As escolas do município de Peri-Mirim têm uma importante missão de transmitir conhecimento aos alunos, bem como contribuir para preservar a cultura por meio da Educação, fortalecendo a identidade cultural, a criatividade, preservação do patrimônio, dentre outros – tarefa que vai além da sala de aula -, pois envolve conhecimento científico e meio aos saberes populares de gerações.
A confreira Edna Jara Abreu, professora da área de Linguagens das turmas do Terceirão (vespertino) do Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho trouxe ao II Festival ALCAP de Cultura: uma a exposição do Projeto Sarau Artístico-Literário Maranhense, que funciona durante todo ano letivo e tem foco nas produções artísticas e literárias do Maranhão.
Diversos grupos de alunos tiveram uma importante missão no II Festival ALCAP de Cultura – 2024, trazendo consagrados nomes da literatura maranhense, com declamações de poesias, arte em desenho, músicas e outros, afirma a Prof.ª Edna Jara.
Nesse contexto de produções artísticas e literárias, o aluno Deyvith França dos Inocentes destacou-se na noite interpretando, em estilo musical, a poesia “Canção do Exílio”, do escritor maranhense Gonçalves Dias. Ele e sua equipe interpretaram de forma belíssima e inesquecível a música, com ritmo exclusivo para o evento.
Durante o II Festival ALCAP de Cultura ocorrido em 14 de novembro de 2024, no largo da Praça São Sebastião, vários alunos da rede municipal e particular de ensino revelaram seus talentos em várias áreas da literatura, arte e cultura. A poesia abaixo é de Bruna Carla Silva França, egressa da Escola Municipal “Carneiro de Freitas”, atualmente cursa o 1º ano de Informática no Instituto Federal do Maranhão (IFMA).
ALCAP: um legado em Peri-Mirim
Em 20 de maio foi criada
A Academia de Letras, Ciências e Arte perimiriense
Uma esperança no território da baixada
A fim de promover a educação a seus discentes.
Composta por 28 membros
Assim ela se faz
Escritores, Professores, Acadêmicos formados…
Verdadeiros profissionais.
Preocupados com o futuro da cidade
Se juntaram em prol da educação
Todos juntos em uma só voz
Todos juntos em união.
Naisa Amorim, mulher guerreira
Ǫue se empenhou com força e determinação
Uma professora de coragem
Ǫue deixou nos perimirienses o sentimento de gratidão.
Durante o II Festival ALCAP de Cultura ocorrido em 14 de novembro de 2024, no largo da Praça São Sebastião, vários alunos da rede estadual, municipal e particular de ensino revelaram seus talentos em várias áreas da literatura, arte e cultura. A crônica abaixo é de autoria de Lia Carla Silva França, egressa do Centro de Educacional Artur Teixeira de Carvalho. Atualmente finalizou o ensino médio, preparando-se para prestar Vestibular.
Dias atrás pesquisei o que é nostalgia. Esse conceito sempre me acompanhou, não nego, também sempre soube o significado, mas queria ter certeza de que a sensação que me acompanhava realmente era aquela. Com a certeza em mãos, procurei no Google o conceito de memória, também sabendo do que se tratava, busquei saber o que a internet definia como memória. Segundo o Google, memória é o armazenamento de informações e fatos obtidos através de experiências ouvidas ou vividas. Já um sentimento nostálgico – segundo o mesmo meio de pesquisa – é a sensação de saudade originada pela lembrança de um momento vivido no passado ou de pessoas que estão distantes. Confio plenamente nas duas definições, mas acrescento que ambas possuem algo em comum, a saudade talvez? A sensação de pertencimento ao passado? Acredito que varia de pessoa para pessoa, experiência para experiência, e de alma para alma. No meu caso, exclusivamente, a nostalgia está relacionada à repetida sensação de vivência. Exemplo disso é um sentimento de que eu já vivi este momento antes, mas talvez de outra forma.
