Manoel de Jesus Andrade Braga

Ocupante da Cadeira nº 13 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), que tem como Patrono Walter da Silva Braga. Nasceu em 04 de novembro de 1960 em Per-Mirim, Povoado Pericumã. Filho de Walter da Silva Braga e de Maria José Andrade Braga.

Vida escolar:

Primário – Escola Urbana Santa (Pericumã) e Escola Coração de Jesus (São Luís); Ginásio – Centro Educacional do Maranhão (CEMA – São Luís); Segundo Grau – Colégio Zoé Cerveira e Colégio Ateneu Teixeira Mendes (São Luís); Terceiro Grau – Faculdade de Farmácia na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Pós-graduação: Especialização em Saúde Publica pela Escola Nacional de Saúde Pública.

Vida Profissional:

Clínica de Endocrinologia, Diabetes e Medicina Nuclear do Maranhão (Bioquímico); Hospital do Servidor do Estado do Maranhão (Hospital do IPEM-Bioquímico); Centro de Ensino Gonçalves Dias (Professor); Centro de Patologia;do Maranhão/Hospital Português (Bioquímico); Universidade Estadual do Maranhão (UEMA – Professor); Centro de Saúde do Cohatrac (Bioquímico); Drogaria Gonçalves (Farmacêutico); Unidade Mista do Maiobão (Diretor Geral); Unidade Mista do Itaqui-Bacanga (Diretor Geral); Hospital Dr. Clementino Moura – Socorrão II(Bioquímico); Hospital Presidente Vargas (Bioquímico); Centro de Saúde AMAR (Atendimento Medico Ambulatória Rural – Diretor Geral); Hospital Dr. Djalma Marques – Socorrão I (Bioquímico).

Viajou para São Luís aos 11 anos no ano de 1971 em busca de melhores condições de vida. Seguindo o caminho de seus outros irmãos que já tinham desembarcado na Ilha do Amor.  Com a orientação firme de seus pais de que filho de pobre só melhora de vida através de muita dedicação aos estudos. Foi morar no bairro da Liberdade onde cresceu como tantos outros jovens de famílias carentes. Escola pela manhã e pelada na rua à tarde. Lá se envolveu com os movimentos de jovens da Paróquia do Divino Espírito Santo, na época comandada pelo padre Antônio Cambron, chegando a fundar um grupo de jovens chamado AJUD (Aliança da Juventude Democrática) que entre outras tantas coisas que aprontou, criou um jornalzinho chamado Caminhando e Lutando contando para isso com a orientação do saudoso jornalista Aldionor Salgado, morador do bairro.

Teve uma grande afinidade com a Teologia da Libertação, cujos expoentes na época eram o Pe Rejane, Pe Marcos Passarini e Pe Vitor Acelim orientadores da Pastoral da Juventude na Diocese de São Luís. Dessa militância religiosa, orientado por essa linha pastoral, para militância politica foi só um passo. No inicio dos anos 80 se filiou ao PT (Partido dos Trabalhadores) o que coincide com o inicio de construção desse partido. Militou no PT por 27 anos só saindo quando o partido, após chegar à presidência da republica, perdeu o caminho se desviando dos seus ideais.  Chegou a ser candidato a vereador em 1988 e participou como delegado do Congresso do partido em 1989, na cidade de São Bernardo do Campo, que homologou a primeira candidatura do futuro presidente da republica.

Em 1979 teve participação intensa na Greve da Meia Passagem como estudante secundarista. Inclusive, saindo na capa de uma revista de circulação nacional carregando uma faixa ao lado do amigo Edvaldo Duarte Silva já falecido.

Em 1981 foi aprovado no vestibular para Farmácia na Universidade Federal do Maranhão.  Imediatamente se incorporou à Pastoral Universitária onde teve intensa militância e fez grandes amizades. Também se envolveu no Movimento Estudantil vindo a ser Presidente do Diretório Acadêmico Oswaldo Cruz do curso de Farmácia e Secretario Geral do Diretório Central dos Estudantes da UFMA.

Como profissional continuou com sua militância politica. Foi vice-presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Maranhão e em seguida presidente por dois mandatos. Foi conselheiro do CRF (Conselho Regional de Farmácia) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Na militância politica tem grande orgulho de ter tido como camaradas os ícones da politica nacional Luís Carlos Prestes, Gregório Bezerra e Maria Aragão.

