O LUGAR ONDE VIVO TEM CRIANÇA POETA

RESENHA DO RELATO DE PRÁTICA DA ESCOLA MUNICIPAL “KEILA ABREU MELO” NA OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA – 7ª EDIÇÃO. TÍTULO: O LUGAR ONDE VIVO TEM CRIANÇA POETA

 Por Edna Jara Abreu Santos

A Escola Municipal “Keila Abreu Melo”, localizada na Rua Campo de Pouso, s/nº, Peri-Mirim – MA, atende alunos do primeiro ao quinto ano do Ensino Fundamental I, deu início ao ano letivo em doze de março de 2021. Sendo que, há um ano as gestões escolares vêm adotando a modalidade de Ensino Remoto de Emergência (ERE) devido à Pandemia do Covid – 19.

Atendendo à solicitação da Secretaria Municipal de Educação, a escola aderiu ao projeto da Olimpíada de Língua Portuguesa – 7ª Edição, inscrevendo os alunos das três turmas do 5º ano na categoria: Poema.

A professora de Língua Portuguesa, Edna Jara Abreu, desenvolveu o tema proposto “O lugar onde vivo” por meio de Planejamentos quinzenais com atividades impressas, vídeos, áudios, tira-dúvidas com os pais de forma virtual e presencial, oficinas e apresentações em Sarau.

A Olimpíada de Língua Portuguesa teve origem no programa Escrevendo o Futuro desenvolvido pela Fundação Itaú Social entre 2002 e 2006, iniciativa do Ministério da Educação. É um concurso de produção de textos para alunos de escolas públicas do Brasil, que visa estimular o interesse pela leitura e escrita. Nesta edição, todos os Estados  aderiram e se inscreveram, sendo que, em todo Maranhão 2.519 escolas estão participando do concurso em diferentes categorias: Poema, Memórias literárias, Crônica, Artigo de opinião e Documentário.

Nesta escola, cinquenta e três alunos fizeram parte do projeto. Apesar dos obstáculos enfrentados como a falta de recursos tecnológicos em casa: celular/computador, do acesso à internet e do transporte, as aulas remotas seguem com entregas quinzenais de atividades impressas, plantões pedagógicos com professores e também orientação via grupo de WhatsApp com pais e alunos que dispõem desta ferramenta.

As primeiras quinzenas do primeiro semestre foram trabalhadas atividades diagnósticas: elaboração de texto narrativo, leitura, compreensão textual, entrevista, elaboração de cartas, ortografia, sílaba tônica, sinais de pontuação, classificação das palavras e separação silábica.

Nas duas últimas quinzenas antes do início das férias (julho), as aulas foram direcionadas ao conceito e composição do poema: rimas, versos, estrofes, métricas e etc., produção e compreensão textual envoltos pela caracterização histórica de Peri-Mirim. Por meio do site oresgate.net.br obteve-se acesso a materiais de poetas da terra como: Diêgo Nunes, Nasaré Silva, Eni Pereira, Ataniêta Martins, Carlos Oliveira, Santiago e etc., da qual foi adaptado e confeccionado atividades ilustradas para a prática da compreensão textual, leitura, complementando assim, com a elaboração das produções preliminares dos discentes.

Nos dias dois e três de agosto, na retomada das aulas após as férias, aconteceram as duas tão aguardadas oficinas. A escola recebeu números reduzidos de alunos, seguindo os protocolos sanitários, no turno matutino e vespertino. Os alunos que compareceram às oficinas foram: Adrian Vitório P. Barros (5º A), Gabriel G. Santos (5º B), Gilda Sibelly S. Martins (5º B), Jhonata Kauã G. Campos (5º A), Maria Eduarda O. Melo (5º A), Samuel G. Sousa (5º C) e Thayla Kauane França (5º A), residentes da zona urbana e rural deste município.

Em um dado momento das oficinas, foi acolhido o autor do poema: “A história da minha cidade” – Diêgo Nunes, onde recitou sua poesia aos alunos. A aluna do 4º ano, Alice Santos Lopes também declamou o poema “Acorda filha, está na hora” de autoria da professora Edna Jara. Além destes, vários outros poemas de autores nacionais e naturais do município foram expostos e lidos também, demonstrando aos alunos que qualquer pessoa pode ser poeta, que seja professor e/ou estudante, pessoa abastada ou pobre, homem ou mulher, idoso ou criança.

Os poemas inéditos produzidos pelos alunos levaram títulos e foram passados para o papel almaço. Recitaram-nos no pátio da escola em forma de Sarau, onde levou o nome: “Sarau das Crianças Poetas”.

