apontamentos Históricos

Autor desconhecido*

A Vila de Macapá já possui autoridades como: Juiz de casamento, tabelião, telegrafista e agente do Correio.

A vontade de tornar a vila em município era de todos que aqui moravam e, graças aos esforços do Coronel Sambentuense, Carneiro de Freitas, que sempre ficou em frente a esta luta, conseguiu tornar Macapá independente do Município de São Bento, tornando-se independente pela Lei nº 850, de 31 de março de 1919 e a em 15 de maio desse ano, foi organizada a primeira Junta Governativa liderada pelo Sr. Marcionílio Antônio Nunes, para administrar Macapá, no ano seguinte, ou seja, em 31 de março de 1920, foi realizada a primeira eleição municipal, sendo eleito o primeiro Prefeito, o Sr. Ignácio de Sá Mendes. Os prefeitos daquela época eram chamados intendentes.

O segundo intendente foi o Sr. Antônio Raimundo Marques de Figueiredo , nessa intendência, atuou a mesa governativa, chefiada pelo Coronel Tupinambá que, por desconhecidas razões, depois intendente ao concluir os trabalhos em satisfação ao povo, nomeou uma junta governativa, chefiada pelo Sr. Jorge Corrêa, secretário João Dias, fiscal geral Sr. Hipólito Alves.

Mas, em 22 de abril de 1931, novamente Macapá foi anexado ao Município de São Bento pelo Decreto nº 075/1931.

Nova luta e empenho dos interessados por esta terra iniciaram-se e, a fim de torná-la independente e consequentemente restabelecer a Vila de Macapá pelo Decreto nº 857, de 19 de julho de 1931. Conseguiram também elevá-lo a cidade em março de 1938.

Com a Reforma Administrativa que oferece a 30 de dezembro de 1943 teve que ser anulada a denominação devido à ambiguidade que havia entre Macapá município do Maranhão e, Macapá Capital do Território do Amapá, depois de pesquisas, diálogos escolheram o nome de Peri-Mirim, devido ao aspecto físico local, que na maioria são campos com um tipo de capim rasteiro chamado “Peri” pequeno, daí no nome “Mirim”.

Definida a situação do Município, logo foi traçado o mapa do município pelo ilustre Sr. Opílio Lobato.

*Apontamentos esparsos feitos na Prefeitura de Peri-Mirim, provavelmente na gestão de Benedito de Jesus Costa Serrão, pois, no material consta até esse Prefeito.

Academia Perimiriense: Doutor Ozaias Batista participará de debate virtual

Com participação especial do Profº Dr. Ozaias Batista, o Clube de Leitura da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) promoverá no próximo dia  31 outubro, às 16 horas um debate virtual, por meio da plataforma digital Google Meet, para análise da obra “O Meu Pé de Laranja Lima”, do autor José Mauro de Vasconcelos.

Ozaias Antonio Batista é professor de Sociologia na Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal do Piauí (UFPI/CPCE). Doutor em Ciências Sociais (UFRN). Mestre e Licenciado em Ciências Sociais (UFRN). Pesquisador do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Educação, Ciência Descolonial, Epistemologia e Sociedade (NEPEECDES) (UFPI), membro e pesquisador do grupo de pesquisa Mythos-logos: ciência, religião e imaginário da UFRN. Possui experiência como professor no ensino médio, superior e educação à distância nas disciplinas de Sociologia, Ciências Sociais e Educação. Tem amplo conhecimento sobre a obra objeto de debate, inclusive sua tese de Doutorado versa sobre o tema, cujo título é: Sonhos entre as páginas do meu pé de laranja lima: imaginação e devaneio poético voltado à infância.

A escolha do livro O Meu Pé de Laranja Lima foi objeto de votação aberta à comunidade, sendo a 3ª obra a ser lida dentro do projeto do Clube de Leitura “João Garcia Furtado” promovido pela ALCAP. Além da convidada especial, haverá sorteio de livros.  Inscreva-se no Clube de Leitura e participe da reunião, pelo link para o grupo de WhatsApp:  https://bit.ly/2EmmhWF

Após a leitura da obra, os participantes poderão escrever uma breve dissertação, sem delimitação de conteúdo e forma, apenas como incentivo à leitura de interpretação de texto. Os textos serão dirigidos à Comissão, para análise.