É pai de cinco filhos: Diego (Advogado), Luana (Médica), Luenna (Advogada), Victor (Estudante de Engenharia Civil) e a pequena Valentina.

Hoje tem como companheira Valbiciana Teixeira Silva com quem mora na comunidade Baiano em Peri-Mirim de onde continua com suas lutas pra melhorar a qualidade de vida das pessoas através do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense e contribuindo com as comunidades quilombolas em suas lutas.

Que homem é um homem que não faz nada pra melhorar o mundo em que vive!

Ana Creusa Martins dos Santos

Ocupante da Cadeira nº 12 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), que tem como patrono João de Deus Martins. Natural de Peri-Mirim-MA. Nasceu em 27 de julho de 1959. Filha de José dos Santos e Maria Amélia Pinheiro Martins dos Santos, sua vida escolar foi coroada de êxito. Iniciou seus estudos aos 8 (oito) anos de idade na Escola Sá Mendes, no Povoado Ilha Grande. Chegou à escola já sabendo ler e escrever, o que aprendeu com sua irmã Cleonice. Estudou o curso primário e ginasial em Peri-Mirim, no Grupo Escolar Carneiro de Freitas, e no Ginásio Bandeirantes de Peri-Mirim, que funcionava na Escola Cecília Botão.

Nessa época, o município não possuía ensino médio. Ana Creusa e seus irmãos foram estudar na capital. Estudou no Centro de Ensino Médio Gonçalves Dias, habilitando-se em Técnico de Enfermagem.

Depois de um ano e meio no Curso Pré-Vestibular MENG, foi aprovada nos cursos de Ciências Contábeis, na UFMA e Medicina Veterinária na antiga FESM (hoje UEMA). Frequentava os dois cursos por três períodos, depois teve que abandonar o curso de Veterinária.

Bacharelou-se em Ciências Contábeis e Direito pela Universidade Federal do Maranhão. Logrou aprovação em mais de uma dezena de concursos públicos, entre os quais: Auditor de Controle Interno da então Auditoria Geral do Estado do Maranhão e Auditor Interno da Secretaria de Estado da Fazenda do Piauí; Auditor Fiscal de Tributos Estaduais dos estados do Maranhão, Piauí, Rondônia, Amazonas e Sergipe; Analista de Controle Externo do TCU (por duas vezes); Analista do Tribunal Regional do Trabalho em Rondônia; Professora titular para o Curso de Ciências Contábeis na Universidade Federal de Rondônia.

É aposentada como Auditora Fiscal da Receita Federal do Brasil; Advogada; Contadora; Presidente do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense, biênio 2017-2019; Coautora do livro Ecos da Baixada; Membro fundador da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense – ALCAP, detentora da Cadeira nº 12. Presidente de Honra do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense, biênio 2019-2021. Idealizadora do Jornal Eletrônico “O Resgate”, mantido pela ALCAP; autora do livro Cem Anos de Gratidão. Presidente da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense – ALCAP (biênio 2022-2024).

Adelaide Pereira Mendes

Ocupante da Cadeira nº 11, que tem como patrona Jarinila Pereira Campos. Adelaide reside em Peri-Mirim-MA, nasceu no dia 16 de dezembro de 1957, no povoado Brito no Município de Bequimão, época em que as mulheres grávidas tinham seus filhos em casa, acompanhada por parteira leiga. Mas, foi registrada no Município de Peri–Mirim. Filha de Raul Pinheiro Mendes e Constancia Pereira Mendes. Avós paternos: Manoel Guido Sá Mendes e Francisca Pinheiro Mendes; Avós maternos: Calixto Mariano Pereira e Raimunda Mariana Pereira. O casal Raul e Constancia tiveram 9 (nove) filhos: Terezinha, Zilda, Orlando, Raul, Maria do Socorro, Edvaldo, Josabel, Clerice e Adelaide. Destes irmãos já faleceram: Terezinha, Zilda e Josabel, consequência da falta de assistência médica, os demais estão todos vivos. Seus pais criavam porcos, galinhas, pescavam, caçavam, trabalhavam na lavoura e realizavam outras atividades que propiciavam o sustento da Família, são católicos praticantes e gostam das atividades folclórica e cultural.