Todo este processo foi descrito caprichosamente em um relato de prática solicitado à professora participante. A comissão escolar ao receber este, e os demais materiais: Linha do tempo e Álbum da turma, selecionou duas produções (poemas) e enviou ao site do concurso dentro do prazo estipulado.

A professora Edna Jara teceu elogios aos seus alunos, como sendo geniosos, determinados, perseverantes e fontes de inspiração. Ela observou durante o processo de aplicação do projeto, que a escola em questão tem muitas crianças com grandes facilidades em poetizar e que só precisam de mais incentivos.

Os objetivos propostos e desenvolvidos neste projeto da Olimpíada de Língua Portuguesa foram finalizados com grande êxtase de trabalho cumprido. Este, bem recebido pela comunidade escolar pelos benefícios da prática da leitura e escrita aos alunados e pela valorização da história cultural antiga e atual do povo perimiriense.

A resenha do Relato de práticas e demais materiais disponibilizados aqui fazem parte do que foi enviado no site do concurso.  O intuito da divulgação é para que toda a rede escolar e a sociedade em geral apreciem a proeza dos alunos da escola Keila Abreu Melo em Peri-Mirim – MA.

Confira os vídeos das apresentações:

REFERÊNCIAS

BECHARA, Evanildo. Dicionário escolar da Academia Brasileira de Letras: língua portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2011.

MEMÓRIAS ESCRITAS. Disponível em: >https://bloggernapontadalingua.blogspot.com/<. Acesso em: 25 de março de 2021.

OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA– 7ª EDIÇÃO. Disponível em: >https://olimpiada.escrevendoofuturo.org.br/mapa/info_uf.php?uf=MA<. Acesso em: 12 de março de 2021.

O RESGATE: DE PERI MIRIM PARA O MUNDO. Disponível em: >http://oresgate.net.br/categoria/alcap/<. Acesso em: 25 de março de 2021.

Furtuoso José Corrêa

Por Paulo Sérgio Corrêa

Patrono da Cadeira nº 18 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), ocupada por Paulo Sérgio Corrêa. Nasceu no dia 08 de janeiro de 1933, no povoado Conceição, Peri Mirim/MA. Filho de Manoel Paciência Corrêa e de Maria Raimunda Martins. De uma família de 4 irmãos, sendo ele caçula.

Iniciou sua vida escolar no povoado vizinho Pericumãzinho onde estudou até o 4º ano do ensino Fundamental em 1945, após passou a estudar na sede do município, onde concluiu o 5° ano, ensino máximo oferecido no município na época e que teve como professora a Senhora Maria Guimarães. Após concluir o 5º ano mudou-se para São Luís (capital do estado do Maranhão), a fim de aprender uma profissão. Pois até o momento só conhecia como profissão o trabalho na agricultura que aprendera com seu pai que era lavrador. Em São Luís, aprendeu a profissão de pedreiro e carpinteiro, profissões que passou a exercer para a sua sobrevivência. Nesse mesmo período, Furtuoso que tinha paixão pela música, passou a estudar música com os professores Nélio e Godofredo, onde aprendeu a ler partituras e tocar Saxofone e Saxtenor. Voltou a Peri-Mirim onde passou a trabalhar de tudo que tinha aprendido como profissão: pedreiro, marceneiro, carpinteiro, músico e lavrador.

Formou com uns amigos uma banda a qual era composta por: Furtuoso no Saxfone, Amadeu no Banjo, Ribamar na Bateria, Biné no Pandeiro, Crescenço no Violino, banda que animava as os bailes de toda a região. Nesse período conheceu Eunice Alves, que foi seu primeiro relacionamento sério, relacionamento este que deu frutos, dois filhos: José Marçal e José Orlando, mas este relacionamento não foi muito longo e deu-se a separação do casal. Em seguida, conheceu Altair, Tazinha, como era conhecida, moradora do povoado vizinho Pericumãzinho, filha de um dos músicos de sua banda, Amadeus, namoraram e em 13 de margo de 1959 casaram-se e em 30 de dezembro de 1959, nasceu a primeira filha do casal a primogénita dos 11 filhos (Célia, Dilce, Manoel, Deujanira, José Luís (falecido) Ana Cristina (falecida), João Batista, Paulo Sérgio, Ronaldo, Clodoaldo, Claudiane (falecida).

Furtuoso como um homem trabalhador continuou seu trabalho como pedreiro, carpinteiro, construindo casas e outros serviços e como marceneiro fazia móveis, portas, janelas, calçados (chamató) e até urnas funerárias (caixões). Mas não deixou a música de lado, passou a integrar o que chamou o 3° conjunto de Peri-Mirim, que era composto por Rafael Botão (Flauta), Joao Picola (banjo), Botão (bateria e vocal) Furtuoso Corrêa (saxofone) e Constantino (Trombone), era a banda xodó dos bailes perimirienses. Mais tarde junto com o irmão Constantino e Lauro Modego passa a integrar um dos melhores conjuntos musicais da cidade de Pinheiro onde permaneceram tocando juntos até a década de 80.