Quando criança, sonhava em fazer várias apresentações escolares, não como competição, mas queria que as pessoas ouvissem um pouco do que eu tinha para dizer – isso é memória. Anos depois, a ALCAP proporcionou um concurso de poesias, consegui ser ouvida, a poesia narrava – pela minha visão como criança – a cidade na qual cresci e desenvolvi toda uma vida. Foi um acontecimento pra mim, essa foi a primeira poesia lida e ouvida por alguém, por várias pessoas, inclusive – isso sim é nostalgia.
Um fato importante sobre tal memória, é que me sentir ouvida foi um ponto inicial para aprender a me ouvir e aprender ouvir a voz dos outros. Lembro que na época eu achei o máximo a iniciativa da academia de letras, uma criança sendo ouvida em público era algo brilhante. Várias outras crianças tiveram suas poesias e desenhos vistos. Adolescentes também foram ouvidos através de suas crônicas.
A escrita me acompanhou em grande parte da vida, o estudo sempre foi um forte aliado em dias nublados, ou até mesmo completamente limpos. Quando não conseguia falar, a escrita me acompanhava, escrevia tudo o que sentia, narrações do cotidiano, um diário pessoal, ou talvez uma crônica. Talvez isso seja um pouco dos dois sentimentos.
Ouvir e ser ouvida traz um sentimento de pertencimento, pertencimento ao lugar, lugar que digo são pessoas, momentos, aqueles momentos em que queremos morar para sempre. Foram nessas que ouvi várias histórias dos meus pais e avós, esses relatos foram responsáveis pelo meu segundo prêmio na ALCAP, 1° lugar na categoria crônica. Terceiro ano do ensino médio, ano em que tudo poderia mudar, ano em que todos os vestibulares finalmente se tornariam decisivos e sérios. Esse sim é um sentimento de nostalgia, é quando vivemos um momento pela primeira vez, mas sentindo o mesmo frio na barriga de todas as memórias passadas. Talvez porque o valor de um momento só seja medido quando é tornado em memória.
Nostalgia é vivência, memórias são um poder que o passado nos proporciona, usar o passado para transformar o futuro é desafiador, mas benéfico. Um outro exemplo de memória é que: quando criança eu acreditava que os estudos mudariam a minha vida. Exemplo de nostalgia? O hoje. É como falar com a mesma empolgação e crença que a Lia de 13 anos tinha. A educação transforma!
O sentimento de nostalgia talvez seja para nos lembrar e nos fazer reviver algo que pensávamos ter esquecido pra sempre, como um sonho. Foi através desse sentimento que tive a certeza da mulher que queria me tornar, foi revivendo sonhos e sensações que eu tive a coragem de correr e lutar. Talvez o passado não seja um lugar pra se morar, mas visitá-lo para que possamos transformar o nosso presente ou futuro em um lugar habitável e prazeroso, pode ser sim algo a se pensar.
Revisito meu passado hoje, com o mesmo frio na barriga de momentos passados, momentos que vivi só por transformar em escritos o que meu eu criança pensava e o meu eu adolescente guardava, revisito meu passado, pois através dele sou quem sou hoje. Revisito o meu passado porque me foi proporcionado a oportunidade de ser ouvida, já agora, sou eu quem ouço a voz das outras crianças, isso sim é nostalgia.
Crônica recitada por Lia durante o II Festival ALCAP de Cultura que ocorreu no dia 14/11/2024 na Praça São Sebastião em Peri-Mirim/MA.
Dos poucos pontos turísticos de Peri-Mirim podemos contar com o cruzeiro da Rua Espírito Santo que, salve engano, foi construído em 1947 pelo senhor Francisco Cury Guasis Zacheu, comerciante no município, que tinha a sua venda localizada na Rua Desembargador Pereira Júnior, em frente ao casarão das freiras.