Com necessidade e preocupados com a Educação Escolar das filhas mais novas Clerice e Adelaide os mesmo chegaram a uma decisão de fazer uma casa em Peri-Mirim, para poderem estar próximos dos filhos acompanhando-os na Educação familiar e educacional, já que alguns tinham saído da companhia deles pelo motivo de estudarem em Peri-Mirim e outros em São Luís em casa de parentes e compadres. Vieram do Brito para Peri-Mirim. Sua mamãe veio morar com os filhos, nos finais de semana o pai vinha passar com a família, porém, quando precisava dos serviços domésticos a mãe ia com ele para ajudar, nas atividades pois, de lá que vinham os mantimentos e a renda familiar, enquanto a mãe estava com papai no Brito, quem colocava ordem e respondia pela casa eram os irmãos mais velhos: Zilda, Raul e Edvaldo, os seus avós como moravam em Peri-Mirim, estavam sempre nos visitando e acompanhando.

Com 09 (nove) anos, iniciou os estudos com a professora Santinha Miranda, estudando particular na sua residência a Carta de ABC, depois uma Cartilha que não lembra o nome, não foi matriculada na Escola Pública por ser considerada criança perto dos demais alunos já matriculados. Mas quando completou 11 anos, foi matriculada (1968), na Escola Púbica chamada Grupo Escolar “Carneiro de Freitas”, aluna da Professore Isabel na 1.ª série, no ano seguinte na 2.ª série aluna da Professora Paula ambas vieram de São Luís, cursou duas vezes a 3.ª série com a Professora Maria Nasaré Serra Maia, não desistiu e concluir os estudo da 4.ª série na mesma Escola em 1972, não lembra o nome da Professora, mas lembro da merenda servida por Dona Mundica de Miguel.

Em 1973 foi a matriculada no Ginásio Bandeirante, cursando a 5.ª série, no ano seguinte foi para São Luís, cursou a 6.ª série no Colégio Luís Domingues, foi aprovada, retornando a Peri Mirim, concluiu a 7.ª e 8.ª série no Ginásio Bandeirante com 19 anos (1976). Em 1977, ingressou no 2.º Grau no Colégio Agripino Marques e concluir o 2.º Grau no ano de 1979.

No dia 01 de junho de 1978 fui chamada e nomeada para trabalhar no setor da Educação no Município de Peri-Mirim, exercendo a função de Professora de 1.ª a 4.ª série na Escola Cecília Botão. No dia 01 de março de 1989 na Administração da Prefeita Carmem Martins, foi transferida para prestar serviços na Escola Municipal “Tarquínio Sousa”, turno vespertino, povoado Pedrinhas, estava cumprindo suas funções de Professora, no povoado onde fui bem recebida e querida por todos, uma experiência muito valiosa, uma aprendizagem que não se encontra em escola, houve troca de ensinamento, de aprendizagem até o dia que, no final de semana quando cheguei em casa foi entregue uma carta  de exoneração data do dia 22 de 06 de 1989, motivo abandono de cargo, aproveitei para pensar, preparar os documentos escolares para ser entregue na segunda feira aos Pais dos alunos, ao chegar no Povoado fiz uma reunião com as Mães e os Pais, falei o que estava acontecendo, que era uma perseguição política.  

Nani Sebastiana Pereira da Silva

Ocupante da Cadeira nº 10 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), que tem como patrona Maria de Nasaré Serra Maia. Nasceu no dia 16 de novembro de 1956, no Povoado Santana, filha de Francisca Pereira e Canuto dos Santos Araújo, natural de Peri Mirim, mais precisamente do Povoado Tremedal, a mesma não recebera o sobrenome do seu pai. De uma geração de quatro irmãos. Filha de mãe solteira, sempre ajudou sua mãe nos afazeres domésticos.

Neta de português, senhor Albertino Nunes, natural de Açores, fugindo da II Guerra Mundial se instalou nas terras de Santana. Nani, iniciou seus estudos na Escola Municipal Carmela Dutra, aos 7 anos de idade, com a professora Laura Ferreira. Estudou 3ª e 4ª séries na Escola Carneiro de Freitas, sendo suas professoras Jarinila Pereira Campos e Maria Lucinda Campos. Da 5ª a 8ª série ingressou por meio de um exame de admissão ao Ginásio Bandeirante, que havia iniciado suas atividades escolares no Salão Paroquial, e em seguida para o prédio da Escola Carneiro de Freitas. Como em Peri-Mirim não tinha ensino médio, a mesma mudou-se para a cidade de São Bento. Estudou nos anos de 1975 e 1976 no Colégio Felipe Canduru.