Como pessoa dedicada, no meado dos anos 70 ele conheceu o Instituto Universal Brasileiro, uma Escola a distância de cursos profissionalizantes e supletivos, Furtuoso com todas as dificuldades da época, conseguiu concluir o Ensino Fundamental pela instituição e o curso de Rádio Técnico, e não parou com os estudos, sempre querendo aperfeiçoar-se. Em 1981, concluiu também à distância o curso de mestre de obras da Construção Civil. Vale lembrar que os cursos à distância na época eram todos feitos via correios, material de estudo e avaliações, era necessária muita dedicação.

Como Pedreiro e Mestre de Obras, Furtuoso construiu muitos prédios no município e fora dele, pode-se citar alguns Prédios públicos: Escola do povoado Conceição, Escola do povoado Baiano, Escola do povoado Pericumã, Escola do povoado São Lourenço, Ampliação da Escola Cecília Botão, Escola do povoado Torna, Posto de saúde do povoado Conceição (hoje demolido para construgâo da UBS no local), Escola do povoado Tijuca, além de inúmeras residências.

Como lavrador gostava muito do trabalho na roça, a agricultura também fazia parte do sustento da família. Deixou este trabalho quando em 1991 e mudou-se definitivamente para a sede do município, onde já possuía residência, após uma doença de sua esposa que a deixou surda.

No lado Religioso como católico, praticante Furtuoso sempre dedicou também seu trabalho em frente à igreja no povoado Conceição. Como dirigente comunitário e alguns moradores, fundaram a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, com a construção da igreja local e transformou esse festejo na época como um dos maiores festejos comunitários do município de Peri-Mirim.

Furtuoso José Correa faleceu no dia 08 de agosto de 2014, aos 81 anos de idade.

Olegário Mariano Martins

Por Raimundo Martins Campelo

Patrono da Cadeira nº 03 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP). Nasceu em 06 de março de 1878, na cidade de Macapá, atualmente Peri-Mirim, filho de Cássio Mariano Martins e Filomena Rosa de Melo Martins, tinha sua residência fixa na Praça São Sebastião no centro de Peri-Mirim-MA.

Estudou apenas o terceiro ano primário. Casou-se aos 32 anos de idade com Amélia Gomes de Castro, com 23 anos, no dia 21 de abril de 1910. Amélia era filha de José Trajano Gomes de Castro e Clarinda Aurora de Melo.

Foi político, conceituado e respeitado pela população, assumindo a responsabilidade de conciliador das famílias, foi escrivão do segundo ofício de Peri-Mirim, comarca de São Bento pela seguinte Apostila:

Apostila

O vencimento do cargo de escrivão do segundo ofício do termo de Peri-Mirim, Comarca de São Bento, do qual é titular interino o senhor Olegário Mariano Martins, foi fixado no padrão B, na conformidade do disposto da Lei nº 491 de 30 de dezembro de 1950, a contar do dia 1º janeiro.

Secretário de Estado dos Negócios do Interior Justiça e Segurança, em São Luís, 13 de março de 1951.

Doutor Elizabeto Barbosa de Carvalho

Secretário do Interior Justiça e Segurança

Teve uma das ruas do centro da cidade de Peri-Mirim em sua homenagem.

Faleceu no dia 29 de dezembro de 1955, aos 77 anos, deixando os seguintes filhos: Valderice Martins dos Santos com 46 anos; Odete Castro Martins com 44 anos; José Ribamar Castro Martins com 42 anos; Ocino de Castro Martins com 40 anos; Zuila de Castro Martins Azevedo com 39 anos; Maria José Martins Campelo com 37 anos; Benedito de Castro Martins com 31 anos e Itaci de Castro Martins com 21 anos.

O LEGADO DE KEILA ABREU MELO EM PERI-MIRIM/MA

Por Diêgo Nunes e Edna Jara

Keila Abreu Melo Diniz nasceu em Peri-Mirim em 18 de junho de 1969. Filha de Manoel Melo (In Memorian) e Javandira Abreu Melo, foi a quarta filha de um total de seis: Manoel (In Memorian), Jeisa, Nilson, Keila, Gisele e Kênnya). Filha muito dedicada, com sua mãe e seus familiares. Casou-se com Alan Fábio Pereira Diniz e tiveram dois filhos: Luiz Eduardo Melo Diniz e Alain Victor Melo Diniz.

