CLUBE DE LEITURA ALCAP: ajude-nos a escolher a próxima obra

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) continua as atividades de leitura do livro o Mágico de OZ, que foi a segunda obra escolhida apenas pelos acadêmicos no Projeto Clube de Leitura “Professor João Garcia Furtado”.

Para escolha da terceira obra, os acadêmicos resolveram consultar o público em geral, com o desiderato de envolver mais pessoas no mundo mágico da leitura. A votação será encerrada às 20 horas do dia 27 de setembro (domingo).

Para escolher um dos título sugeridos:

Qual livro você gostaria de ler? Clique em um dos link abaixo para votar:

O MEU PÉ DE LARANJA LIMA – João Mauro de Vasconcelos
https://pollie.app/kp513

JARDIM SECRETO– Francês Hadgson Burnett
https://pollie.app/vnmjd

PLUFT O FANTASMINHA – Maria Clara Machado
https://pollie.app/1g9sc

OU ISTO OU AQUILO – Cecília Meireles
https://pollie.app/9c7ex

O MENINO DO DEDO VERDE – Maurice Druon
https://pollie.app/5i9vr

A HISTÓRIA DA MINHA CIDADE

Por Diêgo Nunes

Vamos juntos dar início
com muita animação
falar de uma cidade
que é pedaço do Maranhão

é a nossa Peri-Mirim
Terra de São Sebastião
que amamos a cada dia
com muita satisfação

cem anos de muita história
Tu tens a contar
foi povoado de São Bento
chamada Macapá

a história da minha cidade
é bonita de se ver
herança de várias culturas
povos que vieram aqui viver.

Tem a história dos três irmãos
que aqui se fixaram
Marcelino, Maximiniana e Martiliano
onde estas terras desbravaram

de Alcântara e São Bento
vieram alguns moradores
que aqui se encantaram
com os campos e as flores

produtora do arroz,
da mandioca e também do babaçu
tem a famosa piaba, farinha
tiquara e angu

aqui existe o famoso festejo
que atrai gente de todo lugar
a festa do padroeiro
aonde todos vem comemorar

tem as danças folclóricas
Bumba-meu-boi e cacuriá
tem balaio, dança do coco,
e a quadrilha para animar

festejo do divino,
tambor de crioula e mina
forró de caixa, corrida de cavalo
tudo isso me fascina.

Terra de muito encanto
que nos traz recordação
a sua bandeira tão linda
criada por alguém de coração
chamava-se Paulo Oliveira
homem de determinação
que a enriqueceu com as cores do Brasil
e do nosso querido Maranhão

O Hino de Peri-Mirim
criado por João de Deus Paz Botão
retrata a nossa cidade
que é aclamada por emoção
fala dos campos, paisagens, características de uma nação
conta à história de um povo
que vive em paz e união

Em 1919 foi elevado município
mas continuou com o nome Macapá
pra isso teve que ser mudado de nome
e algo da terra homenagear
como tinha muito junco
então Peri-Mirim resolveram colocar

Tem vários encantos
verdadeiras belezas naturais
campos inundáveis
e florestas de babaçuais
pena que alguns rios
já não existem mais

Quero aqui mencionar
o talento das redeiras
que muitos sustentos trouxeram
e não levaram em brincadeira
o serviço era pesado
mas, mesmo assim não dava canseira

tem coisa boa e ruim
muitas histórias pra contar
mas o que é mais importante
é que amo esse lugar.

Carol Chiovatto participa de debate virtual sobre a obra O Mágico de Oz

O Clube de Leitura “João Garcia Furtado da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) é um sucesso. Hoje (12/09/2020) fizemos uma atividade importante para discutirmos a obra o Mágico de Oz, com participação da escritora e tradutora de livros da série Mágico de Oz, Carol Chiovatto.