Edificar uma cruz, ou qualquer outro símbolo em determinado local na cidade, não deve ser um fato espontâneo. Via de regra, primeiro concebe-se a ideia, debate-a com as autoridades e outras pessoas influentes para depois executar a obra. Como já foi dito acima, coube ao senhor Cury materializar essa ideia.
O cruzeiro tem um formato piramidal na sua base, inclusive com um degrau para servir de assento, onde algumas pessoas desfrutam desse ambiente para conversar. A altura da referida base, incluindo o assento em torno dela, é de aproximadamente um metro e vinte centímetros. A cruz mede três metros de altura, para ser avistada à distância, inclusive com um galo de metal na parte superior e no braço horizontal um esquadro, um compasso, um martelo e um cálice.
Com exceção do cálice os demais elementos são usados pela maçonaria, que se apropriou da simbologia dos instrumentos usados pelos operários na confecção dos seus trabalhos, para entronizar a ideia de perfeição dentro dos seus ensinamentos maçônicos. Já o cálice é utilizado na celebração da Santa Missa, onde o sangue de Cristo se faz presente por meio do vinho.
Na década de cinquenta e sessenta, por exemplo, dona Margarida Melo, esposa de Santos Melo, preparava junto com outras amigas, um belo presépio junto ao pé da cruz da Rua Espírito Santo. Todas as noites as famílias vizinhas se reuniam para cantar e rezar de acordo com o espírito natalino. Lá, as crianças admiravam com entusiasmo, a composição do presépio e aprendiam os cantos do Natal.
Afinal, qual o verdadeiro motivo da construção dos cruzeiros em cada extremo da sede do município? – Atualmente só existe o da Rua Espírito Santo, por ter tido os cuidados da moradora Clara de Oliveira Costa, conhecida por Clara Dogue, (in memoriam).
É notório que a cruz é utilizada como símbolo sagrado, na qual Jesus foi crucificado. Por isso os católicos creem que, onde a cruz se faz presente, coisa ruim não encosta. Assim sendo, os cruzeiros foram edificados para proteger a cidade dos seres invisíveis e horripilantes, de um extremo ao outro. E, ainda, de certa forma, trazia alento às pessoas medrosas, ou aos que eram sensitivos e conseguiam captar suas imagens a esmo.
Qualquer cidade tem suas estórias, aflições, contos e invenções. Como a cidade de Peri-Mirim, antiga Macapá, foi edificada entre o campo de água doce e os morros e pequenas matas, não era difícil, aqui e ali, deparar-se com alguma coisa inerente a esses habitats. Se pelo lado do campo predominava a lenda da curacanga, pelo lado dos morros e matas, as lendas de currupira, mãe d’água e outras tantas não passavam despercebidas.
No dia 11 de novembro de 2024, segunda-feira, aconteceu a final do Projeto Soletrando na Escola Municipal “São João Batista”, localizada no Bairro do Portinho, Peri-Mirim/MA. A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) foi convidada a prestigiar e participar do tão esperado evento, pelo segundo ano consecutivo.
A escola que recebeu esse nome em homenagem ao Santo Protetor da comunidade – São João Batista, foi fundada no ano de 1978, na gestão do Prefeito João França Pereira (1977 a 1982), e regulamentada a criação pelo Decreto nº 611/85 e Resolução nº 228/2002 – CEE 17/10/2012.
O Projeto de Soletração, implementado no PPP da escola desde 2022, promove aos estudantes a prática de leitura, escrita, ortografia, amplia o vocabulário, as habilidades cognitivas e a compreensão da norma culta da língua portuguesa de forma lúdica e divertida.
Os alunos do fundamental menor (1º ao 5º ano) da escola, passaram por quatro eliminatórias, com palavras de nível fácil, médio e difícil foram todas introduzidas e trabalhadas em sala de aula antes, por todos os respectivos professores. A dinâmica do soletrando se baseia no acerto de todas as palavras sorteadas; cada turma com palavras específicas para cada nível. Ficaram para a semifinal quatro alunos de cada turma. Para que, depois do embate, ficasse um vencedor para disputar a grande final.