Exerceu entre os anos de 1975 e 1976 o cargo de qualificação de eleitores e secretária dos juízes, ofertada pelo senhor Geraldino, seu conterrâneo, no Cartório Eleitoral de São Bento.

No fim de 1976, resolveu voltar para Peri-Mirim, para cuidar de sua mãe que havia adoecido, aguardou apenas concluir o 2º ano do Ensino Médio e retornou para sua terra natal.  Casou-se também em 1976, aos 20 anos com o senhor Claudino Hermogenes da Silva, natural do povoado São Raimundo, onde tiveram 5 filhos, Cariene Pereira da Silva, Carine Pereira da Silva, Catiene Pereira da Silva, Carim Pereira da Silva e Carlin Pereira Silva. Ingressou no Colégio Cenecista Agripino Marques onde concluiu o Ensino Médio e o magistério.

Começou a lecionar em 1977 na Escola Municipal Carmela Dutra, na forma multisseriado, atuou por 8 anos como professora no povoado Santana. Trabalhou como membra voluntária do Clube das Mães do povoado Santana, cuidando de hortas e artesanato para auxiliar na renda das famílias da comunidade, sob orientação da senhora Ana Lúcia de Almeida.

Mudou-se para a sede do município de Peri-Mirim no ano de 1983 com sua família, residiram na Rua Espírito Santo atual residência do senhor Francisco, conhecido como Chico Parafuso.

Começou a lecionar na Escola Municipal Cecília Botão no ano de 1983, lecionava didática dos Estudos Sociais, Matemática e Filosofia, trabalhou na escola por 20 anos.

Lecionou também no Colégio Cenecista Agripino Marques por 11 anos como professora do Ensino Médio e Magistério nas áreas das ciências humanas. Recebia 0,30 centavos hora/aula.

Perdeu seu marido no ano de 2000, aposentou-se no ano de 2005, foi membra da Pastoral da Criança por 12 anos juntamente com Ana e Eline, sempre contribuindo com a Pastoral da Criança em todos os ramos.

O que mais sente saudades era da convivência em Santana com seus familiares. Atualmente faz parte da legião de Maria na qual ajudou na fundação em 2006, residente e domiciliada na Rua Opílio Lobato há 28 anos, hoje mora na companhia do filho mais novo, Carlin Pereira Silva, tem 08  netos, e é membra ativa da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense. Resolveu ingressar na Academia de Peri-Mirim, pela contribuição que terá em relação ao seu conhecimento com a educação, ciências e artes.

Cleonice de Jesus Martins Santos

Ocupante da Cadeira nº 09 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), que tem como patrona Maria José Campos Ferreira. Nasceu no povoado de Cametá, município de Peri-Mirim, na Baixada Maranhense a aproximadamente 100 km da capital, São Luís.no dia 07 de março de 1952, filha de José dos Santos (in memoriam) e Maria Amélia Pinheiro Martins dos Santos. Possui dez irmãos, sendo dois já falecidos.

Estudou na “Escolinha de “tia Rosinha”, no povoado de Carnaúba no ano de 1959 e no ano seguinte foi estudar no povoado Ilha Grande com a professora Maria de Lourdes Pinheiro  Martins (in memoriam), esposa de Pedro  Pinheiro Martins (in memoriam), o tio Pedrinho. Posteriormente, foi transferida para a sede do município, no Grupo Escolar Carneiro de Freitas, tendo como professora, dona Glacy.

No ano de 1962, a pedido dos pais, foi morar na casa de sua madrinha Luci, que no mesmo ano, mudou-se para o município de São José de Ribamar, deixando-a na casa de sua professora, citada anteriormente.

Em 1963, aos 11 anos, a irmã do seu pai, Joelzila que morava na cidade de São José de Ribamar, ofereceu sua casa para que fosse morar e estudar, no que foi prontamente aceito. Lá concluiu o antigo Primário, que na época era composto por 5 anos (do 1º ao 5º ano), no Grupo Escolar Dr. Paulo Ramos.

No ano de 1968 retornou à sua terra natal, passando a estudar no Ginásio Bandeirantes, situado na sede do município, que tinha como diretor, o Padre Gerard.