Morou quatro anos em São Luís para estudar. Formou-se em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Iniciou sua vida profissional muito cedo. Apaixonada pela educação, Keila já sabia o que queria. Assim, serviu o município de Peri-Mirim como educadora há mais de uma década. O seu primeiro emprego nesta cidade foi por contrato do Estado.

Era uma pessoa que amava muito tudo o que fazia. Pessoa de caráter, sincera, lutadora, colaboradora, esportista, digna, alegre, enérgica, acolhedora, lecionava com dedicação…; Estes são só alguns dos atributos que descrevem quem a conheceu.

Todas estas características chamaram a atenção das autoridades políticas da época, que lhe ofereceram o importante cargo de Secretária Municipal de Educação. Ela, de bom grado, aceitou o desafio.

Sua família testemunhou as muitas noites, madrugadas, dias, fim de semana e até feriados que Keila dedicou a este serviço público. Não foi fácil, mas ela, mesmo com pouca idade que tinha exerceu a sua gestão com muita competência, dedicação e carinho.

Deixou seu legado no município de forma positiva. Pois foi um exemplo de mulher guerreira, justa e transparente em seus relacionamentos e ações, sensível, empática, companheira e fiel em todos os momentos e para tudo. Além de gostar de fazer caridade, foi torcedora do Vasco da Gama, católica ativa e dizimista atuante.

Um problema cardíaco, até então desconhecido, tirou a vida de Keila através de um infarto fulminante aos trinta e dois anos, mais precisamente em: 03 de junho de 2002.

A lição que ela nos deixou foi viver a vida com disposição, alegria, dedicação, cultivar amizades e o amor em família.

Keila partiu muito cedo desta vida. Mas sua missão aqui na terra foi de grande relevância ao nosso município na área da Educação.

Em sua homenagem, o vigésimo quinto prefeito da cidade, José Geraldo Amorim Pereira, no seu segundo ano de administração (2001-2008) nomeou o prédio construído ao lado do antigo prédio da Câmara (atual prédio da Secretaria Municipal de Assistência Social) como “Keila Abreu Melo”. Ainda no mandato de Afonso Pereira Lopes (2009-2012), assim, como uma parte da gestão do Prefeito João Felipe Lopes (2013-2016) funcionou o curso de informática para alunos da rede pública municipal e estadual ministrados por instrutores contratados.

Por interesse da gestão da época e em concessão com a Câmara Municipal, dezesseis anos após seu falecimento, o nome “Keila Abreu Melo” foi decretado permanentemente como nome oficial da escola municipal localizado no Bairro Campo de Pouso.

Seguindo o histórico da referida escola, o autor perimiriense Francisco Viegas Paz, em seu livro “Curiosidades Históricas de Peri-Mirim (2014), relata que a Escola Municipal “Tarquínio Viana de Sousa”, localizada no bairro Campo de Pouso, foi construída na administração de Carmem Martins, entre 1989 e 1992. O nome homenageou o ex-prefeito e pai da executante da obra. Funcionava nos turnos matutino e vespertino o ensino fundamental, com a capacidade de abrigar por turno 200 alunos.

Durante seis anos (2003 – 2008) o prédio foi cedido ao Estado para alojar alunos do Centro de Ensino “Artur Teixeira de Carvalho” das séries finais do ensino médio.

Retomado para as atividades da gestão municipal, serviu como primeiro anexo da Escola Municipal “Cecília Botão”. A extensão se deu pelo número crescente de alunos advindos dos mais diversos povoados do município de Peri-Mirim. A escola matriz já necessitava de um espaço mais amplo que pudesse atender a esta nova realidade, porém, dado o aumento da demanda foi necessário adequar este novo espaço de atendimento.

Foi pelo Decreto nº 007/2018 de 11 de julho de 2018 que o nome da Escola Municipal “Cecília Botão” – Anexo I passou a ser oficialmente Escola Municipal “Keila Abreu Melo”. Localizada no Campo de Pouso, s/nº, Peri-Mirim. A escola se tornou uma entidade independente pela criação da sua inserção cadastral na Receita Federal do Brasil e cadastro no Ministério da Educação recebendo código do INEP próprio.

A escola é mantida pela Prefeitura Municipal de Peri-Mirim e administrada pela Secretaria Municipal de Educação – SEMED e PDDE, sob CNPJ nº 30.681.962/0001-14 e INEP nº 21274010 e está baseada na metodologia do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC. O nível de ensino é o Fundamental séries iniciais (1º ao 5º ano), podendo abrigar 240 alunos distribuídos em quatro turmas ativas nos dois turnos. Atualmente, os departamentos estão divididos assim: sala da direção, secretaria, cantina, banheiros, salas de aula e uma pequena biblioteca.