A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) recebeu com grande satisfação o convite e honrou o compromisso em fazer-se presente, compondo a mesa dos Jurados, representada pela confreira Edna Jara Abreu Santos (Cadeira 25), na oportunidade, com efeito de imensa gratidão pelo convite, a ALCAP doou uma cesta de kit escolar para um dos vencedores.
Os alunos finalistas foram: Enock Davy (1º ano); Yanna Walenthyna (2º ano); João Victor (3º ano); Gleycielle; (4º ano) e Kevellin Maria (5º ano).
Depois de passarem por rodadas disputadíssimas, com aproximadamente duzentas palavras no geral, chegou-se a um resultado:
O quinto lugar ficou com a Kevellin Maria; Gleycielle ficou com o quarto lugar; João Victor ficou em terceiro. Foi uma disputa acirrada pelo primeiro lugar, porém, o resultado ficou empatado, sendo dividido o prêmio final entre os alunos Enock Davy (1º ano); Yanna Walenthyna (2º ano). Os outros três semifinalistas, de cada turma presentes ao evento, também foram agraciados pelos professores com presentes e mimos como forma de motivação a continuarem se empenhando e aprendendo.
A ALCAP acredita em projetos como este que revoluciona a Educação e, simultaneamente, transforma a vida das crianças e jovens perimirienses. Fazendo-se saber que é a Educação o ponto-chave para melhorar nosso futuro e que deixa marcas positivas na vida e história dos discentes. Na oportunidade, a Academia parabeniza a escola São João Batista pelo incentivo à escrita e leitura e agradece o convite ensejando já o próximo.
Maria Regina Martins Cabral, nasceu na cidade de Pinheiro-MA, na Baixada Maranhense. Possui graduação em Assistente Social pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em 1988. É Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), em 2013, também cursou Doutorado Sanduíche pela USP/Universidade de Sevilla/Espanha em 2012.
Regina possui uma vasta fomação acadêmica: cursou Educação Popular e Alfabetização de Adultos, pelo CEAAL, Crefal, Pátzcuaro, México (1989); Especialização em Alfabetização, pela Universidade Federal do Maranhão (1994); Mestrado em Educação, pela Universidade Federal do Maranhão (1999); Curso de Formação em Liderança e Desenvolvimento Social para América Latina e Caribe, pela Universidade Federal de Pernambuco (2003); Curso sobre Liderança Social pela Academic and Professional Programs for the Americas – LASPAU, Boston, EUA (2006); Pós-Graduação em Economia Social e Desenvolvimento Local, pela Universidad General Sarmiento – AR (2007). Ministrou disciplinas (Sociologia, Filosofia, História e Estrutura da Educação, Metodologias, Pesquisa Científica) em cursos de graduação da UFPI, UEMA e CEFET/IFMA. Articulou e coordenou a RAAAB – Rede de Apoio à Ação Alfabetizadora no Brasil e o Fórum Estadual em Defesa da Educação Pública no Maranhão (1989-1994). Trabalhou na Secretaria de Educação de São Luís como Coordenadora de Ensino e Secretária Adjunta de Educação (1996-1997). Foi Consultora do Ministério da Educação/PNUD, para articulação de secretarias de educação de municípios e estados brasileiros para garantia da formação continuada dos professores (1999-2001).
É cofundadora e dirigente do Instituto Formação desde 1999. Temas de pesquisa: história da luta pela educação pública no Brasil (HISTEDBR – UFMA/UNICAMP), gestão de projetos educativos em sistemas municipais de educação; alfabetização de jovens e adultos, juventude e políticas públicas, educação profissional na perspectiva do desenvolvimento local sustentável (Instituto Formação).