Conheça mais sobre o  Clube de Leitura João Garcia Furtado.

Coordenadores do Projeto: Ana Creusa Santos, Eni do Rosario Pereira, Diêgo Nunes Boaes, Jessythannya Carvalho Santos, Maria de Lourdes Campos, Nasaré Silva e o aluno Paulo Silva.

Calixto, o Doutorzinho de Santana

Autora Eni Amorim

Rebuscando os arquivos da minha memória, revejo um senhor de estatura baixa, de cor branca com bochechas sempre muito rosadas, voz mansa, sorriso fácil, na cabeça, uma calvície bastante acentuada que guarnecia com chapéus de feltro para passear e de palha para trabalhar.

Estava sempre de calças compridas, achava que era desrespeitoso ao homem usar bermudas. Era trabalhador rural, tinha uma casa de farinha, onde, além da produção da farinha, eram feitos deliciosos beijus para tomarmos com café que muitas vezes era produzido no próprio sítio.

No sítio havia também um grande bananal do qual eram vendidos uma parte dos frutos produzidos e a outra, era para uso da família e partilha entre amigos e vizinhos. Vovô também plantava amendoim, cana-de-açúcar, tinha uma garapeira de onde tirava o famoso caldo de cana (garapa) para uso familiar e para a produção de melado, uma delícia por sinal.

Também era apicultor tinha várias colmeias no sítio. Na época da colheita, ele retirava o mel dos favos e nos entregava a cera para chuparmos os resíduos restantes do mel, ficávamos de bucho doce de tanto chupar mel rsrsrs. Era muito prazeroso esses momentos na casa do vovô Calixto.

Era analfabeto, só sabia literalmente desenhar o nome, mas fazia questão que os filhos estudassem, incentivava ao estudo e ao trabalho. A maior vergonha para ele, era ao participar das missas na comunidade não saber ler os folhetos que eram distribuídos.

Era muito família, Casou-se com vovó Joanita, com quem teve sua primeira filha, (mamãe); vovó veio a falecer 40 dias após o parto, ficando vovô viúvo. Mais tarde veio a casar com Terezinha Nunes irmã de tia Joanita (a vida e suas histórias…), com a qual teve 4 filhas: Tias, Isabel Nunes Pereira, Lucinda Bastos, Mara Nunes e Delcy Nunes (em memória).

Gostava de reunir os amigos e vizinhos para tomar um café ou fazer uma festa debaixo da mangueira na frente da casa com seu famoso radinho de pilhas. Outras vezes, reunia a família e vizinhos, contratava pessoas da comunidade que sabiam ler para contar histórias, principalmente histórias de cordel que estava muito em evidência na época…

Tinha o apelido de “Doutorzinho”, talvez por ser um homem sábio, ou por seu espírito de liderança e também por gostar de usar roupas brancas.

Fatos marcantes da vida de vovô Calixto:
1. Gostava de tomar uma bebida chamada “meladinha” feita de mel e cachaça após sua jornada de trabalho;
2. Estava sempre que podia, a ouvir o seu radinho de pilhas;
3. Gostava de assobiar, estava quase sempre assobiando, o que nos remete a pensar que estava sempre feliz;
4. Gostava de tocar Buscapé (um tipo de fogos de artifício), nas festas de bumba meu boi da comunidade e se divertia ao ver as pessoas com medo dos fogos;
5. Gostava de olhar os aviões passando com olhos de surpresa, ou quem sabe com olhos de incredulidade de um novo tempo que estava surgindo com tecnologias que ele não podia compreender…
6. Possuía um humor fora de série, contava piadas fazia piadas, tirava ondas, eu nunca vi vovô bravo. Como dizemos nos dias atuais: ele era ZEN…
7. Quando havia falta de alimentos na comunidade partilhava o muito ou o pouco que possuía com as outras pessoas, (a partilha sempre foi uma prática na família).

Antes de partir deste plano, acalentou um sonho: Ter uma televisão, a qual teve a oportunidade de conhecer ao viajar pela primeira e única vez na capital de São Luís do Maranhão…

Um homem simples, que nos deixou um legado da importância da família dos amigos e do amor ao próximo… Eternas saudades vovô Calixto…