O encontro virtual foi realizado por meio da plataforma Google Meet e foi coordenado pela acadêmica Jessythanya Carvalho Santos que explicou a metodologia do debate, apresentando todos os presentes na sala virtual, bem como fez um breve relato sobre o currículo da escritora, Carol Chiovatto, que é doutoranda (Inglês-USP), escritora, tradutora de obras sobre o Mundo Mágico de OZ, é a autora do livro Porém Bruxa.

Após a apresentação da escritora, a coordenadora do debate passou a palavra à professora Lourdes Campos que fez uma rica apresentação sobre vida e obra do autor do Mágico de OZ, Lyman Frank Baum.

Ato contínuo a convidada iniciou o debate, fazendo considerações interessantes sobre a obra. Em seguida, alunos, acadêmicos e professores discorreram sobre as suas impressões sobre a obra e realizaram perguntas à debatedora que dirimiu as dúvidas dos participantes sobre o papel dos personagens da obra, sobre os valores de capacidade de liderança, perseverança, amizade, coragem, humildade, individualidade, respeito, possibilitando reflexão sobre o contexto histórico e atual sobre a obra em análise.

A debatedora presenteou a ALCAP com algumas obras sobre o maravilhoso Mundo de OZ e a Academia a presenteou-a com as obras Dicionário do Baixadês e Curiosidades Históricas de Peri-Mirim dos acadêmicos Flávio Braga e Francisco Viegas, respectivamente. Houve o sorteio de dois livros entre os alunos inscritos no clube.

O debate superou as expetativas, possibilitando um novo olhar sobre a obra analisada. Após o encontro, a escritora postou em seu Twitter, o seguinte: “Acabei de falar sobre Oz com alguns alunos no ensino médio e da academia de letras de Peri Mirim (MA) Nada é mais legal, enquanto pesquisadora, do que poder falar da minha pesquisa com uma turma que leu o livro que o originou e está a fim de conversar”.

O Projeto Clube da Leitura da ALCAP está avançado para se tornar referência no estímulo aos jovens e adolescentes no maravilhoso munda da leitura. Quem ainda não leu a obra em apreço, acesse o link e delicie-se com a leitura do: O Mágico de Oz

PROJETO PLANTIO SOLIDÁRIO “JOÃO DE DEUS MARTINS”

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), como entidade cultural, literária e científica de grande expressão na formação das pessoas, considerando a crescente degradação ambiental e poluição dos rios do município de Peri-Mirim, como forma de colaborar com a preservação do meio ambiente, o presente projeto busca atuar no plantio de árvores nativas em áreas de degradação ambiental e preservação das espécies ainda existentes.

O Projeto Plantio Solidário “João de Deus Martins” trata-se de uma ação que tem como objetivo repovoar áreas que tiveram a vegetação removida por força da natureza ou pela ação humana – exploração de madeira, expansão de ambiente para agropecuária, queimadas, entre outros.

O projeto é interdisciplinar, e envolve a comunidade, as escolas municipais e jovens do município que receberão orientações acerca da importância de se preservar o meio ambiente, bem como realizar o monitoramento das ações de preservação que serão criadas.

Leia o Projeto na íntegra no link: PROJETO PLANTIO SOLIDÁRIO

Lua Boa Vista

Lua

Autora Eni Amorim

O sol se despede no horizonte,
bocejando sonolento;
O vento assobia no quintal,
assanhando as palmas das juçareiras;
A lua apareceu lá no céu,
grávida de luz;
Sua luminosidade,
aos poucos vai pintando,
a noite cor de prata;
O caburé cantou seu canto solitário,
na mangueira do quintal;
Mamãe diz que é prenúncio do verão;
Marrecos passam,
com seu grasnado estridente,
rumo aos campos inundáveis;
Um casal de corujas suindara (rasga mortalha),
passam piando seu pio agourento,
para a torre da igreja;
Morcegos catam amêndoas,
na amendoeira e saem,
a semear pelos quintais;
E a lua,
lá do alto do seu esplendor,
desfila entre as nuvens,
conversa com as estrelas,
que brilham ainda mais,
diante de tanta formosura;
Os galos cantam mais cedo;
perdidos com a claridade da noite;
Na madrugada,
a Estrela da Alva,
aparece no céu,
dançando com a noite
e suas silhuetas;
Que aos poucos vão se escondendo,
enquanto o novo dia vai raiando…

Imagem de destaque: Eclipse solar na Boa Vista, Peri-Mirim/MA. Fotografia Ana Creusa. 