Concebeu e coordenou o Conjunto Integrado de Projetos (CIP Jovem Cidadão) integrando desenvolvimento cultural, social e econômico (desde 2003 a 2008). Concebeu e orientou a implantação do projeto educativo de Centros de Ensino Médio e Educação Profissional (CEMP) – considerados pontos de desenvolvimento de território (desde 2004) e o projeto EJA Profissionalizante (2004-2008).
Assessorou a implementação de experiências de formação profissional de jovens articulando esse processo formativo com a prática social nas comunidades onde vivem. Coordenou equipe de sistematização do Plano de Educação da Cidade de São Paulo (2010). Elaborou versão inicial do relatório sobre o processo de construção do Plano de Educação da Cidade de São Paulo (2011), pela Ação Educativa.
Coordenou a elaboração final do Plano de Desenvolvimento Territorial Sustentável do Território Rural Campos e Lagos (2012). Elaborou materiais didáticos para formação continuada de jovens e adultos considerando as dimensões da formação política, cultural e profissional (de 1990 a 2003).
É Fellow da Ashoka (desde 2010) e integrante da Kelloggs Fellows Leadership Alliance (desde 2012). É fundadora e Presidente do Instituto Maranhão Amazônia de Ensino Superior (IMAES) e da Formação Faculdade Integrada (FFI). Em seus blogs divulga algumas de suas ideias e opiniões. Atualmente tem sido uma forte mentora de projetos na Baixada e mais precisamente em Peri-Mirim, idealizadora da Formação Faculdade Integrada com o polo em Buritirana, Peri- Mirim, onde tem formado inúmeras pessoas no ramo da saúde e educação.
Regina é uma mulher de fibra, inteligente, dedicada, possui uma simplicidade cativante, detentora de forte carisma pessoal, firme nos seus propósitos e sempre disposta a ajudar aqueles que necessitam de conhecimento para se desenvolver pessoal e socialmente – Regina Cabral é uma pessoa admirável.
A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) e parceiros promoverão no dia 14 de novembro de 2024, o II Festival de Cultura. O referido festival é um grande encontro de manifestações culturais que surgiu com o objetivo de promover um evento democrático de ampla participação popular que incentive a prática e vivência da cultura como expressão artística, contribuindo para a difusão cultural e o desenvolvimento regional por meio da cultura tradicional.
Na 1ª edição do festival, realizada no dia 07 de junho de 2019 em Peri-Mirim, criou-se um espaço para a divulgação da cultura e arte local. A praça central da cidade recebeu atrações como música, poesia, tambor de crioula, capoeira, artistas da terra, exposições, estande de venda de livros, feira gastronômica, roda de conversa e lançamento da 2ª edição do livro “Dicionário do Baixadês”, do escritor e acadêmico Flávio Braga.
Nesta 2ª edição, prevista que ocorrerá no dia 14 de novembro de 2024 na Praça da Igreja da Matriz de São Sebastião, estima-se receber um grande público que prestigiará várias atrações, conforme Programação abaixo:
17h – ABERTURA DA TENDA CULTURAL COM OS DESBRAVADORES (IASD): Coral Infantil Cantos de Alma, Apresentação teatral (EMCB), Coreografia (UMADPM), Dança contemporânea
17:40h -MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
18:30h – POESIA E MÚSICA
19h – GRANDE ENCONTRO DOS ARTISTAS DA TERRA: Carlos Pique, Santiago, Paim, Edeilson, Paulo Sérgio e Frank Wilson
20:30h – APRESENTAÇÃO TEATRAL NO SINDPROESPEM (vagas limitadas*): 1) 0 Menestrel -Shakespeare (Thyago Alves) e 2) Espetáculo Curacanga (IFMA).
A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) promoverá a quarta Edição daFeira de Troca de Mudas, Sementes e Saberes, em parceria com a VII Ação de Graças na Jurema, que será realizada no dia 16 de novembro de 2024, no Sítio Jurema, Povoado do Cametá, no município de Peri-Mirim-MA.