Logo no ano seguinte, como já havia se habituado a viver em uma cidade mais desenvolvida, não conseguiu adaptar-se naquela pacata comunidade, pediu a seu pai que conseguisse outro lugar onde pudesse morar e continuar seus estudos. Seu Zé Santos que sempre foi um exemplo de compreensão e bondade, acatou sua vontade, desta feita enviando-a para estudar em São Bento, no Ginásio Industrial, com a ajuda do saudoso “tio Pedrinho”, já que foi morar em sua casa onde já estavam os seus filhos: Ana Rita (Nicó), Maria José (Zezé), João Batista, Maria Georgina (Dinha) e Pedro Sobrinho Filho, (o “Tataindê” de Cleonice), permanecendo por lá apenas um ano.

Em 1970 novamente “determinou” que o seu lugar não era onde estava, mas em um centro mais desenvolvido de onde já havia vivido antes e, seu pai, como sempre, acatou sua decisão, levando-a de volta para São José de Ribamar, mas lá só ficou um ano, indo residir na capital, na residência do tio Alípio para cursar o curso de Auxiliar de Enfermagem, abortando para sempre, o seu ideal de ser Veterinária.

Em 1963, ingressou no mercado de trabalho com a ajuda de um grande amigo seu o dr. Ibraim Almeida, na Secretaria Estadual da Saúde e no seguinte prestando concurso para a mesma instituição, mas para o cargo de Agente Saúde Pública onde permanece até a data presente.

Em 2004 com o apoio incondicional do seu irmão Carlos Magno (In memoriam), ingressou na faculdade de Enfermagem e posteriormente, fez pós-graduada em Saúde da Família.

Assumiu o cargo de Enfermeira da Família em 2009, no município de Turiaçu, permanecendo até o ano de 2012.

Em 2015 voltou a atuar pela profissão no município de Axixá como Coordenadora de Vigilância em Saúde, porém sem desligar-se da Secretaria de Saúde.

Em 2018 trabalhou no Hospital de Trauma e Ortopedia do Maranhão, atuando como Enfermeira da Comissão para Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

Sua trajetória de vida é marcada por muita luta, persistência e garra, realidade comum a muitos brasileiros e brasileiras, especialmente aos nordestinos de nosso país.

Tem três filhos: José dos Santos Neto (biológico), José Sodré Ferreira Neto e Paulo Victor Santos Ferreira (do coração), assim como tantos outros sobrinhos, que ama como se fossem seus, com amor e dedicação e dois netos: Ana Beatriz e José Guilherme.

Aos 66 anos de idade, resolveu enfrentar mais um desafio, tornar-se membro da Academia  de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP).

 Cleonice (Nicinha, Mamãe Nicinha, Cici ou Cléo), alguns dos nomes como é chamada pela maioria dos seus familiares), pode ser considerada uma vencedora. Nada que conquistou foi fácil, tudo veio com muita luta e dificuldade e isso faz parte do legado que orgulha seus descendentes.

Nunca desistiu de lutar, sempre soube esperar o tempo certo e colher o que plantou. Passou aos seus descendentes esse exemplo, de honestidade, determinação, respeito ao próximo e manter a fé, acima de todas as adversidades. Como não ser motivo de orgulho e de exemplo? Sua memória primorosa para a idade, nos permite saber de tantas histórias que ninguém sabe reproduzir como ela. É um arquivo vivo das histórias do seu Estado e da sua família, histórias essas que faz questão de repassar aos que agora chegam, para que não se percam no tempo.

 Hoje, como membro da Academia de Letras, Ciências e Artes de sua terra natal, não almeja reconhecimento, mas manter viva a memória que tanto deseja preservar com amor e esmero.

Graça Maria França Pereira

Ocupante da Cadeira nº 08, que tem como Patrono Secundino Mariano Pereira. Nasceu em Peri-Mirim (MA). Filha de Matilde Pereira de França e Raimundo Benedito França (in memoriam).

Iniciou seus estudos, em 1955, na “Escola Silva Júnior”, no bairro Portinho. Lá, foi alfabetizada. A professora Alzira foi importante nesse processo.