Academia Perimiriense: Doutor Ozaias Batista participará de debate virtual

Com participação especial do Profº Dr. Ozaias Batista, o Clube de Leitura da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) promoverá no próximo dia  31 outubro, às 16 horas um debate virtual, por meio da plataforma digital Google Meet, para análise da obra “O Meu Pé de Laranja Lima”, do autor José Mauro de Vasconcelos.

Ozaias Antonio Batista é professor de Sociologia na Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal do Piauí (UFPI/CPCE). Doutor em Ciências Sociais (UFRN). Mestre e Licenciado em Ciências Sociais (UFRN). Pesquisador do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Educação, Ciência Descolonial, Epistemologia e Sociedade (NEPEECDES) (UFPI), membro e pesquisador do grupo de pesquisa Mythos-logos: ciência, religião e imaginário da UFRN. Possui experiência como professor no ensino médio, superior e educação à distância nas disciplinas de Sociologia, Ciências Sociais e Educação. Tem amplo conhecimento sobre a obra objeto de debate, inclusive sua tese de Doutorado versa sobre o tema, cujo título é: Sonhos entre as páginas do meu pé de laranja lima: imaginação e devaneio poético voltado à infância.

A escolha do livro O Meu Pé de Laranja Lima foi objeto de votação aberta à comunidade, sendo a 3ª obra a ser lida dentro do projeto do Clube de Leitura “João Garcia Furtado” promovido pela ALCAP. Além da convidada especial, haverá sorteio de livros.  Inscreva-se no Clube de Leitura e participe da reunião, pelo link para o grupo de WhatsApp:  https://bit.ly/2EmmhWF

Após a leitura da obra, os participantes poderão escrever uma breve dissertação, sem delimitação de conteúdo e forma, apenas como incentivo à leitura de interpretação de texto. Os textos serão dirigidos à Comissão, para análise.

Conheça mais sobre o  Clube de Leitura João Garcia Furtado.

Coordenadores do Projeto: Ana Creusa Santos, Eni do Rosario Pereira, Diêgo Nunes Boaes, Jessythannya Carvalho Santos, Maria de Lourdes Campos, Nasaré Silva e o aluno Paulo Silva.

Quebradeira de coco

Autor Diêgo Nunes Boaes

Quebradeira de coco solteira, que cedo levanta, passa o café no velho bule, no fogareiro de barro, utilizando o carvão feito da casca do coco babaçu. Pega um pano, faz dele uma rodilha, uma proteção para a cabeça, pega sua “manchada”, sua “mancepa” e uma lata de meio quilo, este último era para medir a quantia de amêndoa de coco, colocava-os dentro do cofo e depois sobre sua cabeça, enrolava o vestido para ficar mais curto e colocava a mão na cintura para servir de contra-peso.

Segue para o mato para juntar coco. Junta um, dois, um aqui outro acolá, enche o cofo até transbordar, procura um local e os despeja, ficando um sobre o outro formando uma ruma. Ao terminar de juntar o coco, ela pega um tronco forte cortado ou raiz de mangueira ou de cajueiro, prega a “manchada” sobre o tronco com auxílio da “mancepa”, espécie de martelo de madeira, e assenta sobre o chão.

Começa a quebrar, em suas “mancepadas”, inicia uma de suas cantorias para ver o tempo passar ligeiro. Como passa-tempo aquelas cantigas de caixa eram as que se sobressaiam e lhe davam companhia naquele dia. Colocava as amêndoas dentro do cofo e as cascas do lado, estas iriam mais tarde para a caeira, um buraco feito para queimar as cascas transformando-as em carvão, que mais tarde também serviria, tanto para usar no preparo da alimentação, quanto para vender.