A referida feira será realizada por meio do Projeto Plantio Solidário “João de Deus Martins”, que tem como gestora, Ana Cléres Santos Ferreira, que sempre contou a colaboração de Maria do Carmo Pinheiro, ambas amigas da ALCAP, as quais preparam um ambiente aprazível para receber a comunidade. A Ação de Graças na Jurema foi idealizada por José dos Santos, para promover a União em sua Comunidade.
Por iniciativa da acadêmica Jessythannya Santos, o objetivo da feira é auxiliar na preservação da biodiversidade, promover a educação ambiental, bem como estimular a alimentação orgânica e saudável. As mudas serão fornecidas pelo Jardim Botânico da Vale S.A. Porém, a maioria das mudas são oriundas do Sítio Boa Vista, de propriedade da gestora do Projeto.
Além de mudas de hortaliças, legumes e outros vegetais, serão trocadas/disponibilizadas plantas ornamentais, mudas de árvores frutíferas e não frutíferas, plantas medicinais, sementes e muito conhecimento e diversão. Esperamos contar com a participação de engenheiro agrônomo ou outro especialista, para orientar as pessoas.
Nasceu no povoado Meão, não sabia ler e escrever, mas obtinha uma inteligência admirável, nunca havia frequentado escola, mas seus saberes e conselhos eram temidos por todos. Na comunidade era tido como um profeta. É patrono da Cadeira número 08 (oito) da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), ocupada por Graça de Maria França Pereira.
Casou-se com a senhora Alaíde Pereira, quando construiu família mudou-se para o bairro do Portinho. Em sua união com a Alaíde teve 09 filhos: João Pereira, Antônio Pereira, José Pereira, Macico Pereira, Constâncio Pereira, Donízia Pereira, Anicolina Pereira e Raimunda Pereira, e de outro casamento, Raimunda Azevedo, todos já falecidos. Secundino criou seus filhos e muitos de seus netos, adorava fumar charuto.
Secundino Mariano Pereira foi vereador em Peri-Mirim, ele também gostava da cultura, fazia blocos carnavalescos e bumba-boi. Conforme depoimento do seu neto João Pereira Amorim: “lembro de um dos blocos, chamado BLOCO DOS MARINHEIROS, no bloco tinha um barco de buriti de 2 e meio metros, era muito bonito, para minha felicidade quando acabou a festa fui apresentado pelo meu avô com aquele barquinho“.
Em 1977 na gestão de um de seus netos: João França Pereira, teve a praça do bairro do Portinho construída em sua homenagem, e em 2003 na gestão do seu outro neto: Geraldo Amorim Pereira, reformada e ampliada além da construção de uma escola no povoado Centro dos Câmaras.
Secundino tem uma geração de netos e bisnetos, doutores, professores, advogados e pessoas ilustres. O próprio era uma das pessoas ilustres de Peri Mirim, dono de barcos, canos, gado, carros de boi e de muitas terras. Ele tinha um barco chamado “formosa”, um barco famoso, quando chegava na Beira Mar em São Luís, o povo já avistava de longe, com suas belas cores nas tonalidades: amarelo, azul, branco e preto, cores prediletos do Secundino, que pintava anualmente, abrilhantava seu belo barco que se destacava em meio a muitos naquela época.
O Secundino era quem construía o seu próprio barco, o consertava e pintava. Além de fabricar canoas e pneus dos carros de boi, na época eram muito utilizado no translado de lenhas para as olarias, além de outros tipos de cargas. Secundino e Gaudêncio eram os únicos, na época que transportavam mercadorias de São Luís, atracavam na Beira Mar, pegavam as compras dos comerciantes perimirienses, traziam até o armazém, na Vala ou barragem do defunto (atual barragem Maria Rita) para abastecer os comércios de Peri Mirim, praticamente 05 dias de viagem, eles reversavam, um dia Secundino (barco Formosa) e no outro Gaudêncio (barco França Filho, depois mudou para Lucimar).