Três anos depois, foi matriculada no “Grupo Escolar Carneiro de Freitas”. Na época, essa era a única escola com o “Curso Primário” completo, o qual hoje conhecemos como “Ensino Fundamental I”. A pedagogia da palmatória marcou essa fase, principalmente quando o assunto era tabuada: quem não acertava as continhas ganhava como prêmio uma palmada, do colega que acertava.

Após essa etapa, ficou sem perspectiva para continuar a vida discente. Passou uns meses em São Luís aprendendo datilografia. E, já no segundo semestre de 1963, após aprovação em um curso ministrado pelo professor João Garcia Furtado, ganhou meia bolsa de estudo, doada por Pe. Gerárd Gagnon, para estudar o “Curso Normal Ginasial” (atual Ensino Fundamental II) em Guimarães.

Assim, nos quatro anos seguintes, viveu num convento administrado por freiras canadenses, às quais tem muita gratidão, pois a intercessão deles foi crucial para continuar sua rotina de estudante. As idas e vindas, duas vezes por ano, não eram nada confortáveis e seguras. Os meios de transporte disponíveis eram cavalos ou bois de montaria, além do barco a vela. Sempre pedia bênçãos divinas!

Em 1968, começou a dar os primeiros passos para mais uma conquista: ser professora! Frequentou o Instituto de Educação do Município de São Luís, concluindo o curso no final de 1970.

Aos 21 anos, casou com com Antonio João França Pereira e, em outubro de 1972, tornei-me mãe.

No segundo semestre do ano seguinte, iniciou o Curso de Ciências na Universidade Federal do Maranhão, em Caxias, o qual acontecia somente nas férias. Por questões políticas, deixou sua cidade natal e foi trabalhar como professora em Anajatuba (MA), onde residiu até 1976. Nessa temporada, Deus lhe concedeu a graça de ter mais filho. Dessa vez, uma menina!

Acompanhando o marido, que tinha sido aprovado no concurso da Caixa Econômica Federal, mudou-se para Caxias (MA). Continuou lecionando. Também estudava para concursos e fuoi aprovada para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Lá, a família aumentou novamente: deu à luz a mais um menininho, que aos 33 anos voltou para os braços de Deus.

Depois de quatro anos, foi transferida para Barra do Corda (MA), onde nasceu sua caçula. Voltou a se dedicar aos estudos e obtive êxito no concurso para o Banco do Brasil.

Por conta da família e do trabalho, sua vida nômade ainda passou por Carolina (MA), Caxias (MA) novamente e chegou a São Luís (MA), onde trabalhou na Agência do João Paulo até se aposentar.

Desde então, voltou, com meu marido, a morar em Peri-Mirim. Atualmente, trabalha no Sindicato dos Pescadores de Peri-Mirim, no qual atua desde a fundação, e se dedico a prestar serviços na Igreja São João Batista, no Portinho, onde fez a 1ª Eucaristia.

Francisco Viegas Paz

Ocupante da Cadeira nº 07 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), que tem como patrono Rafael Paz Botão. Filho de Armando Leôncio Paz (Manduca) e Tomazia Viegas. Nascido em 02 de abril de 1948 no município de Peri-Mirim-MA. Estudou o primeiro grau no Colégio Carneiro de Freitas que concluiu em 1964. Foi aluno das seguintes professoras: Maria Lucinda Campos, Maria Isabel Sousa Guimarães, Nazaré Maia e Naísa Amorim.

Em 1965 fez o Exame de Admissão na Casa Paroquial e não obteve êxito, entretanto, no ano seguinte repetiu o exame obtendo sua aprovação. Em 1967 entrou para o Seminário Santo Antônio em São Luís e lá estudou até o seu fechamento em 1969.

Em 1970 concluiu o Ginásio no Colégio Marista. Fez o segundo grau no Colégio Nina Rodrigues, no período de 1971 a 1973 e em 1975 entrou na Universidade Federal do Maranhão para o Curso de Química Licenciatura, no qual se formou em 1979. É pós-graduado em Qualidade e Produtividade, pela Universidade Estadual do Maranhão, concluído em 2000. Trabalhou na Companhia Aérea Cruzeiro do Sul S.A.; Texaco do Brasil S.A. e Empresa Brasileira de Telecomunicações S.A. (EMBRATEL) onde chegou ao cargo de Gerente de Recursos Humanos, operando em São Luís–MA, Vitória–ES, Salvado–BA e Aracaju–SE. Atuou na Área Social, como coordenador do Comitê Embratel de Cidadania em São Luís, tendo ampliado uma Escolinha Comunitária na Vila Operária e que mantinha com merenda escolar, inclusive equipando-a com freezer para armazenar alimentos e um forno a gás para confecção de pão. Construiu uma Escolinha Comunitária na Vila Roseana, em São José de Ribamar que também mantinha com fornecimento de merenda escolar através do referido comitê.