A quebradeira já de costas doídas daquele dia inteiro de batalho, chega em casa com seu cofo de amêndoas. Uma parte para venda, outra para alimentação das criações e  para a fabricação do azeite. Ela separa as da venda, soca no pilão as amêndoas que irá utilizar em casa, uma parte do bagaço serve de alimento para as galinhas caipiras, a outra vai para o caldeirão, que logo transformará em azeite.

O leite de coco serve para engrossar o caldo do peixe consertado em “tic tic” e também para ajudar na fabricação dos deliciosos bolos de tapioca. Das cascas ela retira o fubá para fazer mingau para as crianças menores da casa. E coloca na caeira o restante, ascende a caeira, cobre com as pindobas, palhas verdes de babaçu, e bastante terra, para abafar. E aguarda que o fogo faz sua parte.

No fim do dia ela retorna para tirar o carvão. Leva para casa os cofos fardos, e a casa enche de alegria. Prepara o mingau para os menores dormirem. E na ceia da noite prepara a mesa com aquele peixinho gostoso da água doce, e de sobremesa aquele café cheiroso, torrado com erva-doce, com o delicioso bolo de tapioca, digno de uma mulher guerreira. E assim é a história que se inicia dia após dia.

José e seus cofinhos

Por Ana Creusa

José dos Santos era um contador de histórias, hábito que herdou de sua mãe Ricardina. Algumas histórias eram fruto da literatura infantil, outras oriundas de vivências de sua infância. A primeira história que lhes conto agora “aconteceu de verdade”, como se diz no linguajar popular. A história relata a experiência – que tinha tudo para ser traumática -, que José viveu para aprender a arte de tecer cofos.

Sua mãe era carinhosa, mas muito exigente no quesito transmissão de valores, como boas maneiras, estudo e trabalho, principalmente a preocupação que tinha para que seus filhos aprendessem um ofício.

A história relata o aprendizado do menino José na tarefa de tecer cofos, que é uma espécie de cesto para carregar e guardar vários mantimentos, são feitos da folha da palmeira de babaçu, típica da Baixada Maranhense.

Pois bem, mais ou menos aos oito anos de idade, os filhos daquela época eram chamados a aprender a fazer cofos. Chegou a vez de José e quem se encarregou dessa tarefa foi sua mãe, que chamou o filho e começou a ensinar-lhe. Ele, apesar de inteligente, não conseguia aprender a tarefa. Ricardina, já sem paciência e com uma “taca” nas mãos começou a ameaçar o filho que cada vez sabia menos, nem se lembrava mais como se segurava a palha nas mãos para fazer o traçado do cofo.

A mãe, irritada, resolveu “largar de mão” e disse aquilo que não se pode dizer a um filho:

– Vai, você nunca vai aprender!!

José, cabisbaixo, seguiu para a mata e voltou depois de várias horas. A mãe já estava preocupada com o sumiço do filho. O menino retornou com vários cofinhos, de admirável beleza. Com isso, ao longo de sua vida, José ficou conhecido como quem fazia os mais belos cofos do lugar e ainda abanos e mensabas.

Eu tinha meu cofinho, usado como mala, na qual guardava minhas roupas. Ele tinha o aroma dos trevos do campo, para perfumar as peças do meu singelo vestuário.

Com esta história de vida, aprende-se que nunca se deve pressionou os filhos para aprender. José somente aprendeu a fazer cofos na tranquilidade da natureza. Sua mãe feliz, não se cansava de elogiar a inteligência do filho amado.

PLANTIO SOLIDÁRIO: Pau-Brasil de Helena Ribeiro

Por Alda Ribeiro

A primeira etapa do projeto Plantio Solidário “João de Deus Martins” da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) tem como finalidade conscientizar cada acadêmico a plantar uma árvore duradora em homenagem ao seu patrono.