A instituição atende alunos provenientes das Comunidades/Povoados do município. As crianças e adolescentes dos quais constituem o corpo discente desta escola apresentam perfis socioeconômicos e culturais distintos pertencentes a diversas classes sociais, a maioria são de origem de famílias de trabalhadores rurais, pescadores e funcionários públicos. São beneficiados também por programas do Governo Federal como Bolsa Família, além de recursos diretos do FNDE: PDDE (novo Mais Educação), que contribuem diretamente para formação de um ser humano mais digno.

A Escola Municipal Keila Abreu Melo vem sendo administrada desde janeiro de 2021 pelas gestoras Darlene Nunes e Tereza Nunes as quais vêm realizando um trabalho em conjunto com sua equipe escolar voltado para o foco em projetos pedagógicos sincrônicos às competências da BNCC que envolvam alunos, famílias e a escola no processo de ensino-aprendizagem na atual modalidade: ERE – Ensino Remoto de Emergência.

A decisão de nomear a escola como Keila Abreu Melo veio do desejo popular de perdurar seu legado com honras e méritos de educadora excelente nos anos de atuação.  A escola por sua vez, honra a graça de poder cativar essa herdade com resultados satisfatórios de um ensino eficaz e sempre oferecendo uma educação melhor e de qualidade para as crianças e adolescentes do nosso município.

Colaboradores: Família e amigos de Keila A. Melo.

Velho Casarão

Por Eni Amorim

Vendo-te definhar nas sombras das tuas ruínas,
Remonto-me para o período da tua aurora juventude, onde reinavas majestoso na imponência do tempo.
Guardas em tuas ruínas histórias e lendas de personagens que habitaram dentro de ti; Histórias de amores e desamores, esperanças, alegrias, tristezas, angústias, perdas e reencontros, chegadas e partidas…
Nas histórias do senso comum que brotam da imaginação de uma gente humilde surge a lenda da ’’Freira de chamató’’ (tamanco). (Eis que na calada da noite uma freira de chamató passeia pelas varandas do casarão com seu toc, toc irritante.) Lenda essa que fez o casarão tomar uma conotação de ‘’Casarão mal assombrado’’.
Guardastes no teu abrigo: religiosos, trabalhadores, viajantes, vendedores e moribundos…
Abrigas nas tuas entranhas histórias de muitos atores, cada qual com sua singularidade que lhe é peculiar.
Agora que a velhice chegou e que não tens mais o vigor de outrora,
Jazes esquecido ao relento e aos maus tratos, Não passas de escombros e de local para deposição de excrementos humanos e abrigo para os animais que perambulam pelas ruas da cidade.
E você, velho casarão, aguarda que o tempo complete o teu processo de oxidação, enquanto você figurará nos fragmentos de uma história nas névoas do tempo.

Peri-Mirim, 20 de junho de 2015

E ASSIM EU FUI DESCOBRINDO…

Por Eni Amorim

Que o Papai Noel é um velhinho,
Que só serve para ajudar o consumismo no Natal.
Que o coelhinho da páscoa,
serve para ajudar vender chocolate na Páscoa.
Que saci-pererê mãe d’água e Curupira
São seres que povoam o mundo do folclore.
Que o príncipe encantado,
Muitas vezes vira um lobo mau.
Que não se pode agradar a todos,
Sempre terá alguém para te criticar.
Que não dá para ser bonzinho,
Sempre vai ter alguém para te magoar.
Que perdoar não é fácil,
Mas faz um grande bem para nosso ego;
Que não dá para ser igual à outra pessoa,
Porque cada pessoa é única neste universo.
Que por maior que seja a decepção,
Um dia você vai superar.
Que amor de pai, mãe e irmãos,
Vivem dentro de você para sempre.
Que o universo responde,
A mesma energia que você emite.
Que tudo que desejares para os outros,
Volta para você seja o bem ou seja o mal.
Que o meu dedo médio,
Também pode ser uma resposta atrevida.
Por mais plano que seja o caminho,
Sempre aparecerão as pedras.
Que com falha e erros,
Se esculpe a sabedoria.
Que os sorrisos,
Escondem cicatrizes dentro da alma.
Que o que nunca foi nosso,
Se deve deixar partir.
Que dinheiro não é tudo,
Mas ajuda para caramba.
Que o dedo mindinho do pé,
Sempre acerta a quina da mesa.
Que coração quebrado,
Pode ser consertado.
Que a mentira tem perna curta,
E a verdade cedo ou tarde aparecerá.
Como posso querer que alguém me entenda,
Se eu mesma não me entendo muitas vezes? Que sonhar é bom,
Mas melhor é realizar.
Que o tempo é sim,
Senhor de todas as razões.