Além disso, foi superintendente do Comitê de Integração de Entidades Fechadas de Assistência à Saúde (CIEFAS) – Maranhão, eleito por dois mandatos consecutivos. Membro efetivo do Comitê Estadual de Cidadania Contra a Fome. É autor de vários artigos de jornal, publicados em O Estado do Maranhão: A língua, o ovo e a maconha, A Baixada Maranhense de 17.08.15, Epidemia de 12.04.16. Publicou também artigo no Jornal O Imparcial, com o título Os “Sem” do Final do Século. Autor dos livros Seminarista Graças a Deus e Curiosidades Históricas de Peri-Mirim e Co-autor do livro Ecos da Baixada, publicação do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense.

Itaquê Mendes Câmara

Ocupante da Cadeira nº 05 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), que tem como patrono Ignácio de Sá Mendes, seu avô. Nasceu em 04 de março de 1947 no município de Peri-Mirim/MA, logo em seguida a sua família mudou-se para Vargem Grande, onde iniciou os estudos de alfabetização.

Estudou o ensino fundamental e médio em São Luís, respectivamente no Instituto Zoé Cerveira e no Liceu Maranhense, respectivamente. O ensino secundário foi feito em Fortaleza-CE, também no Liceu, já sonhando em ser engenheiro, pois em São Luís não havia curso de Engenharia.

A universidade foi um sonho distante e um compromisso de voltar. Para fazer o curso de Engenharia Civil na Universidade Federal do Ceará (UFCE), que iniciara em 1966, trabalhava à noite, ensinando em escolas de segundo grau, o que lhe despertou o gosto e aptidão para o ensino. Ao mesmo tempo, passou a estagiar em obras de engenharia e foi encarregado de gerenciar a construção do Laboratório de Ciências do Mar em Fortaleza. Ao se formar, em 13 de dezembro de 1970, o desejo de regressar a São Luís foi mais forte e, assim, em janeiro de 1971 mudou-se para São Luís.

Outro fato marcante de sua vida foi a construção de uma família. Conheceu sua esposa em Fortaleza, namorou por alguns anos, casando-se muito jovens, em 1971. Essa experiência o fez ver o mundo de uma forma diferente. A obrigação de ser um chefe de família recém-formado, de origem humilde, fez de Itaquê um homem sempre preocupado com a repercussão de seus atos.

Durante do curso de Engenharia, interessou-se muito pela Matemática aplicada, métodos quantitativos, pesquisa operacional, controle de qualidade, estatística aplicada, modelagem matemática, o que induziu a realizar concurso público para auxiliar de ensino na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), onde teve seu primeiro contrato de trabalho como professor.

Foi contratado para ministrar aula de Física e Matemática, foi lotado no Departamento de Matemática e Física, realizando um sonho antigo. Simultaneamente, fez concurso para a Federação das Escolas Superiores do Maranhão, que originou a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), onde passou a lecionar Geometria Analítica e Pontes e Grandes Estruturas, na Escola de Engenharia, ao mesmo tempo em que exercia a função de engenheiro e construía os primeiros blocos da UFMA, a saber: o Marechal Castelo Branco, onde hoje funciona a Administração da UFMA.

No decorrer de sua carreira docente, também participou da administração departamental, como chefe e subchefe, coordenador de curso. Continuou exercendo a profissão de engenheiro, quer como construtor, quer como engenheiro fiscal, tanto na CAEMA, como na CEMAR.

Em março de 1976 iniciou o mestrado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em fevereiro de 1977, defendeu a dissertação “Fluxo de Água Confinada sob cortinas impermeáveis em escavações”, que teve como orientador o prof. PhD Valjapeyan Srinivasan  Sriarangacher.

A dissertação tinha dois objetivos: o primeiro era elaborar um modelo matemático do fluxo de água confinada; o segundo era verificar através de modelo de laboratório esse comportamento e compará-lo com o modelo teórico. A aplicabilidade desse estudo abrangia as barragens para acúmulo de água no nordeste brasileiro.