Um fato importante é que hoje o bairro do Portinho tem o padroeiro São João Batista graças ao Secundino Mariano Pereira, que fez a primeira capela para abrigar a imagem doado pela senhora Gertrudes Pinheiro, conterrânea do povoado Minas, que morava no Rio de Janeiro e mandou a imagem pra São Luís de avião, Secundino trouxe em seu barco formosa, deixou na residência do senhor Egídio Martins, no povoado Jaburu, e assim organizou uma procissão do povoado Jaburu até a capela de São João Batista no bairro do Portinho, no dia 24 de setembro de 1952, procissão esta que marcou a vida do Secundino, além de ser devoto de São João Batista, o mesmo começou a ser um cristão assíduo nas missas e rezas da igreja local. Com isso, há 72 anos o bairro do Portinho tem como padroeiro São João Batista.
No dia 14 de janeiro de 1960, aos 78 anos, Secundino Pereira faleceu em São Luís onde foi sepultado no Cemitério do Gavião.
Aos vinte dias do mês de outubro do ano de dois mil e vinte e quatro, às 15:31min, em segunda chamada, nesta cidade Peri Mirim, Estado do Maranhão, no Centro Educacional “Artur Teixeira de Carvalho”, situado na rua Presidente Getúlio Vargas s/n, Centro, reuniram-se em Assembleia Geral Extraordinária, membros da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense- ALCAP, de forma presencial e híbrida. Tendo como participantes: Adelaide Pereira Mendes, Ana Creusa Martins dos Santos, Diêgo Nunes Boaes, Edna Jara Abreu Santos, Eni do Rosário Pereira Amorim, Francisco Viegas Paz, Jessythannya Carvalho Santos, Liliene da Glória Costa Ferreira, além das amigas da ALCAP, Ana Cléres Santos Ferreira e Maria do Carmo Pereira Pinheiro. Assumindo a presidência dos trabalhos, a senhora Ana Creusa Martins dos Santos, que designou a mim, Diêgo Nunes Boaes, para secretariar os trabalhos. A presidente Ana Creusa, deu as boas-vindas aos participantes e apresentou a pauta da Assembleia Geral, pontuando temas relevantes, como: Sentimento de pertencimento e comprometimento com a ALCAP; Indicação e discussão sobre a eleição da nova diretoria no dia 15 de novembro; Comissão provisória de Gestão da ALCAP; Evento do dia 14 de novembro, denominado II Festival ALCAP de Cultura. Os confrades apresentaram seus depoimentos e situações acerca do pertencimento à ALCAP e o que poderemos fazer para manter viva e unida como outrora, bem como a importância de participarmos mais dos eventos e colaborarmos de todas as formas possíveis para o bom êxito da ALCAP. Sobre a indicação provisória de uma comissão de Gestão da ALCAP, que ficará responsável pelos andamentos dos trabalhos até dia 15 de novembro, data da eleição da Nova Diretoria, por unanimidade os presentes destacaram o nome de três confrades: Jessythannya, Diêgo e Edna Jara, que de bom grado aceitaram a missão. Dessa forma, a comissão provisória será presidida por Jessythannya. A mesma tem a tarefa de organizar um bilhete com as ações previstas após a divulgação da ata desta reunião e conversar com os membros que não estão participando, para que se aproximem mais da confraria. A comissão ficará encarregada de organizar o evento do dia 14 de novembro, o II Festival ALCAP de Cultura, iniciado pela diretoria anterior. Sobre a eleição da Nova Diretoria, a confreira Ana Creusa franqueou a oportunidade a todos os presentes para quem tivesse disponibilidade a se candidatar à presidente da ALCAP, a acadêmica Jessythannya, após ouvir todos, se posicionou e teve votos de todos os presentes para concorrer como presidente, ela irá montar sua Chapa para concorrer à eleição. Nada mais havendo a tratar, a senhora presidente deu por encerrada e datada eu, Diêgo Nunes Boaes, secretário, escrevi e assino.