Peri-Mirim, 13 de julho de 2021

Academia de Peri-Mirim publica Edital de convocação para realização de eleição da nova Diretoria

A Presidente da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), atendendo ao disposto nos artigos 34 a 36 do Estatuto da Entidade, CONVOCA, por meio de edital, os acadêmicos, em pleno exercício de seus direitos estatutários, para inscrição no processo de eleição.

 A eleição dar-se-á por votação a ser realizada on line e secreta, ou por aclamação, no caso de chapa única. A Assembleia Geral para proclamação e homologação do resultado da eleição será realizada pela Plataforma Google Meet, às 17:00h de sábado, dia 31 de julho de 2021.

A votação destina-se a eleger chapa completa para os cargos de Presidente; Vice-Presidente; 1º Secretário; 2º Secretário; 1º Tesoureiro; 2º Tesoureiro e três Membros do Conselho Fiscal.

Prevê o Edital que as chapas deverão ser registradas até o dia 28 de julho  de 2021 e homologadas a partir do dia 29 de julho de 2021.

No mesmo ato, a Presidente, Eni do Rosario Pereira Amorim, nomeou os componentes da Comissão Eleitoral, formada pelos acadêmicos: Alda Regina Ribeiro Corrêa; Graça Maria França Pereira; Nani Sebastiana Pereira da Silva e Venceslau Pereira Júnior, que conduzirão o processo eleitoral.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO_ALCAP ELEIÇÃO

POEMA A PERI-MIRIM

Por Giselia Pinheiro Martins

Peri-Mirim terra querida
De coração fico a admirar
Suas belezas, suas paisagens
Nem dar para acreditar

Por sua gente hospitaleira
Por teu povo acolhedor
E quem chega por aqui
Vê o Santo protetor

Peri-Mirim vem se destacando
Com a ALCAP a abrilhantar
Sua história e sua cultura
Por ela vai se eternizar

Temos muito a dizer
Sobre o que ela nos representa
Nossa Peri-Mirim tem história
Feliz de quem nela se acalenta!

Lugar de pessoas ilustres
Vou começar por meu pai
O nome dele é Walton Barreira
Que na educação foi sagaz

Vou citar mais alguns
Jarinila Campos, educadora
Voz delicada e amorosa
Destacou-se como professora

Continuando com os nomes
Dona Mirian Costa Pereira
Professora mãe de nosso confrade Júnior
Estudou com afinco, mãe guerreira!

Tive a oportunidade de conhecer
Outro nome importante
Heráclito Pinheiro, meu avô
Do Inambu era comerciante.

Sinto saudades de alguém
Que partiu sem dizer adeus
Batista Pinheiro, meu amigo
Está morando com Deus!

Dentre outros tantos…
J. Campos, Doxo, Keila Abreu
Cada um em seu espaço
Sua história escreveu!

Vou citar alguém especial
Para finalizar este poema
Minha adorada mãe Bubu
Amor Incondicional é o seu lema!

CORDEL: SÓCRATES E HANNAH ARENDT

Por Nasaré Silva

Todos vocês que aqui estão

Recebam meus cumprimentos,

É muita honra tê-los conosco,

A prestigiar nosso evento.

Miniolimpíada de filosofia

A primeira da freguesia

Palmas para este momento.

 

Nesta tarde ensolarada

Tivemos dois julgamentos:

O primeiro foi de Eichmann

Que só produziu sofrimento,

Não somente ao povo judeu

Condenou até o filisteu

Seu problema: discernimento.

 

O segundo foi de Sócrates

Que todos já ouviram falar,

Século V a. de Cristo

Ele vivia a perambular,

Questionava todo mundo

Parecia um vagabundo

A Ágora: o seu lugar.

 

Para falar sobre Eichmann

Convém neste momento citar

A cientista política

Hannah Arendt, ouviram falar?

Viajou para Jerusalém,

Não foi para dizer amém

Foi ao julgamento reportar.

 

Eichmann fora julgado

Em 1961.

Por muitos crimes de guerra,

Aqui falamos de um a um.

Ele dizia ser inocente

Não pensava, pois, sua mente,

Não tinha dote nenhum.

 

Mandou para o holocausto

Seis milhões de judeus

Idosos, crianças ou jovens,

Quem tinha religião ou ateus

Seu problema era não pensar

Hannah Arendt fez confirmar,

No livro que escreveu.

 

Eichmann em Jerusalém

É um livro seu, famoso

Nele Arendt conta a história

De julgamento oneroso

De Argentina a Israel

Foi conduzido o réu

Sob um regime rigoroso.

 

Hannah Arendt escreveu

Muitos livros, no entanto.

Praticamente em todos eles

Questionar era seu acalanto

Judaísmo: a religião

Questões políticas: sua missão

A verdade era seu manto.