As conclusões da dissertação foram apresentadas no 9º Congresso de Engenharia Sanitária e Ambiental, evento que ocorreu em 1977 na cidade de Salvador e também foram publicadas pela Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão (CAEMA).

Ao mesmo tempo em que seguia a carreira de professor universitário, também exercia atividade profissional de engenheiro – inicialmente na CIBEL, construindo os prédios da nascente UFMA, depois, na Empresa Maranhense de Engenharia, como Diretor Técnico, em seguida como engenheiro atuante de saneamento básico, SANEL e CAEMA, posteriormente na CEMAR. Teve uma empresa de engenharia, a EPLAC.

A partir daí foi um passo para a Administração Pública, como Diretor Técnico (1976/1977) e Diretor Presidente da CAEMA (1983/1987), como Diretor de Irrigação do DNOS, como Diretor do DENTEL, atividades que em permitiram desenvolver habilidades na aplicação dos conhecimentos teóricos de planejamento estratégicos, planejamento urbano, criando cenários tão próximos da realidade institucional quanto possível. Destaca-se as aptidões adquiridas nesse período “o saber ouvir” no processo decisório como ferramenta de gerenciamento.

Nesse período passou trabalhar com mais ênfase a ferramenta da qualidade, tratada cientificamente, através de técnicas de análise multivariada e correspondência, modelos de regressão logística múltipla, função discriminante linear de Fisher, análise de componentes principais e fatoriais, entre outras, com a utilização nestes do SPSS (versões 17.0 a 20.0). Tornou-se Auditor de Qualidade pela Brtuy e Analista de Inteligência, orientando análise de dados de dissertações de mestrado e teses de doutorado.

Participou do grupo de trabalho, pela SEDINC, que desenvolveu um amplo estudo – Maranhão Competitivo – Uma Estratégia de Desenvolvimento Produtivo, que é um conjunto de diretrizes que orienta processo de desenvolvimento socioeconômico do Estado, por meio de diagnósticos e planejamentos estruturados, com ações integradas objetivando a inclusão produtiva e social em todo o Maranhão. Atualmente é professor aposentado da UFMA como Adjunto IV e da UEMA como professor titular.

José Ribamar Martins Bordalo

Ocupante da Cadeira nº 04 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP). Nasceu em 25 de maio de 1945, filho de Jacintho Soares Ferreira Bordalo e de Maria das Mercês Martins Bordalo.

Como formação estudantil, fez o curso primário na Escola Paroquial de 1952 a 1957; curso ginasial no Colégio Henrique de La Roque, de 1958 a 1959 e no Colégio Independência de 1969 a 1970; Curso de Administração de Empresas na Escola Internacional de São Paulo, no período de 1978 a 1980 e empresário da indústria madeireira, como exportador madeireiro na Indústria Foreme de Recife/PE.

Sua experiência profissional foi como recepcionista no Hotel Central em São Luís, no período de 1965 a 1967; no Departamento de Estradas e Rodagem (DER), como Fiscal de Obras, no período de 1968 a 1971; Enciclopédia Britânica (BARSA), como Represente de Vendas, no período de 1972 a 1977; Oleaginosas Maranhenses (OLEAMA), como Representante Comercial, no período de 1978 a 1980.

Bordalo teve uma extensa vida pública. Candidato a prefeito de Peri-Mirim no ano de 1988; Vice-prefeito no período de 1993 a 1996; Vereador nas legislaturas de 1997 a 2001 e de 2002 a 2006; Presidente da Câmara de Vereadores no biênio de 2005 a 2006 e Vereador de 2007 a 2010.

Desenvolveu outras atividades profissionais: agropecuária no povoado de Feijoal, Peri-Mirim, na década de 1960; produção e venda de gado e de leite no bairro Paranã do município de São José de Ribamar; criador de suínos, aves, produtor de queijo e melhoramento genético de gado de corte, no povoado Ilha Grande.

Durante sua gestão como vereador e presidente da Câmara Municipal, organizou um compêndio onde constam dados históricos e geográficos de Peri-Mirim, bem como a lista de todos os dirigentes municipais.

José Ribamar Martins Bordalo faleceu em 16 de novembro de 2023, em Peri-Mirim, deixando esposa, irmãos, filhos, netos e bisnetos.