Acadêmica: Alda Regina Ribeiro Corrêa – cadeira n° 17

Patrona: Helena Ribeiro Corrêa

Planta escolhida: Pau-Brasil

Nome científicoPaubrasilia echinata

Pau-Brasil também chamado de arabutã, é uma árvore nativa das florestas tropicais brasileiras, presente no bioma mata atlântica. A espécie foi a primeira madeira a ser considerada lei no Brasil.

Desafio do Projeto: Recebi  a missão de homenagear minha patronesse, plantando uma árvore, missão esta que foi uma honra executar, visto que a patronesse é minha mãe, Helena Ribeiro Corrêa foi um exemplo de mulher, esposa, mãe e de profissional da educação, embora enfrentando lutas, sempre se mostrou forte, razão pela qual, escolhi a referida planta.

A muda do Pau Brasil, foi plantada no dia 16 de março de 2020, no terreno da residência de Ivaldo Ribeiro Lima, sobrinho da patrona. A planta foi doação da amiga da ALCAP, Ana Cléres Santos, proprietária do Sítio Boa Vista em Peri-Mirim.

Precisa-se de funcionários

Autora Ana Creusa

Ao completarmos 18 anos, eu e meus irmãos, costumávamos andar com uma pasta, contendo nossos documentos pessoais e um curriculum vitae, para facilitar a procura de empregos.

Atualmente os currículos são enxutos, sendo desaconselhável anexação de documentos. Porém, naquela época, exigia-se cópia de documentos pessoais e dos diplomas mencionados. Com isso, um bom currículo costumava ser volumoso.

Além do imprescindível curso de datilografia, fiz vários cursos no SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e já havia concluído o segundo grau, de forma que estava pronta para conseguir um emprego, enquanto esperava passar em um concurso público.

Nas costumeiras viagens de ônibus coletivo, não raro avistava uma fila, descia do ônibus, para checar se era “fila de emprego”.

Um dia, já voltando para casa, passando pelo bairro Canto da Fabril em São Luís, eu e minha irmã, Maria do Nascimento, avistamos uma placa em que lemos: PRECISA-SE DE FUNCIONÁRIOS.

Descemos do ônibus para tentar concorrer a uma vaga. Tratava-se do prédio do Ministério da Fazenda em construção.

Fomos recebidas por umas pessoas que trabalhavam na obra. Alguém foi chamar o chefe, que era um homem alto, magro, louro de olhos azuis, que disse ser o engenheiro da obra.

Ele perguntou em que poderia nos servir. Eu tomei a palavra e disse:
– Estamos à procura de trabalho, como vimos a placa que vocês estão precisando de funcionários, viemos entregar nossos currículos.

O engenheiro, meio constrangido, falou:

– Sou da Construtora Guaratan de São Paulo. Aqui está sendo construído um prédio de um órgão muito importante, quem sabe quando terminarmos a obra, vocês consigam emprego nessa repartição! Porque aqui estamos precisando é de funileiros.

Pedimos desculpa e saímos, não sem antes ler a placa: PRECISA-SE DE FUNILEIROS que nossa mente reproduziu PRECISA-SE DE FUNCIONÁRIOS.

O tempo passou e aquela história permaneceu como um tabu, não contávamos a ninguém – passamos um vexame daqueles! Até brincamos: como procurar emprego, se não sabemos nem ler?

Aquele episódio veio à minha mente no dia que assumi o cargo de Auditora Fiscal da Receita Federal naquele mesmo prédio do Ministério da Fazenda, outrora em construção.

Tive vontade de contar a história na solenidade de posse, mas não tive coragem.

Entre risos e aplausos no dia 11 de setembro de 2013, em uma festinha de bota-fora pela minha aposentadoria, finalmente contei o episódio, talvez estimulada pela leitura do texto de Joãozinho Ribeiro sobre mim, que denominou: “Ana: de Peri-Mirim para o mundo”, em que contou até sobre a minha asma, que minha mãe não me deixava contar, por nada neste mundo!

O compadecido engenheiro teria feito uma profecia?

Texto publicado no livro ECOS DA BAIXADA, páginas 160/162.