 

Em 1906 nascera

A Alemanha era seu mundo.

Morou na grande Paris

Num período infecundo.

Vivera em “tempos sombrios”

Sobreviveu às guerras, o vazio,

Conviveu com moribundo.

 

Seu livro de notoriedade

As Origens do Totalitarismo,

Arendt narra como surgiu

O conhecido antissemitismo,

Pois ela queria entender

Por que tanto ódio e Poder

No mais novo regime, o Nazismo.

 

 Em Homens em Tempos Sombrios

Arendt biografa homem e mulher

Walter Bejamin, Karl Jaspers,

Os seus dois amigos de fé.

Rosa, Lessing e reflexões,

Heidegeer, uma de suas paixões,

Arendt, judia e grande mulher.

 

O termo “banalidade do mal”

Por ela, cunhado no julgamento

Amigos judeus de Hannah Arendt

Não sentiram contentamento,

Pensaram que Eichmann defendia

Não entenderam o pensar da judia

Amizade sofre estremecimento.

 

Passaria a tarde inteira

Falando de Hannah Arendt

Todo o tempo ainda é pouco

Quando o poema expressa arte.

Preciso a Sócrates voltar

E sua linda história narrar

A verdade foi seu baluarte.

 

Sócrates fora condenado

Por crimes que não cometeu

Indagar era o seu forte

Aos jovens não corrompeu,

Aos deuses não desrespeitou

Contra a mentira sofística lutou

Deram-lhe cicuta, ele bebeu.

 

Por vezes, o interlocutor

A Sócrates não entendia

Usava método “maiêutico”,

Concomitantemente, à ironia,

Quando da conversa, o fim,

Não visualizava o jardim

Da luz da sabedoria.

 

Isso gerou confusão

Na vida de muita gente,

Em Atenas, na Grécia Antiga,

Nessa parte do Ocidente,

Os cidadãos se reuniam

Na Ágora e decidiam

O melhor ao Continente.

 

Assim narra-se a história

De quem buscava a verdade,

Não mentia, perguntava,

Sobre os temas da cidade

Ele indagava porque queria saber,

Desconhecia a essência do Ser

E não aceitava caridade.

 

 

Um grupo de filósofos

Chamado de sofistas

Ficou muito incomodado

Com sucesso do politeísta.

Armaram uma encenação

Condenaram Sócrates, então,

Por crimes ainda não vistos.

 

A peça que apresentamos

Foi parte de seu julgamento

Escrito no Apologia a Sócrates

De Platão, o pensamento,

O seu discípulo fiel,

A condenação fora o fel

Amargo desse momento.

 

O objetivo deste evento

É mostrar nosso projeto

“Até que ponto nós agimos

Mediante as leis”, fazendo certo?

Vê-se nos dias atuais

Medidas descabidas, fatais,

Que impedem nosso progresso.

 

Mediantes a tantas PECs

Que tiram nossos direitos

Nos calamos, nos omitimos

Aceitamos o desrespeito.

Até onde vão os desmandos?

Nossa honra blasfemando

E tudo sendo desfeito?

 

Vamos unir nossas forças

Nossa coragem, a fé.

Aprendamos a dizer não,

Lutemos contra o lúcifer

Eichmann aceitava tudo,

Até mesmo dos judeus o tributo,

Não pensava, vivia de cliché.

 

Somente nós podemos mudar

O rumo da nossa história.

Nascemos pobres, somos dignos,

Sonhamos com as vitórias

Não fiquemos aprisionados,

Ou seremos condenados,

Sem um momento de glória.

 

Quero registrar, no momento

Meus queridos professores:

Almir e Marly Cutrin,

Ambos são doutores.

Transmitem conhecimento,

E nos dão contentamento,

E assim, perpetuam valores.

 

Deixamos aqui registrado

Os sinceros agradecimentos

A secretária Alda Regina

Dalcione, no engajamento,

Aos amigos da equipe

Vieram a pé ou de jipe

Mas estão neste momento.

 

Eles são Kelisson Melo

Nayara e Walterlino,

Nasaré como já sabem

É a poeta, tem destino.

Agnaldo, grande pastor.

Todos trabalham com amor

Em prol de um bom ensino.

 

A equipe “Esmagai a Infame”

Encerra sua apresentação.

Adquirimos competências

Dotados ou não de inspiração.

Dizemos até breve a todos.

Estes são nossos modos

Agradecemos de coração.

Escritora: Nasaré Silva
Formada em Pedagogia – FAVIX – 2012.
Especialista em Ensino da Educação Básica.
Graduanda em Filosofia – UFMA.
O cordel foi último ato para o encerramento da miniolimpíada de Filosofia sob a orientação do Prof. Dr. Almir Ferreira. Nov./ 2019.

ATA DE DIPLOMAÇÃO DE HONRA AO MÉRITO CULTURAL PERIMIRIENSE, ANO 2021

Aos trinta dias do mês de junho, por meio da plataforma google meet, reuniram-se os acadêmicos da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) e convidados para a sessão solene de entrega de Diploma de Mérito Cultural concedido pela ALCAP. A reunião foi iniciada às dezenove horas e quinze minutos com as boas-vindas dadas pelo confrade e cerimonialista da ocasião, Venceslau Pereira Júnior que convidou as confreiras convidadas para compor a mesa, a Secretária de Educação de Peri-Mirim, Giselia Pinheiro Martins e representante do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense, Ana Creusa Martins dos Santos. Logo após a presidente da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense – ALCAP, Eni do Rosário Pereira Amorim fez pronunciamento sobre o momento e a importância da diplomação de mérito cultural aos nossos conterrâneos que tanto contribuíram e contribuem para a valorização da nossa cultura, a mesma ainda declarou aberta a Sessão Solene de Diplomação de Mérito Cultural Perimiriense. O primeiro homenageado foi o confrade Carlos Pereira Oliveira que recebeu o diploma de honraria do confrade José Ribamar Martins Bordalo, ao término da homenagem, ambos se expressaram pela gratidão pela qual o confrade Carlos Pique representa para a cultura local. O segundo homenageado foi o senhor Adalberto França Coimbra, popular Galanchinho, que recebeu da confreira Ana Creusa Martins dos Santos o diploma de honraria do mérito cultural perimiriense, o homenageado se expressou agradecendo o privilégio de ser lembrado, escolhido e homenageado pela ALCAP. A terceira homenageada foi a professora Maria de Lourdes Campos que recebeu da confreira Giselia Pinheiro Martins o diploma de honraria do mérito cultural de Peri-Mirim, a professora homenageada agradeceu aos envolvidos pelo projeto e por ter sido escolhida para receber o mérito. O quarto homenageado foi o senhor Manoel de Jesus Campos, popular Santiago, que recebeu da confreira Elinalva de Jesus Campos o diploma de honraria do mérito cultural perimiriense, o homenageado expressou com forte gratidão a homenagem a ele concedida e encerrou sua fala com uma bela toada parabenizando a Academia de Letras Perimiriense. O quinto homenageado foi o senhor Rui Ribeiro Corrêa que recebeu do confrade Jailson de Jesus Alves Sousa o diploma de honraria do mérito cultural perimiriense, o homenageado agradeceu o feito da ALCAP em valorizar a cultura e desejou votos de estima a confraria. O sexto e último homenageado foi o saudoso José de Jesus Pereira Campos, eterno Zequinha de Deusdete ou  J. Campos, onde a confreira e presidente Eni do Rosário Pereira Amorim fez a leitura de honraria de mérito cultural por suas contribuições ao engrandecimento da cultura do município de Peri-Mirim, na ocasião o confrade Venceslau Pereira Júnior foi convidado a expressar um pouco sobre a vida do J. Campos, o confrade relatou o profissionalismo, companheirismo e dedicação daquele que em vida se chamou José de Jesus Pereira Campos, através de uma singela homenagem a um dos grandes ícones da cultura de nossa cidade. Em seguida, a presidente da ALCAP, Eni do Rosário Pereira Amorim fez o discurso de agradecimento, iniciando com uma pequena citação do Padre Antônio Vieira, e ainda falou acerca do respeito e valorização da tradição local e a importância da cultura para o crescimento da cidade. Relatou ainda sobre a finalidade do projeto que é de reconhecer alguns artistas da terra e a importância de tal evento em ser anualmente para que novos ícones da cultura perimiriense sejam homenageados. A sessão foi encerrada com os agradecimentos do cerimonialista, o confrade Venceslau Pereira Júnior aos convidados, no momento ainda tivemos uma pequena amostra de fotos de edições passadas que permanecem em nossa memória, apresentadas pelas confreiras: Jessythannya Carvalho dos Santos e Edna Jara Abreu Santos e, por fim, a confreira Elinalva de Jesus Campos fez a apresentação cultural envolvendo o confrade Carlos Pereira Oliveira e Santiago que apresentaram algumas de suas toadas e a confreira Maria Nasaré Silva que encerrou com uma paródia com o título Mãe Catirina. O evento encerrou às vinte e uma horas e trinta e seis minutos com a fala de agradecimento dos confrades envolvidos e dos participantes. Nada mais a tratar, eu, Diêgo Nunes Boaes, primeiro-secretário lavrei a presente Ata, que após lida e achada conforme será assinada por mim e pela presidente. Peri-Mirim, 30 de junho de 2021.